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Atividade Experimental: Dinâmica Rotacional1 Andressa Dallepiane2* Acadêmico do Curso de Engenharia Química, Departamento de Ciências Exatas e Engenharias, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Ijuí 98700-000, Brasil Resumo A atividade experimental tem como objetivo possibilitar ao aluno a determinação do Momento de Inércia de um objeto, através da compreensão das equações sobre Rotação e Translação, e a partir disto, ser capaz de deduzir as equações utilizadas na obtenção dos resultados. Palavras-Chave: Momento de Inércia, Equações, Atividade experimental. 1. Introdução Quando falamos em grandezas vetoriais, precisamos ter em mente quais são as definições destas grandezas. O objetivo principal desta atividade experimental é definir, explicar e comparar os resultados obtidos com as definições dos valores calculados. Primeiramente, se faz necessário entender o significado de aceleração, tendo em vista que é uma grandeza que deriva de quase todas as forças calculadas no sistema de polia descrito no trabalho. Sendo assim, “Quando a velocidade de uma partícula varia, diz-se que a partícula sofreu uma aceleração (ou foi acelerada). ” (HALLYDAY & RESNICK, p. 32)[1]. Desta forma, a aceleração também possui uma direção e sentido, sendo uma aceleração positiva indicada que o corpo está ganhando velocidade, e uma aceleração negativa indicando que o corpo está perdendo velocidade. Uma força que está diretamente relacionada a aceleração do sistema, é força de tração. A tração é uma força exercida sobre uma corda, fio, cabo, ou outro material do mesmo tipo e ela existe quando “uma corda é presa a um corpo e esticada, aplicada ao corpo uma força �⃗� orientada ao longo da corda” (HALLYDAY & RESNICK, p. 115)[1]. Neste sentido, a força �⃗� é aplicada realizando uma tensão na corda, é chamada de força de tração. Outra grandeza importante na resolução e entendimento do sistema é o Torque. “A capacidade de �⃗� fazer um corpo girar não depende apenas do módulo da componente tangencial F1, mas também da distância entre o ponto de aplicação de �⃗� e o ponto O.” 1 Disciplina: Física II 2 * Email address: andressa.dallepiane@sou.unijui.edu.br (HALLYDAY & RESNICK, p. 282). Em outras palavras, o torque é a relação da força fornecida para um sistema rotacionar com a distância do local de aplicação da força em relação ao seu centro de massa, ou seja, a força de rotação diretamente relacionada com o raio do objeto. Sobre o objeto principal do trabalho, nessecita-se entender um pouco mais sobre o que é inércia. Para entendermos de forma simples e sucinta, a inércia nada mais é do que “a propriedade de todo e qualquer corpo que faz com que ele permaneça parado ou em MRU, exceto se alguma força atua sobre ele”[2]. Neste contexto, o objetivo da atividade experimental subsequente é encontrar os valores obtidos para o momento de inércia do sistema, comparando-o com suas grandezas escalares e resultantes. 2. Metodologia A metodologia utilizada para a resolução deste experimento, foram leituras realizadas sobre o conteúdo e também a partir de aulas remotas realizadas pelo professor, explicando teoricamente e através de experimentos práticos os embasamentos necessários para a resolução deste tipo de problema. Com base nisso, o experimento nos questiona sobre encontrar o Momento de Inércia do objeto, a partir de toda e qualquer força que possa fazer parte do diagrama de corpo livre do sistema em si. Desta forma, precisamos observar o que se pede para a sua resolução. Observa-se nos próximos tópicos, quais foram os materiais utilizados, os dados medidos e fornecidos para a resolução dos cálculos, bem como também o diagrama de corpo livre do sistema e uma imagem do sistema como um todo. 2.1 Materiais utilizados Para a resolução do experimento foram necessários os seguintes materiais: Sistema rotacional; Eixo de rotação; Estrutura metálica de suspenção do eixo de rotação; Barbante; Massa; Paquímetro; Trena; Cronômetro; Balança. 2.2 Esquema de funcionamento do sistema Entendendo os materiais listados no tópico 2.1 é possível observar a montagem do sistema para área de estudo. Observa-se que, a uma base fixa (mesa), foi adicionado um eixo - que está preso à mesa - e a esse eixo, em sua extremidade, adicionado uma polia. A polia produz um torque resultante, graças a uma massa suspensa nela, que ao ser abandonada de uma certa altura do sistema, tem a sua força peso sendo atuada fazendo a polia girar. Figura 1: Esquema de montagem do experimento. 