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Sistema Reprodutor Feminino Ana Argenton, Bruna Gollmann, Isabele Rostirolla, Gabriela Albuquerque, Gabriele Basso, Nicoly Cunert e Taciane Longo. Anatomia FUNÇÕES: ● Produção dos gametas e hormônios reprodutivos ● Recebe as células reprodutivas do macho ● Fornece local para a fertilização do óvulo ● Oferece ambiente propício para o crescimento e desenvolvimento do embrião ● Nutre o neonato Composição anatômica. ÓRGÃOS GENITAIS INTERNOS ●Ovários ●Oviduto ●Útero ●Cérvix ●Vestíbulo ●Vagina FIGURA:Órgãos genitais femininos dos mamíferos domésticos (representação esquemática). FONTE: KÖNIG & LIEBICH, 2016. ÓRGÃOS GENITAIS EXTERNOS ●Lábios vulvares ●Clitóris Ovários. FUNÇÕES: ●Gônadas femininas ●Órgão par ●Função produtora ●Função endócrina FIGURA: Ovário bovino com folículo ovariano FONTE: KÖNIG & LIEBICH, 2016. Ovidutos ou Tubas Uterinas ●Tubo contorcido que se estendem dos ovários ao útero ●Recebe e conduz o óvulo em direção ao corno uterino ● Local onde ocorre a fertilização FIGURA: Estrutura do oviduto FONTE: BOETA et al., 2018 Útero ●Orgão muscular oco ●Local onde ocorre o desenvolvimento pré-natal do embrião Forma parte da placenta Figura: Diagrama comparativo do útero de algumas espécies domésticas. Fonte: McDonald, 1980. Placenta Tipos de placenta ● Difusa • Equino e suínos ● Cotiledonária • Ruminantes ● Zonária • Carnívoros ● Discoidal Primatas e humanos Figura Tipos de placenta de acordo com a distribuição das projeções coriônicas (vilosidades) no endométrio. A. Placenta difusa da égua e da porca. B. Placenta cotiledônea dos ruminantes. C. Placenta zonária da cadela e da gata. D. Placenta discoidal dos seres humanos e macacos. Adaptada de Reece, W.O. (2009) Functional Anatomy and Physiology of Domestic Animals, 4th edn. Wiley- Blackwell, Ames, IA. Reproduzida, com autorização, de Wiley. Fonte: Dunkes.2017 Cérvix ou Colo Uterino ●Forma um esfíncter muscular ●Produz muco e tampão mucoso Figura: Diferenças na conformação do cérvix entre as fêmeas domésticas. Fonte: BOETA et al., 1980 Vestíbulo ●Localizado entre a vagina e a vulva ●Demarcado pelo hímen e pelo óstio uretral externo ●Funcionamento comum entre os tratos urinários e reprodutivos Presença de glândulas vestibulares Porção do vestíbulo vaginal Figura: Diagrama comparativo da cérvix de algumas espécies domésticas. Fonte: McDonald, 1980 ●Canal elástico, muscular e interposto entre o útero e o vestíbulo ●Responsável por receber o penis durante a cópula Revestido por glândulas mucosas Vagina Porção do vaginal Figura: Diagrama comparativo da cérvix de algumas espécies domésticas. Fonte: McDonald, 1980 ●Fenda limitada lateralmente por lábios vulvares ●Comunica o sistema reprodutor com o meio externo Aloja o clitóris - estrutura erétil homolaga glande peniana do macho Genitália externa : Vulva e Clitóris Figura: diferenças na conformação da vulva entre as fêmeas domésticas. Fonte: BOETA, 2018. Ciclo do Sistema Reprodutor Feminino Existem dois tipos conhecidos de ciclo reprodutivo das fêmeas : estral e menstrual (imagem retirada do Google: https://www.researchgate.net/figure /Figura-1-Esquema-ilustrativo-das- principais-modificacoes-fisiologicas- de-acordo-com-as_fig1_280088889) https://www.researchgate.net/figure/Figura-1-Esquema-ilustrativo-das-principais-modificacoes-fisiologicas-de-acordo-com-as_fig1_280088889 Fases do ciclo estral da fêmea bovina Fonte: http://www.cpamn.embr apa.br/publicacoes/fold ers/2006/ciclo_estral.pd f http://www.cpamn.embrapa.br/publicacoes/folders/2006/ciclo_estral.pdf Ciclo menstrual. A menstruação não é exclusividade dos humanos. Devido aos nossos ancestrais comuns, algumas primatas também menstruam. Fonte: (https://www.saudebemestar.pt/pt/clinica/ ginecologia/menstruacao/) (Fonte: Acervo Primaves (https://convidas.org.br/site/primaves/) Endocrinologia do Sist. Rep. Feminino Os hormônios principais associados aos ciclos ovarianos, à gestação e ao parto são estrogênios, progesterona e gonadotrofinas. (Fonte: Dunkes, 2017. ●Naturais, produzidos pelas células da granulosa folicular do ovario, placenta e cortex da adrenal, ou sintéticos. ● O estradiol-17β é o estrogênio predominante em animais não gestantes e a estrona em animais gestantes. ● Função principal de ambos é estimular a proliferação celular e o crescimento dos tecidos relacionados a reprodução Estrogênio. (Fonte: Sampaio, 2008. (http://20 0.129.22. 236/ppg cv/dmdo cuments/ july_samp aio.pdf) (Fonte: König, 2016 Fonte: König, 2016 Progesterona. • Principal hormônio progestacional. • Pode ser encontrado também de forma natural ou sintética. • Sua forma sintética chama progestinas. • Produzida pelo corpo lúteo, pela placenta e pelo córtex adrenal também. • Ativada e relacionada ao estrogênio. Fonte: Dunkes, 2017. Fonte: acervo UFSM( https://www.ufsm.br/ap p/uploads/sites/678/20 19/07/utero.pdf) Fonte: Costa et al., 2020 (http://www.ufrgs. br/actavet/48/PUB %201728.pdf). • Hormônio foliculoestimulante (FSH) e hormônio luteinizante (LH) são conhecidos coletivamente como gonadotrofinas. • Função: estimular as células dentro dos ovários e testículos (gônadas). • São secretados pelas células presentes na hipófise anterior. • Considerados glicoproteínas. Gonadotrofinas FSH e LH Fonte: König, 2016 Figura: Hipófise de um cã Fonte: König, 2016 Hormônio Folículoestimulante (FSH) • Responsável pelo desenvolvimento folicular do ovário, como o próprio nome já diz. Fonte: König, 2016 Hormônio Luteinizante (LH) • O LH é importante para o processo ovulatório e para a luteinização da granulosa, essencial para a formação do corpo lúteo (CL). Fonte: König, 2016 Fatores externos ao ciclo • Fotoperíodo • Lactação • Feromônios -> Efeito Whitten: feromônio que estimula a síntese e liberação das gonadotrofinas. -> Efeito Bruce: bloqueio do desenvolvimento da gestação pela introdução de um macho estranho próximo a fêmea recém-coberta. . Variação anual no fotoperíodo, estações do ano e efeito sobre a reprodução de caprinos e ovinos. Adaptado de Fonseca et al. (2009). C riador: r_sim m er FCAT – UNESP Dracena • POLIESTRICOS ANUAIS: têm ciclos sucessivos durante o ano inteiro. • POLIESTRICOS ESTACIONAIS (SAZONAIS): têm ciclos sucessivos somente em determinada estação do ano. Durante o resto do ano permanece em anestro. • MONOESTRICOS: têm somente um ciclo isolado, que vai se repetir depois de muitos meses. Entre um ciclo e outro permanecem em anestro. . Quanto a ciclicidade reprodutiva Fisiologia da gravidez • A gravidez é o estado da fêmea resultante da fecundação de um oócito pelo espermatozoide com posterior desenvolvimento de um feto e com a expulsão do filhote no momento do parto. •Em carnívoros e suínos teremos mais de um oócito, mais de um concepto e consequentemente o nascimento de mais de um filhote. Quanto ao tempo de gestação das espécies. figura: gestação dos animais. Fonte: Página da Agricultura e pesca do Governo de Santa Catarina no Instagram, 2020 • Entre a fertilização e a primeira divisão celular (em média 24h): zigoto • Da fertilização ao termino da organogênese, diferenciação, até o início da ossificação: embrião • Após o período embrionário ou até o momento do parto: feto Forma de divisão Arte: Gabriela Albuquerque Desenvolvimento e diferenciação dos folhetos •Diferenciação dos tecidos e órgãos: -Ectoderme -Mesoderme -Endoderme Arte: Gabriela Albuquerque Nutrição hemotrófica • O embrião implanta-se e se nutre de sangue. Figura: Nutrição