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Fibromialgia (FM) Estagiária: Natália Damazio Preceptora: Taylane Uzêda LAURO DE FREITAS - BA 2021 A apresentação será composta pelos seguintes tópicos: 1. Introdução; 2. Fisiopatologia; 3. Exames; 4. Alimentos e dietoterapia; 5. Suplementação; 6. Medicamentos e interação droga x nutriente; 7. Conclusão. Conteúdo 1. INTRODUÇÃO • Afeta mais mulheres. • A FM é bastante comum, afetando 2,5% da população mundial. • Aparece entre 30 a 50 anos de idade, embora existam pacientes mais jovens e mais idosos com FM. (MAHAN; RAYMOND, 2018; SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011) 2. FISIOPATOLOGIA DOR MUSCULAR GENERALIZADA E CRÔNICA (> 3 MESES) DOR À PALPAÇÃO DA MUSCULATURA MEMÓRIA E CONCENTRAÇÃO ANSIEDADE HUMOR ALTERADO E DEPRESSÃO FADIGA SONO NÃO REPARADOR FORMIGAMENTO/ DORMÊNCIAS DOR DE CABEÇA E TONTURA (MAHAN; RAYMOND, 2018; SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011) 2. FISIOPATOLOGIA (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011) D IA G N Ó ST IC O Sintomas presentes em grau similar por pelo menos 3 meses. O paciente não apresenta uma doença que poderia explicar a dor. PONTUAÇÃO: WPI ≥ 7 e na escala de SS ≥ 5 OU WPI de 3 a 6 e escala de SS ≥ 9. WPI - índice de dor disseminada. SS – gravidade dos sintomas. HISTÓRIA EXAME FÍSICO EXAMES LABORATORIAIS 2. FISIOPATOLOGIA (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011) D IA G N Ó ST IC O Sintomas presentes em grau similar por pelo menos 3 meses. O paciente não apresenta uma doença que poderia explicar a dor. PONTUAÇÃO: WPI ≥ 7 e na escala de SS ≥ 5 OU WPI de 3 a 6 e escala de SS ≥ 9. WPI - índice de dor disseminada. SS – gravidade dos sintomas. HISTÓRIA EXAME FÍSICO EXAMES LABORATORIAIS 2. FISIOPATOLOGIA (SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011) CAUSAS Não há causas definidas, mas alguns estudos dizem que: • Pacientes apresentam uma sensibilidade maior à dor com amplificação dos impulsos dolorosos; • O cérebro interpreta de forma exagerada os estímulos, ativando todo o SN; • Pode aparecer depois de eventos graves, como: trauma físico, psicológico ou infecção grave. 3. EXAMES Em relação ao diagnóstico, não existem exames para Fibromialgia. O diagnóstico é clínico e feito pelos sintomas e sinais. OBS: Estudo do sono (polissonografia)* (MAHAN; RAYMOND, 2018; SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA, 2011) 4. ALIMENTOS E DIETOTERAPIA Rotina de refeições ricas em proteínas e pobres em carboidratos e lanches, assim como baixo consumo de açúcar, cafeína e álcool, são objetivos razoáveis. • DIETAS VEGETARIANAS – ↑ ingestão de antioxidantes FONTES: Frutos silvestres, frutas, verduras e raízes, frutos de casca rígida, sementes germinadas e brotos ricos em carotenoides e vitaminas C e E tem mostrado benefícios empíricos. • ÁCIDOS GRAXOS ÔMEGA-3 – auxilia na dor. FONTES: sardinha, atum, salmão, arenque e linguado. (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012) 4. ALIMENTOS E DIETOTERAPIA • Alimentos ricos em TRIPTOFANO (importância da serotonina na patogênese da