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Tecnicamente, a ética vem do grego ethos e significa modo de ser, caráter, conduta. Uma preocupação e uma justificativa para o estudo da ética é o fato de que na medicina repousam os valores mais altos da humanidade, tendo assim o poder de dar e tirar a vida, lutar por ela e deixar morrer, ajudar e destruir pessoas. Já na moral apresenta classicamente duas especiais funções: inibição e transformação. Quanto mais intensa for a motivação do homem pela moral, mais sua particularidade se elevará na cotidianidade e assim vai surgir o conflito entre a herança moral do passado da humanidade e a exigência moral da época. A moral é objeto de estudos da ética e pressupõe três características: (1) seus valores não são questionados; (2) eles são impostos; (3) A desobediência às regras pressupõe um castigo. P�tur� étic� A grande diferença entre ética e moral é que, para funcionar, a moral precisa ser imposta, enquanto a ética deve ser inerente ao indivíduo, apreendida e incorporada por ele. A moral é imposta, a ética, percebida. Prontuári� É o melhor instrumento para fazer a triagem e analisar os sintomas, reconhecer problemas de saúde e preocupações e registrar as maneiras como a pessoa responde a essas situações, permitindo aventar hipótese(s) diagnóstica(s) consistente(s), além de abrir espaço para a promoção da saúde. Objetivos: ★ Estabelecer condições para uma adequada relação médico paciente. ★ Conhecer, por meio da identificação, os determinantes epidemiológicos que influenciam o processo saúde doença de cada paciente. ★ Fazer a história clínica, registrando, detalhada e cronologicamente, o(s) problema(s) de saúde do paciente. ★ Registrar e desenvolver práticas de promoção da saúde ★ Avaliar o estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais, familiares e ambientais que influenciam seu processo saúde doença. ★ Conhecer os hábitos de vida do paciente, bem como suas condições socioeconômicas e culturais. ★ Avaliar, de maneira clara, os sintomas de cada sistema corporal. Elementos componentes da anamnese: ★ Identificação: Perfil sociodemográfico que possibilita a interpretação dos dados individuais e coletivos do paciente ★ Queixa principal: É o motivo da consulta. Sintomas ou problemas que motivaram o paciente a procurar atendimento ★ História de doença atual: Registro cronológico e detalhado do problema atual de saúde do paciente ★ Interrogatório sintomatológico: Avaliação detalhada dos sintomas de cada sistema corporal. ★ Antecedentes pessoais e familiares: Avaliação do estado de saúde passado e presente do paciente, conhecendo os fatores pessoais ★ Hábitos de vida: Documentar hábitos e estilo de vida do paciente, incluindo ingestão alimentar diária e usual, prática utilização de outras substâncias e drogas ilícitas ★ Condições socioeconômicas e culturais: Avaliar as condições de habitação do paciente, além de vínculos afetivos familiares, condições de escolaridade. Anamnes� Minha anamnese Bom dia, meu nome é Ana Rita, estudante do 1° ano de medicina da UNINOVAFAPI, estou sendo supervisionada por outro profissional, e meu objetivo é buscar lhe dar informações e lhe ajudar da melhor forma possível, tudo bem para SR. entrar na sua casa e ser atendida por mim? Identificação - Nome: - Idade: ❏ criança ❏ adolescente ❏ jovem ❏ adulto ❏ idoso. - Naturalidade e Nacionalidade: - Estado civil: ❏ solteiro ❏ namorando ❏ casado ❏ divorciado ❏ viúvo. - Sexualidade? Nome do parceiro? - Quantos divórcios? Está bem? - Declaração de cor: ❏ branco ❏ preto ❏ amarelo ❏ indígena. - Profissão: Qual? Quantas horas? Situação econômica? Estresse? É seu sonho? - Escolaridade: ❏ fundamental ❏ médio ❏ superior. - Religião: Qual? Frequência? - Moradia: Quantas pessoas? Situação