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O telencéfalo é composto por dois hemisférios cerebrais, separados, quase completamente pela fissura longitudinal do cérebro, mas unidos pelo corpo caloso. O corpo caloso é a maior das comissuras cerebrais, composto por fibras que cruzam o plano mediano para comunicar regiões semelhantes dos dois hemisférios cerebrais. As cavidades ventriculares relacionadas com o telencéfalo são os ventrículos laterais. cada ventrículo lateral está localizado dentro de um hemisfério cerebral. O telencéfalo pode ser subdividido em cinco lóbulos cerebrais. São eles: frontal, temporal, parietal, occipital e a insula. O lobo da insula situa-se mais profundamente no hemisfério cerebral, sendo visível apenas quando partes dos lobos frontal e temporal são removidas ou as bordas da fissura lateral são afastadas. As extremidades projetadas dos lobos cerebrais são denominadas polos. São eles: frontal, occipital e temporal. A face inferior do telencéfalo está assentada nas fossas anterior e média do crânio, e sobre a tenda do cerebelo. Cada ventrículo lateral é composto por uma região central denominada corpo e por projeções em direção aos polos cerebrais denominadas cornos. Essas projeções são: temporal, frontal, parietal e occipital. A superfície do telencéfalo não é lisa, mas pregueada em giros ou circunvoluções cerebrais. Essas dobras do tecido nervoso constitui uma estratégia evolutiva para ampliar a área do córtex cerebral sem que seja necessário o aumento correspondente do volume da caixa craniana. Cada um dos hemisférios cerebrais apresenta: o córtex cerebral, composto por substância cinzenta organizada em camadas celulares, e localizada superficialmente nos hemisférios. Logo abaixo estão a substância branca e os núcleos da base, que consistem de substância cinzenta organizada em núcleos, profundamente nos hemisférios. O principal conjunto de fibras de projeção é a cápsula interna. O ramo e joelho da cápsula interna está interposto entre a cabeça do núcleo caudado e o núcleo lentiforme (núcleos da base), enquanto que seu ramo posterior está interposto entre o núcleo lentiforme (núcleo da base) e o tálamo (diencéfalo). Fibras que conectam pontos diferentes do telencéfalo, em um mesmo hemisfério cerebral, são denominadas de fibras de associação. TELENCÉFALO Fibras comissurais são aquelas que cruzam o plano mediano para comunicar regiões semelhantes dos dois hemisférios cerebrais. A maior das comissuras, o corpo caloso é subdividido em cerebrais, joelho, corpo ou tronco e rostro. O esplênio, outro conjunto de fibras de projeção, conecta o fórnice (telencéfalo) e o hipocampo (diencéfalo). É subdividido, de posterior para anterior, em perna ou pilar, coluna e corpo. Os núcleos da base são massas de substância cinzenta (corpos celulares de neurônios) localizadas na profundidade do telencéfalo. São tradicionalmente: claustro, corpo amigdalóide, núcleo caudado, putame e globo pálido. O putame e o globo pálido juntos formam o núcleo lentiforme. O núcleo caudado está anatomicamente relacionado com os ventrículos laterais e é subdividido em cabeça, corpo e cauda. Os núcleos da base e outras estruturas não-telencefálicas associadas, como o núcleo subtalâmico (diencéfalo) e a substância negra (mesencéfalo) apresentam conexões complexas, determinando alças de entrada e saída. DIENCÉFALO O diencéfalo é parte do cérebro, constituído de duas metades simétricas e quase completamente envolvido pelo telencéfalo. Apresenta quatro subdivisões, que são tálamo, hipotálamo, epitálamo e subtálamo, sendo a cavidade do sistema ventricular relacionada com o diencéfalo é o terceiro ventrículo. Esta cavidade comunica-se com os ventrículos laterais pelos forames interventriculares e com o quarto ventrículo pelo aqueduto do mesencéfalo. A maior divisão do diencéfalo é o tálamo. Ele compõe parte da parede lateral do terceiro ventrículo. Suas duas metades frequentemente são unidas pela aderência intertalâmica, composta por substância branca. A extremidade anterior do tálamo denomina-se tubérculo, enquanto sua extremidade posterior é o pulvinar. Entre as faces medial e superior do tálamo está a estria medular do tálamo, e o tálamo apresenta vários agrupamentos nucleares, nomeados a partir da posição em relação à lâmina medular. Em cortes coronais do cérebro, nem sempre o tálamo pode ser visualizado. Em um corte coronal passando pela comissura anterior, o tálamo não é visualizado. Já um corte coronal através do corpo mamilar, passa pelo tubérculo anterior do tálamo, enquanto um corte coronal pelo pedúnculo cerebral secciona o tálamo. O hipotálamo é a única divisão do diencéfalo que pode ser visualizada sem a necessidade de cortes no cérebro, que pode ser visto em uma vista inferior do encéfalo. A cavidade ventricular relacionada ao hipotálamo é o terceiro ventrículo e as estruturas do hipotálamo que participam da composição do assoalho do terceiro