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SUMÁRIO 1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS ............. 5 1.1 Objetivos da análise .................................................................................. 8 2 CONJUNTO COMPLETO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS .................. 9 3 DEMONTRAÇÕES CONTÁBEIS ................................................................... 11 3.1 Demonstrações Contábeis Individuais .................................................... 11 3.2 Demonstrações Contábeis Consolidadas ................................................ 12 3.3 Demonstrações Contábeis Separadas .................................................... 12 3.4 Demonstrações Contábeis Combinadas ................................................. 12 3.5 Demonstrações Contábeis Intermediárias ............................................... 13 4 A NOVA LEI CONTÁBIL ................................................................................ 13 5 BALANÇO PATRIMONIAL ............................................................................. 15 5.1 Procedimentos para elaboração do Balanço ........................................... 17 5.2 Conciliações dos Saldos Contábeis ........................................................ 18 5.3 Ajustes e Reclassificações patrimoniais .................................................. 18 5.4 Lançamentos de encerramento do exercício ........................................... 18 6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) ..................... 19 6.1 A Estrutura de uma DRE ......................................................................... 20 7 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA ............................................... 22 8 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO ............................................. 24 9 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO ............. 26 10 NOTAS EXPLICATIVAS ............................................................................. 28 11 TRANSCRIÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO LIVRO DIÁRIO 29 12 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS ............................ 29 13 TÉCNICAS DE ANÁLISE ........................................................................... 30 13.1 A Importância dos Índices nas Demonstrações financeiras ................. 30 13.2 Preparação e Reclassificação das Contas ........................................... 31 14 GRUPOS DE ÍNDICES ............................................................................... 31 15 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO ............................................................. 32 16 ÍNDICES DE LIQUIDEZ .............................................................................. 33 16.1 Liquidez Corrente ................................................................................. 33 16.2 Liquidez Imediata ................................................................................. 34 16.3 Liquidez Seca ....................................................................................... 34 16.4 Liquidez Geral ...................................................................................... 35 17 ÍNDICES DE ESTRUTURA ........................................................................ 36 17.1 Índices de Endividamento .................................................................... 36 17.2 Endividamento Geral ............................................................................ 37 17.3 Composição do Endividamento ............................................................ 38 17.4 Imobilização do Patrimônio Líquido ..................................................... 38 17.5 Imobilização de Recursos Permanentes .............................................. 39 18 ÍNDICES DE RENTABILIDADE .................................................................. 40 18.1 Giro do Ativo ........................................................................................ 41 18.2 Margem Líquida ................................................................................... 42 18.3 Margem Bruta ...................................................................................... 42 18.4 Margem Operacional ............................................................................ 43 18.5 Rentabilidade do Ativo ......................................................................... 43 18.6 Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL) ......................................... 44 18.7 Rentabilidade Líquida do Capital Investido em Estoques (RLCIE) ...... 44 19 ÍNDICES DE ROTATIVIDADE .................................................................... 44 19.1 Rotação Dos Estoques ........................................................................ 45 19.2 Prazo Médio de Rotação Dos Estoques (PMRE) ................................. 46 19.3 Rotação de Duplicatas a Receber (RDR)............................................. 46 19.4 Prazo Médio de Recebimento (PMR) ................................................... 47 19.5 Rotação de Duplicatas a Pagar (RDP) ................................................. 47 20 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (ROI) ........................................... 48 21 RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (RSPL) ............................ 48 22 LUCRO POR AÇÃO ................................................................................... 49 23 VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO ............................................................. 49 24 RELAÇÃO PREÇO/LUCRO ....................................................................... 49 25 DIVIDENDO POR AÇÃO ............................................................................ 50 26 GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA (GAF) ...................................... 50 27 GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL (GAO) ................................. 50 28 ESTRUTURA DE CAPITAL ........................................................................ 51 28.1 Imobilização do Capital Próprio ............................................................ 51 28.2 Imobilização Dos Recursos a Longo Prazo e do Patrimônio Líquido ... 51 28.3 Participação de Capitais de Terceiros Sobre Recursos Próprios ......... 52 29 ÍNDICES DE ANÁLISE BANCÁRIA ............................................................ 52 29.1 Índice de Descontos de Duplicatas ...................................................... 52 29.2 Reciprocidade Bancária ....................................................................... 52 29.3 Participação Dos Recursos Bancários Sobre o Capital de Terceiros ... 52 30 GRAU DE SOLVÊNCIA .............................................................................. 53 31 FATOR DE INSOLVÊNCIA - ÍNDICE DE KANITZ ...................................... 53 BIBLIOGRAFIA .................................................................................................... 56 1 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS E FINANCEIRAS Fonte: cloudswave.com O objetivo da Análise das Demonstrações Financeiras é oferecer um diagnóstico sobre a real situação econômico-financeira da organização, utilizando relatórios gerados pela Contabilidade e outras informações necessárias à análise, relacionando-se prioritariamente a utilização por parte de terceiros. O produto da análise é apresentado em forma de um relatório que inclui uma análise da estrutura, a composição do patrimônio e um conjunto de índices e indicadores que são cuidadosamente estudados e pelos quais é formada a conclusão do analista. As informações da análise estão voltadas para dentro e fora da empresa e não se limitam apenas a cálculo de meros indicadores de desempenho. Para que a análise possa espelhar a realidade de uma empresa, é necessário que o profissional de contabilidade tenha certeza dos números retratados nas Demonstrações Contábeis e quem efetivamente espelham a real situação líquida e patrimonial da entidade. No levantamento dos Balançose das demais Demonstrações Contábeis, que no Brasil são intituladas de Demonstrações Financeiras, são necessários vários procedimentos que estão detalhados nas NBC - Normas Brasileiras de Contabilidade, na http://www.cloudswave.com/ Lei das Sociedades por Ações, no Regulamento do Imposto de Renda e em normas expedidas pelo Banco Central do Brasil e pela Comissão de Valores Mobiliários. Então, para que o analista chegue a uma conclusão mais precisa, ele necessita saber se foram observados todos os procedimentos recomendados pelas normas em vigentes, sendo um destes requisitos a realização de auditoria financeira, fiscal, tributária e operacional. A análise de balanço é uma das principais ferramentas para auxiliar a tomadas de decisões e pode ser dividida em: a) Análise Contábil – tem por objetivo a análise de relatórios e demonstrações com a finalidade de fornecer informações numéricas preferencialmente de dois ou mais períodos de modo a instrumentar os administradores e acionistas, entre outros, que estejam interessados em conhecer a situação da empresa para que possam tomar decisões - subdivide-se em: Análise de estrutura; Análise de evolução; Análise por quocientes; Análise por diferenças