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Antimicrobianos e seus espectros

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ANTIMICROBIANOS
Patógenos
● Streptococcus pneumoniae
Diplococo gram positivo aeróbio, alfa hemolítico
Virulência: coloniza a orofaringe e cápsula
polissacarídica que evita a fagocitose
Responsável por: pneumonia, rinossinusite aguda
bacteriana, otite média, bacteremia
Mecanismo de resistência: alteração do sítio de
ligação das penicilinas (PBP)
● Haemophilus influenzae
Cocobacilo gram negativo aeróbico
Coloniza a orofaringe (exceto H. ducreyi)
Responsável por: pneumonia, rinossinusite aguda
bacteriana, otite média
Mecanismo de resistência: produção de betalactamase
que hidrolisam o anel betalactâmico das penicilinas
● Moraxella catarrhalis
Diplococo gram negativo aeróbico
Mecanismo de resistência: produção de betalactamase
que hidrolisam o anel betalactâmico das penicilinas
● Pseudomonas aeruginosa
BGN aeróbico, não fermentador de glicose
Virulência: coloniza o trato respiratório e GI,
especialmente de pacientes com internação e uso
prévio de antibiótico de amplo espectro
Diversos mecanismos de resistência
Responsável por: infecção pulmonar em pacientes
com pneumopatia estrutural, infecção de corrente
sanguínea em imunodeprimidos, ITU em pacientes
internados
● Streptococcus pyogenes (grupo A)
Diplococo gram positivo aeróbico, beta-hemolítico
Virulência: produção de toxinas e presença de cápsula
polissacarídeo que evita a fagocitose
Suscetibilidade: muito sensível às penicilinas
(amoxicilina e penicilinas naturais é suficiente)
- Cuidado: infecção grave não se usa
penicilina de depósito
- Casos graves: penicilina EV associada à
clindamicina
● Staphylococcus aureus
Coco aeróbico gram positivo em cachos, coagulase
positivo
Virulência: produção de toxinas, evita a fagocitose,
aumento de cepas resistentes a meticilina/oxacilina
(MRSA)
Mais comum em ambiente nosocomial
Responsável por intoxicação alimentar (toxina
termoestável), síndrome da pele escaldada, infecções
de pele e partes moles, endocardite infecciosa
Mecanismos de resistência:
- Penicilinase (confere resistências a todas as
penicilinas naturais, amoxicilina e
ampicilina)
- Ambiente hospitalar: modificação de PBP,
conferindo resistências à oxacilina/meticilina
e outras penicilinas, além de cefalosporinas,
carbapenêmicos e monobactâmicos)
Geralmente é utilizado vancomicina
● E. coli
BGN não fermentador de glicose
Virulência: presença de cápsula, diversos mecanismos
de resistência, fímbrias que se aderem ao epitélio do
trato urinário
Responsável por: gastroenterite, síndrome hemolítica
urêmica, meningite neonatal, ITU
● BGN produtores de ESBL
Betalactamase de espectro estendido
Resistente a penicilinas e cefalosporinas
Antimicrobianos Beta Lactâmicos: contêm anel beta
lactâmicos na sua estrutura
- Penicilinas
- Cefalosporinas
- Carbapenêmicos (maior espectro - usados
mais para infecções nosocomiais)
Penicilinas
● Penicilinas naturais
Penicilina G e V
- Penicilina G cristalina: endovenosa
- Penicilina G benzatina e procaína: IM de
depósito
Espectro: maioria dos estreptococos e Treponema
pallidum
● Penicilinas antiestafilocócica
Modificação da estrutura da penicilina para que ela se
tornasse resistente a destruição enziµática pela
penicilinase
Meticilina (não é mais utilizada) e Oxacilina
Espectro: MSSA (S. aureus) e estreptococos
● Aminopenicilinas
Abarca germes gram negativos
Amoxicilina e ampicilina
Espectro: estreptococos, enterococos, listeria
- Moderada: BGN entéricos, Haemophilus
- Ruim: MSSA e anaeróbicos
● Penicilina + inibidor de betalactamase
Amoxicilina + clavulanato
Ampicilina + sulbactam
Espectro: estreptococos, enterococos, BGN entéricos,
Haemophilus, MSSA, anaeróbios
- Ruim: MRSA, BGN produtores de ESBL
● Penicilina antipseudomona
Piperacilina + Tazobactam
Espectro: estreptococos, enterococos, BGN,
Haemophilus, MSSA, anaeróbios, pseudomonas
- Ruim: MRSA, BGN produtores de ESBL
- Penicilina de mais amplo espectro - deve ser
poupada
Macrolídeos
Azitromicina e claritromicina
Espectro: atípicos, Haemophilus influenzae,
Moraxella catarrhalis
- Moderada: Streptococcus pneumoniae e
Streptococcus pyogenes
- Ruim: BGN, estafilocócicos
Quinolonas
Amplo espectro: gram positivo, gram negativo e
atípicos
Devem ser poupadas:
- Muitos efeitos colaterais
- Efeitos graves: rompimento de
tendão, arritmias, dissecção aórtica,
- Induzem resistência bacteriana
● Quinolonas respiaratórias
As quinolonas que tem atividade contra Streptococcus
pneumoniae
Levofloxacino e Moxifloxacino
Espectro: Streptococcus pneumoniae, BGN entéricos,