síndrome). FONTES: banana, laticínios, nozes e castanhas, tofu, linhaça, semente de abóbora, leguminosas, vegetais verdes escuros. • QUERCERTINA (Flavonoide - Anti-inflamatório e antioxidante) FONTES: alcaparras, pimentão amarelo, trigo sarraceno, cebola, maçã com casca, uva, brócolis, limão. (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012; MARTINEZ; BEVILACQUA; SACOMAN, 2015) 4. ALIMENTOS E DIETOTERAPIA MACRONUTRIENTES • Distribuição deve ser normal; • VET ajustado as necessidades conforme o EN. NUTRIENTE PORCENTAGEM PTN 10 a 15% do VET CHO 55 a 75 do VET LIP 15 a 30% do VET WHO, 2003 4. ALIMENTOS E DIETOTERAPIA MICRONUTRIENTES (MARTINEZ; BEVILACQUA; SACOMAN, 2015) • Aumentar a ingestão de alimentos fontes de vitaminas B6, B12 e ácido fólico. FONTES DE VIT. B6: ovos, leite, batata inglesa, aveia, banana, gérmen de trigo, abacate, levedo de cerveja, cereais, sementes e nozes. FONTES DE VIT. B12: bife de fígado, sardinha grelhada, salmão. FONTES DE ÁCIDO FÓLICO: folhas verdes escuras (espinafre, brócolis, couve, alface e salsa), cereais integrais, feijões, cogumelos, fígado de galinha, ovo, levedura de cerveja e gérmen de trigo. 4. ALIMENTOS E DIETOTERAPIA MICRONUTRIENTES (MARTINEZ; BEVILACQUA; SACOMAN, 2015) • O aumento da ingestão de cálcio e magnésio com o objetivo de reduzir espasmos musculares pode ser benéfico. FONTES DE CÁLCIO: leite e derivados, amêndoa, manjericão, semente de linhaça, agrião, grão de bico, nozes, semente de gergelim. FONTES DE MAGNÉSIO: sementes de abóbora, castanha do pará, sementes de gergelim, sementes de linhaça, castanha de caju, amêndoas, aveia. 4. ALIMENTOS E DIETOTERAPIA (MAHAN; ESCOTT-STUMP; RAYMOND, 2012) TERAPIAS ALTERNATIVAS EXERCÍCIO FÍSICO DE INTENSIDADE MODERADA TERAPIA COGNITIVO- COMPORTAMENTAL MANEJO DO ESTRESSE MASSAGEM CAMINHADAS E HIDROGINÁSTICA 5. SUPLEMENTAÇÃO Coenzima Q10: Dose de 200 mg/dia por 3 a 6 meses, já que as [ ] sg de CoQ10 geralmente são baixas. Apresenta efeitos no sono, estado de alerta mental, ↓ dor nas articulações, dor de cabeça, melhorar sintomas de fadiga, depressão e ansiedade. Acetil L-carnitina (ALCAR): atua na produção de energia reduzindo a fadiga. 1.500 a 2.000 mg/dia por 4 meses (↑ [ ] de carnitina está associada a maior risco de IAM.). Baixa concentração de carnitina é rotineiramente observada. (MAHAN; RAYMOND, 2018; SILVA; SCHIEFERDECKER, 2017) 5. SUPLEMENTAÇÃO Ferro: (deficiência: fadiga, tontura) Se a porcentagem de saturação de ferro for inferior a 22% ou se a ferritina sérica for abaixo de 60 μg/L, recomenda-se suplementação. B12: (deficiência pode gerar fadiga, irritabilidade) Se a concentração sérica de B12 for inferior a 540 pg/mL, é razoável considerar a administração de 10 injeções semanais de B12 ou a prescrição de 5 mg de B12 sublingual por dia. (MAHAN; RAYMOND, 2018; SILVA; SCHIEFERDECKER, 2017) 5. SUPLEMENTAÇÃO SONO 1. Herbáceos: Uso isolado ou combinado, 1x/dia, na hora de dormir Valeriana (200-800 mg/dia) Flor-de-maracujá (90-360 mg) L-Teanina (50-200 mg) Lúpulo (30-120 mg) Alface-selvagem (18-64 mg) Extrato de erva-cidreira (20-80 mg) Produto: Revitalizing Sleep Formula® (1-4 cápsulas na hora de dormir) (MAHAN; RAYMOND, 2018) 5. SUPLEMENTAÇÃO SONO 2. Melatonina: 0,5-5 mg na hora de dormir (hormônio regulador do sono → glândula pineal) OBS: Lavanda → 2 a 3 espirradas ou sprays de lavanda no travesseiro, na hora de dormir, ajudam o sono. A lavanda também é comercializada em cápsulas. Effective treatment of chronic fatigue syndrome, Integrative Medicina, 10:44, 2012. 