absolutas. b) Análise Financeira – é a tradicionalmente efetuada através de indicadores para análise global e a curto, médio e longo prazo da velocidade do giro dos recursos. c) Análise da Alavancagem Financeira - é utilizada para medir o grau de utilização do capital de terceiros e seus efeitos na formação da taxa de retorno do capital próprio. d) Análise Econômica – é utilizada para mensurar a lucratividade, a rentabilidade do capital próprio, o lucro líquido por ação e o retorno de investimentos operacionais. Portanto, a verdadeira análise das Demonstrações Contábeis deve abranger: A avaliação de Ativos (Circulante, Realizável de Longo Prazo e Permanente) e Passivos (Circulante e Exigível a Longo Prazo) utilizando- se os princípios e demais regras constantes das Normas Brasileiras de Contabilidade, da Lei das S/A, do Regulamento do Imposto de Renda; A análise das receitas e despesas, principalmente no que se refere à apuração de fraudes documentais com o intuito de manipulação de resultados; A verificação e a apuração de ações administrativas ou judiciais tanto ativas como passivas de cunho trabalhista, previdenciário, fiscal e tributário; A avaliação de riscos e de capital mínimo, no caso das instituições do SFN, segundo a Resolução CMN 2099 (Acordo da Basiléia), incluindo limites de endividamento, de risco e capital mínimo e de imobilização e de determinados tipos de operações. No universo de analistas de balanço também existem profissionais que têm competência técnica e legal e que querem fazer a coisa tecnicamente perfeita e de forma absolutamente séria. O grande problema é que os profissionais de contabilidade enfrentam enormes dificuldades para conseguir desempenhar essa função de analista de balanços, que os leigos não conseguem medir por absoluta falta de competência técnica e legal. Entre as dificuldades, estão principalmente: A falta de clareza das demonstrações contábeis e a falta de informações mais precisas nas notas explicativas e em outras peças auxiliares dos balanços; A falta de vontade dos representantes de algumas entidades de prestar as informações necessárias para que o profissional especializado possa efetuar a perfeita análise; A falta de auditoria operacional, patrimonial, financeira, fiscal e tributária das demonstrações contábeis das entidades de capital fechado e A falta de credibilidade nos pareceres emitidos por alguns auditores “independentes”. Antes de dar início a qualquer análise contábil, o analista deve atentar para alguns aspectos fundamentais, tais como: a) Se a empresa opera simultaneamente em vários ramos de atividade; b) A possibilidade da existência de manipulação das demonstrações contábeis; c) Se as notas explicativas relatam os fatos que não são esclarecidos pelas demais demonstrações; d) Cuidado com a correta interpretação de índices; e) Necessidade de reclassificação de contas do Balanço Patrimonial; f) Não considerar qualquer indicador isoladamente; g) Apreciar os indicadores em uma série de anos, pelo menos 3 (três); h) Comparar os índices encontrados com índices-padrão, ou seja, índices das empresas concorrentes. 1.1 Objetivos da análise Fonte: cienciascontabeis.com.br Através da análise das demonstrações contábeis é possível avaliar o desempenho da gestão econômica, financeira e patrimonial das empresas, quanto aos períodos passados, confrontando-o ou não com metas ou diretrizes preestabelecidas. É possível ainda realizar comparações com as tendências regionais ou dos segmentos onde a empresa esteja inserida, determinando também as perspectivas futuras de rentabilidade ou continuidade dos negócios, possibilitando aos gestores tomarem decisões de financiamentos e investimentos, bem como implementarem mudanças de práticas, caso as tendências projetadas sinalizem um cenário não condizente com as políticas até então estabelecidas, ou até mesmo subsidiar o estabelecimento de novos rumos. Abaixo, temos um quadro resumo com os principais objetivos, de acordo com a necessidade dos usuários das informações contábeis: 2 CONJUNTO COMPLETO DE DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS COMITÊ DE PRONUNCIAMENTOS CONTÁBEIS PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 26 (R1) Apresentação das Demonstrações Contábeis Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 1 (IASB – BV 2011). 10. O conjunto completo de demonstrações contábeis inclui: (a) balanço patrimonial ao final do período; (b1) demonstração do resultado do período; (b2) demonstração do resultado abrangente do período; (c) demonstração das mutações do patrimônio líquido do período; (d) demonstração dos fluxos de caixa do período; (e) notas explicativas, compreendendo um resumo das políticas contábeis significativas e outras informações elucidativas; (ea) informações comparativas com o período anterior, conforme especificado nos itens 38 e38A; (Incluída pela Revisão CPC 03) (f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplica uma política contábil retrospectivamente ou procede à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou ainda quando procede à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis; e (f) balanço patrimonial do início do período mais antigo, comparativamente apresentado, quando a entidade aplicar uma política contábil retrospectivamente ou proceder à reapresentação retrospectiva de itens das demonstrações contábeis, ou quando proceder à reclassificação de itens de suas demonstrações contábeis de acordo com os itens 40A a 40D; e (Alterada pela Revisão CPC 03) (g) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente. (f1) demonstração do valor adicionado do período, conforme Pronunciamento Técnico CPC 09, se exigido legalmente ou por algum órgão regulador ou mesmo se apresentada voluntariamente. (Alterada pela Revisão CPC 03) A entidade pode usar outros títulos nas demonstrações em vez daqueles usados neste Pronunciamento Técnico, desde que não contrarie a legislação societária brasileira vigente. No entanto, em outros pronunciamentos encontram-se definições como demonstrações individuais, demonstrações consolidadas, demonstrações separadas, demonstrações combinadas e demonstrações intermediárias. 3 DEMONTRAÇÕES CONTÁBEIS 3.1 Demonstrações Contábeis Individuais As demonstrações contábeis individuais são a representação estruturada da posição patrimonial e financeira e do desempenho da entidade.O objetivo das demonstrações contábeis individuais é o de proporcionar informação acerca da posição patrimonial e financeira, do desempenho e dos fluxos de caixa da entidade que seja útil a um grande número de usuários em suas avaliações e tomada de decisões econômicas. Estes demonstrativos também objetivam apresentar os resultados da atuação da administração na gestão da entidade e sua capacitação na prestação de contas quanto aos recursos que lhe foram confiados. Para satisfazer a esse objetivo, as demonstrações contábeis proporcionam informação da entidade acerca do seguinte: a) Ativos; b) Passivos; c) Patrimônio líquido; d) Receitas e despesas, incluindo ganhos e perdas; e) Alterações no capital próprio mediante integralizações dos proprietários e distribuições a eles; f) Fluxos de caixa. Essas informações, juntamente com outras informações constantes das notas explicativas, ajudam os usuários das demonstrações contábeis na previsão dos futuros fluxos de caixa da entidade e, em particular, a época e o grau de certeza de sua geração. O CPC 26 ainda traz um outro conceito intitulado “Demonstrações Contábeis de Propósito Geral” e explica como sendo aquelas cujo propósito reside no atendimento das necessidades informacionais de usuários externos que não se encontram em condições de requerer relatórios especificamente planejados para atender às suas necessidades peculiares. 3.2 Demonstrações Contábeis Consolidadas Segundo o CPC 36, as demonstrações consolidadas são as demonstrações contábeis de um conjunto de entidades (grupo econômico), apresentadas como se fossem as de uma única entidade econômica. A controladora deve apresentar as demonstrações contábeis consolidadas nas quais os investimentos em controladas estão consolidados de acordo com o requerido nos pronunciamentos do CPC e nas normas contábeis vigentes. 3.3 Demonstrações Contábeis Separadas As demonstrações separadas são aquelas apresentadas por uma controladora, um investidor em coligada ou um empreendedor em uma entidade controlada em conjunto, nas quais os investimentos são contabilizados com base no valor do interesse direto no patrimônio (direct equity interest), em vez de nos resultados divulgados e nos valores contábeis dos ativos líquidos das investidas. Não se confundem com as demonstrações contábeis individuais. As demonstrações contábeis separadas são apresentadas adicionalmente às demonstrações contábeis consolidadas e às demonstrações contábeis individuais nas quais os investimentos em controladas, coligadas e em empreendimentos controlados em conjunto são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial. As demonstrações contábeis separadas podem ou não ser apresentadas juntamente com as demonstrações consolidadas. 3.4 Demonstrações Contábeis Combinadas O CPC 15 define estes demonstrativos como os que serão feitos sempre que houver combinação de negócios e exige que os ativos adquiridos e os passivos assumidos constituam um negócio. Se os ativos adquiridos não constituem um negócio, a entidade deve contabilizar a operação ou evento como aquisição de ativos. 