Haemophilus influenzae, atípicos, pseudomonas -
apenas levofloxacino
- Moderada: anaeróbio - apenas moxifloxacino
- Ruim: enterococo
● Quinolona não respiratória
Ciprofloxacina
Espectro: BGN entéricos, Haemophilus influenzae,
pseudomonas em doses altas
- Moderada: atípicos
- Ruim: enterococo, Streptococcus
pneumoniae, anaeróbico
Cefalosporinas
● 1º geração
Cefazolina, cefalotina, cefalexina e cefadroxila
- São excelentes alternativas à oxacilina para
tratamento de infecção por S. aureus (porém
não penetram no SNC)
- Cefazolina e cefalotina: muito usadas na
profilaxia de infecção de sítio cirúrgico
Espectro: MSSA, estreptococos
- Moderado: alguns BGN entéricos
- Ruim: enterococo, anaeróbios e MRSA
● 2º geração
Cefaclor, cefuroxima
Espectro: Haemophilus influenza, Neisseria
gonorrhoeae, alguns BGN entéricos
- Moderado: MSSA, estreptococos
- Ruim: enterococo, anaeróbico, MRSA
● 3º geração
Ceftriaxona, cefotaxima, ceftazidima
Espectro: estreptococos (excepto ceftazidima), BGN
entéricos, pseudomonas (apenas ceftazidima),
Neisseria meningitidis
- Moderado: MSSA (pior: ceftazidima) - não
são seguras para S. aureus
- Ruim: enterococo, anaeróbicos e MRSA
Ceftazidima: única de 3º a cobrir pseudomonas,
porém não é segura para cobertura de Streptococcus
pneumoniae
Ambas são boas para o SNC
Grandes indutoras de resistência
● 4º geração
Cefepime
Reservada para infecções nosocomiais
1º linha para neutropenia febril
Espectro amplo: MSSA, estreptococos, BGN
entéricos, pseudomonas
- Moderado: Acinetobacter
- Ruim: enterococo, anaeróbicos e MRSA
Nitrofurantoína e fosfomicina
Excelentes para ITU baixa comunitária
Não atingem níveis adequados no parênquima renal
ou séricos
- Não devem ser usados em pielonefrite
Espectro: E.coli e Staphylococcus saprophyticus
- Outras enterobactérias (Proteus e Klebsiella)
Anaerobicidas
Amoxicilina + clavulanato
Ampicilina + sulbactam
Piperacilina + tazobactam (deve ser poupado)
Excelentes anaerobicidas e cobrem os BGN entéricos
● Nitroimidazólicos
Metronidazol
Espectro: Bacteroides, Fusobacterium e Clostridium
- Ruim: bactérias aeróbicas (estafilococos,
streptococos, E. coli) e anaeróbios da boca
(Peptostreptococcus, Actinomyces,
Propionibacterium)
● Lincosamidas
Clindamicina
Espectro: anaeróbios gram positivo, S. pyogenes e
plasmodium
- Moderada: anaerobios gram negativos
Carbapenêmicos
Imipenem, meropenem e ertapenem
Espectro muito amplo
Espectro: MSSA, estreptococos, anaeróbio, BGN
entéricos, pseudomonas (exceto ertapenem),
acinetobacter (exceto ertapenem)
- Moderado: enterococo
- Ruim: MRSA
Glicopeptídeos
Vancomicina e teicoplanina
Espectro: MRSA, MSSA, estreptococos, Clostridium
difficile
- Moderado: enterococo
- Ruim: todos gram negativos
Casos clínicos
● Caso 1
a. PAC
b. Típicos: Streptococcus pneumoniae, H.
influenza, Moraxella catarrhalis
Atípicos: Mycoplasma pneumoniae
Chlamydia pneumoniae
c. Importante estratificar o risco do paciente
com pneumonia
● Caso 2
a. DPOC exacerbado - doença de via aérea, não
se espera quadro toxêmico
Diagnóstico: piora da dispnéia, aumento da tosse,
purulência do escarro
b. Streptococcus pneumoniae, H. influenza,
Moraxella catarrhalis
c. Levofloxacino
Paciente: GOLD IV, internação recente, uso de ATB
recente
Graduação da gravidade:
Os guidelines recomendam antibiótico para moderado
e grave
● Caso 3
a. Infecção de pele e partes moles. Quadro
hiperagudo, febre, dor e calor.
Erisipela: amoxicilina e penicilina V
- Se gravidade: penicilina G cristalina,
cefazolina ou ceftriaxonaCelulite: cefalexina e clindamicina
- Se gravidade: oxacilina e cefazolina
● Caso 4
Pielonefrite:
- Ciprofloxacino, levofloxacino
- Ceftriaxona
- Nao usar fosfomicina e nitrofurantoína (não
fazem pico sérico e não penetram no
parênquima renal)
Cistite:
- Fosfomicina (1º escolha)
- Nitrofurantoína
- Quinolonas: poupar
- Amoxacilina e bactrim → no brasil há alta
taxa de resistência
● Caso 5
a. Meningite bacteriana aguda
Quadro hiperagudo + febre, cefaleia e
irritação meníngea + pode sobreviver sinais
de HIC
b.
Pensar em Listéria se condições que alteram a
imunidade celular: diabetes, abuso de álcool, idade
avançada e imunossupressão
c. Ceftriaxona + corticoide + ampicilina (se
suspeita de Listéria)
● Caso 6
a. Diverticulite
Abdome agudo inflamatório
Dor tipicamente em quadrante inferior esquerdo
b. .
c. Amoxicilina + clavulanato; ampicilina +
sulbactam; ceftriaxona + metronidazol
● Caso 7
a. PAV
Secreção + imagem + laboratório
Paciente > 48 horas de ventilação mecânica
b. BGN resistentes e MRSA
c. Meropenem + vancomicina

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