2.3 Diagrama de corpo livre Através do digrama de corpo livre, pode-se perceber as forças que atuam em cada corpo, tomando-o como referência de centro de massa. Dessa forma, considerando a massa (m) como centro de massa, temos as forças peso, normal e aceleração atuando sobre ela. Já se tomarmos a polia como o objeto a ser estudado e considerando o seu eixo como centro de massa, diferentemente da massa (m), neste caso, temos apenas a força normal e a força peso atuando sobre ela, como observa-se nas figuras 2 e 3. Figura 2: Diagrama de corpo livre na massa m. Figura 3: Diagrama de corpo livre na polia. 2.4 Coleta de dados Através da utilização dos materiais indicados, foi possível a obtenção de alguns dados para a resolução do problema. Na tabela a seguir, mostram-se as medições de tempo, onde a massa suspensa foi abandonada de uma altura específica por quatro vezes e então foram medidos os tempos correspondentes até ela chegar ao chão. Através destas medidas, é possível obter o tempo médio para a chegada da massa ao seu ponto final. TABELA I: Indicação do tempo médio da queda da massa suspensa até seu ponto final. Na segunda tabela é possível verificar os demais dados obtidos no experimento através de medições. TABELA II: Dados de Raio, Massa e Altura inicial obtidos através de medições. 2.5 Fórmulas utilizadas Na Tabela III, obtém-se as fórmulas utilizadas na resolução do problema TABELA III: Fórmulas obtidas através de deduções para os cálculos. 3. Resultados e Discussão Tendo como base os estudos teóricos realizados sobre aceleração, é possível resolvermos a equação obtida através de uma dedução matemática, utilizando os dados obtidos e fornecidos sobre o experimento prático. As equações de aceleração e tração, são relacionadas a massa suspensa no sistema, pois os vetores das forças que atuam sobre ela, estão diretamente relacionados com as incógnitas da resolução. A seguir observa-se a equação da aceleração e sua resolução: 𝑎 = 2𝐻𝑜 𝑡2 𝑎 = 2 1𝑚 (1,205𝑠)2 𝑎 = 1,38𝑚 𝑠2 A partir do resultado obtido, observa-se que a aceleração é encontrada a partir dos valores de altura inicial no objeto em relação ao tempo médio de queda do objeto ao quadrado. Sendo assim, a aceleração é inversamente proporcional ao tempo de queda do objeto até o seu ponto final, ou seja, quanto maior o tempo médio, menor será a aceleração. Seguindo para a resolução da equação da tração: 𝑇 = 𝑚(𝑔 − 𝑎) 𝑇 = 0,020𝑘𝑔 × ( 9,8𝑚 𝑠2 − 1,38𝑚 𝑠2 ) 𝑇 = 0,17𝑁 Observa-se que a força de tração encontrada, sendo realizada na corda que sustenta a massa suspensa, é de 0,17N e as grandezas que estão diretamente relacionadas a esta equação, são a aceleração, a massa suspensa, e a gravidade. A partir deste ponto, as equações resolvidas estão relacionadas aos vetores representantes das forças que atuam sobre a polia do sistema. Resolvendo a equação da inércia: 𝐼 = 𝑚𝑅2 ( 𝑔 𝑎 − 1) 𝐼 = 0,020𝑘𝑔 × (0,05𝑚)2 × ( 9,8𝑚/𝑠2 1,38𝑚/𝑠2 − 1) 𝐼 = 3,05𝑥10−4𝑘𝑔 𝑚2 Sendo o valor do momento de Inércia igual a 3,05x10-4Kg/m2, percebe-se que sobre a polia a forçade momento de inércia executada é praticamente nula, sendo assim, haverá um torque resultante que fará com que a polia gire quando a massa suspensa nela for abandonada de sua altura original estipulada. Observando os cálculos do torque resultante: 𝜏 = 𝐼𝑎 𝑅2 𝜏 = 3,05𝑥10−4𝑘𝑔/𝑚2 × 1,38𝑚/𝑠2 (0,05𝑚)2 𝜏 = 0,17𝑁 O valor de torque de 0,17N obtido através da equação, confirma o que a teoria anterior sugeria, sendo que o valor de torque produzido sobre a polia é maior do que o momento de inércia, fazendo com que a polia gire. 4. Considerações Finais Diante dos resultados obtidos na realização do trabalho, foi possível perceber que o valor principal a ser encontrando no sistema mencionado, era o momento de Inércia da polia. Sobre os valores obtidos, pôde-se perceber que, quando submetida a um sistema cujo momento de inércia é quase nulo, a polia não se mantém parada à condições em que hajam forças de tração, peso, gravidade, e força normal sendo aplicadas sobre ela. Desta forma, é correto afirmar que o toque realizado pela polia em relação a massa suspensa sobre ela, tem uma direção e sentido definidos, sendo em sentido para a direita e direção para fora do plano vetorial. Nestas condições sabe-se que o valor de torque se torna negativo em relação aos resultados obtidos. Referências [1] Halliday, D., Walker, J., Resnick, R. Fundamentos de Física: Mecânica. Rio de Janeiro, Gen/LTC, 2012. [2] Campus Santa Maria, Curso de Física, gov.brhttps://www.ufsm.br/cursos/graduacao/santa-maria/fisica/2020/02/20/o- que-e-inercia/ (acessado em 12 de abril de 2021).
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