da casa? alugada/ financiada/ própria. Número de cômodos? Como é a convivência? Animais? Quantos? Cuidados? Como é seu acesso à água? Tem tratamento de esgoto? Qual o destino do lixo? Tem algo que lhe incomoda? que atrapalhe seu cotidiano? Queixa principal Perguntas: O que o Sr vem fazer aqui hoje? O que está sentindo? Como posso lhe ajudar hoje? O que lhe trouxe aqui? ● Escala de dor - 0 a 10 ● Detalhar do sintomas ● Localização ● Evolução ● A quanto tempo ● Verificar fatores desencadeantes ● Fatores agravantes ● Fatores de alívio ● Sintomas associados ● Verificar os outros sistemas Antecedentes pessoais ● Doença? ● Histórico familiar? ● Cirurgia? ● Internação? ● Acidente? ● Alergias? ● Deficiência? ● Vacinas? ● Psiquiátrico? ● Exames de rotina? Alguma alteração? ● Mulher: abortos, partos, doenças, menstruação, métodos contraceptivos, exames , médico, IST. ● Homem: exame de próstata, doença, cirurgia, medicamento, métodos contraceptivos, IST. Cotidiano “Como é o seu dia/rotina?” ● Alimentação. Manhã? Tarde? Noite? Detalhes? ● Água. Quantidade aproximada? ● Atividade física. Quantas vezes na semana? Tempo de atividade? Qual? ● Drogas: (mais comuns) Ilícitas? Álcool. A quanto tempo? Frequência? Tipo de bebida? Quantidade? Já pensou em diminuir? Está bem com isso? Tabaco. A quanto tempo? Frequência? Quantos maços? Já pensou em parar? Sabe as consequências? Está bem com isso? ● Sono. Tem dificuldade? Dorme quantas horas por dia? Doenças? Consome alguma bebida energética antes de dormir? ● Vida sexual. Ativa? Quantos parceiros? Usa que métodos?Problemas? Dúvidas? ● Relacionamento com a família ● Relacionamento com o exterior? Lazer? ● Vínculo com a UBS Lavage� d� mã� Ect�copi� Terminada a anamnese, inicia-se o exame físico de maneira sistematizada. Ademais, apesar da entrevista e o exame serem duas etapas diferentes, mas podem ser realizadas de maneira simultânea, pois são indissociáveis e se completam. - É o que aparenta o paciente, visto em sua totalidade. - Para descrever a impressão obtida, usa-se a seguinte nomenclatura: - A percepção consciente do mundo exterior e de si mesmo caracteriza o estado de vigília,resultante da atividade de diversas áreas cerebrais, coordenadas pelo sistema reticular ativado ascendente. Estad� gera� Bom estado geral (BEG) Regular estado geral (REG) Mau estado geral (MEG) Níve� d� consciênci� Estado de vigília: em que está inteiramente consciente Obnubilação: quando o nível de consciência é pouco comprometido, permanecendo o paciente em estado de alerta ainda que algo diminuído Sonolência: o paciente é facilmente despertado, responde mais ou menos apropriadamente, mas logo volta a dormir Confusão mental: configura se por perda de atenção, o pensamento não é claro, as respostas são lentas e não há uma percepção temporoespacial normal Torpor ou estupor: quando a alteração de consciência for mais pronunciada, mas o paciente ainda é capaz de ser despertado por estímulos mais fortes e tem movimentos espontâneos Estado comatoso: no qual o paciente perde a capacidade de identificar seu mundo interior e os acontecimentos do meio externo Durante a entrevista, desde o primeiro momento do encontro com o paciente, o examinador deve prestar atenção à linguagem do paciente, particularmente na linguagem falada (fala). 