Buscar

Decálogo da Dor

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Dor 
Decálogo da dor 
 
Localização 
 
P Região onde o paciente sente a dor; 
P Deve solicitar que o paciente aponte a área 
dolorida; 
P A dor em mais de um local deve ser estudada 
isoladamente, para saber se a dor é irradiada ou 
referida; 
P Dores diferentes, sem relação entre si, podem 
indicar uma doença apenas, processos 
patológicos independentes ou dor psicogênica; 
P A localização da dor é fator de extrema 
importância para a determinação de sua 
etiologia. 
 
Irradiação 
 
P A dor pode ser localizada, irradiada ou 
referida; 
P O reconhecimento da localização inicial da 
dor e de sua irradiação pode indicar a estrutura 
nervosa comprometida; 
P A dor irradiada pode surgir em decorrência do 
comprometimento de praticamente qualquer 
raiz nervosa; 
P A dor referida pode ser uma dor na região 
epigástrica devido ao apêndice, dor na escápula 
e no obro devido ao fígado ou vesícula, dor na 
virilha ou genitália externa devido ao ureter e dor 
na face medial do braço, devido ao coração. 
 
Qualidade ou caráter 
 
P O paciente é solicitado para descrever ou 
dizer que tipo de sensação e emoção a dor te 
traz; 
P Dor evocada: ocorre apenas mediante algum 
tipo de provocação; 
q Alodínia: sensação desagradável, 
dolorosa, provocada pela estimulação 
tátil; 
q Hiperpatia: sensação desagradável, 
mais dolorosa que a comum, provocada 
pela estimulação nóxica; 
q Hiperalgesia: é a resposta exagerada 
aos estímulos aplicados em uma região. 
P Dor espontânea: pode ser constante ou 
intermitente; 
q Dor constante: ocorre continuamente, 
podendo variar de intensidade, sem 
nunca desaparecer completamente; 
q Dor intermitente: ocorre 
episodicamente, sendo sua frequência e 
duração bastante variáveis e pode ser 
descrita como choque, aguda, pontada, 
facada, fisgada. 
P O caráter da dor ajuda a definir o processo 
patológico subjacente. 
 
Intensidade 
 
P Resulta da interpretação global dos aspectos 
sensoriais, emocionais e culturais do paciente; 
P A magnitude da intensidade é o principal 
determinante do esquema terapêutico a ser 
instituído ou modificado; 
P Por ser uma experiência bastante subjetiva, é 
fundamental que sua quantificação se baseie 
em critérios avaliativos; 
q Para adultos, é utilizada uma escala 
analógica visual para avaliar a 
intensidade da dor, a qual consiste em 
uma linha reta com um comprimento de 
10 centímetros, tendo em seus extremos 
as designações sem dor e pior dor 
possível, é pedido que o paciente indique 
a intensidade da dor em algum ponto 
dessa linha e o resultado é descrito pelo 
examinador como intensidade “x” em 
uma escava de 0 a 10; 
Para adultos de baixa escolaridade, 
crianças e idosos, é possível utilizar as 
escalas de representação gráfica não 
numérica, como a de expressões faciais 
de sofrimento: sem dor, dor leve, dor 
moderada e dor intensa. 
 
Duração 
 
P Determina-se com a máxima precisão 
possível da data de início da dor; 
q Dor contínua: sua duração vai de 
acordo com o tempo transcorrido entre 
seu início e o momento da anamnese; 
q Dor cíclica: se é intermitente e ocorre 
várias vezes ao dia, é suficiente que 
sejam registrados a data do seu início, a 
duração média dos episódios dolorosos, 
o número médio de crises por dia e de 
dias por mês em que se sente dor. 
P Dependendo da duração, pode ser 
classificada como aguda ou crônica: 
q Dor aguda: dura menos de 1 mês e 
desaparece dias ou semanas após a 
cura de uma doença ou lesão; 
q Dor crônica: persiste por 1 mês além 
do necessário para a cura da doença, 
durando mais de 3 meses. 
 
Evolução 
 
P Sua investigação é iniciada por seu modo de 
instalação: súbito ou insidioso; 
P Durante sua evolução, pode haver as mais 
variadas modificações na dor, devido ao uso 
abusivo e inadequado de medicamentos, por 
exemplo; 
P A intensidade da dor também pode variar de 
acordo com a evolução. 
 
Relação com funções orgânicas 
 
P É avaliada de acordo com a localização da 
dor e os órgãos e estruturas situados na 
mesma área; 
P Como regra geral, pode-se dizer que a dor é 
acentuada pela solicitação funcional da 
estrutura em que se origina. 
Fatores desencadeantes ou agravantes 
 
P São fatores que desencadeiam a dor, em sua 
ausência, ou que agravam, se estiverem 
presentes. 
 
Fatores atenuantes 
 
P São aqueles que aliviam a dor, como algumas 
funções orgânicas, posturas ou atitudes que 
resguardam a estrutura ou órgão onde esta é 
originada. 
 
Manifestações concomitantes 
 
P Várias manifestações clínicas associadas à 
dor e relacionadas com a enfermidade de base 
são de grande valia para o diagnóstico.

Outros materiais