hemotrófica. Fonte: O.J Ginther, 1998, p. 17 Principais hormônios da gestação -LH -Progesterona -Estrógeno -Prostaglandina -Ocitocina -Prolactina -Relaxina fonte: imagem da internet fonte: imagem da internet Patologias • Piometra. ·Piometra ou complexo hiperplasia endometrial cística é um distúrbio uterino, levando secundariamentea um desiquilíbrio hormonal, provavelmente é a doença mais severa do útero, que apresenta altas taxas de mortalidade em cadelas quando não diagnosticadas precocemente. ·A doença não tem predileção por raças • acúmulo de líquido na luz do útero, associada à diminuição da contração do miométrio causada pela progesterona, geralmente ocorre após o cio, favorecendo a invasão e multiplicação bacteriana. fonte: revista clinica veterinária ·A Escherichia coli é o microorganismo mais comumente isolado de cadelas com piometra. Embora a infecção bacteriana não desencadeie a patogenia de hiperplasia endometrial cística-piometra, ela é a causa da maior parte da morbidade e a mortalidade associados a piometra. Escherichia coli Fonte: Revista Super Interessante Fatores pré-disponentes • O uso de medicamentos abortivos ou anticoncepcionais, acentuam ainda mais a gravidade do caso clínico ·O estrógeno aumenta o número de receptores de progesterona no útero, o que explica o aumento de incidência de piometra em animais que recebm estrógenos exógenos durante o diestro para impedir gestação Fonte: Site Gshow Tipos de piometra •PIOMETRA DE CÉRVIX ABERTA: Se a cérvix encontrar-se aberta, há corrimento vaginal e os cornos uterinos não estarão muito dilatados. Nestes casos as paredes do útero encontram-se espessadas, com hipertrofia e fibrose do miométrio • PIOMETRA DE CÉRVIX FECHADA: Se a cérvix estiver fechada, o útero estará distendido e as paredes uterinas poderão estar delgadas. O endométrio estará atrofiado e infiltrado com linfócitos e plasmócitos. Fonte: Site: Hospital de Referência Veterinária Montenegro •Os sinais clínicos mais frequentes, comuns às duas formas clínicas, são apatia anorexia e emese. Em casos de piometra aberta, a secreção vaginal é o principal sinal clínico. Os sinais podem progredir para choque ou morte. Outra evolução importante a qual também contribui para a alta mortalidade é a sepse. Sinais clínicos fonte: imagem da internet Diagnóstico • O diagnóstico depende do histórico clínico, sintomas do animal e exames laboratoriais.. Em alguns casos, o exame citológico vaginal e a ultra- sonografia também podem ser úteis na confirmação do diagnóstico. Tratamento • A ovariosalpingohisterectomia (OSH), ou ovariohisterectomia (OVH) é o tratamento para a doença, geralmente resultando em rápida recuperação do. O prognóstico é bom, caso se evite a contaminação transoperatória haja controle do choque e se reverta os danos renais por meio da fluidoterapia. É necessária ainda a eliminação dos antígenos bacterianos. Relato de caso: Piometra Paciente Hemograma completo pré- cirurgico Paciente estabilizado e ovário- histerectomia realizada Hemograma completo pós-cirurgico Referências •DUKES, Henry Hugh; SWENSON, Melvin J.; REECE, William O. Dukes fisiologia dos animais domésticos. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1996. •DYCE, Keith M.; WENSING, Cornelius JG; SACK, Wolfganf O. Tratado de anatomia veterinária. Elsevier Brasil, 2004. •KÖNIG, Horst Erich; LIEBICH, Hans-Georg. Anatomia dos Animais Domésticos: Texto e Atlas Colorido. Porto Alegre: Artmed Editora, 2016. •KLEIN BG. Cunningham Tratado de Fisiologia Veterinária, 5ª ed., Rio de Janeiro: Elsevier, 2014. MONTEIRO SG. •MAZZAFERRO, Elisa M.. Emergências e cuidados críticos : em pequenos animais . 1. ed. [S.l.]: Grupo GEN, 2014. p. 1-265.
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