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Origem das Infecções Emergentes e Reemergentes Três mecanismos de surgimento dessas infecções, os quais podem eventualmente estar associados: 1. Surgimento de um novo vírus, pela evolução de uma nova variante viral. 2. Introdução no hospedeiro de um vírus existente em outra espécie (transposição da barreira de espécie). 3. Disseminação de um vírus a partir de uma pequena população humana ou animal, onde este vírus surgiu ou onde foi originalmente introduzido. Exemplos: HIV Doença de Lyme (Febre Maculosa) Fonte: Morse, 1995 Doenças Infecciosas Emergentes Doenças novas, até então desconhecidas em determinada população; Causadas por agentes desconhecidos ou por mutação de agente já existente; Causadas por um agente que só atingia animais, e que passa a infectar e a causar doença em humanos; Doenças que atingem uma região indene, ou seja, onde até então nunca havia sido detectado nenhum caso. Exemplos: Hantavirose - em 2004 foram notificados 30 casos da doença no DF - a doença já tinha sido detectada em outros estados - SP, PR - mas nunca no DF. Aids (até a déc. 80 era desconhecida no mundo) Influenza A (H1N1) em 2009 – pandemia. Doenças Infecciosas Reemergentes Doenças já conhecidas e que estavam controladas, mas que voltaram a representar ameaça para a saúde humana, devido a um aumento em sua incidência em um dado local ou em uma população específica. Exemplos: Dengue; Febre Amarela; Malária; Tuberculose (co-infecção pelo HIV em países desenvolvidos). Doenças Infecciosas Emergentes e Reemergentes Fatores que determinam a ocorrência de doenças emergentes e reemergentes Febre Amarela A FA é uma doença febril aguda causada por um arbovírus do gênero Flavivírus e da família Togaviridae. É dividida em FA silvestre (transmitida principalmente entre macacos) e Urbana (Transmitida pelo vetor-mosquito Aedes aegypti). A FA silvestre é endêmica na Região Amazônica, sendo que na Região Extra-Amazônica são registrados ocasionalmente períodos epizoóticos/epidêmicos, caracterizando as reemergências do vírus no país QUADRO CLÍNICO O período de infecção – dura até 3 dias, tem início súbito de sintomas inespecíficos (febre, calafrios, cefaleia, lombalgia, mialgias generalizadas, prostração, náuseas e vômitos). O período de remissão – apresenta em algumas horas até dois dias, é caracterizado pelo declínio da temperatura e diminuição dos sintomas, com sensação de melhora do paciente. No período toxêmico – reaparece a febre, diarreia e vômitos em borra de café. Instala-se quadro de insuficiência hepatorrenal (icterícia, oligúria, anúria, albuminúria, manifestações hemorrágicas e alterações do nível de consciência). o Pode evoluir para coma e óbito. o O pulso fica mais lento apesar da febre (normalmente o pulso aumenta 10 batimentos por aumento de um grau na febre), o que recebe o nome de sinal de Faget. No período de incubação – varia de 3 a 6 dias, embora possa se estender até 15 dias. CICLO DE TRANSMISSÃO DA FEBRE AMARELA REEMERGÊNCIA DA FEBRE AMARELA Casos humanos e epizotias em primatas não humanos (PNH) de febre amarela silvestre por município do local provável de infecção ou de ocorrência, Brasil, 1998/1999 a 2018/2019 DOENÇA REEMERGENTE NA REGIÃO SUDESTE: OUT/2008 – 2009 Série histórica do número de casos humanos confirmados para FA e a letalidade, segundo o ano de início dos sintomas, Brasil, de 1980 a junho de 2017 Áreas afetadas (com evidência de circulação viral) e ampliadas (limítrofes àquelas afetadas), que compõem as áreas de risco de transmissão de Febre Amarela e onde as ações de vigilância e resposta devem ser intensificadas Áreas com recomendação vacinal para a Febre Amarela (ACRV) Zika HISTÓRICO Zikav – RNA vírus, arbovírus, gênero Flavivírus, família Flaviviridae 1947 – isolado pela 1ª vez em macacos Rhesus – sentinelas para a detecção de FA na floresta Zika (Uganda) 1952 – 1ª evidência de infecção humana pelo ZIKAV – amostras de soro humano do leste da África. 2007 – grande surto na ilha de Yap e outras ilhas próximas dos estados federados da Micronésia – 70% residentes: 8.187 de 11.697 (HD = dengue). Exame (sorológico e biologia molecular) = Zika Reservatórios silvestres – PHN, orangotangos, elefantes, zebras, búfalos (achados sorológicos em roedores) Humanos → importância como hospedeiros amplificadores no ciclo de transmissão do ZIKAV, como em outras arboviroses (dengue). Modo de Transmissão → Vetorial (mosquitos do gênero Aedes aegypti, africanus e albopictus). Relatos de transmissão ocupacional, perinatal e sexual. Possibilidade de transmissão sanguínea. ZIKA VÍRUS NO BRASIL: ABRIL DE 2015 29/04/2015 – pesquisadores da UFABA reportaram a identificação do ZIKAV em 8/25 amostras testadas, provenientes de Camaçari/BA 09/05/2015 – Fiocruz identificou ZIKAV em 8/21 amostras provenientes de Natal/RN 20/05/2015 – ESP notificou a detecção de um caso confirmado na região de Sumaré/SP Outros estados vêm identificando a circulação de casos suspeitos de febre do Zika Vírus. 2019 (até a SE 4): 630 casos prováveis de Zika no país, com incidência de 0,3 caso/100 mil hab. DISTRIBUIÇÃO MUNDIAL A DOENÇA Período de Incubação → até 4 dias Apresentação Clínica → 18% das infecções humanas → no limitado de casos e surtos. Doença febril aguda, autolimitada, via de regra sem complicações graves e mortes, baixa taxa de hospitalização. Sinais e Sintomas → febre intermitente, exantema maculopapular, hiperemia conjuntival não purulenta, artralgias, mialgia, cefaleia, e menos frequente, edema. Odinofagia, tosse seca e alterações gastrointestinais, principalmente vômitos. Duração do quadro – 3 a 7 dias. Artralgia > 1 mês Complicações – Síndrome Guillain Barré (associação com circulação simultânea de dengue e surtos de ZIKAV), encefalites, meningoencefalite, parestesias, paralisia facial, mielites, trombocitopenia, oftalmológicas e cardíacas. ZIKA VÍRUS X MICROCEFALIA
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