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Leucemia� Definição Acúmulo de leucócitos malignos na medula óssea e no sangue. Essas células anormais causam sintomas por: (i) insuficiência da medula óssea (anemia, neutropenia, trombocitope- nia); e (ii) infiltração de órgãos (p. ex., fígado, baço, linfonodos, meninges, cérebro, pele ou testículos). Classificação As leucemias são classificadas em quatro tipos – leucemias agudas e crônicas, que, por sua vez, subdividem-se em linfóides ou mieloides. Leucemia mieloide aguda Presença de mais de 20% de blastos na medula óssea na apresentação clínica. Entretanto, pode ser diagnosticada com menos de 20% de blastos se houver anormalidades genético-moleculares especificamente associadas à leucemia. Classificação de FAB M0- células blásticas minimamente diferenciadas, com poucos nucléolos sem grânulos (mieloblastos, com séries de nucléolos). M1- células-tronco aparecimento de alguns grânulos, no máximo até 10%. Linhagem mielobástica sem maturação, positivo para CD34, CD33 (origem mielóide) M2 - célula mais diferenciada, aparecimento de grânulos de maneira mais proeminente, com maturação, com 30% de blastos. M3- leucemia pró-mielocítica aguda, com bastões de Auer (em formas de agulhas- são fusões de lisossomos) e grânulos azurófilos, as células apresentam núcleos bilobulados. M4- leucemia mielomonocítica, células com alterações nucleares, lembra um monoblasto, logo é necessário aplicar marcador, positiva para esterase não específica (hidrolase presentes nos lisossomos). M5- característica de monócito, com núcleos meio excêntricas, monoblasto. M6- parece eritrócitos; M7- leucemia megacariocítica. LMA- marcadores padrão→ CD33, CD13, CD 117 . Citoquímica Mieloperoxidase (incluindo bastões de Auer), sudan black (marcador lipídico- incluindo bastões de Auer) e esterases inespecíficas (M4 e M5). Mutações frequentes: • A maioria das LMAs apresenta mutações em genes que codificam fatores de transcrição necessários para a diferenciação mieloide normal; • Alterações citogenéticas (ex., translocação dos cromossomos 15 e 17 - fusão do gene do receptor α do ácido retinoico); • Translocação dos cromossomos 8 e 21, inversão ou deleção do cromossomo 16), intermediário (citogenética normal, translocação 9;11) ou pior (múltiplas aberrações cromossômicas, translocação 6;9); • Mutações específicas, que incluem anormalidades nos genes da cinase em tirosina 3 (FLT3). Leucemia mielóide crônica ● Leucemia mieloide (ou mielocítica) crônica BCR-ABL1+ (LMC) é um distúrbio clonal de uma célula-tronco pluripotente; ● Cerca de 15% das leucemias e pode ocorrer em qualquer idade; ● O diagnóstico de LMC raramente é difícil; ● Diagnóstico confirmado pela presença característica do cromossomo Filadélfia (Ph, do inglês, Philadelphia). Resulta da translocação t(9;22) (q34;q11) entre os cromossomos 9 e 22, em que parte do oncogene ABL1 é transferida para o gene BCR no cromossomo 22 e parte do cromossomo 22 é transferida para o cromossomo 9. ● Os aspectos clínicos incluem perda de peso, sudoreses, anemia, sangramento e esplenomegalia. ● O hemograma mostra considerável neutrofilia, com mielócitos, basofilia e algumas células imaturas da mielopoese. ● Pode ocorrer transformação da doença para uma fase acelerada ou de leucemia aguda. ● O tratamento é feito com inibidores de tirosinoquinase, como imatinibe, dasatinibe e nilotinibe. As células leucêmicas podem adquirir resistência aos inibidores, e o tratamento deve ser ajustado apropriadamente. ● O transplante de células-tronco alogênicas pode ser curativo e também utilizado como recurso contra doença avançada. ● Com o tratamento atual, o prognóstico melhorou consideravelmente, com expectativa de controle da doença a longo prazo em cerca de 90% dos pacientes. ● As leucemias neutrofílica e eosinofílica crônicas são doenças muito mais raras do que a LMC.
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