3.5 Demonstrações Contábeis Intermediárias Estas podem ser descritas como a demonstração contábil que contém um conjunto completo de demonstrações contábeis ou um conjunto de demonstrações contábeis condensadas de um período intermediário. É importante salientar que, a entidade cujas demonstrações contábeis estão em conformidade com os Pronunciamentos, Interpretações e Orientações do CPC, deve declarar de forma explícita e sem reservas essa conformidade nas notas explicativas. A entidade não deve descrever suas demonstrações contábeis como estando de acordo com estas normas a menos que cumpra todos os seus requisitos. A entidade deve apresentar com igualdade de importância todos os demonstrativos contábeis que façam parte do conjunto completo de informes contábeis. 4 A NOVA LEI CONTÁBIL Após sete longos anos de tramitação o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei nº 11.638/2007, publicada na Edição Extra do Diário Oficial da União de 28.12.2007, que passa a vigorar a partir de 01.01.2008. O trecho que alterava o Art. 181 da Lei 6.404/76 que define o que pode ser classificado como resultados de exercícios futuros; teve o veto presidencial já que a nova lei contábil ampliava o alcance desse artigo, incluindo operações feitas entre empresas de um mesmo grupo (controladoras e controladas). Na visão da Receita Federal, que sugeriu o veto presidencial, a nova redação poderia causar problemas para o controle fiscal das empresas, já que poderia "gerar inobservância do regime de competência" no Balanço das empresas, especialmente se a controlada ou controladora for domiciliada no exterior. A nova legislação harmoniza a contabilidade brasileira aos padrões internacionais, o que facilita o investimento estrangeiro. Além disso, obriga as grandes empresas de capital fechado a divulgarem seus balanços. Com as novas regras, diversas alterações significativas ocorreram, dentre as quais destacamos: a) A Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos - DOAR foi extinta; http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm b) Torna-se obrigatória a elaboração e publicação da Demonstração dos Fluxos de Caixa - DFC e da Demonstração do Valor Adicionado – DVA; c) A DFC não é obrigatória às pessoas jurídicas com patrimônio líquido inferior a R$ 2.000.000,00 (dois milhões de reais); d) A DVA é exigida para todas as companhias abertas; e) O Ativo Permanente agora possui um novo grupo chamado “Intangível”, além dos já existentes “Investimentos”, “Imobilizado” e “Diferido”; f) Fora extinta a “Reserva de Reavaliação” que deu lugar a conta “Ajustes de Avaliação Patrimonial” que possui características diferentes; g) Ainda no Patrimônio líquido, fora incluído também a rubrica “Ações em Tesouraria”; h) Foram extintas as reservas de capital “Prêmio Recebido na Emissão de Debêntures” e “Doações e Subvenções para Investimentos”, sendo esta última, controlada na conta “Reserva de Incentivos Fiscais” e poderá ser excluída da base de cálculo dos dividendos obrigatórios; i) A conta "Lucros e Prejuízos Acumulados", deixa de existir, dando lugar a conta "Prejuízos Acumulados", assim o resultado positivo deve ser controlado nas contas de reservas de lucros ou destinado de acordo com a determinação social. j) Ocorreram alterações para a avaliação dos investimentos pelo Método da Equivalência Patrimonial que agora, não mais precisam ser relevantes. Além das alterações relacionadas, foram adequados os critérios de avaliação dos ativos e passivos, a fim de contemplar os novos grupos de contas. A Comissão de Valores Mobiliários – CVM, deverá elaborar normas de acordo com os padrões internacionais que se tornarão obrigatórias para as sociedades abertas e grandes empresas e poderão ser observadas pelas demais sociedades. 5 BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço Patrimonial está regulamentado nos Artigos 178 a 184 da Lei nº 6.404/1976, com as alterações implementadas pela Lei nº 11.638/2007 e 11.941/2009. No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: Ativo Circulante; Ativo Não- Circulante, composto por Ativo Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado e Intangível. No Passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: Passivo Circulante; Passivo Não-Circulante; e Patrimônio Líquido, dividido em Capital Social, Reservas de Capital, Ajustes de Avaliação Patrimonial, Reservas de Lucros, Ações em Tesouraria e Prejuízos Acumulados. Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. No balanço patrimonial,as contas deverão ser classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da empresa. De acordo com o § 1º do artigo 176 da Lei 6.404/76, as demonstrações de cada exercício serão publicadas com a indicação dos valores correspondentes das demonstrações do exercício anterior, para fins de comparação. O Balanço Patrimonial é constituído pelo: - Ativo: Compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, originados de eventos ocorridos. Todas as contas do Ativo encontram-se discriminadas no lado esquerdo do Balanço Patrimonial e são classificadas em ordem decrescente do grau de liquidez dos elementos patrimoniais que representam. Ou seja, de acordo com a rapidez com que podem ser convertidas em dinheiro (ordem de liquidar as dívidas, de pagar os compromissos). http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm Os itens de maior liquidez aparecem no começo do Ativo, já os de menor liquidez aparecem em último lugar. Ex.: a conta Caixa é a de maior liquidez, encontrando-se no topo. Já a conta Máquinas e Equipamentos tem uma liquidez menor, encontrando-se classificada mais abaixo, pois não possui o mesmo potencial que a conta Caixa para ser convertida em dinheiro. - Passivo: Compreende as origens de recursos representados pelas obrigações para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a sua liquidação. Todas as contas do Passivo encontram-se discriminadas no lado direito do Balanço Patrimonial e são classificadas segundo a ordem decrescente de exigibilidade. As contas são originadas de recursos de terceiros e são classificadas de acordo com o seu vencimento, isto é, aquelas contas que serão liquidadas mais rapidamente (curto prazo) aparecem no topo da coluna do Passivo, e as que serão pagas em um prazo maior (longo prazo) aparecem mais para o final. - Patrimônio Líquido: Compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. Já no Patrimônio Líquido (PL) (que faz parte do Passivo), também do lado direito do Balanço Patrimonial, as contas são originadas de recursos próprios, como investimentos feitos pelos proprietários (dinheiro aplicado) para abertura da empresa, por reserva de lucros, prejuízos ou lucros acumulados, etc. Quando o saldo do PL aumenta, significa que a empresa ficou mais rica. Quando o saldo do PL diminui, significa que ela ficou mais pobre. Os elementos da mesma natureza e os saldos se reduzido valor quando agrupados, e desde que seja indicada a sua natureza e nunca devem ultrapassar, no total, um décimo do valor do respectivo grupo de contas, sendo vedada a utilização de títulos genéricos como "diversas contas" ou "contas correntes". http://www.portaldecontabilidade.com.br/guia/pl.htm Importante! É importante saber que os Lucros Acumulados só podem existir em empresas de pequeno porte. Nas Sociedades por Ações (SAs, Companhias, empresas de grande porte), deve haver distribuição de lucros, sendo a conta Lucros Acumulados uma conta transitória usada para a transferência do lucro apurado do exercício. De acordo com a Lei 11.638/07, torna-se obrigatória a destinação total dos Lucros nas SAs e empresas de grande porte. Sociedades de Grande Porte são empresas que apresentaram faturamento superior a 300 milhões de reais no exercício imediatamente anterior ao que estamos encerrando. Adicionalmente, são também consideradas de grande porte empresas com ativos iguais ou superiores a 240 milhões de reais. 5.1 Procedimentos para elaboração do Balanço Ao término do exercício, como se faz em todos os meses, procede-se ao levantamento do balancete de verificação, com o objetivo de conhecer os saldos das contas do razão e conferir sua exatidão. No balancete são relacionadas todas as contas utilizadas pela empresa, quer patrimoniais quer de resultado, demonstrando seus débitos, créditos e saldos. As contas do balancete, no fim do exercício, sejam patrimoniais ou de resultado, nem sempre representam, entretanto, os valores reais do patrimônio, naquela data, nem as variações patrimoniais do exercício, porque os registros contábeis não acompanham a dinâmica patrimonial no mesmo ritmo em que ela se desenvolve. Desta forma, muitos dos componentes patrimoniais aumentam ou diminuem de valor, sem que a contabilidade registre tais variações, bem como muitas das receitas e despesas, recebidas ou pagas durante o exercício, não correspondem realmente aos ingressos e ao custo do período. Daí a necessidade de se proceder ao ajuste das contas patrimoniais e de resultado, na data do levantamento do balanço, para que elas representem, em realidade, os componentes do patrimônio nessa data, bem como suas variações no exercício. 