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Fraturas do membro superior 
 
Em idosos: fêmur proximal > rádio distal > úmero pro-
ximal. São relacionadas à osteoporose. 
 
FRATURA DE CLAVÍCULA 
 Osso comumente envolvido em fraturas, especial-
mente na criança. O fragmento mais fraturado é o 
terço médio, pois a clavícula é bem fixada no acrômio 
(ligamentos trapezoide e conoide) e no manúbrio es-
ternal. O fragmento proximal tende a se deslocar para 
cima, por ação muscular, enquanto que o distal tende 
a se deslocar para baixo, pelo peso do ombro. 
 A segunda fratura mais comum é no terço distal e 
tem prognóstico pior. 
 
Mecanismo: queda com o braço estendido e apoio na 
mão ou queda sobre o ombro. 
 
 O paciente chega com dor, tumefação e/ou defor-
midade angular na região da clavícula, pro vezes com 
crepitação ao exame físico. 
 
DIAGNÓSTICO: radiografia de ombro em AP. 
 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DA FRATURA DO TERÇO DISTAL 
Tipo I: sem desvio, distal aos ligamentos coracoclavi-
culares (conoide e trapezoide) e extra-articular. 
Tipo IIA: proximal aos ligamentos coracoclaviculares, o 
que provoca o desvio superior do fragmento proximal 
da fratura. 
Tipo IIB: entre o ligamento conoide e trapezoide, com 
rotura do primeiro pelo deslocamento superior do fra-
gmento proximal. 
Tipo III: distal aos ligamentos e intra-articular. 
 
 
 
 O prognóstico em geral é bom e o tratamento é 
conservador. A redução, se necessária, é por via fe-
chada. A criança pode ser imobilizada com uma ban-
dagem de Velpeau e o adulto com a bandagem em 8. 
• Mobilização precoce do ombro para evitar a capsu-
lite adesiva ou sínd. do ombro congelado. 
• Nos adultos, consolidação em 6-8 semanas. 
 
 
FRATURAS DO ÚMERO 
Fraturas do úmero proximal 
ÚMERO PROXIMAL: cabeça, tubérculos umerais e cris-
tas tuberculares (onde se insere o m. peitoral maior). 
 
 Geralmente ocorre em pacientes idosos, em geral 
do sexo feminino. A fratura decorre geralmente de 
uma queda sobre a mão, com o MS estendido. Em pa-
cientes jovens, geralmente é um trauma de alta ener-
gia com luxação do ombro. 
 80% dos casos são sem desvio ou com desvios mí-
nimos, exigindo apenas tratamento conservador. 
 As fraturas desviadas cominutivas, especialmente 
aquelas com quatro partes, são bastante propensas a 
necrose avascular da cabeça umeral. 
 
SEM DESVIO: paciente é capaz de movimentar o om-
bro, porém com dor. 
 
COM DESVIO: paciente não consegue movimentar o 
ombro por conta da dor intensa. 
 
DIAGNÓSTICO: RX AP, em Y de escápula e transaxilar. 
 
TRATAMENTO: conservador nas não desviadas, com 
imobilização com tipoia ou Velpeau por 2-4 semanas. 
A síndrome do ombro congelado é uma complicação 
que pode levar a dor crônica e rigidez articular. O tra-
tamento cirúrgico é a escolha nas fraturas desviadas. 
• Idosos: hemiartroplastia por grande risco de ne-
crose avascular. 
• Osteossíntese. 
• Artroplastia: quando é impossível reconstruir a fra-
tura ou quando a lesão é no colo anatômico (risco 
de necrose avascular). 
 
Fratura da diáfise umeral 
Diáfise: entre a inserção do m. peitoral maior e o início 
da borda supracondilar. 
 
DISTRIBUIÇÃO BIMODAL: 
Homens jovens: trauma de alta energia. 
Mulheres idosas: queda simples, lesões rotacionais, fra-
tura patológica. 
 
Trauma direto ➜ fraturas transversas ou cominutivas. 
 
Trauma indireto ➜ fraturas oblíquas ou em espiral. 
 O nervo radial pode ser lesado nas fraturas de 
terço médio ou distal. O paciente com lesão nesse 
nervo tem paresia dos extensores do punho (mão ca-
ída). A maioria dos casos se resolve em 3-4 meses. 
 
Lesão de Holstein e Lewis: mão caída, por lesão do 
nervo radial, com parestesia dorsorradial da mão. 
 
