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Papel do sistema digestório: Fornecimento de nutrientes, água e eletrólitos Eliminação de substâncias tóxicas e não digeridas 1. Movimentação do alimento 2. Quebra do alimento em partículas absorvíveis 3. Digestão do bolo alimentar pelas secreções digestivas 4. Absorção 5. Defecção Vascularização rica Controle neural e hormonal Organização: Canal alimentar: - Da faringe ao canal anal Órgãos associados: - Boca e suas estruturas - Glândulas salivares - Pâncreas - Fígado - Vesícula Biliar Cavidade Oral (boca): Cavidade oral propriamente: - Limitada superiormente pelo palato duro e mole; - Inferiormente pelo assoalho da boca; - Posteriormente pela entrada da orofaringe. Vestíbulo: - Espaço entre os lábios, bochecha e os dentes Língua: - Conectada aos processos hioide e estiloide e ao frênulo da língua Língua: Superfície dorsal: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado Superfície ventral: epitélio pavimentoso estratificado não queratinizado Lâmina própria: tecido conjuntivo denso, bastante vascularizado Abaixo da lâmina própria: feixes musculares estriados esqueléticos, entremeados com quantidade variável de tecido adiposo e tecido conjuntivo Glândula salivar: menor, com ácinos mucosos ou serosos em meio ao tecido conjuntivo ou músculo e duto excretor que se abre na superfície Superfície dorsal: - Papilas: papila filiforme, papila fungiforme, papila foliácea e papila circunvalada - Botões gustativos: presentes nas papilas fungiformes, foliáceas e circunvaladas. Compostos de: poro gustativo, células neuroepiteliais, células basais e células de suporte Células neuroepiteliais (sensoriais), conectadas a processos de neurônios aferentes, sensoriais dos nervos facial ou vago Células de suporte, alongadas, que se estendem da lâmina basal até o poro gustativo Células basais: células pequenas localizadas na porção basal do botão. São células- tronco Resposta das células gustativas ao estímulo: - Os diferentes sabores (amargo, doce, salgado, azedo, delicioso {umami}) se ligam a seus receptores TR1 ou TR2 – complexo proteína G; - O complexo G é ativado e fecha os canais iônicos para tornar o interior da célula gustativa negativo (despolarizado); - O Ca2+ inicia a liberação de neurotransmissores das vesículas estimulando a fibra nervosa Faringe: Nasofaringe: não faz parte do sistema digestório Orofaringe: região posterior da cavidade oral Laringofaringe: abaixo da orofaringe e conectada ao esôfago Amígdalas (Tonsilas): - Palatina - Lingual - Faríngea Funções: - Papel protetor: atua como sentinela nas vias de entrada de ar e da comida; - Criptas: aumentam a área para o contato com as substâncias estranhas; - Remoção quando se tornam sítio de infecções Glândulas salivares: classificação segundo o tamanho e organização Glândula salivar maior: as unidades que produzem a salivam são denominadas de ácinos dentro de uma estrutura coberta por uma capsula conjuntiva - Encontradas aos pares, situadas bilateralmente na região extra-oral; - A secreção é liberada na cavidade oral através de dutos excretores longos; - Altamente organizada (cápsula, traves conjuntivas, lobos e lóbulos). - Parótida: a maior, localizada na região temporal da cabeça, duto excretor longo, duto de Stensen - Submandibular: no triangulo submandibular do pescoço, duto excretor longo, Wharton - Sublingual: abaixo da língua, vários dutos excretores pequenos Glândula salivar menor: não tem uma organização própria, os ácinos se reúnem dentro de outra estrutura - Localizadas na submucosa da cavidade oral ou língua; - Dutos excretores curtos que se abrem diretamente na cavidade oral; - Não exibem uma cápsula distinta, estão situados em meio ao tecido conjuntivo da submucosa ou das fibras musculares da língua - Glândula Labial e glândulas bucais - Glândulas Glossopalatinas - Glândulas Palatinas - Glândulas Linguais: Lingual anterior (glândula de Blandin e Nuhn), Lingual posterior serosa (glândula de von Ebner) e Lingual posterior mucosa Classificação segundo o tipo de secreção: - Puramente serosas: parótida, Glândula Lingual de Von Ebner (secretam enzimas – amilase, peroxidase e lisozima – e cistinas e estatinas) - Puramente mucosa: GLÂNDULA