ventrículo são, em ordem ântero-posterior, o pré/supra óptico, o mamilar e o tubero-infundibular. O epitálamo é composto pelas comissuras, relacionadas como sistema ventricular, e a glândula pineal, pertencente ao sistema endócrino. As estruturas do epitálamo, juntamente com a comissura posterior, compõem a parede posterior da cavidade do terceiro ventrículo. o subtálamo é a única divisão do diencéfalo que não participa da composição das paredes do terceiro ventrículo. TRONCO ENCEFÁLICO O tronco encefálico está localizado na fossa posterior do crânio. Ele é contínuo com o diencéfalo, superiormente, e com a medula espinhal, inferiormente. A continuidade do tronco encefálico é possível devido à presença de uma abertura no osso occipital, o forame magno, inferiormente. É dividido em bulbo, ponte e mesencéfalo, de inferior para superior, e contém núcleos associados aos nervos cranianos, do III ao XII. A divisão mais inferior do tronco encefálico, o bulbo, contém os núcleos dos nervos cranianos VIII, IX, X, XI e XII. A divisão intermediária do tronco encefálico, a ponte, contém os núcleos dos nervos cranianos V, VII e IX. A divisão mais superior do tronco encefálico, o mesencéfalo, contém os núcleos dos nervos cranianos III e IV. O cerebelo cobre a face posterior do tronco encefálico. Três espessos pares de fibras conectam o cerebelo ao tronco encefálico: os pedúnculos cerebelares superior, médio e inferior. O segmento mais caudal do tronco encefálico, o bulbo, apresenta uma porção inferior fechada e uma porção superior aberta para o quarto ventrículo. Na sua face anterior, o bulbo apresenta duas elevações longitudinais denominadas pirâmides bulbares, que são separadas na linha mediana pela fissura mediana anterior. A fissura mediana anterior termina superiormente no forame cego. No limite inferior do bulbo, pode ser observada a decussação das pirâmides. Lateralmente à pirâmide bulbar, no bulbo cranial, destaca-se outra elevação, esta ovalada, denominada oliva. Entre a oliva e a pirâmide bulbar, no sulco lateral anterior, pode ser vista a emergência do nervo hipoglosso. Posteriormente à oliva bulbar, existe a emergência dos nervos cranianos glossofarengeo, vago e acessório (de cranial para caudal). Na porção fechada do bulbo (bulbo caudal), em sua face posterior, destacam-se duas elevações longitudinais paralelas, de cada lado do sulco mediano posterior, denominadas fascículos grácil (medial) e cuneiforme (lateral). Entre esses dois fascículos, observa-se um sulco intermédio posterior. O bulbo é conectado ao IV ventrículo pelo pedúnculo cerebelar inferior. O assoalho do quarto ventrículo está, portanto, na face posterior da ponte e da metade cranialdo bulbo. Um grosso conjunto de fibras pode ser visto lateralmente à ponte, e corresponde ao pedúnculo cerebelar médio. Na sua face anterior, a ponte apresenta as fibras transversais da ponte, que convergem de cada lado para formar o pedúnculo cerebelar. Percorrendo a linha média da ponte, existe um sulco raso que aloja a artéria basilar, o limitante. Na face antero lateral da ponte, de cada lado, entre o pedúnculo cerebelar médio face ventral, emerge o nervo trigêmeo. Entre a ponte e o bulbo cranial, na face anterior, encontra-se o sulco basilar. No sulco bulbo pontino emergem, em ordem médio-lateral, os nervos abducente, facial e vestibulococlear. A face posterior do mesencéfalo é caracterizada pela presença de um conjunto de 4 elevações arredondadas, denominadas calículos. Os 4 calículos são diferenciados em 2 inferiores e 2 superiores). Logo abaixo dos calículos caudais, podem ser vista a emergência do nervo trocleares, e também os pedúnculos cerebelares superiores que conecta o mesencéfalo ao cerebelo. Entre os pedúnculos cerebelares existe uma depressão chamada de fossa interpeduncular, cujo assoalho é multiperfurado e denominado substância perfurada posterior. O cerebelo situa-se na fossa posterior do crânio e é recoberto superior mente pela tenda do cerebelo. Localiza-se posteriormente ao quarto ventrículo, à ponte e ao bulbo cranial. Consiste em dois hemisférios cerebelares, unidos por um verme mediano, estreito. É conectado ao tronco encefálico por três feixes pares, simétricos, de fibras nervosas chamados de pedúnculos cerebelares (superior, médio e inferior). A estrutura interna do cerebelo é composta por uma cobertura externa de substância cinzenta denominada córtex. Logo abaixo, encontra-se a substância branca. II Incrustradas na substância branca existem massas de substância cinzenta denominadas núcleos profundos do cerebelo. Os núcleos profundos do cerebelo são, de medial para lateral: fastigial, globoso, emboliforme e denteado. O cerebelo vestibular está envolvido no controle do equilíbrio. Já o cerebelo espinhal controla o tônus muscular e a postura, enquanto o cerebelo cortical exerce papel crucial na coordenação muscular. CEREBELO
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