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Câncer Gástrico - CaG Breve Anatomia Epidemiologia 5° neoplasia maligna mais comum do Mundo 2° tumor do TGI mais frequente no mundo 4° causa de morte por câncer no Brasil 5° maior incidência no Brasil, sendo 4° mais comum em homens e 6° no sexo feminino. Sexo masculino 2:1, mais comum após 50 anos, com pico aos 70 anos Tipo histológico mais frequente - Adenocarcinoma ( 95%) e subdivide-se em 2 grupos morfológicos Outros tipos histológicos (5%): linfoma, tumor estromal gastrointestinal (GIST), neoplasias neuroendócrinas e sarcomas. Tipo Intestinal Fatores de Risco Multifatoriais Alimentos: excesso de sal e defumados (nitrosaminas) H. Pylori → gastrite crônica → gastrite atrofia →metaplasia intestinal – 90% dos pacientes com CaG tipo intestinal tem a bactéria na mucosa adjacente (não significa que quem tem H.plory vai ter câncer gástrico, mas há uma relação). Gastrectomia subtotal prévia (geralmente após 10 anos) por doença péptica – o Esse procedimento não é mais habitual – era comum para tratar úlcera gástrica o Indicações para gastrectomia em doença benigna- Perfuração, sangramento incontrolável por via endoscópica e estenose. Condições pré-cancerosas o Gastrite crônica o Gastrite atrófica O estômago é a parte expandida do sistema digestório entre o esôfago e o intestino delgado. É um órgão especializado no acúmulo do alimento ingerido. Ele prepara química e mecanicamente para a digestão e passagem para o duodeno. Tem correlação direta com o baço, colón transverso e posteriormente com o pâncreas e o fígado. É dividido em regiões: cárdia, fundo, corpo, antropiloro e piloro. o Acloridria o Anemia perniciosa (aumenta em 18% - falta de B12) o Metaplasia intestinal o Doença de Menetrier ou gastrite hipertrófica – espoliação de albumina: hipertrofia das pregas do fundo e corpo gástrico, além da hipersecreção da mucosa. Pólipos gástricos: apenas 10% são adenomas (pré-malignos) Tabagismo (1,5 – 3x risco) Tipo sanguíneo A (1-2x risco – não está muito bem esclarecido) Carcinogênese Tipo difuso – Fatores de Risco Não possui lesão precursora Hereditariedade – Fator de risco maior para Síndrome do Ca G tipo difuso (células em anel de sinete) o Mutação gene CDH1 – codifica a proteína de adesão celular da E-caderina o Também tem risco associado de desenvolver Ca lobular de mama (60%) Avaliação da Oncogenética – quando vai pedir uma avaliação genética o CA gástrico difuso em pacientes <40 anos o 2 parentes de 1° ou 2° grau, sendo que um deles teve câncer tipo difuso com < 50 anos. o 3 parentes de 1°ou 2° grau independente da idade o Ca gástrico/mama, sendo um diagnóstico <50 anos. O seguimento com Endoscopia Digestiva Alta é ineficiente devido à disseminação submucosa do tumor. Gastrectomia total profilática deve ser recomendada, a partir dos 18 anos, se constatada a mutação (ideal ser o mais antes possível). Câncer precoce e avançado – termos em relação à lesão da parede gástrica e não do TMN Classificação Histológica - LAURÉN Permite avaliar o prognóstico e tipo do procedimento cirúrgico a ser realizado Tipo Intestinal o Predomina o epitélio glandular semelhante ao intestino. o Há coesão celular o Normalmente o tumor é bem delimitado o Bem ou moderadamente diferenciado o Mais no ⅓ distal o Relacionado a fatores ambientais o Melhor prognóstico o Gastrectomia parcial Tipo Difuso o Predomina células espalhadas com infiltração extensa e difusa da parede gástrica. o Pouca coesão celular o Indiferenciado, produtor de mucina (célula em anel de sinete). o Mais no ⅓ proximal o Relacionado a fatores genéticos o Mais em jovens e prognóstico reservado o Gastrectomia total sempre que possível Há também o tipo misto: associação dos 2 Quadro Clínico Tríade: dor epigástrica com piora progressiva (80%) + emagrecimento + anemia → demonstra doença avançada. o Diferente da dor epigástrica péptica - não há periodicidade e não melhora com alimentação Sinais de obstrução alta - Náuseas e vômitos Fase inicial é frustro e se confundem com os de outras doenças péptica O tempo médio de sintoma é de 13 meses Demonstra doença metastática o Linfonodo de Virchow e Linfonodo de Irish → drenagem linfática