5.2 Conciliações dos Saldos Contábeis A conciliação consiste, basicamente, na comparação do saldo de uma conta com uma informação externa à contabilidade, de maneira que se possa ter certeza quanto à exatidão do saldo em análise. As fontes de informações mais usuais para verificação dos registros contábeis são os livros fiscais, os extratos bancários, as posições de financiamentos e carteiras de cobranças, as folhas de pagamento, os controles de caixa, etc. 5.3 Ajustes e Reclassificações patrimoniais Para elaboração do balanço devem ser efetuados vários ajustes e reclassificações nas contas patrimoniais, como estoques, empréstimos, etc. Calcula-se também a provisão para o Imposto de Renda e a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, de acordo com as normas tributárias vigentes, fazendo-se a respectiva contabilização. 5.4 Lançamentos de encerramento do exercício Para apuração do resultado do exercício, faz-se os lançamentos de encerramento, debitando-se as contas de receitas e creditando-se uma conta transitória, chamada de “apuração do resultado do exercício”. O inverso é efetuado nas contas de despesas e custos, debitando-se a conta “Apuração do Resultado do Exercício” e creditando-se as contas de custos ou despesas. O saldo da conta “Apuração do Resultado do Exercício” será então transferida para a conta de “Resultados a Destinar”, sendo distribuída para outras contas patrimoniais, conforme proposta da administração. http://www.portaltributario.com.br/tributos/irpj.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html http://www.portaltributario.com.br/tributos/csl.html Após os ajustes pertinentes e lançamentos de encerramento das contas de resultado, as contas remanescentes são apenas as contas patrimoniais, que devem ser separadas e classificadas em grupos para elaboração do balanço patrimonial, sendo que o saldo do ativo deve ser igual ao do passivo. De acordo com a Lei nº 11.638/07, MP nº 449/08 e Resolução CFC nº 1.121/08, a nova estrutura do Balanço Patrimonial passa a ser a seguinte: Balanço Patrimonial Ativo Passivo Ativo Circulante Passivo Circulante Ativo Não Circulante Passivo não Circulante Realizável a Longo Prazo Patrimônio Líquido Investimento Capital Social Imobilizado (-) Gastos com Emissão de Ações Intangível Reservas de Capital Opções Outorgadas Reconhecidas Reservas de Lucros (-) Ações em Tesouraria Ajustes de Avaliação Patrimonial Ajustes Acumulados de Conversão Prejuízos Acumulados 6 DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE) A DRE (Demonstração do Resultado do Exercício) é um documento contábil elaborado em conjunto com o balanço patrimonial. Trata-se de uma ferramenta utilizada também para analisar se o negócio em questão está sendo lucrativo ou está trazendo prejuízo. Ela foi instituída pelas leis: Lei 6.404 Art. 187 e lei n° 11.638/07. A Demonstraçãodo Resultado do Exercício deve ser elaborada obedecendo sempre ao princípio do Regime de Competência, de modo que as receitas e as despesas sejam lançadas no período que aconteceram, e não somente quando recebidas ou pagas. Seu objetivo é detalhar a composição do Resultado Líquido de uma empresa no período de seu exercício financeiro, normalmente de janeiro a dezembro. 6.1 A Estrutura de uma DRE O mais importante que se entenda em uma DRE é a sua estrutura específica, que dependerá do porte da empresa. A Lei 6.404 art.187 determina que a demonstração do resultado do exercício deva descriminar: I. A receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos; II. A receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto; III. As despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais; IV. O lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas; V. O resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto; VI. As participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa; VII. O lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social. Na determinação do resultado do exercício serão computados: 1) Sua realização em moeda; 2) Os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos. Basicamente primeiro apresenta-se a Receita Bruta de Vendas. Dela deduz-se: devoluções de vendas, abatimentos, descontos comerciais e impostos. O resultado será a Receita Líquida; Da Receita Líquida, deduzem-se os custos das vendas. O resultado será o Lucro Bruto; Do Lucro Bruto, deduzem-se todas as despesas da operação (financeiras, operacionais, administrativas, etc). Inversamente, acrescentam-se as receitas operacionais e o resultado será o Lucro (ou prejuízo) operacional líquido. A partir desse resultado, serão acrescentados (ou dele deduzidos) os resultados não operacionais, tais como as participações de debenturistas, empregados, administradores, partes beneficiárias, etc. Chega-se então ao Lucro Líquido do Exercício (LLE), objetivo final de toda DRE. Exemplo: Receita Bruta de Vendas (-) Deduções e Abatimentos (=) Receita Líquida de Vendas (-) CPV/CMV/CSP (=) Resultado Bruto (-) Despesas com Vendas (-) Despesas Administrativas (-) Outras Despesas (+) Outras Receitas (-) Despesas Financeiras (+) Receitas Financeiras (=) Resultado Antes do IR/CSLL (-) IR/CSLL (=) Resultado Líquido do Exercício Fonte:capitalsocial.cnt.br 7 DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA Comitê de Pronunciamentos Contábeis Pronunciamento Técnico CPC 03 (R2) Demonstração dos Fluxos de Caixa Correlação às Normas Internacionais de Contabilidade – IAS 7 (IASB – BV2010) A Demonstração dos Fluxos de Caixa deverá demonstrar as alterações ocorridas, durante o exercício, no saldo de caixa e equivalentes de caixa, segregando-se essas alterações em, no mínimo, 3 (três) fluxos (Lei nº 11.638/2007): a) das operações; b) dos financiamentos; e c) dos investimentos. A companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$2.000.000,00 (dois milhões de reais), não será obrigada à elaboração e publicação da demonstração dos fluxos de caixa (Art. 1º da Lei nº 11.638/2007). A demonstração dos fluxos de caixa, quando usada em conjunto com as demais demonstrações contábeis, proporciona informações que permitem que os usuários avaliem as mudanças nos ativos líquidos da entidade, sua estrutura financeira (inclusive sua liquidez e solvência) e sua capacidade para mudar os montantes e a época de ocorrência dos fluxos de caixa, a fim de adaptá-los às mudanças nas circunstâncias e oportunidades. As informações sobre os fluxos de caixa são úteis para avaliar a capacidade de a entidade gerar caixa e equivalentes de caixa e possibilitam aos usuários desenvolver modelos para avaliar e comparar o valor presente dos fluxos de caixa futuros de diferentes entidades. A demonstração dos fluxos de caixa também concorre para o incremento da comparabilidade na apresentação do desempenho operacional por diferentes entidades, visto que reduz os efeitos decorrentes do uso de diferentes critérios contábeis para as mesmas transações e eventos. Informações históricas dos fluxos de caixa são frequentemente utilizadas como indicador do montante, época de ocorrência e grau de certeza dos fluxos de caixa futuros. Também são úteis para averiguar a exatidão das estimativas passadas dos fluxos de caixa futuros, assim como para examinar a relação entre lucratividade e fluxos de caixa líquidos e o impacto das mudanças de preços. A demonstração dos fluxos de caixa deve apresentar os fluxos de caixa do período classificados por atividades operacionais, de investimento e de financiamento. A entidade deve apresentar seus fluxos de caixa advindos das atividades operacionais, de investimento e de financiamento da forma que seja mais apropriada aos seus negócios. A classificação por atividade proporciona informações que permitem aos usuários avaliar o impacto de tais atividades sobre a posição financeira da entidade e o montante de seu caixa e equivalentes de caixa. Essas informações podem ser usadas também para avaliar a relação entre essas atividades. Uma única transação pode incluir fluxos de caixa classificados em mais de uma atividade. Por exemplo, quando o desembolso de caixa para pagamento de empréstimo inclui tanto os juros como o principal, a parte dos juros pode ser classificada como atividade operacional, mas a parte do principal deve ser classificada como atividade de financiamento. Os fluxos de caixa advindos das atividades operacionais são basicamente derivados das principais atividades geradoras de receita da entidade. Portanto, eles geralmente resultam de transações e de outros eventos que entram na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Exemplos de fluxos de caixa que decorrem das atividades operacionais são: (a) recebimentos de caixa pela venda de mercadorias e pela prestação de serviços; (b) recebimentos de caixa decorrentes de royalties, honorários, comissões e outras receitas; (c) pagamentos de caixa a fornecedores de mercadorias e serviços; (d) pagamentos de caixa a empregados ou por conta de empregados; (e) recebimentos e pagamentos de caixa por seguradora de prêmios e sinistros, anuidades e outros benefícios da apólice; (f) pagamentos ou restituição de caixa de impostos sobre a renda, a menos que possam ser especificamente identificados com as atividades de financiamento ou de investimento; e (g) recebimentos e pagamentos de caixa de contratos mantidos para negociação imediata ou disponíveis para venda futura. Algumas transações, como a venda de item do imobilizado, podem resultar em ganho ou perda, que é incluído na apuração do lucro líquido ou prejuízo. Os fluxos de caixa relativos a tais transações são fluxos de caixa provenientes de atividades de investimento. Entretanto, pagamentos em caixa para a produção ou a aquisição de ativos mantidos para aluguel a terceiros que, em sequência, são vendidos, conforme descrito no item 68A do Pronunciamento Técnico CPC 27 - Ativo Imobilizado, são fluxos de caixa advindos das atividades operacionais. Os recebimentos de aluguéis e das vendas subsequentes de tais ativos são também fluxos de caixa das atividades operacionais. 