Lingual Anterior de Blandin e Nuhn (secretam enzimas e mucina) - Mistas: Glândulas Submandibular e Sublingual (secretam mucina – N-AcGlicosamina) Organização estrutural: - Ácinos (unidades secretórias): mucosos, serosos e mistos (mucoso com meia-lua serosa) - Sistema excretor: dutos estriados e dutos intercalares - Células mioepiteliais Secreção salivar: Volume da secreção salivar/dia: 1 a 1,5 L, correspondendo a uma taxa secretória de 1 ml/min/g de tecido; Glândulas salivares maiores: 90% da secreção salivar total As submandibulares e sublinguais são responsáveis por cerca de 70% do fluxo salivar basal, não estimulado, ao passo que as parótidas respondem por 15 a 20% e as glândulas salivares menores, por 5 a 8% Entretanto, as parótidas e as submandibulares se responsabilizam por 45 a 50% do fluxo salivar pela presença de alimento na cavidade oral, enquanto a contribuição das outras glândulas é menor. Composição: água (99,5%) e solutos (0,5%) – íons, ureia, ácido úrico, muco, IgA, lisozima e a amilase salivar e lipase Funções: - Gustação: solubilização dos alimentos estimula as papilas gustativas - Fonação: a umidificação da cavidade oral facilita a fonação - Ação tamponante: resulta do pH alcalino da saliva; protege a mucosa oral contra alimentos ácidos; protege os dentes contra produtos ácidos da fermentação bacteriana dos resíduos alimentares - Limpeza: a saliva remove restos alimentares que se alojam entres os dentes - Proteção mecânica: muco secretado protege a mucosa oral e mucosa gengival da agressão mecânica das partículas de alimento; favorece o estabelecimento de flora microbiana não patogênica - Ação bactericida: a saliva secreta lisozima (enzima que lisa as paredes de bactérias), proteína ligadora de imunoglobulina A (ativa contra vírus e bactérias) - Ação bacteriostática: lactoferrina, substância quelante de ferro, impede o crescimento de bactérias dependentes de ferro; - Ação antimicrobiana: proteínas ricas em prolina interagem com o Ca2+ e com a hidroxipatita, participando da manutenção da integridade dos dentes; - Ação digestiva: amilase e lipase A secreção serosa salivar contém alfa- amilase (ptialina): - Amilase: atua sobre o amido (carboidrato constituído principalmente de glicose com ligações glicosídicas; carboidrato mais comum na dieta humana) Secreção serosa salivar contém lipase salivar: - Secretada pelas glândulas salivares linguais serosas (glândulas Von Ebner) - Ativa em pH baixo; ótimo: pH de 4,0 – 4,5 - Lipase salivar: envolvida na primeira fase de digestão de lipídeos - Hidrolisa triglicerídeos de cadeia média a longa em diglicerídeos e ácidos graxos livre; - Importante para a digestão de leite materno nos recém natos; presente no nascimento enquanto a lipase pancreática tem baixa atividade nesta faixa etária Regulação da secreção salivar: - Estimulação parassimpática: Síntese e secreção de amilase salivar e mucinas Fluxo sanguíneo para as glândulas - Estimulação simpática: Estímulo secreção menor potente que a parassimpática Constrição dos vasos sanguíneos = fluxo sangue nas glândulas salivares - Efeito comum: contração das células mioepiteliais Trato Gastrointestinal: Tubo alimentar: - Mucosa: Epitélio de Revestimento Lâmina Própria (tecido conjuntivo frouxo) Muscular da mucosa (músculo liso) - Submucosa Tecido Conjuntivo Denso - Muscular Própria Camada muscular circularinterna Camada muscular longitudinal externa - Serosa Mesotélio (epitélio escamoso simples) Tec. Conjuntivo Frouxo - Adventícia: Tec. Conjuntivo nos locais onde a parede do órgão é fixa as estruturas vizinhas Sistema Nervoso Entérico: Intrínseco x Extrínseco Sistema Nervoso Extrínseco: consiste no Sistema Nervoso Autônomo (Parassimpático e no Simpático) - Inervação parassimpática: via p nervo vago, controla a função motora e secretora do trato gastrointestinal superior via os nervos sacros, que regulam as funções do cólon distal e reto - Inervação Simpática: fibras dos gânglios pré- vertebrais são responsáveis pelos neurônios secretomotores que contém VIP, terminações nervosas colinérgicas, pré-sinápticas, vasos sanguíneos da submucosa e os esfíncteres gastrointestinais. Sistema Nervoso Intrínseco: - Constituído por uma rede complexa de gânglios (neurônios, axônios e glia) que se organizam em plexos: Plexo Submucoso Plexo Mioentérico - Os gânglios entéricos se interconectam a feixes de fibras nervosas que por sua vez se conectam a outros neurônios e inervam as fibras musculares lisas, responsáveis pela motilidade gastrointestinal - Plexo submucosa me Meissener: Localizado na submucosa Os nervos do plexo submucso são derivados do plexo mioentérico, que por sua vez, derivam dos nervos parassimpáticos situados perto da artéria mesentérica. Ramos do plexo perfuram as fibras musculares da camada circular interna para formar o plexo submucoso. Gânglios do plexo submucoso se estendem para a musculatura da mucosa e para a mucosa - Plexo Mioentérico de Auerbach: Localizado entre a camada muscular circular e a submucosa Se estende por todo o comprimento da parede gastrointestinal (desde o esôfago) Contém neurônios sensoriais que recebem informações de terminação nervosas presentes na camada muscular relacionadas à composição do bolo alimentar (quimiorreceptores) e à distensão da parede do órgão (mecanoreceptores) Está envolvido principalmente no controle da atividade muscular do intestino e inervação secretora da mucosa Esôfago: Leva o bolo alimentar e líquidos da faringe para o estômago; revestido por epitélio escamoso estratificado; glândulas mucosas na submucosa Tem cerca de 25 cm de comprimento Esfíncter esofágico superior Esfíncter esofágico inferior Composição da camada muscular modifica ao longo de seu comprimento: - Terço superior: camada muscular circular e longitudinal – musculo esquelético - Terço médio: circular – musculo esquelético longitudinal: músculo liso - Terço inferior: circular – músculo liso longitudinal: músculo liso Estômago: Musculatura própria: - Camada muscular oblíqua (somente estômago) - Camada muscular circular - Camada Muscular Longitudinal Dividido em 4 regiões: - Cardia - Fundo - Corpo -Piloro Epitélio superficial Fovéolas Flândulas Musculatura do mucosa Mubmucosa Musculatura própria Mucosa gástrica: - Revestimento superficial: Célula mucosa do revestimento superficial - Favéola Célula mucosa - Glândula gástrica Istmo: células mucosas e células tronco/progenitoras Colo: células mucosas e células parietais Base: células mucosas, células principais e células enteroendócrinas (células enteroendócrinas, enterocromafins e enterocromafim-símile) Superfície gástrica: - Células mucosas: Grânulos apicais com glicoproteínas (mucinas) Mucinas se combinam com a água na superfície gástrica formando um gel protetor - Microscopias eletrônica de transmissão: Grânulos apicais com glicoproteínas Grande quantidade de mitocôndria Anidrase carbônica contribui para a formação de íons bicarbonato para aumentar o pH na superfície gástrica Célula parietal ou oxíntica: - Secretam HCl (ácido clorídrico) e o Fator Intrínseco nos humanos - Fator Intrínseco é necessário para a absorção de vitamina B12 no íleo. Ele se combina com a vitamina B12 para sua absorção - A vitamina B12 é necessária para a maturação das hemácias. A ausência do fator intrínseco causa a anemia perniciosa - Citoplasma da célula parietal apresente numerosas estruturas tubulovesiculares e um canalículo central contínuo a luz - Após o estímulo, as estruturas tubulovesiculares se fundem com a membrana plasmática do canalículo. - A anidrase carbônica e a H+, K+, ATPase estão localizadas nos microvilos que se projetam para a luz Célula Principal (Zimogênicas ou Péptica): - Produzem o pepsinogênio (pró-enzima, não ativa) e grânulos densos na superfície apical, RER proeminente Células Entero-Endócrinas: - Colo e Base das Glândulas - Células enteroendócrinas Célula D (somatostatina) Célula I (colecistocinina) Célula G (gastrina) Célula K (GIP) Célula S (secretina) Célula Mo (motilina) - Células enterocromafim (EC) Serotonina Peptídeo natriurético atrial - Células enterocromafim-sílime (ECL) Histamina - Muitas ECC processam aminoácidos sendo denominadas de Células APUD. Todas estas células fazem parte do Sistema Neuroendócrino Difuso - Importância Médica: tumores denominados carcinoides Secreção gástrica: Muco: dois tipos de muco são secretados pelo estômago - Muco secretado pelas células do pescoço das glândulas gástricas forma o “muco solúvel” que