1. Fácie normal ou atípica - É variável, e facilmente reconhecida, e representa a normalidade Fal� � linguage� Disfonia ou afonia: é uma alteração do timbre da voz causada por alguma alteração no órgão fonador. Dislalia: é o termo usado para designar alterações menores da fala, comuns em crianças, como a troca de letra (“tasa” por “casa”) Disartria: Fraqueza nos músculos usados para fala, o que muitas vezes faz com que a fala fique arrastada ou lenta Disfasia: aparece com total normalidade do órgão fonador e dos músculos da fonação e depende de um distúrbio na elaboração cortical da fala. Fácie� 2. Fácies hipocrática - Apresenta os olhos fundos, parados e inexpressivos chamam logo a atenção do examinador. - O nariz afilase, e os lábios se tornam adelgaçados. - Quase sempre o rosto está coberto de suor. - Palidez cutânea e uma discreta cianose labial - Indica doença grave e quase nunca falta nos estados agônicos das afecções que evoluem de modo lento 3. Fácies renal - edema que predomina ao redor dos olhos. - palidez cutânea. 4. Fácies leonina - As alterações que a compõem são produzidas pelas lesões da hanseníase. - pele, além de espessa, é sede de grande número de lepromas de tamanhos variados e confluentes, em maior número na fronte. - supercílios caem, o nariz se espessa e se alarga. - Lábios tornam se mais grossos e proeminentes. - As bochechas e o mento se deformam pelo aparecimento de nódulos. - A barba escasseia ou desaparece. - 5. Fácies adenoidiana - nariz pequeno e afilado e a boca sempre entreaberta. - Aparece nos indivíduos com hipertrofia das adenoides, as quais dificultam a respiração pelo nariz ao obstruírem os orifícios posteriores das fossas nasais 6. Fácies parkinsoniana - a cabeça inclina se um pouco para frente e permanece imóvel nesta posição. - O olhar fixo, os supercílios elevados e a fronte enrugada conferem ao paciente uma expressão de espanto. - A fácies parkinsoniana é observada na síndrome ou na doença de Parkinson. 7. Fácies basedowiana - olhos são salientes (exoftalmia) e brilhantes, destacando-se sobremaneira no rosto magro. - Outro elemento que salienta as características da fácies basedowiana é o bócio. - Indica hipertireoidismo 8. Fácies mixedematosa - rosto arredondado, nariz e lábios grossos, pele seca, espessada e com acentuação de seus sulcos. - As pálpebras tornam-se infiltradas e enrugadas. - Os supercílios são escassos e os cabelos secos e sem brilho. - Esse tipo de fácies aparece no hipotireoidismo ou mixedema. 9. Fácies acromegálica - saliência das arcadas supraorbitárias - proeminência das maçãs do rosto e maior desenvolvimento do maxilar inferior - aumento do tamanho do nariz, lábios e orelhas. 10. Fácies cushingóide ou de lua cheia - arredondamento do rosto, com atenuação dos traços faciais. - aparecimento de acne. - Este tipo de fácies é observado nos casos de síndrome de Cushing por hipofunção do córtex suprarrenal. - Pode ocorrer também nos pacientes que fazem uso prolongado de corticosteróides. - 11. Fácies mongoloide - está na fenda palpebral seu elemento característico, uma prega cutânea (epicanto) que torna os olhos oblíquos, bem distantes um do outro, lembrando o tipo de olhos dos chineses. - um rosto redondo, boca quase sempre entreaberta e uma expressão fisionômica de pouca inteligência ou mesmo de completa idiotia. - É observada no mongolismo, trissomia do par 21 ou síndrome de Down 12. Fácies de depressão - Cabisbaixo, os olhos com pouco brilho e fixos em um ponto distante. - Muitas vezes o olhar permanece voltado para o chão. - O sulco nasolabial se acentua e o canto da boca se rebaixa. - 13. Fácies pseudobulbar - tem como principal característica súbitas crises de choro ou riso, involuntárias, mas conscientes, que levam o paciente a tentar contêlas, dando um aspecto espasmódico à fácies. - Aparece geralmente na paralisia pseudobulbar - 14. Fácies da paralisia facial periférica - assimetria da face, com impossibilidade de fechar as pálpebras, além de repuxamento da boca para o lado são e apagamento do sulco nasolabial 15. Fácies miastênica ou fácies de Hutchinson - caracterizada por ptose palpebral bilateral que obriga o paciente a franzir a testa e levantar a cabeça. - Ocorre na miastenia grave e em outras miopatias que