8 DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO Na demonstração do valor adicionado deverá ser demonstrado o valor da riqueza gerada pela companhia,a sua distribuição entre os elementos que contribuíram para a geração dessa riqueza, tais como empregados, financiadores, acionistas, governo e outros, bem como a parcela da riqueza não distribuída. A DVA CPC 09 está fundamentada em conceitos macroeconômicos, buscando apresentar, eliminados os valores que representam dupla-contagem, a parcela de contribuição que a entidade tem na formação do Produto Interno Bruto (PIB). Essa demonstração apresenta o quanto a entidade agrega de valor aos insumos adquiridos de terceiros e que são vendidos ou consumidos durante determinado período. Existem, todavia, diferenças temporais entre os modelos contábil e econômico no cálculo do valor adicionado. A ciência econômica, para cálculo do PIB, baseia-se na produção, enquanto a contabilidade utiliza o conceito contábil da realização da receita, isto é, baseia-se no regime contábil de competência. Como os momentos de realização da produção e das vendas são normalmente diferentes, os valores calculados para o PIB por meio dos conceitos oriundos da Economia e os da Contabilidade são naturalmente diferentes em cada período. Essas diferenças serão tanto menores quanto menores forem as diferenças entre os estoques inicial e final para o período considerado. Em outras palavras, admitindo-se a inexistência de estoques inicial e final, os valores encontrados com a utilização de conceitos econômicos e contábeis convergirão. Para os investidores e outros usuários, essa demonstração proporciona o conhecimento de informações de natureza econômica e social e oferece a possibilidade de melhor avaliação das atividades da entidade dentro da sociedade na qual está inserida. A decisão de recebimento por uma comunidade (Município, Estado e a própria Federação) de investimento pode ter nessa demonstração um instrumento de extrema utilidade e com informações que, por exemplo, a demonstração de resultados por si só não é capaz de oferecer. A DVA elaborada por segmento (tipo de clientes, atividades, produtos, área geográfica e outros) pode representar informações ainda mais valiosas no auxílio da formulação de predições e, enquanto não houver um pronunciamento específico do CPC sobre segmentos, sua divulgação é incentivada. 9 DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO A Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é uma demonstração facultativa e, de acordo com o parágrafo 2º do artigo 186 da Lei nº 6.404/1976, poderá incorporar a Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA). Entretanto, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), através da Instrução CVM nº 59/1986, tornou de caráter obrigatório a elaboração e publicação desta demonstração, para as companhias abertas, em substituição à demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados. Fonte: portaldecontabilidade.com.br As contas que formam o Patrimônio Líquido podem sofrer variações por inúmeros motivos, tais como: 1 - Itens que afetam o patrimônio total: a) acréscimo pelo lucro ou redução pelo prejuízo líquido do exercício; b) redução por dividendos; c) acréscimo por reavaliação de ativos (quando o resultado for credor); d) acréscimo por doações e subvenções para investimentos recebidos; e) acréscimo por subscrição e integralização de capital; f) acréscimo pelo recebimento de valor que exceda o valor nominal das ações integralizadas ou o preço de emissão das ações sem valor nominal; g) acréscimo pelo valor da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição; h) acréscimo por prêmio recebido na emissão de debêntures; i) redução por ações próprias adquiridas ou acréscimo por sua venda; j) acréscimo ou redução por ajuste de exercícios anteriores. 2 - Itens que não afetam o total do patrimônio: a) aumento de capital com utilização de lucros e reservas; b) apropriações do lucro líquido do exercício reduzindo a conta Lucros Acumulados para formação de reservas, como Reserva Legal, Reserva de Lucros a Realizar, Reserva para Contingência e outras; c) reversões de reservas patrimoniais para a conta de Lucros ou Prejuízos acumulados; d) compensação de Prejuízos com Reservas. A elaboração da Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido é relativamente simples, pois basta representar, de forma sumária e coordenada, a movimentação ocorrida durante o exercício nas diversas contas do Patrimônio Líquido, isto é, Capital, Reservas de Capital, Reservas de Lucros, Reservas de Reavaliação, Ações em Tesouraria e Lucros ou Prejuízos Acumulados. Utiliza-se uma coluna para cada uma das contas do patrimônio da empresa, incluindo uma conta total, que representa a soma dos saldos ou transações de todas as contas individuais. Essa movimentação deve ser extraída das fichas de razão dessas contas. As transações e seus valores são transcritos nas colunas respectivas, mas de forma coordenada. Por exemplo, se temos um aumento de capital com lucros e reservas, na linha correspondente a essa transação, transcreve-se o acréscimo na coluna de capital pelo valor do aumento e, na mesma linha, as reduções nas contas de reservas e lucros utilizadas no aumento de capital pelos valores correspondentes. 10 NOTAS EXPLICATIVAS Conforme o § 4º do art. 176 da Lei nº 6.404/1976, as demonstrações financeiras das sociedades por ações deverão ser complementadas por notas explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis, necessários para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do exercício. Ainda no § 5º do art. 176 da Lei nº 6.404/1976, com a redação dada pela Lei nº 11.941/2009, está determinado que as notas deverão indicar: a) apresentar informações sobre a base de preparação das demonstrações financeiras e das práticas contábeis específicas selecionadas e aplicadas para negócios e eventos significativos; b) divulgar as informações exigidas pelas práticas contábeis adotadas no Brasil que não estejam apresentadas em nenhuma outra parte das demonstrações financeiras; c) fornecer informações adicionais não indicadas nas próprias demonstrações financeiras e consideradas necessárias para uma apresentação adequada; e d) indicar: d.1) os principais critérios de avaliação dos elementos patrimoniais, especialmente estoques, dos cálculos de depreciação, amortização e exaustão, de constituição de provisões para encargos ou riscos, e dos ajustes para atender a perdas prováveis na realização de elementos do ativo; d.2) os investimentos em outras sociedades, quando relevantes (Art. 247, parágrafo único, da Lei nº 6.404/1976); d.3) o aumento de valor de elementos do ativo resultante de novas avaliações (Art.182, § 3º, da Lei nº 6.404/1976); d.4) os ônus reais constituídos sobre elementos do ativo, as garantias prestadas a terceiros e outras responsabilidades eventuais ou contingentes; d.5) a taxa de juros, as datas de vencimento e as garantias das obrigações a longo prazo; d.6) o número, espécies e classes das ações do capital social; d.7) as opções de compra de ações outorgadas e exercidas no exercício; d.8) os ajustes de exercícios anteriores (Art. 186, § 1º, da Lei nº 6.404/1976); e d.9) os eventos subsequentes à data de encerramento do exercício que tenham, ou possam vir a ter, efeito relevante sobre a situação financeira e os resultados futuros da companhia. 11 TRANSCRIÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS NO LIVRO DIÁRIO O item 13 da Norma NBC ITG 2000, aprovada pela Resolução CFC nº 1.330/2011, determina que o Balanço e as demais Demonstrações Contábeis de encerramento do exercício devem ser transcritas no Livro Diário, completando-se com as assinaturas do contabilista e do titular da empresa. Igual procedimento será adotado quanto às demonstrações contábeis elaboradas por força de disposições legais, contratuais ou estatutárias. Também o § 2º do Art 1.184 da Lei nº 10.406 determina que serão lançados nLivro Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária. 12 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS CONSOLIDADAS As demonstrações financeiras consolidadas compreendem o Balanço Patrimonial Consolidado, a Demonstração Consolidada do Resultado do Exercício e a Demonstração Consolidada das Demonstrações dos Fluxos de Caixa e do Valor Adicionado, complementados por notas explicativas e outros quadros analíticos necessários para esclarecimento da situação patrimonial. Estão obrigadas à elaboração e publicação de demonstrações financeiras consolidadas (além das suas próprias demonstrações financeiras), de acordo com os arts. 249 e 250 da Lei nº 6.404/1976 e a Resolução CFC nº 1.426/2013: a) A companhia aberta que tiver mais de 30% (trinta por cento) do valor do seu Patrimônio Líquido representado por investimentos em sociedades controladas; e b) A sociedade de comando de grupo de sociedades que inclua companhia aberta. 