é misturado aos alimentos, lubrificando-os. Protege a mucosa gástrica durante o processo digestivo - Muco secretado pelas células superficiais das glândulas gástricas, conhecido como “muco insolúvel ou visível”, retém o HCO3 excretado por estas mesmas células. Este muco forma uma camada sobre a superfície luminal do estômago e constitui a barreira mucosa gástrica, que protege mecânica e quimicamente a superfície interna do estômago contra o HCL e a pepsina. Pepsinogênio: - Produzido pelas células pépticas ou principais das glândulas gástricas do corpo e antro - Secretado no lúmen gástrico, como uma pró- enzima, sendo hidrolisado à pepsina (enzima ativa) quando o pH do lúmen gástrico está < 5 - O peso molecular do pepsinogênio é de 42 kDa. Quando sua molécula é clivada, separa-se um pequeno fragmento da cadeia polipeptídica, no terminal N, para formar a pepsina, que tem peso molecular de 35 kDa. - A ação proteolítica da pepsina se dá em meio ácido. Os valores ótimos de pH para a ação da pepsina estão entre 1,8 e 3,5; - Valores de pH superiores a 3,5 inativam, reversivelmente, a pepsina; esta é, irreversivelmente, inativada a valores de pH além de 7,2. - As células principais têm diversos receptores (agonistas, agindo sobre as células principais, estimulam a secreção do pepsinogênio): Receptores do tipo M, muscarínicos, para a acetilcolina; Receptores para a gastina; Receptores para a colecistocinina Para secretina Para o VIP (peptídeo vasoativo intestinal) Receptores beta2-adrenérgicos Receptores EP2 para PGE2 (prostaglandinas do tipo E2) - A ativação desses receptores eleva o nível de IP3 e de Ca2+ intracelular = secreção de pepsinogênio - A ligação desses agonistas aos receptores específicos das células principais ativam a adenilato ciclase = secreção de pepsinogênio Pepsina: - A pepsina inicia a digestão proteica no estômago - Como é uma endopeptidase, origina, predominantemente, oligopeptídeos de tamanhos diferentes - Os oligopeptídeos estimulam a secreção pelas células I do duodeno, secretoras de colecistocinina (CCK), que, por sua vez, estimula as células principais. Lipase gástrica: - Produzida pelas células principais da mucosa fúndica do estômago - Secretada no lúmen gástrico na forma tiva - Hidrolisa, em meio ácido, os triglicerídeos - É uma lipase ácida Ácido Clorídrico (HCl): - Secretado pelas células parietais - Células parietais exibem no citoplasma um sistema túbulo-vesiculare canalículos intracelulares contínuos à luz da glândula. O HCl é formado nas projeções em dedo de luva destes canalículos, sendo então conduzidos através dos canalículos para a porção apical da glândula - Após o estímulo, o sistema túbulo-vesicular se funde com a membrana do canalículo intracelular. A anidrase carbônica e a H+, K+ e ATPase estão localizadas nos microvilos que se projetam na luz dos canalículos - Regulação neuro-hormonal da secreção de HCl: Estímulo Vagal estimula a liberação do Peptídeo Liberador da Gastrina (PLG) a partir dos neurônios pós-sinápticos; PLG estimula diretamente a secreção de gastrina, a partir das células G presentes no antro; Gastrina secretada pelas células G se liga ao seu receptor na célula parietal e estimula a secreção de HCl; Células D antrais liberam a somatostatina que inibem a liberação da gastrina; A acetil-colina liberada pelas fibras pós- ganglionares estimula a secreção de Histamina pelas células enterocromafins (ECL); A histamina secretada se liga ao receptor H2 das células parietais; potencializa o efeito da acetil-colina e gastrina na liberação do HCl - Controle da secreção de HCl pela célula parietal: Principais secretagogos estimulatórios: acetilcolina, gastrina e histamina Secretagogo inibitório: somatostatina Absorção de substâncias pelo estômago: Água Íons Ácidos graxos de cadeia curta Drogas mais ácidas e as fracamente básicas. Ex: ácido salicílico, aspirina, tiopental, secobasbital e antipirina, que não se dissociam no suco gástrico, são prontamente absorvidas - Lesão na mucosa gástrica (úlcera): infecção pela bactéria Helicobacter pulori ou pelo uso frequente de drogas anti-inflamatórias não esteroidais (NSAIDs) Aspirina de Omeprazol: efeito no trato gástrico - Aspirina bloquei a secreção de bicarbonato