comprometem os músculos da pálpebra superior - 16. Fácies do deficiente mental - é muito característica, mas de difícil descrição. - Os traços faciais são apagados e grosseiros; a boca constantemente entreaberta, às vezes com salivação. - É comum que tais pacientes tenham sempre nos lábios um meio sorriso sem motivação e que se acentua em resposta a qualquer solicitação. - 17. Fácies etílica - chamam a atenção os olhos avermelhados e certa ruborização da face. - O hálito etílico, a voz pastosa e um sorrisomeio indefinido completam a fácies etílica - Brevilíneo: • Pescoço curto e grosso • Tórax alargado e volumoso • Membros curtos em relação ao tronco • Ângulo de Charpy maior que 90° (junção das rebordas costais com o apêndice xifoide) • Musculatura desenvolvida e panículo adiposo espesso • Tendência para baixa estatura Mediolíneo: • Equilíbrio entre os membros e o tronco • Desenvolvimento harmônico da musculatura e do panículo adiposo • Ângulo de Charpy em torno de 90° Longilíneo: • Pescoço longo e delgado • Tórax afilado e chato • Membros alongados com franco predomínio sobre o tronco • Ângulo de Charpy menor que 90° • Musculatura delgada e panículo adiposo pouco desenvolvido • Tendência para estatura elevada. Boa postura: • Cabeça ereta ou ligeiramente inclinada para diante • Peito erguido, fazendo adiantar ao máximo essa parte do corpo • Abdome inferior achatado ou levemente retraído • Curvas posteriores nos limites normais Biotip� o� tip� morfológic� P�tur� o� atitud� n� p�içã� d� p� Postura sofrível: • Cabeça levemente inclinada para diante • Peito achatado • Abdome algo protruso, passando a ser a parte mais saliente do corpo • Curvas posteriores exageradas Má postura: • Cabeça acentuadamente inclinada para diante • Peito deprimido • Abdome saliente e relaxado • Curvas posteriores exageradas. - Ortopneica: o paciente adota essa posição para aliviar a falta de ar decorrente de insuficiência cardíaca, asma brônquica ou ascite volumosa. Ele permanece sentado à beira do leito com os pés no chão ou em uma banqueta, e as mãos apoiadas no colchão para facilitar a respiração, que se faz com dificuldade. - Genupeitoral: o paciente posiciona-se de joelhos com o tronco fletido sobre as coxas, enquanto a face anterior do tórax (peito) põe-se em contato com o solo ou colchão. O rosto descansa sobre as mãos, que ficam apoiadas no solo ou no colchão. - Posição de cócoras - Postura parkinsoniana: ao se pôr de pé, apresenta semiflexão da cabeça, tronco e membros inferiores e, ao caminhar, parece estar correndo atrás do seu próprio eixo de gravidade. - Ortótono: é a atitude em que todo o tronco e os membros estão rígidos, sem se curvarem para diante, para trás ou para um dos lados. - Opistótono: é a atitude decorrente de contratura da musculatura lombar, sendo observada nos casos de tétano e meningite. O corpo passa a se apoiar na cabeça e nos calcanhares, emborcando-se como um arco. - Emprostótono: é observado no tétano, na meningite e na raiva, sendo o contrário do opistótono, ou seja, o corpo do paciente forma uma concavidade voltada para diante. - Pleurostótono: É raro; observado no tétano, na meningite e na raiva. O corpo se curva lateralmente. - Posição em gatilho: Encontrada na irritação meníngea, é mais comum em crianças e caracteriza-se pela hiperextensão da cabeça, flexão das pernas sobre as coxas e encurvamento do tronco com concavidade para diante. - Torcicolo e mão pêndula da paralisia radial: São atitudes involuntárias, mas restritas a determinados segmentos do corpo. Atitude� voluntária� Atitud� Involuntári� A antropometria estuda as medidas de tamanho e proporções do corpo humano. As medidas antropométricas tais como peso, altura, circunferência de cintura e circunferência de quadril são utilizadas para o diagnóstico do estado nutricional (desnutrição, excesso de peso e obesidade) e avaliação dos riscos para algumas doenças (diabetes mellitus, doenças do coração e hipertensão) em crianças, adultos, gestantes e idosos. Altura Em crianças menores de 2 anos a medição é horizontal, utilizando o infantômetro, antropômetro ou estadiômetro . Etapas: 1° passo - Retire os sapatos, "roupas pesadas", remova enfeites e prendedores de cabelo e desfaça qualquer tipo de penteado. 