5. SUPLEMENTAÇÃO SÍNDROME DAS PERNAS INQUIETAS (SPI) Suplementação de ferro. Suplementação de magnésio. Manutenção da concentração de ferritina acima de 60 μg/L. (MAHAN; RAYMOND, 2018) 6. MEDICAMENTOS E INTERAÇÃO DROGA X NUTRIENTE FÁRMACO USO OBSERVAÇÕES IMPLICAÇÕES NUTRICIONAIS Neurontin® ANÁLAGOS DE GABA Ajudar a reduzir a dor e a síndrome das pernas inquietas; induzir e aprofundar o sono. O Mg pode interferir na eficácia do fármaco ao ↓absorção. Pode causar ↑massa corporal e do apetite, náusea, gengivite, constipação, vômito e diarreia. Tomar suplementos de Mg, separadamente, em intervalos de 2 horas. Cymbalta® (Duloxetina) Em pcts com FM, com ou sem transtorno depressivo maior. RA: ↑de algumas enzimas presentes no fígado; ↑PA. Reações indesejáveis com preparações fitoterápicas que contenham a Erva de São João. Lyrica® (Pregabalina) ANÁLAGOS DE GABA Usado no controle da fibromialgia. O índice de absorção é reduzido (25-30%) quando administrado com alimentos. Tomar suplementos de Mg, separadamente, em intervalos de 2 horas. 6. MEDICAMENTOS E INTERAÇÃO DROGA X NUTRIENTE Não consumir junto com antiácidos que contenham Al e Mg (2h); Neurotin + Opioide = risco de causar depressão do SNC (sonolência, sedação e dificuldade para respirar); Neurotin + anticonvulsivante = pode causar proteinúria. CYMBALTA - A eficácia não foi demonstrada em estudos mais longos (máx.3 meses), porém o tratamento contínuo deve ser baseado na resposta individual. LYRICA - Produziu redução significativa na dor em doses de 300 a 600 mg/dia (2x/dia), além da melhora no sono. 7. CONCLUSÃO Como não há cura, propõe-se a associação de medidas não medicamentosas e medicamentosas, buscando-se uma visão multidisciplinar, na qual a nutrição faz parte. Além disso, é importante entender sobre a doença e alguns casos terapia psicológica pode ser útil, principalmente para aprender a lidar com a dor crônica no dia a dia. REFERÊNCIAS MAHAN, L. Kathleen; ESCOOT-STUMP, Sylvia; RAYMOND, Janice L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012. MAHAN, L. Kathleen; RAYMOND, Janice L. Krause: alimentos, nutrição e dietoterapia. Rio de Janeiro: Elsevier, 2018. MARTINEZ, José; BEVILACQUA, Juliana; SACOMAN, Débora. Influência do tipo de alimentação na evolução dos sintomas apresentados em pacientes com fibromialgia. Revista da Faculdade de Ciências Médicas de Sorocaba [Online], v. 17, n.2 , 2015. SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA (Brasil). Fibromialgia Cartilha para pacientes. [S. l.], 2011. Disponível em: https://www.reumatologia.org.br/download/fibromialgia/. Acesso em: 28 abr. 2021.
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