pela célula e, por isso, não é aconselhável ingerir aspirina por longos períodos de tempo - Omeprazol é um fármaco que impede a secreção de H+, pois se liga irreversivelmente na bomba H+/K+ ATPase. Significado das Lipases Lingual e Gástrica: Papel importante na digestão em neonatos uma vez que o LEITE é a principal fonte de energia; Importantes quando da presença de uma insuficiência pancreática – Fibrose Cística ou outras doenças pancreáticas; Lipases Lingual e Gástrica podem degradar triglicerídeos com ácidos graxos de cadeias curtas e médias em pacientes com doenças pancreáticas apesar da ausência completa ou quase total da lipase pancreática Intestino Delgado: Mede cerca de 6 m, anatomicamente dividido em: - Duodeno (25 cm de comprimento) - Jejuno (2,5 m de comprimento) - Íleo (3,5 m de comprimento) Função: absorção da maioria dos nutrientes Adaptação: amplificação das superfícies absortivas através de especializações da mucosa e submucosa 1. Formação das plicae circulares 2. Formação das vilosidades 3. Presença de microvilosidades na superfície apical dos enterócitos Duodeno (glândulas de Brunner na submucosa): - Vilosidades - Mucosa Epitélio cilíndrico simples (enterócitos) Células caliciformes - Glândulas (criptas de Lieberkühn) Enterócitos Células caliciformes Células enteroendócrinas Células de Paneth (defensivas) - Glândulas de Brunner: Células mucosas Células do intestino delgado: - Células absortivas - Células caliciformes - Células enteroendócrinas - Células-tronco (Lgr5+) - Células progenitoras (transit-ampliflying) Borda estriada: - Camada de microvilosidades recobertas por glicocálise (glicoproteínas) + enzimas digestivas - Cada enterócito tem em média 3000 microvilosidades - Cada 1 mm2 da superfície intestinal tem cerca de 200 milhões de microvilosidades; - As plicae aumentam a superfície intestinal em 3x - As vilosidades aumentam a superfície intestinal em 10x - As microvilosidades aumentam a superfície intestinal em 20x - Total da área de absorção: 200 m2 no intestino delgado Enzimas intestinais: - Enzimas da borda em escova: Não são secretadas no lúmen Sítios ativos das enzimas: exposto ao quimo Capilares sanguíneo e linfático no centro da vilosidade: - Dentro da vilosidade há presença de: Capilares sanguíneos Capilar linfático (quilífero central da vilosidade) - Papel: transporte dos nutrientes para o fígado/célula alvo Célula absortiva (enterócito): - Célula cilíndrica com núcleo oval - Projeções apicais, borda em escova, microvilosidades - Aumento da superfície intestinal: 600x Célula caliciforme: - Secretam mucinas (glicoproteínas) que, ao serem hidratadas formam o muco - Papel do muco na lubrificação e proteção da mucosa intestinal Célula de Paneth: - Localizadas na porção basal das criptas intestinais (Lieberkhun) - Células exócrinas com grânulos de secreção eosinofílicos grandes que contém uma série de moléculas antimicrobianas Glândula de Brunner do duodeno: - Glândulas tubulares compostar, na submucosa do duodeno proximal, acima do esfíncter hepatopancreático (ODDI) - Os ductos das glândulas se abrem diretamente no lúmen intestinal ou nas criptas, dependente da espécie animal - Mucinas produzidas pelas glândulas de Brunner são predominantemente da classe III. - Além disso, produzem fator de crescimento epidérmico, bicarbonato e fatores microbicidas Célula enterro-endócrina: - Células enterro-endócrinas no intestino constituem a forma de célula endócrina mais abundante no organismo mas representam 1% das células no epitélio - Produzem mais de 20 peptídeos Placas de Peyer: - Pequenos agregados linfoides presentes no íleo - Parte importante do sistema imune pois monitoram as populações bacterianas no intestino prevenindo o crescimento das bactérias patogênicas Célula M: - Células epiteliais especializadas - Localizadas na mucosa do íleo sobre as placas de Peyer - Células com invaginações na porção basal onde estão situados linfócitos intraepiteliais e células apresentadoras de antígeno - Células M endocitam seletivamente antígenos e os transportam para as células imunes subjacentes Intestino Grosso ou Cólon: Cerca de 5 m de comprimento Dividido em 3 porções: - Cólon ascendentes - Cólon transverso -Cólon descendente Não