da cisterna de quilo para o ducto torácico que desemboca na VSE o Prateleira de Blummer: sinal de escada no exame retal que indica tumor com metástase peritoneal, na bolsa de Douglas (extensão retouterina da cavidade peritoneal). o Nódulo de Maria José (periumbilical – aflora no umbigo via ligamento redondo proveniente da veia umbilical) - indica metástase peritoneal Diagnóstico/ Estadiamento Endoscopia digestiva alta (EDA) e biópsia em paciente com a tríade ou suspeita. A EDA é capaz de identificar a tumoração, localização, extensão e permite a obtenção de material histológico para análise patológica. TC – imagens Dorvalino (Estadiamento) Ecoendoscopia: (avalia o T e classifica em precoce ou avançado) Ressonância Magnética - (Estadiamento) PET – CT: usado mais para estadiamento – não é um bom método para o câncer do tipo difuso (as células tumorais com células indiferenciadas não absorvem tanta glicose) Laparoscopia – diagnóstico ou e terapêutico e também pode fazer Estadiamento. Classificação O termo não se refere ao estadiamento, se refere à infiltração e lesões na parede gástrica. Têm as 4 camadas (≠ do esôfago que não tem a serosa) Precoce: lesão restrita a mucosa e submucosa – Avançado: ultrapassa a submucosa – invade a muscular e/ou serosa Classificação endoscópica para o câncer gástrico precoce Importância para musectomia (+ em países orientais) Classificação da Sociedade Japonesa de Endoscopia para Ca Gástrico Precoce – tem como rotina a endoscopia como método de rastreamento Tipo I – Protuso (polipoide) Tipo II o IIa – superficial elevado o IIb – superficial plano o IIc – superficial deprimido Tipo III – ulcerado Classificação endoscópica para o câncer gástrico avançado – classificação de BORMANN Infiltração na serosa – aspecto de bota de couro (fica rígido) Estadiamento do CA G Tratamento Mucosectomia – tratamento endoscópico do câncer gástrico precoce – ressecção local (pode ser feito em CA de esôfago e de cólon). o Indicações clássicas – dificilmente terá o envolvimento linfonodal T1 (mucosa, submucosa) Bem diferenciado Não ulcerado Tamanho até 2 cm Extensa ressecção (tratamento padrão é sempre cirúrgico) Tumores distais – gastrectomia radical subtotal – margem macro de 6 cm Tumores proximais (fundo ou corpo alto) – gastrectomia total Em todos os casos associar omentectomia e retirada da serosa pancreática Tumores indiferenciados ou em células anel de sinete (alta incidência de tumores sincrônicos e grande extensão pela submucosa)- gastrectomia total. Gastrectomia Parcial Técnica de reconstrução - Billroth II Anastomose gastro-jejunal Usado mais em paciente com 90 anos – menos riscos na cirurgia – 2 linhas de suturas Não faz mais habitualmente por causa das complicações o Gastrite alcalina de refluxo- suco biliopancreático (refluxo do conteúdo duodenal para o estômago) o Sindrome da alça aferente – obstrução no nível de b’, fazenco com que abra a linha de costura do duodeno ou da alça eferente. Billroth I – usado em doença péptica (não usa no CA) - mais fisiológica – conecta o duodeno com o estômago Técnica de Roux-em Y para gastrectomia parcial ou total 15 a 20 cm depois do ângulo de Treitz – seccionar o jejuno (b’) De 40 a 50 cm da anastomose para baixo e fazer a enteroendoanastomose O suco biliopancreático não percorre o fundo gástrico ou o esôfago distal Mais comumComplicações Síndrome de Dupim o Precoce: 30 a 45 min depois da refeição - (relacionado com sintomas vasomotores) – conteúdo hiperosmolar cai direto no jejuno, o organismo para manter a homeostase secreta líquidos para a luz intestinal e há uma hipotensão transitória – sonolência, queda, desmaio –– para evitar tem ingerir pequenas porções em uma frequência maior o Avançado: - 1 a 2horas depois da alimentação (Hipoglicemia reflexa) – na alça intestina, o organismo interpreta como uma hiperglicemia imediata – pâncreas traduz produzindo insulina e depois hipoglicemia Gastrectomia Total Conecta o esôfago com o Jejuno Linfadenectomia Quimioterapia associada com radioterapia após a cirurgia diminui as chances de recidiva O padrão é uso de quimioterapia antes ou após a cirurgia. Prognóstico
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