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CENTRO UNIVERSITÁRIO RITTER DOS REIS POLO ARACAJU ÍTALO LIMA SILVA ATIVIDADE A1 DA DISCIPLINA COMUNICAÇÃO Ao longo da unidade estudamos sobre os gêneros discursivos e como eles afetam diretamente as relações humanas e de comunicação no que diz respeito ao uso da língua. Sabemos que diversos fatores influenciam diretamente na maneira como um indivíduo se comunica, e isso varia de acordo com sua cultura, criação, meio em que vive, situação classe econômica e nível de escolaridade. O Brasil é um país de grande extensão e, dessa forma, permite que existe uma grande pluralidade de povos. Estes, mesmo falantes da Língua Portuguesa, continuam tendo suas próprias maneiras de falá-las ou expressá-las. Sabemos ainda que os gêneros discursivos sofrem variações quanto ao uso da língua formal ou informal. Um mesmo indivíduo pode abarcar em sua comunicação diferentes variações, como, por exemplo, quando este tem que se expressar durante uma reunião de trabalho (língua formal) ou em uma comemoração com amigos (língua informal). Diante deste contexto, identifique diferentes gêneros discursivos presentes na nossa língua e como eles se transformam de acordo com o emprego em diferentes contextos sociais e geográficos de comunicação, verificando em qual campo estes gêneros se alocam mais tipicamente, se no formal ou no informal. A partir dessa reflexão, então, eleja uma região do Brasil e cite alguns exemplos de atos de preconceito linguístico que os povos da região sofrem e o que isso reflete na em sua vivência e comunicação na sociedade, articulando com sua exposição acerca dos gêneros discursivos. RESPOSTA Encontro pernambucano, posso elencar 3 gêneros discursivos que comumente são alvos de preconceito linguístico. Se tratam da poesia em forma de música, do discurso presente na oralidade da população pernambucana assim como, o sotaque pernambucano. Acredita-se que a poesia e a música pernambucana restringem-se exclusivamente a literatura de cordel e ao frevo. Essa visão preconceituosa está fundamentada em princípios ignorantes que postulam uma certa obrigatoriedade de gênero literário e musical quanto a produção pernambucana, uma vez que o cordel e o frevo possuem raízes históricas no estado em questão. Quanto ao discurso, podemos observar que muitas pessoas esperam um discurso essencialmente coloquial vindo dos pernambucanos, por subjugá-los de acordo um estereótipo de pessoas com pouca escolaridade, que vivem na seca, que não possuem cultura ou que são grotescos e ignorantes. Esse estereótipo constrói uma imagem em que, não somente os pernambucanos, mas os nordestinos em geral, são enxergados como pessoas incapazes de construir conhecimento científico, de se formar em universidades e de usar a norma culta da língua portuguesa. Por fim, o sotaque, que embora seja um aspecto da fala que sofre preconceito em todo o território nacional independente do seu lugar de origem, é um alvo de discriminação dentro do próprio nordeste. Muitas pessoas costumam imitar o sotaque pernambucano de forma exagerada e estereotipada, fazendo alusão à entoação das vogais, do s e do t de forma completamente ridicularizada. A reprodução desse estereótipo, assim como os anteriores, contribui para a construção de uma imagem menosprezada dos pernambucanos enquadrada tanto como preconceito linguístico, pela forma como desprezam a construção social da fala e da escrita, mas também como preconceito cultural pela forma como um povo é estigmatizado por aspectos históricos, culturais e sociais.
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