2° passo- Deitar a criança no centro do antropômetro 3° passo - Manter, com a ajuda do responsável: - A cabeça da criança apoiada firmemente contra a parte fixa do equipamento, com o pescoço reto e o queixo afastado do peito. - As nádegas e os calcanhares da criança devem estar em pleno contato com a superfície que apoia o antropômetro. 4° passo - Pressionar, cuidadosamente, os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de modo que fiquem estendidos; juntar os pés, fazendo um ângulo reto com as pernas. Levar a parte móvel do equipamento até as plantas dos pés, com cuidado para que não se mexam. 5° passo - Fazer a leitura do comprimento 6° passo - Anotar o valor obtido. A grande diferença entre o uso de fita, os mensuração de comprimento de altura em adultos, é o controle e a maior facilidade de obter um valor exato. Pesagem Em crianças a balança pediátrica mecânica se usa com crianças de até 2 anos de idade e com peso inferior a 15 quilogramas (kg) . A balança antes da pesagem precisa ser higienizada, apoiada em uma superfície firme e forrar a balança. Antropometri� Já a balança pediátrica eletrônica, recomenda-se a utilização com crianças de até 2 anos de idade e com peso inferior a 15 quilogramas (kg). A precisão desta balança é de 5 gramas (g) para as medidas até 5 kg e de 10 g para as medidas entre 5 e 15 kg. E por fim a balança plataforma mecânica, esta sendo utilizada para pesar crianças maiores que 2 anos, adolescentes e adultos. Perímetro encefálico É avaliada até os 2 anos de idade. Assim sendo, o perímetro cefálico (PC) é uma medida antropométrica que pode fornecer dados sobre a nutrição ocorrida nos dois primeiros anos de vida. Apresenta um rápido crescimento nos primeiros seis meses de vida, sendo 2 cm ao mês até três meses (6 cm), 1 cm ao mês dos três aos seis meses (3 cm) e 0,5 cm ao mês dos seis meses até completar 1 ano de vida (3 cm). A aferição do PC deve integrar a avaliação básica do crescimento e desenvolvimento da criança. Deve ser obtido em todas as consultas, conforme a técnica, e seu valor plotado na curva de referência de acordo com a idade e o sexo.Perímetro torácico Finalidade da avaliação, é acompanhar o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido e detectar precocemente possíveis atrasos de crescimento. 1. Levantar o tórax do recém-nascido suavemente e passar a fita por trás do mesmo e trazê-la à frente até que a ponta encontre o valor referente à mensuração desejada. 2. O perímetro torácico deve ser mensurado passando a fita métrica na altura dos mamilos. Perímetro abdominal Tem como objetivo, acompanhar o crescimento e desenvolvimento do recém-nascido e detectar precocemente possíveis atrasos de crescimento. 1. Levantar o tórax do recém-nascido suavemente e envolver o abdômen com a fita, passando-o por trás do mesmo e trazendo para frente até que a ponta encontre o valor referente à mensuração desejada. 