13 TÉCNICAS DE ANÁLISE A Ciência Contábil faz uso de várias técnicas para conseguir o seu objetivo maior (informação). Dentre elas podemos destacar o fluxo: Assim, quando dizemos que estudamos uma determinada técnica de análise, na verdade estamos nos aprofundando em uma técnica contábil denominada análise das demonstrações contábeis. 13.1 A Importância dos Índices nas Demonstrações financeiras O índice é uma relação entre as contas do mesmo grupo ou entre as contas de grupos diferentes que compõem as Demonstrações Financeiras. Através da utilização dos índices, o analista tem uma visão mais detalhada da situação econômica ou financeira da empresa. No entanto, é bom lembrar que não é só através da análise de alguns índices que se tem um resultado final sobre o desempenho da empresa. Para que se possa fornecer um laudo final, o profissional precisa utilizar-se de vários componentes de análise específicos sobre a estrutura financeira e econômica da empresa, bem como estabelecer comparações com os índices apurados em anos anteriores e com os índices apurados em outras empresas que exploram a mesma atividade econômica da empresa analisada. 13.2 Preparação e Reclassificação das Contas O primeiro passo para análise é averiguar se estamos de posse de todas as demonstrações financeiras, inclusive notas explicativas, de pelo menos dois períodos. Em seguida, deveremos averiguar a autenticidade das demonstrações financeiras. O Parecer de Auditoria nas demonstrações financeiras dá uma satisfatória margem de confiabilidade para o analista. Todavia, não havendo Parecer da Auditoria, deverão ser tomados alguns cuidados, recomendando-se ao analista uma dose maior de conservadorismo. O segundo passo é preparar as demonstrações financeiras de forma conveniente para a análise. A esta etapa denominamos reclassificação de itens nas demonstrações financeiras. Significa uma nova classificação, um novo reagrupamento de algumas contas nas demonstrações financeiras, sobretudo no balanço patrimonial e demonstração do resultado do exercício, para melhorar a eficiência da análise, como é o caso, por exemplo, das contas: duplicatas descontadas, despesas do exercício seguinte, despesas e receitas diferidas, receitas/despesa financeira, etc. 14 GRUPOS DE ÍNDICES Para análise das Demonstrações Financeiras, pode-se utilizar os seguintes grupos de índices: a) índices de liquidez - são utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade financeira para saldar seus compromissos; b) índices de estrutura - indicam a segurança oferecida pela empresa aos seus credores que representam o capital alheio, bem como revelam a sua política de obtenção de outros recursos e suas respectivas alocações; c) índices de rentabilidade - interpretam o desempenho global da empresa, medindo a capacidade da geração de lucros. 15 CAPITAL CIRCULANTE LÍQUIDO O Capital Circulante Líquido representa a capacidade financeira da empresa a curto prazo. Quando este índice é positivo, indica que a empresa tem capacidade de pagar suas dívidas a curto prazo, e ainda financiar suas atividades com recursos próprios. O Capital Circulante Líquido é encontrado através da seguinte fórmula: CCL = AC - PC Onde: CCL = Capital Circulante Líquido AC = Ativo Circulante PC = Passivo Circulante Quando o Ativo Circulante é maior do que o Passivo Circulante, tem-se um Capital Circulante Líquido próprio. AC>PC = CCL PRÓPRIO Quando o Ativo Circulante é menor do que o Passivo Circulante se tem um Capital Circulante Líquido negativo ou de terceiros. AC Quando o Ativo Circulante é igual ao Passivo Circulante, tem-se um Capital Circulante Líquido Nulo. AC = PC = CCL NULO 16 ÍNDICES DE LIQUIDEZ Os índices de liquidez indicam a estrutura da situação econômica da empresa. São utilizados para avaliar a capacidade de pagamento da empresa, isto é, constituem uma apreciação sobre se a empresa tem capacidade para saldar seus compromissos. A empresa que apresenta bons índices de liquidez demonstra possuir capacidade de pagar os seus credores. Os principais índices de liquidez são: a) Liquidez corrente; b) Liquidez imediata; c) Liquidez seca; d) Liquidez geral 16.1 Liquidez Corrente Através deste índice pode-se verificar a capacidade da empresa em pagar seus compromissos a curto prazo, ou seja, liquidar as dívidas com vencimentos ao longo do exercício seguinte. O índice de liquidez corrente é encontrado através da seguinte fórmula: LIQUIDEZ CORRENTE = ATIVO CIRCULANTE PASSIVO CIRCULANTE Ou LC = AC PC O índice de liquidez corrente indica quanto à empresa tem no Ativo Circulante para cada Real (R$ 1,00) de Passivo Circulante. Sempre que o índice for superior a 1 (um), existe um capital circulante positivo, ou seja, quanto maior este índice melhor a situação da empresa. 16.2 Liquidez Imediata Também conhecida como liquidez instantânea, este índice avalia o poder da empresa em pagar de uma só vez todas as suas obrigações com vencimentos ao longo do exercício seguinte (curto prazo). A liquidez imediata ou instantânea será calculada através da seguinte fórmula: LIQUIDEZ IMEDIATA = DISPONIBILIDADES PASSIVO CIRCULANTE Este índice compreende a relação das disponibilidades imediatas com que a empresa conta para liquidar suas obrigações vencidas e não pagas, bem como as que vencerão dentro do exercício seguinte. A liquidez imediata apresenta sempre um índice inferior a 1 (um), pois não é considerado normal a empresa manter um saldo de caixa, ou um saldo de bancos em nível elevado, para garantir os pagamentos que vencerão ao longo do exercício seguinte. 16.3 Liquidez Seca O índice de liquidez seca mede a capacidade da empresa em pagar seus compromissos a curto prazo, utilizando o seu Ativo Circulante deduzido do valor dos estoques. O índice de liquidez seca será encontrado mediante utilização da seguinte fórmula: LIQUIDEZ SECA = ATIVO CIRCULANTE - ESTOQUES PASSIVO CIRCULANTE Indica quantos reais a empresa dispõe no Ativo Circulante, sem considerar os estoques para pagar suas dívidas a curto prazo. Quanto maior for este índice melhor para a empresa. Deve-se levar em conta que um excessivo estoque pode comprometer a liquidez da empresa, na hipótese de uma lenta rotação dos mesmos. 16.4 Liquidez Geral O índice de liquidez geral mede a capacidade da empresa em pagar seus compromissos a curto e longo prazos, utilizando, para tanto, seu Ativo Circulante e Ativo Não Circulante grupo Realizável a Longo Prazo.O índice de liquidez geral é calculado usando-se a seguinte fórmula: LIQUIDEZ GERAL = AC + ANC RLP PC + PNC ELP Onde: AC - Ativo Circulante ANC RLP – Ativo Não Circulante Realizável a Longo Prazo PC - Passivo Circulante PNC ELP – Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo Se o índice for superior a 1 (um), a situação da empresa é favorável, e revela a existência de capital de giro próprio. Caso o índice seja inferior à unidade, considerasse como uma situação desfavorável, pois evidencia que a empresa vem recorrendo demais a capitais de terceiros. Ressalte-se que esse índice, mesmo mostrando uma situação favorável para a empresa, deverá ser comparado com índices de outras empresas do mesmo ramo de atividade, pois só assim pode-se tirar conclusões satisfatórias sobre os mesmos. 17 ÍNDICES DE ESTRUTURA Os índices que compõem esse grupo (estrutura dos capitais: capital próprio e capital de terceiros) procuram mostrar a política de decisões financeiras da empresa, em termos de obtenção e aplicação de recursos. Os índices de estrutura são: a) Endividamento geral; b) Composição do endividamento; c) Imobilização do capital próprio; d) Imobilização de recursos permanentes (não-correntes). 17.1 Índices de Endividamento Sabemos que o Ativo (aplicação de recursos) é financiado por capitais de terceiros (Passivo Circulante + Passivo Não Circulante grupo Exigível a Longo Prazo) e por capitais próprios (patrimônio líquido). Portanto, capitais de terceiros e capitais próprios são fontes (origens) de recursos. São os indicadores de endividamento que nos informam se a empresa se utiliza mais de recursos de terceiros ou de recursos dos proprietários. Na análise do endividamento, há necessidade de detectar as características do seguinte indicador: a) empresas que recorrem a dívidas como um complemento dos capitais próprios para realizar aplicações produtivas no seu ativo (ampliação, expansão, modernização, etc.). Este endividamento é sadio, mesmo sendo um tanto elevado, pois as aplicações produtivas deverão gerar recursos para saldar o compromisso assumido; b) empresas que recorrem a dívidas para pagar outras dívidas que estão vencendo. Por não gerarem recursos para saldar os seus compromissos, elas recorrem a empréstimos sucessivos. Permanecendo este círculo vicioso, a empresa será uma séria candidata à insolvência; consequentemente, à falência. A análise da composição do endividamento também é bastante significativa: a) endividamento a curto prazo, normalmente utilizado para financiar o ativo circulante; b) endividamento a longo prazo, normalmente utilizado para financiar o ativo não Circulante (Realizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobilizado, Intangível). A proporção favorável seria de maior participação de dívidas a longo prazo, propiciando à empresa tempo maior para gerar recursos que saldarão os compromissos. Expansão e modernização devem ser financiadas com recursos a longo prazo, e não pelo passivo circulante, pois os recursos a serem gerados pela expansão e modernização virão a longo prazo. Se a composição do endividamento apresentar uma significativa concentração no Passivo Circulante (curto prazo), a empresa poderá ter reais dificuldades num momento de reversão de mercado (o que não aconteceria se as dívidas estivessem concentradas no longo prazo). Na crise, ela terá poucas alternativas: vender seus estoques na base de uma liquidação forçada a qualquer preço; assumir novas dívidas a curto prazo, que certamente terão juros altos, o que aumentará as despesas financeiras. 