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ATIVIDADE 3 - TOXOPLASMOSE

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CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O TOXOPLASMA GONDII E A TOXOPOLASMOSE 
 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS 
FARMÁCIA 
Aluna: Giovanna Rêgo Data: 30/03/2020 
Questionamentos Respostas 
1 - O que é toxoplasmose? 
Quando a doença foi descoberta 
 
A toxoplasmose é uma zoonose que infecta o gato (intestinal) e outras espécies de vertebrados homeotérmicos 
(tecidual). O Toxoplasma gondii é um parasito intracelular e gera uma infecção crônica assintomática. Porém, pode 
apresentar também um quadro agudo febril com linfadenopatia em adultos, e em crianças um quadro subagudo de 
encefalomielite e coriorretinite. Sua forma congênita é particularmente grave. 
2- Agente etiológico 
 
Toxoplasma gondii 
É um parasita intracelular obrigatório e tem afinidade pelas células do sistema fagocítico mononuclear, leucócitos e 
células parenquimatosas. 
Quando o parasita penetra nas células do hospedeiro, ele desenvolve um processo ativo de endocitose. A membrana 
da célula invadida não se rompe. Assim que o parasita se liga pelo conóide na célula (através dos receptores), a célula 
invagina o parasito e o endocita. A membrana do vacúolo que é formado por conta dessa endocitose é diferente da 
dos fagossomos, tornando assim difícil para os lisossomos fundirem-se e derramar seu conteúdo para destruir o 
parasita. 
Formas evolutivas: 
Taquizoítas: forma do T. gondii quando está na circulação, após ocorrer a divisão binária, reprodução rápida; 
Bradizoítas: idêntica aos taquizoítas porém sua reprodução é lenta e está presente nos tecidos; 
Espozoítas: forma assexuada, é quando o cisto está formado, é a estrutura infectante. 
3- Vetor 
 
Gato (hospedeiro definitivo), alimentos contaminados, barata, etc. 
4- Tipos de transmissão 
 
Oocistos presentes nos alimentos (tanto carnes quanto hortaliças) ou fezes de gato contaminado; 
congênita/transplacentária e também raramente pode ocorrer a transmissão por transfusão de sangue ou 
transplante de órgãos. 
5- Sintomas 
 
Normalmente é assintomática. Em casos agudos podem aparecer febre, linfoadenopatia, linfocitose e dores 
musculares que persistem durante dias a semanas, também pode ser confundida com mononucleose. 
6- Características patogênicas Em casos agudos/virulentos, as células afetadas (normalmente leucócitos e macrófagos) “abrigam” o parasito em 
 
 CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O TOXOPLASMA GONDII E A TOXOPOLASMOSE 
 
UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS 
FARMÁCIA 
 seu interior, local onde ele se reproduz. Lá pode ter algumas dezenas ou centenas de parasitos (pseudocisto), 
gerando sua lise e dispersão dos agentes para invasão de outras células e reproduzir mais ainda. Podendo levar a 
morte em poucos dias. 
Em casos não-virulentos, a formação de pseudocistos é lenta e a maior densidade parasitária é encontrada 
aproximadamente no sexto dia e as células apresentam menos de 20 parasitos quando se rompem. Isto decresce 
até que após duas semanas não se encontram mais parasitos. 
Após o quarto dia já é possível ver células parasitadas no cérebro e com oito dias já se pode observar parasitos 
envolvidos por uma membrana cística. Após isto, não se encontram mais parasitos isolados ou pseudocistos. Estes 
cistos também podem aparecer no pulmão, na musculatura esquelética, fígado, baço, rins e músculo cardíaco. 
(*transmissão por alimentação). 
O quadro da doença varia no homem em relação a idade que ocorreu a contaminação. 
7- Características da toxoplasmose congênita 
 
As mães que possuem infecção crônica do Toxoplasma gondii não contamina seus filhos durante o desenvolvimento 
intra-uterino e também não existem evidencias de que toxoplasmose crônica cause abortamento. Já as mães que 
contraem toxoplasmose durante o período de gestação, estão sujeitas a alta gravidade. O curso da doença se dá 
com o período que está a gestação quando a mãe contrai a toxoplasmose e da capacidade dos anticorpos maternos 
para proteger o feto. 
• 1º trimestre: ocorre o aborto 
• 2º trimestre: pode afetar o feto ou não. Se afetado, pode haver um quadro agudo ou subagudo. Os 
parasitos invadem todos os órgãos fetais, mas as lesões prevalecem no sistema nervoso e na retina (a 
criança pode nascer cega). 
• 3º trimestre: a criança nasce infectada, porém não desenvolve a doença. Não pode ser descartada a 
probabilidade de desenvolver futuramente. 
Mais da metade dos filhos que nascem de mães que se infectaram durante a gravidez nascem sem toxoplasmose. 
Formas agudas: ocorre espleno- e hepatomegalia, icterícia, exantema (erupção cutânea) e, as vezes, linfadenopatia 
generalizada (processo patológico que afeta os nódulos linfáticos), pneumonite (inflamação do pulmão), hepatite, 
derrames cavitários (acúmulo de líquido entre duas membranas que normalmente estão coladas), anemia e 
meningocefalite (processo inflamatório que envolve o cérebro e meninges). Esse quadro é poucas vezes observado 
pois ocorre na vida intra-uterina e leva à morte fetal. E as crianças que sobrevivem apresentam, em geral, 
 
 CONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O TOXOPLASMA GONDII E A TOXOPOLASMOSE 
 
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anomalias e grande retardo no desenvolvimento físico e mental. 
Evidências da doença se manifestam alguns dias depois ou decorridas semanas ou meses como: 
• Retinocoroidite (90% dos casos); 
• Calcificações cerebrais (69% dos casos); 
• Perturbações neurológicas (60% dos casos); 
• Hidrocéfalo interno ou microcefalia (50% dos casos). 
8- Características da toxoplasmose nos 
imunodeprimidos 
 
Em relação com a infecção de indivíduos normais, a toxoplasmose é extremamente grave em indivíduos 
imunodeprimidos (depressão imunológica de etiologias diversas, terapias imunossupressoras, AIDS, etc.) 
No caso da AIDS, a toxoplasmose se destaca como causa de óbito por infecções oportunistas nos pacientes. Na 
maioria dos casos, desenvolve-se um quadro de encefalite aguda (inflamação e infecção do cérebro), que mata em 
poucos dias. 
A maioria dos pacientes apresenta febre e dor de cabeça. As alterações das manifestações cerebrais manifestam-
se por confusão, letargia (estado de profunda e prolongada inconsciência, semelhante ao sono profundo, do qual a 
pessoa pode ser despertada, mas ao qual retorna logo a seguir) e alucinações ou psicose franca, perda de memória 
ou do conhecimento e coma. Convulsões aparecem em um terço dos casos e sintomas neurológicos focais em 60% 
dos pacientes. Como hemiparesias (paralisia branda de uma das metades do corpo), afasia (enfraquecimento ou 
perda do poder de captação, de manipulação e por vezes de expressão de palavras como símbolos de pensamentos, 
em virtude de lesões em alguns centros cerebrais e não devido a defeito no mecanismo auditivo ou fonador; 
logastenia), ataxia (perda do controle muscular durante movimentos voluntários), escotomas (região da retina em que 
há perda ou ausência da acuidade visual), paralisia de nervos cranianos, movimentos desordenados, etc. Raramente 
observa-se coriorretinite e meningismo. 
 
9- Tratamentos e medicamentos 
 
Pessoas saudáveis e que não estão grávidas não precisam de tratamento. As drogas disponíveis e efetivas são 
poucas e muito tóxicas. Os medicamentos que se apresentam mais eficazes para toxoplasmose aguda de adultos são 
combinações de sulfonamidas com pirimetamina. 
A quimioterapia tem caráter supressivo sobre os toxoplasmas em fase proliferativa (Taquizoítas) mas é fora do 
alcance de Bradizoítas protegidos pelas funções císticas. 
• Sulfadiazina: mais utilizada das sulfonamidas. É utilizado para mulheres grávidas e pessoas com deficiências doCONHECIMENTOS GERAIS SOBRE O TOXOPLASMA GONDII E A TOXOPOLASMOSE 
 
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sistema imunológico. 
• Pirimetamina: (Darapim, Malocide) É utilizado pessoas com deficiências do sistema imunológica. O paciente que 
está fazendo uso deste medicamento deve ser controlado uma a duas vezes por semana com exames de 
sangue completos pois a pirimidina é um antifólico e pode deprimir a atividade da medula óssea. E para 
reduzir o efeito tóxico deve-se associar o ácido folínico na administração do medicamento (“não ácido fólico, 
que neutralizaria a ação do medicamento sobre o toxoplasma”). O uso da pirimetamina é absolutamente 
contra-indicado em mulheres grávidas por sua ação reconhecidamente teratogênica (causa dano ao embrião). 
• Clindamicina: usado quando há intolerância às sulfas e também é utilizada associada à pirimetamina. 
• Espiramicina: é utilizada para o tratamento materno precoce , é aconselhado para prevenir a contaminação 
fetal pois não atravessa a barreira placentária, não oferecendo risco iatrogênico (estado de doença, efeitos 
adversos ou complicações causadas por ou resultantes do tratamento médico) ao embrião. 
10- Características epidemiológicas no Brasil 
 
No Brasil, de 50 a 80% da população deve ser infectada por toxoplasmas. As taxas são mais elevadas em regiões 
rurais do que em urbanas. 
Em relação as gestantes, a maior parte delas não tem imunidade (aproximadamente 59%) para toxoplasmose, 
gerando o risco de contrair e gerar complicações na gravidez. As gestantes que possuem imunidade para 
toxoplasmose conferem a aproximadamente 40%, não promovendo nenhum risco ao feto em relação aos 
toxoplasmas. Por fim, gestantes com sorologia positiva para o toxoplasma durante a gestação conferem a menos de 
1%. (dados do slide) 
 
 
 
Ciclo biológico e reprodução: 
- O parasito desenvolve ciclo sexuado nos hospedeiros definitivos e um ciclo assexuado (divisão binária) nos hospedeiros intermediários 
- Nos gatos o T. gondii pode completar todo o seu ciclo vital (único hospedeiro). O gato adquire a toxoplasmose de duas maneiras: se alimentando de roedores infectados ou 
entrando em contato com fezes infectadas de outros gatos. 
 