2. Para mensuração, a fita métrica deve passar na altura da cicatriz umbilical Os índices antropométricos mais amplamente usados, recomendados pela OMS e adotados pelo Ministério da Saúde para a avaliação do estado nutricional de crianças, são: ● Peso-para-idade (P/I): Expressa a relação entre a massa corporal e a idade cronológica da criança. É o índice utilizado para a avaliação do estado nutricional, contemplado na Caderneta de Saúde da Criança, principalmente para avaliação do baixo peso. Essa avaliação é muito adequada para o acompanhamento do ganho de peso e reflete a situação global da criança; porém, não diferencia o comprometimento nutricional atual ou agudo dos pregressos ou crônicos. Por isso, é importante complementar a avaliação com outro índice antropométrico. ● Peso-para-estatura (P/E): Este índice dispensa a informação da idade; expressa a harmonia entre as dimensões de massa corporal e estatura. É utilizado tanto para identificar o emagrecimento da criança, como para o excesso de peso. ● Índice de Massa Corporal (IMC)-para-idade: Expressa a relação entre o peso da criança e o quadrado da estatura. É utilizado para identificar o excesso de peso entre crianças e tem a vantagem de ser um índice que será utilizado em outras fases do curso da vida. ● Estatura-para-idade (E/I): Expressa o crescimento linear da criança. É o índice que melhor indica o efeito cumulativo de situações adversas sobre o crescimento da criança. É considerado o indicador mais sensível para aferir a qualidade de vida de uma população. IMC O IMC para a idade é recomendado internacionalmente para diagnóstico individual e coletivo dos distúrbios nutricionais na adolescência. Este indicador incorpora a informação da idade do indivíduo, foi avaliado como indicador de gordura corporal total nos percentis superiores e proporciona uma continuidade com o indicador utilizado entre adultos. Como são definidos percentil e escore-z A avaliação nutricional de um indivíduo ou de um grupo populacional é realizada por meio de critérios estatísticos que expressam a classificação dos índices antropométricos. O percentil é uma medida da posição relativa de uma unidade observacional em relação a todas as outras. Para facilitar o entendimento, experimente visualizar 100 crianças enfileiradas de acordo com o valor de seu IMC (Índice de Massa Corporal), em ordem crescente. Uma criança que está no percentil 85 é aquela que está na posição 85 da fileira, deixando atrás de si 84 crianças com valor de IMC inferior ao seu e ficando entre os 15% de maior IMC. Na prática clínica, essa criança seria classificada como apresentando sobrepeso. O uso preferencial do escore Z deve-se ao fato de que discrimina melhor os casos extremos. O escore Z, que em termos práticos varia de -6 a +6, significa quantos desvios padrão o dado obtido está afastado de sua mediana de referência. Corresponde à diferença padronizada entre o valor aferido e a mediana dessa medida da população de referência e é calculado pela seguinte fórmula: Como exemplo, aos 3 anos de idade, a mediana de peso na população de referência, isto é, escore-z 0 (equivalente ao percentil 50), é de 14,3kg para meninos e 13,9kg para meninas. O cálculo do escore-z para uma criança nessa idade com peso de 15,1 kg indicará o valor de 0,43 escore-z (equivalente ao percentil 66)se for do sexo masculino ou 0,66 escore-z (equivalente ao percentil 75) se for do sexo feminino para o índice de peso por idade. Cada valor de escore-z apresenta um valor de percentil correspondente e por isso pode-se converter um valor de escore-z em percentil ou um valor de percentil em escore-z, utilizando-se as fórmulas apropriadas. Assumem-se as equivalências entre percentis e escores-z conforme apresentado no quadro a seguir. Até o momento, o Ministério da Saúde adotava o uso do sistema percentil. Estado nutricional A avaliação do estado nutricional é uma etapa fundamental no estudo de uma criança, para que possamos verificar se o crescimento está se afastando do padrão esperado por doenças e/ou por condições sociais desfavoráveis. Ela tem por objetivo verificar o crescimento e as proporções corporais em um indivíduo