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UNIVERSIDADE VEIGA DE ALMEIDA As relações interpessoais no mundo contemporâneo e suas consequências Nome do aluno: Matrícula: Curso: RIO DE JANEIRO – RJ 2020 2 Sumário Introdução.......................................................................................................................................... 3 Características do sujeito pós-moderno............................................................................................... 3 Relacionamento ................................................................................................................................. 3 Saúde mental ..................................................................................................................................... 4 Conclusão .......................................................................................................................................... 4 Artigos: .......................................................................................................................................... 5 Livros: ........................................................................................................................................... 5 Sites: .............................................................................................................................................. 6 Teses e dissertações: ...................................................................................................................... 6 3 Introdução A pós modernidade trouxe à tona diversas questões, entre elas, a perda da identidade individual. O ser humano, em muitos momentos, se tornou um rosto atrás da tela. Quais impactos essas mudanças têm na nossa sociedade? As redes trouxeram muitos benefícios, porém, questionar e debater sobre o assunto é de suma importância para a compreensão do papel do indivíduo na sociedade atual. Características do sujeito pós-moderno O sujeito pós-moderno, segundo Hall (2018), é caracterizado por sua fragmentação. O que previamente era uma identidade estável e unificada se tornou uma composição de várias identidades. Tal inconstância se reflete nos indivíduos e em suas relações, que cada vez duram menos. Um estudo realizado por Luciane Smeha e Micheli Vieira (Unifra, 2018), apontou que o tempo gasto para iniciar um relacionamento é proporcional ao tempo em que ele termina. Isso se dá pelo crescente individualismo e imediatismo do sujeito pós-moderno. Relacionamento O uso das redes sociais proporcionou novas maneiras de se relacionar, tanto entre amigos e familiares, quanto romanticamente. O contato entre pessoas ficou mil vezes mais fácil, seja com aquele parente que mora longe, o amigo que foi fazer intercâmbio ou alguém que conheceu pela internet. Em oposição, o contato físico entre indivíduos é cada vez mais escasso, o foco na rede é tão grande que esquecemos a vida real. A famosa frase: “ninguém conversa, fica todo mundo no celular” é sempre usada, principalmente em almoços em família, as interações entre parentes são em grande parte monossilábicas. A falta de afeto e atenção entre pais e filhos afeta diretamente no desenvolvimento de uma criança, é preciso ter cuidado em relação ao uso de celular. Criar uma criança vai muito além de estar presente fisicamente. No âmbito amoroso, como já citado, as relações estão cada vez mais curtas. Com o uso da internet é possível se comunicar com, basicamente, qualquer pessoa. Pode parecer incrível, entretanto, é necessário cautela, o mundo virtual abre portas para uma exposição, muitas 4 vezes excessiva. As redes sociais são utilizadas como um “espelho”, tudo que acontece na vida pessoal é exposto para quem quiser ver, os perigos que isso acarreta são imensuráveis e muitas vezes incontroláveis. Segundo uma pesquisa realizada pela universidade de Leicester, cerca de 200 mil pessoas já foram enganadas em sites de namoro virtual. Provavelmente o número é bem maior, tendo em vista que muitas pessoas têm vergonha de denunciar. Sentem-se invadidas, inseguras e ao mesmo tempo se sentem culpadas, já que os dados e informações estavam lá para quem quisesse ver. Saúde mental O Brasil, segundo a empresa britânica GlobalWebIndex, é o segundo país mais conectado em redes sociais. O que parece ser inofensivo, é na verdade fonte de diversos problemas psicológicos, como depressão, distúrbios alimentares, baixa autoestima e ansiedade. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nos últimos 10 anos os casos de depressão aumentaram 18,4%. No Brasil mais de 5% da população apresenta a doença e mais de 9% da população possui ansiedade (Jornal da USP, 2018). Não pode ser apenas uma coincidência. Não se pode ignorar as consequências que o uso excessivo e sem cautela das redes sociais podem causar. Nos tempos atuais o acompanhamento psicológico é extremamente necessário, principalmente entre adolescentes, a pressão acarretada pela internet é muito grande e ao contrário das gerações mais antigas, as novas gerações já nasceram nesse “novo” mundo. Em muitos momentos a vida real se mistura com a virtual e o que realmente importa se perde. Conclusão O uso crescente das redes sociais traz consigo muitos benefícios e praticidade para a sociedade, porém, como tudo na vida, o uso demasiado tem consequências graves ao individuo e ao meio em que habita. Não confunda a vida virtual com a realidade, muito do que se vê na internet, não condiz com a vida real. Preste atenção nas pessoas ao redor, foque no que realmente importa. Tirar a rede social da “lista de necessidades” é uma sensação libertadora. Todos ainda estão aprendendo a lidar com essa constante inconstância que é o 5 mundo pós-moderno. No fim das contas, o mundo é feito de mudanças, o que vai importar no futuro é se elas foram utilizadas positivamente. Referências Artigos: DILL, Michele Amaral; CALDERAN, Thanabi Bellenzier. A importância do papel dos pais no desenvolvimento dos filhos e a responsabilidade civil por abandono. Instituto Brasileiro de Direito de Família. Belo Horizonte. 17 jan. 2011. Disponível em: <https://ibdfam.org.br/artigos/703/A+import%C3%A2ncia+do+papel+dos+pais+no+desenvolvimento+dos+filh os+e+a+responsabilidade+civil+por+abandono+>. Acesso em: 18 out. 2020. GRACIOLI, Júlia (ed.). Brasil vive surtos de depressão e ansiedade. Jornal da USP. São Paulo. 23 ago. 2018. Disponível em: <https://jornal.usp.br/atualidades/brasil-vive-surto-de-depressao-e-ansiedade/>. Acesso em: 17 out. 2020. PEREIRA, Helder Rodrigues. 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