apresenta vilosidades Absorção de água, alguns minerais e vitaminas Formação de fezes para eliminação Glândulas tubulares (criptas de Lieberkühn) perpendiculares a superfície na lâmina própria Apêndice (apêndice vermiforme): - Tubo com 2,5 cm de diâmetro e comprimento de 8 cm, conectado ao ceco; - Revestido com mucosa colônica tendo numerosos linfonodos na mucosa e submucosa - Frequentemente seu interior se enche com conteúdo intestinal, levando a inflamação e infecção (apendicite) - Evidencias indicam que é o equivalente a Bursa de Fabricius das aves: local onde as células B imaturas se tornam imunocompetentes Canal Anal: Mucosa e submucosa altamente vascularizadas a apresentam seios venosos que se dobram longitudinalmente formando as colunas anais (colunas de Morgagni); Perto do ânus, a camada muscular circular interna se espessa formando o esfíncter anal interno e esfíncter externo (músculo estriado esquelético voluntário); Material fecal se acumula no reto e é liberado pela contração dos esfíncteres anais interno e externo Motilidade do trato gastrointestinal: Exercida pela musculatura de parede do TGI Envolve movimentos de mistura e propulsivos e é determinada pela atividade mecânica do músculo liso do TGI Os movimentos servem para misturar e transportar o bolo alimentar assim como auxiliar na eliminação dos elementos não absorvidos e dos metabólitos indesejáveis Músculo Liso Visceral (unitário): - Fibra muscular lisa do TGI: Células se intercomunicam através de junções intercelularesde baixa resistência – junções comunicantes (gap junctions) Acoplamento elétrico entre as células Passagem passiva de íons e de moléculas até 1.300 Da (mensageiros secundários) - Células fusiforme pequenas, com extremidades afiadas - Núcleo único, ovalado e central - Pobre em organelas, pp/ REL (estocagem de cálcio) - O potencial elétrico de repouso da membrana do músculo liso visceral não é estável. Sofre oscilações ou despolarizações subliminares, as chamadas Ondas Lentas, provavelmente determinadas pelo bombeamento de Na+ K+ - Hipótese das ondas lentas: Origem: fibras intersticiais de Cajal (regiões de marca passo) A amplitude e, em menor grau, a frequência das ondas lentas pode ser modulada por atividade dos nervos intrínsecos e extrínsecos, hormônios e parácrinos - Células Intersticiais de Cajal: Células com características de células indiferenciadas e fibras musculares diferenciadas; Se comunicam entre si e com células musculares vizinhas através de junções comunicantes, propiciando a propagação da excitação por toda a musculatura Localizadas entre as terminações nervosas e as células musculares lisas do TGI Expressam a proteína KIT, um receptor tirosina quinase Formam uma rede interconectando os plexos submucosos e mioentérico assim como está presente no interior das camadas musculares da musculatura própria - Ondas em ponta (espícula): São verdadeiros potenciais de ação Surgem quando as ondas lentas atingem o limiar elétrico ( > - 40 Mv) São deflagrados pela grande entrada de Ca2+ na célula através de canais voltagem- dependente - Musculatura Lisa Visceral do TGI: Contração Fásica: contrações e relaxamentos são periódicos e ocorrem em pouco segundos ou minutos – corpo esôfago, corpo e antro gástrico e na musculatura do intestino delgado e grosso; Contração Tônica: contração mantida ou sustentada em que a musculatura se mantém tonicamente contraída por minutos ou horas (tônus) – musculatura dos esfíncteres e da porção fúndica do estômago Deglutição: Fase faríngea: o alimento passa do esôfago através da faringe Fase esofágica: o alimento passa através do esôfago para o estômago por meio dos movimentos peristálticos Esfíncter esofagiano superior: previne a entrada de ar no TFI; Esfíncter esofagiano inferior: previne o retorno do conteúdo gástrico para o esôfago Peristalse no esôfago empurra o alimento Tipos de movimentação do TGI: Contrações peristálticas são responsáveis pela movimentação do bolo alimentar, para a frente Contrações de segmentações são responsáveis pela mistura do bolo alimentar Motilidade do Estômago: para que ocorre é necessário a presença de hormônios secretados pelas células neuroendócrinas
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