ou em uma comunidade, visando estabelecer atitudes de intervenção. A avaliação nutricional é um instrumento diagnóstico, já que mede de diversas maneiras as condições nutricionais do organismo, determinadas pelos processos de ingestão, absorção, utilização e excreção de nutrientes; ou seja, a avaliação nutricional determina o estado nutricional, que é resultante do balanço entre a ingesta e a perda de nutrientes. O estado nutricional de uma população é um excelente indicador de sua qualidade de vida. O estado nutricional é resultado do equilíbrio entre o consumo de nutrientes e o gasto energético do organismo para suprir as necessidades nutricionais (BRASIL, 2007). O estado nutricional pode ter três tipos de manifestação orgânica: Adequação Nutricional (Eutrofia): manifestação produzida pelo equilíbrio entre o consumo e as necessidades nutricionais. Carência Nutricional: situação em que deficiências gerais ou específicas de energia e nutrientes resultam na instalação de processos orgânicos adversos à saúde. Distúrbio Nutricional: problemas relacionados ao consumo inadequadode alimentos, tanto por escassez quanto por excesso, como a desnutrição e a obesidade. Pressão arterial é definida como uma força exercida pelo sangue sobre as paredes dos vasos. E tem por finalidade promover uma boa perfusão dos tecidos e assim possibilitar as trocas metabólicas. Está relacionada com o trabalho do coração e traduz o sistema de pressão vigente na árvore vascular arterial. A PA é determinada de maneira simplificada pela relação: PA = DC × RP. Além do débito cardíaco e da resistência periférica, a pressão arterial depende da elasticidade da parede dos grandes vasos , da viscosidade sanguínea e da volemia . ● Débito cardíaco: é a resultante do volume sistólico (VS), multiplicado pela frequência cardíaca (FC), expresso na seguinte fórmula DC = VS × FC. Em um homem, em Sinai� Vitai� Sinais Vitais TEMPERATURA FREQUÊNCIA CARDÍACA FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA PRESSÃO ARTERIAL ● Normotermia (entre 36 e 37,5ºC) ● Normocardia (60-100bpm) ● Eupneia – Normal (16 a 20 ipm) ● Hipotensão (menor 100 x 60) ● Hipertermia (a partir de 37,9) ● Bradicardia (menor 60bpm) ● Taquipneia (acima de 20 ipm) ● Normotenso (120x80) ● Hipotermia (abaixo do normal) ● Taquicardia (maior 100bpm) ● Bradipneia (abaixo de 16 ipm) ● Hipertensão (Acima de 160x 100) Pressã� arteria� Fatore� determinante� d� PA repouso e em condições normais, o débito cardíaco alcança aproximadamente 5 a 6 l por minuto. ● Resistência periférica: É representada pela vasocontratilidade da rede arteriolar, sendo este o fator mais importante na manutenção e regulação da pressão diastólica. A resistência periférica depende,da ação do sistema nervoso simpático , por meio dos receptores alfa (vasoconstritores) e beta (vasodilatadores). Também é importante a influência humoral sobre a resistência periférica, representada pela angiotensina e pelas catecolaminas, que interferem na vasoconstrição, e pelas prostaglandinas e cininas, que agem na vasodilatação. ● Elasticidade da parede dos grandes vasos: Grande distensibilidade é uma das características dos grandes vasos, principalmente da aorta, em cujas paredes predominam amplamente as fibras elásticas. Esta propriedade é fundamental para contrabalançar as consequências do funcionamento descontínuo do coração. ● Volemia: O volume de sangue contido no sistema arterial interfere de maneira direta e significativa nos níveis das pressões sistólica e diastólica. Ao reduzir a volemia, como ocorre na desidratação e nas hemorragias, observa-se queda da pressão arterial, que pode chegar a níveis extremamente baixos. ● Viscosidade sanguínea: A influência deste fator é relativamente pequena, embora participe tanto da determinação