TRATAMENTO: 
Conservador em 90% das fraturas: imobilização com 
o braço junto ao corpo e cotovelo num ângulo de 90º, 
por meio de tala ou gesso com tipoia. Após 1-2 sema-
nas, pode ser trocado por órtese (BRACE: permite mo-
bilização precoce do ombro). 
Cirúrgico: redução incruenta insatisfatória, fraturas 
patológicas, politrauma, fraturas associadas em ante-
braço (cotovelo flutuante), lesão vascular, lesão ex-
posta, instabilidade. A presença de lesão do nervo ra-
dial não indica cirurgia. 
 
FRATURAS DO COTOVELO 
Fraturas de úmero distal 
 Côndilos terminam distalmente no capítulo e na 
tróclea, que articulam com o rádio e a ulna, respecti-
vamente. Os epicôndilos são proeminências ósseas lo-
calizadas acima da tróclea e do capítulo. 
 
 
 
FRATURA SUPRACONDILEANA 
 
Comum em crianças, ocorre entre 4-10 anos. O meca-
nismo geralmente é uma queda com o apoio da mão 
no momento em que o cotovelo está estendido. O 
úmero é deslocado para a frente e o fragmento distal 
para trás, descrevendo uma fratura em extensão. 
• Tumefação, edema e equimose. 
• Quase sempre desviada, com deformidade. 
• Pode haver lesão de artéria braquial pelo frag-
mento proximal da fratura. 
• Pode haver lesão de nervo mediano, com recupe-
ração espontânea. 
• Síndrome compartimental. 
 
Classificação de Gartland 
Tipo I: sem desvio ou desvio mínimo. 
Tipo II: desvio angulado com uma das corticais em 
contato. 
Tipo III: desvio sem contato entre as corticais. 
 
 
 
Fraturas Gartland I ➜ imobilização gessada axilopal-
mar por 3 semanas. Períodos maiores podem fazer ri-
gidez articular do cotovelo. Na primeira semana, tala 
gessada para diminuir o edema, porque há risco de sín-
drome compartimental. 
 
Fraturas Gartland II e III ➜ tratamento em duas eta-
pas: (1) redução fechada, tracionando-se o punho com 
o cotovelo estendido, flexionando em seguida o ante-
braço contra o braço; (2) fixação interna percutânea 
com fios de Kirschner cruzados. Após a fixação, a cri-
ança é mantida com o cotovelo imobilizado no gesso 
com posição fletida por 3 semanas. Se edema impor-
tante, pode ser feita tração contínua olecraniana com 
o cotovelo fletido a 90º, por 15-20 dias. 
 
 
 
 Um complicação comum após 
a correção das fraturas Gartland 
II/III é o cubitus varus. A correção 
é com osteotomia compensatória. 
 
 
 
 
FRATURA INTERCONDILEANA (adultos) 
 
 Ocorre em adultos após queda sobre o cotovelo 
fletido, pelo impacto do olécrano sobre os côndilos. É 
frequentemente cominutiva em T e sempre exige tra-
tamento cirúrgico, com redução aberta. 
 A mobilização do cotovelo deve ser precoce, por-
que o risco de osteoartrose é considerável. 
 
FRATURA DO CÔNDILO LATERAL (Salter-Harris IV) 
 
 É uma das poucas indicações absolutas de redu-
ção aberta e fixação interna em crianças. A fixação é 
com pinos de Steinmann. A redução deve ser perfeita, 
porque, caso contrário, a parte lateral da fise fecha, 
parando de crescer, o que levará à deformidade cubi-
tus valgus. 
 
Fratura da cabeça do rádio 
 Pode ocorrer em todas as idades, por um trauma 
em valgo do cotovelo (antebraço para fora). É intra-
articular e, se os fragmentos não forem reduzidos e 
mantidos em redução, evolui para osteoartrose. 
 
CLASSIFICAÇÃO DE MASON 
Tipo I: sem desvio. 
Tipo II: com desvio. 
Tipo III: cominutiva. 
TRATAMENTO 
Mason I ou II com desvio mínimo (< 2 mm): conserva-
dor ➜ imobilização gessada braquiopalmar por 15 dias. 
Mason II com desvio maior ou III: cirúrgico ➜ fixação 
interna com parafusos na Mason II e ressecção da ca-
beça do rádio com substituição por prótese na Mason 
III. 
 
Fratura do olécrano 
 Ocorre em todas as idades, geralmente após 
queda direta sobre o cotovelo ou queda com o apoio 
da mão, provocando uma flexão do cotovelo. 
 Tratamento cirúrgico sempre, com redução aberta 
e fixação interna com fios de Kirschner.

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