17.2 Endividamento Geral O endividamento geral pode ser dividido em: a) Garantia de capitais de terceiros. Esse índice procura mostrar a relação entre o capital de terceiros (Passivo Circulante e Passivo Não Circulante Grupo Exigível a Longo Prazo) com o capital próprio (Patrimônio Líquido). O objetivo é levantar a proporção entre o capital próprio e o capital de terceiros, que visa aquilatar a política de obtenção e aplicação de recursos adotada pela empresa. Quanto maior este índice melhor para a empresa, pois demonstra que o capital próprio supera o capital de terceiros. Obtém-se a garantia de capital de terceiros (GCT) através da seguinte fórmula: CT = PC + PNC ELP PATRIMÔNIO LÍQUIDO Onde: PC = Passivo Circulante PNC ELP = Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo b) Grau de endividamento - endividamento geral. Este índice indica a dependência de recursos de terceiros (passivo exigível) no financiamento do ativo. O grau de endividamento ou endividamento geral é encontrado através da seguinte fórmula: ENDIVIDAMENTO GERAL = __PC + PNC TOTAL DO ATIVO Onde: PC - Passivo Circulante PNC – Passivo não Circulante 17.3 Composição do Endividamento Esse índice mostra a participação de dívidas a curto prazo em relação à exigibilidade total. As dívidas a curto prazo são aquelas cujos vencimentos ocorrem dentro do exercício seguinte; já as dívidas a longo prazo (exigível a longo prazo) têm vencimentos após o término do exercício seguinte, dando uma maior folga para a empresa. A composição do endividamento é representada pela fórmula: COMPOSIÇÃO DO ENDIVIDAMENTO = PASSIVO CIRCULANTE PC + PNC ELP 17.4 Imobilização do Patrimônio Líquido Estes índices são também conhecidos como índices de Imobilização do Capital Próprio, e mostram quanto do Patrimônio Líquido foi investido no grupo do Ativo Não Circulante e nos subgrupos Imobilizado, Intangível e Investimentos. Os índices de Imobilização do Capital Próprio são encontrados através das seguintes fórmulas: IMOBILIZAÇÃO = INVESTIMENTOS, IMOBILIZADO E INTANGÍVEL P. LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO IMOBILIZAÇÃO = ATIVO NÃO CIRCULANTE - INTANGÍVEL TOTAL PATRIMÔNIO LÍQUIDO MOBILIZAÇÃO TÉCNICA = IMOBILIZADO PATRIMÔNIO LÍQUIDO IMOBILIZAÇÃO FINANCEIRA = INVESTIMENTOS PATRIMÔNIO LÍQUIDO Deve-se observar que um alto grau de imobilização pode comprometer a liquidez da empresa, portanto, é interessante que a mesma mantenha um Patrimônio Líquido suficiente para cobrir o Ativo Não Circulante (Investimentos, Imobilizado e Intangível) e que haja sobra para financiar o seu Ativo Circulante, ou seja, quanto menor este índice melhor para a empresa. 17.5 Imobilização de Recursos Permanentes Esse índice demonstra qual o percentual de recursos não-correntes (Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo + Patrimônio Líquido) que foram destinados à aplicação no Ativo Não Circulante (Investimentos, Imobilizado e Intangível). A Imobilização de Recursos Permanentes também é conhecida como imobilização de recursos não-correntes e encontra-se por meio da fórmula: IMOBILIZAÇÃO RECURSOS = ANC III PNC ELP + PL Onde: ANC III - Ativo Não Circulante – Investimentos, Imobilizado e Intangível PNC ELP – Passivo Não Circulante Exigível a Longo Prazo PL - Patrimônio Líquido 18 ÍNDICES DE RENTABILIDADE A rentabilidade mostra quanto o capital investido rendeu, indicando assim qual a situação econômica da empresa. São índices de rentabilidade: a) Giro Do Ativo; b) Margem Líquida; c) Margem Bruta; d) Margem Operacional; e) Rentabilidade Do Ativo; f) Rentabilidade Do Patrimônio Líquido. Os índices de rentabilidade são de interesse dos sócios que, através deles, verificam a remuneração do capital aplicado. Também os bancos e fornecedores têm interesse na rentabilidade da empresa, uma vez que medem a capacidade de pagamentosde dívidas assumidas. Quando comparamos lucro com ativo, ou lucro com patrimônio líquido, devemos considerar 2 (dois) aspectos: I - Muitos conceitos de lucro poderão ser utilizados: lucro líquido, lucro operacional, lucro bruto, etc. É imprescindível que o numerador seja coerente com o denominador. Se utilizarmos o lucro líquido no numerador, utilizaremos o ativo total no denominador. Utilizando o lucro operacional no numerador, utilizaremos ativo operacional no denominador; II - Tanto o ativo como o patrimônio líquido, utilizados no denominador para cálculo da taxa de retorno, deverão ser o médio: ATIVO MÉDIO = ATIVO INICIAL + ATIVO FINAL 2 PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO = PL INICIAL + PL FINAL 2 A razão é que nem o ativo final nem o ativo inicial geraram o resultado, mas a média do ativo utilizado no ano. Idem para o patrimônio líquido. 18.1 Giro do Ativo Este quociente mede o volume de vendas em relação ao investimento total. Quanto maior for o giro do ativo pelas vendas, maior deverá ser a taxa de lucro. Por isso é aconselhável manter o ativo a um mínimo necessário. Ativos ociosos, grandes investimentos em estoques, elevados valores de duplicatas a receber prejudicam o giro do ativo e, consequentemente, a rentabilidade. É encontrado utilizando-se a fórmula: GIRO DO ATIVO = VENDAS LÍQUIDAS ATIVO TOTAL MÉDIO Obs.: O valor das vendas líquidas é encontrado da seguinte forma: Vendas totais (à vista e a prazo) (-) Impostos sobre as vendas (-) Descontos/abatimentos (-) Devoluções/cancelamentos (-) PIS sobre o faturamento (-) COFINS = Vendas líquidas A obtenção de uma lucratividade satisfatória depende do volume de vendas efetuadas, que servirão para cobrir os custos e despesas e, ainda, proporcionar uma boa margem de lucro. Portanto, quanto maior for o giro do ativo melhor para a empresa. 18.2 Margem Líquida A margem líquida indica a lucratividade obtida pela empresa em função do seu faturamento líquido. Quanto maior for este quociente maior será a lucratividade da empresa, pois ele indica quanto a empresa ganhou em cada real de vendas líquidas realizadas. A margem líquida é encontrada usando-se a fórmula: MARGEM LÍQUIDA = LUCRO LÍQUIDO VENDAS LÍQUIDAS 18.3 Margem Bruta Este quociente revela o percentual remanescente da receita líquida, após a dedução do custo das mercadorias vendidas; assim sendo, quanto maior se apresentar este índice, melhor para a empresa. A margem bruta é determinada pela fórmula: MARGEM BRUTA = LUCRO BRUTO VENDAS LÍQUIDAS Obs.: O lucro bruto é determinado da seguinte forma: Vendas totais (à vista e a prazo) (-) deduções sobre vendas (=) vendas líquidas (-) custo das mercadorias vendidas (=) Lucro bruto ou: RCM = vendas líquidas – CMV 18.4 Margem Operacional Este coeficiente identifica o desempenho operacional da empresa, medido exclusivamente em função das operações normais da mesma. Vale salientar que tal coeficiente corresponde ao ganho puro, não sendo computadas despesas e receitas financeiras. A margem operacional é determinada através do uso da fórmula: MARGEM OPERACIONAL = LUCRO OPERACIONAL VENDAS LÍQUIDAS Obs.: O lucro operacional corresponde ao seguinte valor: Lucro bruto (-) despesas com vendas (-) despesas administrativas (-) despesas financeiras = Lucro operacional 18.5 Rentabilidade do Ativo Este índice procura mostrar quanto a empresa obtém de lucro líquido em relação ao ativo. Superior a 1 (um), indica que a lucratividade superou as aplicações do ativo. Sendo inferior a 1 (um), indica que a lucratividade não foi à altura para cobrir o valor investido na empresa. A rentabilidade do ativo é encontrada através da fórmula: RENTABILIDADE DO ATIVO = LUCRO LÍQUIDO ATIVO TOTAL MÉDIO 18.6 Rentabilidade do Patrimônio Líquido (RPL) Este índice mostra qual a taxa de rendimento do capital próprio. O resultado pode ser comparado com outros rendimentos do mercado financeiro como: poupança, ações, etc. A rentabilidade do patrimônio líquido é encontrada através da fórmula: RPL = LUCRO LÍQUIDO PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO Nota: PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO = PL INICIAL + PL FINAL 2 18.7 Rentabilidade Líquida do Capital Investido em Estoques (RLCIE) Este índice é importante para se determinar o rendimento do capital aplicado em estoques. Esta rentabilidade é encontrada pela fórmula: RLCIE = LUCRO LÍQUIDO DE VENDAS CUSTO DAS MERCADORIAS VENDIDAS 19 ÍNDICES DE ROTATIVIDADE Este grupo de índices apresenta quantos dias a empresa demora, em média, para receber suas vendas, para pagar suas compras e renovar o seu estoque. Para fins de análise, quanto maior for a velocidade de recebimentos de vendas e de renovação de estoque melhor. Por outro lado, quanto mais lento for o pagamento das compras, desde que não corresponda a atrasos, melhor. São índices de rotatividade: a) Rotação dos estoques; b) Prazo médio de recebimentos; c) Prazo médio de pagamentos. Alguns aspectos para cálculo dos índices de rotatividade: I - Quando falamos em prazo médio de recebimentos de vendas (PMRV) não estamos considerando apenas as vendas a prazo, mas o total de vendas; II - O total de vendas a ser utilizado para o cálculo do PMRV é a receita bruta (Incluindo IPI, ICMS, Pis, Cofins), por um lado, e o total de duplicatas a receber, por Outro (sem excluir a provisão para devedores duvidosos e duplicatas descontadas); III - Um problema que sempre surge para o cálculo do prazo médio de pagamento de Compras (PMPC) é o valor de compras, já que a demonstração do resultado do exercício não a destaca, mas apenas os custos das vendas; IV - Estes índices não refletem a realidade se aplicados em empresas que não têm compras e vendas uniformes durante o ano. Em outras palavras, não é adequado para empresas com vendas sazonais ou compras esporádicas; V - Se, por um lado, vamos utilizar vendas, compras e custo das vendas (contas da DRE), por outro, para cálculo dos prazos médios, utilizaremos duplicatas a receber, fornecedores e estoques, respectivamente (contas do BP). 