Montesquieu e a Divisão dos Poderes

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Bons estudos! 
 
---Montesquieu --- 
 
• A preocupação de usurpação do poder 
apresentada por Locke ecoou 
significativamente em sua obra tendo, no 
entanto, uma teorização muito mais completa 
e elaborada. 
 
• Equilíbrio, moderado = busca organização 
política equilibrada que evite o abuso do 
poder. 
 
 
• Preocupa-se como o poder será exercido; 
 
• Pela sua visão, mesmo nos estados moderados 
garantidores da liberdade política, esta só 
existe efetivamente quando não há o abuso 
de quem possui o poder. 
 
 
O espírito das leis 
• Importante obra que explica a variedade e 
multiplicidade das leis que fazem com que 
algo que é considerado justo em um lugar, 
não seja justo em outro. 
 
• Deve existir um tipo de lei para cada tipo de 
sociedade. 
 
 
Essa variedade de leis pode ser explicada pelas 
seguintes categorias: 
1- Físicas ou naturais: clima, solo etc. 
2- Econômicas e sociais: modo de subsistência 
dos povos. 
3- Espirituais: religião. 
 
 
• Existem para Montesquieu, três tipos de 
governo: 
1- O governo republicano: quando o povo em 
conjunto (democracia) ou certas famílias (aristocracia) 
possuem poder soberano. 
2- O governo monárquico: quando o príncipe possui 
o poder soberano e o exerce segundo as leis 
estabelecidas. 
3- O governo despótico: quando o príncipe governa 
segundo suas vontades e seus caprichos. 
 
Sendo assim, cada governo tem que ter um tipo de lei: 
• DEMOCRÁTICO: a lei deve buscar a virtude 
cívica, a igualdade, todos devem possuir a 
mesma felicidade e as mesmas vantagens. 
 
• ARISTOCRÁTICO: moderação, restabelecer a 
igualdade. Na aristocracia existem grupos 
diferentes e por isso, devem ser reconhecidas 
essas desigualdades. A lei deverá buscar o 
equilíbrio. 
• MONÁRQUICO: Na monarquia a virtude deve 
ser substituída pela honra, ou seja, o amor as 
distinções. Não há na monarquia qualquer 
igualdade, mas, ao contrário, a lei deve 
estabelecer preferências e distinções. 
 
• DESPÓTICO: é aquele que deve ser 
permeado pelo medo, pelo temor. Deve existir 
uma extrema obediência. 
 
 
A separação dos poderes sob o 
ponto de vista clássico 
De fato, o que é liberdade? 
• A liberdade não é independência, pois esta 
é o “poder fazer tudo”, enquanto a liberdade 
é “poder fazer tudo aquilo que as leis 
permitem”. 
 
• A liberdade não existiria se ela fosse exercida 
dentro de uma plenitude, se todos fizessem o 
que quisessem. 
 
• A liberdade precisa ser limitada para que 
possam existir. O poder limita o poder. 
 
 
A divisão dos poderes: 
 
• Poder legislativo 
- Casa vinculada a nobreza de caráter 
hereditário. 
 
- Principal papel é a moderação. 
 
- Poder supremo, poder de delinear as 
liberdades política por intermédio da LEI, além 
de fiscalizar a sua aplicação pelos outros 
poderes. 
 
- Dividido em duas casas: a casa dos nobres 
e a casa do povo., sendo que a primeira tem 
prevalência. 
 
• Poder executivo 
- Exercido pelo monarca. 
 
- Decisões imediatas sobre questões urgentes. 
 
- Tem relação com o legislativo. 
 
- Cabe ao poder executivo estabelecer os 
períodos mais convenientes para reunião do 
corpo legislativo, que não poderia ser 
convocado por seus próprios membros. 
 
- Vetar leis criadas pelo poder legislativo para 
se defender ou para rejeitar as decisões das 
propostas as quais discorda, de modo a 
impedir o arbítrio do corpo legislativo. 
 
• Poder judiciário: 
- Os magistrados eram escolhidos pelo povo, 
para atuação temporária. Essa percepção 
leva a certo desprezo do papel da 
magistratura, na medida em que os juízes 
estariam sempre vinculados ao que determina 
a lei. 
 
- JUIZ: aplicar a lei, sem opiniões pessoais. 
Boca da lei.