da pressão sistólica quanto da diastólica. Nas anemias graves, entretanto, a diminuição da viscosidade sanguínea pode ser o fator responsável por níveis pressóricos baixos. Merecem destaque as seguintes particularidades: ● Manguito de tamanho adequado: 2/3 do comprimento do braço (80% do comprimento e 40% da circunferência) ● Pacientes obesos: medir com manguito apropriado, ou medir no antebraço (apenas a pressão sistólica pelo método palpatório), utilizando a palpação da artéria radial. São utilizados habitualmente três tipos de sistema para registro da pressão arterial: coluna de mercúrio, aneroide e eletrônico Métodos para medir a pressão arterial: Os métodos utilizados para medir a pressão arterial podem ser direto ou indireto: - O método direto fornece a pressão direta ou intraarterial. - Por ser um procedimento invasivo e exigir equipamento mais sofisticado, é reservado para pesquisa. Preparos: - Repouso mínimo de 3 minutos - Local tranquilo e, preferencialmente, sem ruídos ou movimentos que possam interferir com a ausculta ou com as oscilações de pulso. - A bexiga deve estar vazia e deve-se aguardar 1 hora de intervalo após uso de tabaco, ingestão de café ou de outras substâncias excitantes - Posição: Podem ser utilizadas as posições sentada, deitada ou em pé. Em qualquer posição, é necessário manter a artéria braquial no nível do coração (4o espaço intercostal), tomando-se o cuidado de deixar o paciente em posição confortável, com o braço ligeiramente flexionado, apoiado sobre uma superfície firme, com a palma da mão voltada para cima. - Na perna, geralmente é o valor é 20% maior 1. Inflar rapidamente até ultrapassar 20 a 30 mmHg o nível estimado da PAS sistólica obtido pela palpação. No método palpatório, a PAS é o valor que aparece no manômetro quando o pulso radial para de ser sentido 2. Proceder à deflação lentamente (velocidade de 2 mmHg por segundo) Semiotécnic� 3. Determinar a PAS pela ausculta do primeiro som (fase I de Korotkoff) e, após, aumentar ligeiramente a velocidade de deflação 4. Determinar a PAD no desaparecimento dos sons (fase V de Korotkoff) 5. Auscultar cerca de 20 a 30 mmHg abaixo do último som para confirmar o seu desaparecimento e depois proceder à deflação rápida e completa 6. Se os batimentos cardíacos persistirem até o nível zero, determinar a PAD no abafamento dos sons (fase IV de Korotkoff) e anotar os valores PAS/PAD/zero - Realizar pelo menos duas medições, com intervalo em torno de um minuto - Medir a pressão em ambos os braços na primeira consulta e usar, e o valor do braço onde foi obtida a maior pressão como referência - Informar o valor da PA obtido para o paciente - Anotar os valores exatos e o braço que a PA foi medida Fases de Korotkoff ● Fase I (aparecimento de sons): o primeiro som é claro como uma pancada. A força da onda sistólica é maior que a resistência oferecida pelo manguito e o sangue volta a passar pela artéria. A clareza do batimento depende de força, velocidade e quantidade de sangue. ● Fase II (batimentos com murmúrio): com a dilatação da artéria pressionada, a contracorrente reverbera e cria murmúrios na parede dos vasos sanguíneos ● Fase III (murmúrio desaparece): os batimentos passam a ser mais audíveis e mais acentuados. A artéria que sofreu constrição continua ase dilatar com a redução da pressão do manguito ● Fase IV (abafamento dos sons): os batimentos repentinamente tornam-se menos acentuados . ● Fase V (desaparecimento de sons): restabelecer o calibre normal da artéria e o sangue não mais provoca ruídos perceptíveis à ausculta da artéria radial. Pressão arterial sistólica – aparecimento do primeiro ruído (fase I) Pressão arterial diastólica – desaparecimento dos ruídos (fase V).
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