19.1 Rotação Dos Estoques A rotação dos estoques pode ser calculada sobre o estoque de mercadorias, matéria-prima, produtos em elaboração e indica quantas vezes o estoque é totalmente vendido, e novamente adquirido. Para o cálculo da rotação dos estoques é necessário que os mesmos sejam avaliados pelo custo de aquisição ou produção, e que seja determinada uma média para os estoques durante o período. A rotação dos estoques é determinada através da fórmula: ROTAÇÃO = CUSTO DAS VENDAS ESTOQUES MÉDIO DAS MERCADORIAS ou ESTOQUE MÉDIO = ESTOQUE INICIAL + ESTOQUE FINAL 2 O resultado encontrado, quando se usa a fórmula da rotação dos estoques, indica quantas vezes o estoque foi renovado. Para avaliar o desempenho da empresa, é necessário fazer comparações entre empresas do mesmo ramo de atividade. 19.2 Prazo Médio de Rotação Dos Estoques (PMRE) O prazo médio da rotação dos estoques poderá ser informado em dias, meses, semanas, etc. Indica, em média, quantos dias a empresa leva para vender o seu estoque. Tal dado poderá ser encontrado utilizando-se a fórmula: PMRE = 360 X ESTOQUES MÉDIOS CUSTO DAS VENDAS 19.3 Rotação de Duplicatas a Receber (RDR) Este quociente demonstra quantas vezes o saldo médio de duplicatas a receber ou clientes foi renovado no período. Quanto maior o quociente,mais rápido ocorre a renovação das duplicatas a receber. Isto significa que os clientes estão liquidando suas dívidas mais rapidamente. Uma diminuição deste quociente não é interessante para a empresa, significando que os clientes estão demorando para pagar suas duplicatas. Para o cálculo da rotação das duplicatas a receber, usa-se a seguinte fórmula: RDR = VENDAS BRUTAS A PRAZO SALDO MÉDIO DE DUPLICATAS A RECEBER Nota: SMDR = SIDR + SFDR 2 Onde: SMDR - Saldo Médio de Duplicatas a Receber SIDR - Saldo Inicial de Duplicatas a Receber SFDR - Saldo Final de Duplicatas a Receber O resultado encontrado indica quantas vezes houve a renovação de duplicatas a receber. 19.4 Prazo Médio de Recebimento (PMR) O prazo médio de recebimento das duplicatas indica em quantos dias em média ocorre o recebimento das duplicatas de emissão da empresa e pode ser calculado usando-se a fórmula: PMR = 360 dias X DUPLICATAS A RECEBER MÉDIAS VENDAS 19.5 Rotação de Duplicatas a Pagar (RDP) Este quociente demonstra quantas vezes o saldo médio de duplicatas ou fornecedores a pagar foi renovado no período. Quanto maior for o quociente da rotação, mais rápido a empresa está pagando seus fornecedores, o que pode representar um ponto desfavorável para a empresa. Uma redução na rotação indica que a empresa está atrasando seus pagamentos ou tendo um prazo maior para pagamento junto a seus fornecedores. O cálculo da rotação de duplicatas a pagar será feito através da seguinte fórmula: RDP = 360 DIAS x SMDP MÉDIO COMPRAS * SMDP = SIDP + SFDP2 Onde: SMDP - Saldo Médio de Duplicata a Pagar; SIDP - Saldo Inicial de Duplicatas a Pagar; SFDP - Saldo Final de Duplicatas a Pagar. 20 RETORNO SOBRE O INVESTIMENTO (ROI) Este índice determina a capacidade da empresa em obter lucros com seus ativos. Quanto maior este índice melhor para a empresa. Pode ser calculado usando a seguinte fórmula: ROI = LUCRO LÍQUIDO APÓS O IMPOSTO DE RENDA ATIVO TOTAL MÉDIO ou ainda: ROI = MARGEM LÍQUIDA X GIRO DO ATIVO 21 RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO (RSPL) Este índice determina a remuneração do capital próprio aplicado na empresa. É importante para que os acionistas/investidores tenham uma noção de qual o rendimento oferecido pela empresa. Pode ser calculado usando a seguinte fórmula: RSPL = LUCRO LÍQUIDO APÓS O IMPOSTO DE RENDA PATRIMÔNIO LÍQUIDO MÉDIO 22 LUCRO POR AÇÃO Este índice mede o ganho potencial das ações, dado que o lucro líquido do exercício não é todo distribuído. Através dele os acionistas/investidores avaliam os resultados apresentados pela empresa em relação às ações em seu poder. O lucro por ação é determinado através da fórmula: LUCRO POR AÇÃO = LUCRO LÍQUIDO Nº DE AÇÕES DO CAPITAL 23 VALOR PATRIMONIAL DA AÇÃO Este índice indica a parcela do capital próprio da empresa que compete às ações emitidas. Constitui a expressão de quanto caberia a cada fração do total do Capital Social, na hipótese de serem realizados todos os valores componentes do Ativo, bem como liquidadas todas as obrigações de acordo com os saldos informados no Balanço Patrimonial. O valor patrimonial da ação poderá ser encontrada através da fórmula: VALOR PATRIMONIAL = PATRIMÔNIO LÍQUIDO DA AÇÃO Nº DE AÇÕES DO CAPITAL 24 RELAÇÃO PREÇO/LUCRO Este índice expressa o número de anos que seria necessário para o investidor obter o retorno do capital aplicado na aquisição de ações. Ele permite avaliar a cotação da ação em relação ao lucro por ação. A relação preço/lucro é obtida através da fórmula: PREÇO/LUCRO = VALOR DE MERCADO DA AÇÃO LUCRO POR AÇÃO 25 DIVIDENDO POR AÇÃO Este índice indica quanto do lucro distribuído deverá caber a cada ação. É encontrado através da fórmula: DIVIDENDO POR AÇÃO = DIVIDENDOS PAGOS Nº DE AÇÕES 26 GRAU DE ALAVANCAGEM FINANCEIRA (GAF) A alavancagem financeira representa a capacidade da empresa em aumentar o seu lucro líquido usando a estrutura de financiamento. Este índice poderá ser encontrado através da seguinte fórmula: GAF = RETORNO SOBRE O PATRIMÔNIO LÍQUIDO RETORNO SOBRE O ATIVO 27 GRAU DE ALAVANCAGEM OPERACIONAL (GAO) O grau de alavancagem operacional representa a variação percentual nos lucros operacionais, relacionada com uma determinada variação percentual no volume de vendas. Isto é possível levando-se em conta a possibilidade de haver um aumento no nível de atividade sem, no entanto, expandir seus ativos fixos, mantendo-se a estabilidade dos custos fixos. O Grau de Alavancagem Operacional é encontrado através da fórmula: GAO = (PV - CV) Q (PV - CV) – CF Onde: Q = Quantidade PV = Preço de Venda por Unidade CV = Custo Variável por Unidade CF = Custo Fixo 28 ESTRUTURA DE CAPITAL 28.1 Imobilização do Capital Próprio Indica quantos reais a empresa imobilizou para cada R$ 1,00 de patrimônio líquido IPL = ANC IMOBILIZADO PL Onde: IPL = Imobilização do Patrimônio Líquido PL – Patrimônio Líquido ANC IMOBILIZADO = Ativo Não Circulante Imobilizado 28.2 Imobilização Dos Recursos a Longo Prazo e do Patrimônio Líquido Indica quantos reais a empresa aplicou no Imobilizado para cada R$ 1,00 de exigível a longo prazo e de patrimônio líquido IPL/ELP = IMOBILIZADO ELP + PL 28.3 Participação de Capitais de Terceiros Sobre Recursos Próprios Indica quantos reais a empresa possui de capital de terceiros para cada R$ 1,00 de capital próprio. PCT = CAPITAIS DE TERCEIROS CAPITAIS PRÓPRIOS 29 ÍNDICES DE ANÁLISE BANCÁRIA 29.1 Índice de Descontos de Duplicatas Indica quantos reais a empresa descontou para cada R$ 1,00 de duplicatas a receber. IDD = DUPLICATAS DESCONTADAS DUPLICATAS A RECEBER 29.2 Reciprocidade Bancária Indica quantos reais a empresa mantém no Banco (saldo médio) para cada R$ 1,00 emprestado dos bancos. RB = BANCOS CONTA MOVIMENTO DUPLICATAS DESCONTADAS + EMPRÉSTIMOS BANCÁRIOS 29.3 Participação Dos Recursos Bancários Sobre o Capital de Terceiros Indica quantos reais a empresa assumiu nas instituições financeiras para cada R$ 1,00 de capitais de terceiros. PRB = DUPLICATAS DESCONTADAS + EMPRÉSTIMOS BANC +FINANCIAMENTOS CAPITAIS DE TERCEIROS 30 GRAU DE SOLVÊNCIA O grau de solvência demonstra a capacidade da empresa em liquidar suas obrigações no caso de falência. Para determinação da solvência geral, usa-se a fórmula: SOLVÊNCIA GERAL = ATIVO TOTAL PASSIVO EXIGÍVEL Se o índice for maior do que 1 (um), pode-se dizer que a empresa é solvente. Se o índice for menor do que 1 (um), pode-se dizer que a empresa é insolvente. 31 FATOR DE INSOLVÊNCIA - ÍNDICE DE KANITZ No Brasil, o Prof. Stephen C. Kanitz desenvolveu um modelo de como prever falências, por meio de tratamento estatístico de índices financeiros de algumas empresas que realmente faliram. O modelo consiste, em primeiro lugar, em encontrar o fator de insolvência da empresa em análise com base na seguinte fórmula: X1 = LUCRO LÍQUIDO X 0,05 PATRIMÔNIO LÍQUIDO X2 = LIQUIDEZ GERAL X 1,65 X3 = LIQUIDEZ SECA X 3,55 X4 = LIQUIDEZ CORRENTE X 1,06 X5 = EXIGÍVEL TOTAL X 0,33 PATRIMÔNIO LÍQUIDO FATOR DE INSOLVÊNCIA = X1 + X2 + X3 - X4 - X5 Em segundo lugar, averigua-se em que intervalo recai o fator de insolvência no termômetro de insolvência, de acordo com o gráfico abaixo: 7 _ _ _ Intervalo de Solvência (Reduzidas Possibilidades de falência) _ _ _ 0 _ Penumbra (Situação
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