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FARMÁCIA 
- Em mamíferos e aves, o parasito não pode se manter senão as fases assexuadas do ciclo, tornando-os hospedeiros intermediários. Eles somente transmitem a infecção 
quando sua carne serve de alimentação para animais carnívoros e onívoros ou por via congênita. 
- No gato jovem, quando alimentado por camundongos infectados por toxoplasmose aguda ou crônica, começa a aparecer oocistos imaturos em suas fezes, caracterizadas 
por diarreia aquosa. Este quadro pode durar um mês e desaparecer, porém, com o isolamento dos toxoplasmas no intestino dos gatos infectados pode dar positivo mesmo 
após um ano da infecção. Estes toxoplasmas ficam nas células epiteliais do intestino dos gatos, ali os parasitos penetrados se multiplicam assexuadamente, podendo este ciclo 
ser repetido diversas vezes. Alguns deles se diferenciam em gametas, que vão copular e formar um zigoto que se segrega da membrana cística, fechando o ciclo sexuado. 
Estes oocistos formados deixam as células epiteliais e antes de completar o seu desenvolvimento saem para o exterior com as fezes. 
- Os oocistos amadurecem no meio externo em 2 a 5 dias e para isso requerem oxigênio. Assim que ficam maduros, passam a ser infectantes se ingeridos por gatos ou 
qualquer outro animal de sangue quente, inclusive o homem (daí vem o contágio por hortaliças). 
- Já em hospedeiros intermediários, a evolução dos toxoplasmas se da nos tecidos, não no intestino, invadindo as células, onde ocorre a multiplicação do parasito por processo 
assexuado (divisões binárias). 
Resistência ao parasitismo 
- Ao adquirir o parasita, todas as espécies estudadas mostraram o desenvolvimento de imunidade para reinoculações. 
Diagnóstico da toxoplasmose 
O diagnóstico clínico é praticamente impossível na toxoplasmose do adulto, assintomática ou com sinais indefinidos, mas as suspeitas são grandes nos casos de retinocoroidite. 
Na toxoplasmose neonatal é mais característico, mas para ter a certeza é necessário também a confirmação laboratorial. Em casos de AIDS com encefalite, tem se 
generalizado a prática do diagnóstico terapêutico e se não for favorável, deve-se pensar em outras etiologias. 
- Diagnóstico parasitológico 
A parasitemia só pode ser observada na fase aguda da doença. Em exsudato (líquido que sai de uma ferida) e no liquor (líquido cefalorraquiano), os parasitos podem ser 
pesquisados no sedimento após centrifugação. Os toxoplasmas também podem ser vistos em cortes de tecidos ou em impressões de órgãos, corados pelo Giemsa. 
- Diagnóstico imunológico 
É feito a partir de métodos sorológicos. 
A busca de anticorpos específicos é feita pela técnica de ELISA (para IgG ou IgM) 
 
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Os anticorpos IgM aparecem na primeira semana de infecção e apresentam seu pico dentro de um mês e não tendem mais a ser detectados entre o terceiro e o quinto mês 
pós-infecção. IgM negativo descarta a possibilidade de uma toxoplasmose aguda mas não exclui a possibilidade de infecções mais antigas. 
Os anticorpos IgG atingem seu pico no fim de um mês ou dois meses. Os níveis deste anticorpo decaem com o tempo mas nunca zeram, diferente do IgM, tornando o paciente 
imune a toxoplasmose. 
 
 
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FARMÁCIA 
Inserir neste espaço um esquema que aborde a prevenção da toxoplasmose: 
 
 
 
 
Cozimento 
adequado de 
carnes
(minimamente 
a 65ºC por 4 
a 5 minutos)
Manter boa 
higiene e 
lavar as 
mãos
Dar alimentos 
secos, 
enlatados ou 
fervidos para 
gatos
Examinar 
gatos com 
frequência
Eutanásia de 
gatos caso 
não tenha 
tratamento
Evitar contato 
com gatos 
desconhecidos 
ou vadios
 
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FARMÁCIA 
 
 Resumo baseado no livro “ Bases da parasitologia médica” de Luís Rey e aula de parasitologia de 30/03/2020. 
Eliminar 
diariamente as 
fezes dos 
gatos e 
material de 
forração de 
seus leitos 
Tratar caixas 
de areia de 
gatos 2 vezes 
por semana 
com água 
fervendo
Cobrir tanques 
de areia de 
recreação de 
crianças 
quando não 
estão sendo 
usados
Tratar 
periodicamente 
tanques de 
areia de 
recreação de 
crianças com 
água fervendo
Exame e 
acompanhamento 
sorológico de 
gestantes
Exame sistemático 
do material 
placentário para 
vigilância 
epidemiológica e 
assegurar a 
prevenção de 
sequelas tardias
<- por toxoplasmose congênita

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