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Alzheimer ALZHEIMER A Doença de Alzheimer (DA) é uma patologia caracterizada pela neurodegeneração progressivo e irreversível do Sistema Nervoso Central (SNC), que acarreta perda da memória e diversos distúrbios cognitivos. Frequentemente tem o curso associado a idade com o aparecimento tardio, ou curso genético aparecendo precocemente. Fisiopatologia As placas neuríticas são lesões extracelulares formadas basicamente pelo peptídeo beta-amilóide, o qual é originado a partir da clivagem da proteína precursora de amilóide (APP), proteína responsável por estimular o neurônio a crescer e se reparar em caso de lesão. Fisiologicamente, a APP é clivada pela enzima alfa-secretase, sendo então transformada em fragmentos menores sem ação tóxica. Na DA, a liberação do peptídeo beta-amilóide ocorre a partir da atividade das enzimas beta-secretase e gama-secretase, resultando na agregação e deposição desse peptídeo no córtex cerebral podendo, dessa forma, interferir nas sinapses. Já os emaranhados neurofibrilares são lesões intraneurais compostas por elementos do citoesqueleto anormais, sendo o seu componente principal a proteína tau. Os microtúbulos que formam o citoesqueleto, responsáveis pelo transporte de substâncias no interior do neurônio, dependem da proteína tau para que se mantenham estáveis. Na DA, ocorre uma fosforilação anormal da proteína tau, a qual se torna hiperfosforilada, ocasionando edema e distrofia dos microtúbulos e a consequente morte celular. Diagnostico O diagnóstico do Alzheimer precoce é feito através da observação dos sinais e sintomas da doença, exclusão de outros tipos de demência, testes de memória e cognição, relato da pessoa e familiares e da comprovação de comprometimento cerebral através de exames de imagem, como ressonância magnética (RNM) ou tomografia computadorizada (TC) do crânio. Além disso, o diagnóstico definitivo da Doença de Alzheimer requer o exame histopatológico, o qual é raramente realizado em um paciente vivo. Quadro Clinico Os sintomas da Doença de Alzheimer são separados por fases, já que as etapas da doença envolvem quadro clínicos diferentes. O estágio inicial é caracterizado por sintomas vagos e difusos, sendo o comprometimento da memória o sintoma mais precoce, especialmente de memória declarativa episódica (memória de eventos autobiográficos), podendo também estar presente uma certa desorientação no tempo e no espaço e alterações na personalidade (como desatenção, mudanças de humor etc). No segundo estágio, há uma maior deterioração dos déficits de memória, dificuldade para realizar tarefas simples e coordenar movimentos, distúrbios de linguagem, agitação e alteração grave na capacidade de aprendizado. No terceiro estágio, todas as funções cognitivas estão comprometidas e o paciente se torna totalmente dependente. No quarto estágio ou estágio terminal o paciente está restrito ao leito e comum o paciente perde toda sua independência ficando acamado, isto gera a necessidade de cuidados permanentes, na medida onde surge problemas ao nível de deglutição, incontinência fecal e urinaria, sinais neurológicos, mudo e com infecções recorrentes. Tratamento Atualmente, ainda não existe uma cura para a Doença de Alzheimer, mas é uma doença que pode ser tratada. O foco principal do tratamento para essa enfermidade é direcionado para intervir nas alterações cognitivas, do humor e dos sintomas psicológicos e comportamentais objetivando reduzir a velocidade de progressão da doença. Farmacológico - No tratamento farmacológico, utiliza-se principalmente a classe de medicamentos com ação de inibidores da colinesterase (IChE), como a tacrina, a donepezil, a rivastigmina e a galantamina, os quais têm trazido efeitos benéficos sobre a cognição e os sintomas psicológicos e de comportamento. Fisioterapetico - A Fisioterapia atua baseada na avaliação do paciente, ou seja, o tratamento será de acordo com os sinais, os sintomas e as limitações do paciente. Inicialmente é necessário avaliar de forma criteriosa o estado geral de saúde do paciente, observas os fatores psicossociais e o ambiente familiar, para criar um plano de tratamento individualizado. Avaliar a postura do paciente se necessário utilizar alongamentos para musculatura encurtada. Para hipotonia e hipotrofia muscular, utilizar corretes de estimulação neuromuscular, facilitação neuromuscular proprioceptiva, e estimulação térmica do grupo muscular envolvido. Para coordenação motora associar a pratica de caminhada, com atividades dos membros superiores, realizando flexão de ombro e rotação de tronco simultaneamente a marcha. O fisioterapeuta tem que enfatizar principalmente comandos verbais, pois pacientes com DA, tem dificuldade de cumprir ativamente o tratamento, e ressaltar que mudanças positivas poder ser executadas. Referencias: http://reservas.fcrs.edu.br/index.php/mice/article/view/1151 https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0101-81082008000200002&script=sci_arttext&tlng=pt http://revista.unilus.edu.br/index.php/ruep/article/view/96/mta2012r28 https://www.sanarmed.com/resumo-doenca-de-alzheimer-ligas https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-81082008000200002 https://www.tuasaude.com/alzheimer-precoce/ https://www.psicologia.pt/artigos/textos/A0662.pdf https://www.researchgate.net/profile/Patricia-Driusso/publication/240617862_Proposta_Fisioterapeutica_para_os_cuidados_de_Portadores_da_Doenca_de_Alzheimer/links/53f54bdf0cf2888a7491bccd/Proposta-Fisioterapeutica-para-os-cuidados-de-Portadores-da-Doenca-de-Alzheimer.pdf http://www.publica-estaciofic.com.br/revistas/index.php/CORPVS/article/view/50/24
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