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Avaliação e Planejamento na Educação

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Disciplina: Planejamento escolar e avaliação da aprendizagem
Aula 10: Dimensões da avaliação da aprendizagem e do
planejamento escolar como processo inter-relacional
Apresentação
Nesta aula, trataremos das mudanças na vida da sociedade no que diz respeito à
Educação. Discutiremos sobre as relações entre as diversas dimensões da avaliação
da aprendizagem e do planejamento escolar no cotidiano das instituições de ensino.
Além disso, conheceremos outros instrumentos de avaliação e as políticas avaliativas
no Brasil: Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Prova Brasil, Exame
Nacional do Ensino Médio (Enem), Exame Nacional de Desempenho de Estudantes
(Enade) e Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). Por fim,
refletiremos sobre o fracasso escolar no País.
Objetivos
Identificar as relações existentes entre as diversas dimensões da avaliação da
aprendizagem e o sistema de avaliação nacional;
Descrever alguns instrumentos das políticas avaliativas utilizadas no Brasil.
Mudanças na Educação
Como vimos ao longo de todas as aulas desta disciplina, o Brasil e o mundo
passaram por muitas mudanças sociais, financeiras, conceituais, de valores e
educacionais no decorrer dos últimos anos. O século XX marcou a humanidade
por apresentar transformações muito complexas e desencadear uma série de
outras mudanças que não pararam até hoje.
Desde a década de 1980, a Educação tem se transformado. Tivemos aspectos
importantes que se tornaram conquistas do povo brasileiro em relação à
cidadania e à Educação como, por exemplo, a universalização do ensino e os
investimentos obrigatórios na área de Educação.
 Fonte: Shutterstock
Claro que sabemos que ainda há muita coisa a ser feita para garantir
condições de trabalho aos professores e uma boa educação aos nossos alunos
e filhos.
Veja o que define o artigo 205 da Constituição Federal de 1988:
“A educação é direito de todos e dever do Estado e da família, será promovida
e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho”.
A importância da participação de
todos
Ao ler o artigo 205, vemos como é importante que todos participem da
elaboração e do planejamento em Educação no Brasil.
Há inúmeras formas de participar. Você pode acessar, por exemplo, os portais:
Senado Federal <https://www12.senado.leg.br/hpsenado> ;
Câmara dos Deputados <http://www2.camara.leg.br/> ;
Câmara de Vereadores de seu município.

Dica
Faça contato com os senadores, deputados e vereadores que
representam seu estado e município e dialogue sobre as demandas em
Educação. Essas são formas de pressionar e requerer o direito instituído
no artigo 205 que acabamos de ler.
Você também pode fazer parte dos vários fóruns sobre Educação
espalhados pelo país e que estão disponíveis na internet. Sabia que a
portaria 1.407/2010 instituiu o Fórum Nacional de Educação (FNE)?
Um desses espaços é o Observatório do PNE
<http://www.observatoriodopne.org.br/metas-pne/19-gestao-
democratica/estrategias/19-3-criacao-dos-foruns-permanentes-
de-educacao/analises/a-importancia-dos-foruns-de-educacao> .
O Estado avaliador e as reformas
educacionais
Para entendermos a política de avaliação no Brasil, hoje é necessário que
voltemos um pouquinho no passado para resgatar algumas informações e
acontecimentos importantes que definiram a atual política de avaliação
nacional.
Década de 1970
Houve uma enorme crise econômica que levou ao questionamento do
Estado de Bem-Estar Social e ao crescimento do ideário neoliberal, como
você já estudou na disciplina de Políticas Públicas e Organização da
Educação Básica.
Por conta dessa crise e da instalação dos ideais neoliberais no Brasil e no
mundo, algumas reformas foram implementadas com o objetivo de
diminuir gastos e melhorar a qualidade em vários setores, inclusive na
Educação.
Década de 1980
A partir da década de 1980, impulsionado por essas mudanças, houve
várias reformas educacionais em diversos países pobres e emergentes,
inclusive no Brasil.
Anos 1990
O período democrático dos anos 1990 estabeleceu várias características
que incentivaram a esperança nacional de redescobrimento do ideal de
Brasil.
A aprovação da Constituição Federal de 1988 efetivou o processo de
redemocratização no país e permitiu o surgimento de propostas
educacionais que redefiniram a escola e o processo de avaliação no
Brasil.
Os anos de 1990 tomaram a Educação como matéria importante e vários
debates mundiais foram realizados para discuti-la em relação a países
pobres e emergentes. Um evento marcante nesse sentido foi a
“Conferência Mundial sobre Educação para Todos ”, realizada em
Jomtien, Tailândia, de 5 a 9 de março.

Saiba mais
Antes de continuar seus estudos, leia mais sobre essa conferência
<https://www.unicef.org/brazil/pt/resources_10230.htm> .
1
2
3
Melhorias conquistadas com a
Educação
O Banco Mundial (BM) afirma que conferir Educação básica à população reduz
a taxa de pobreza, aumenta a produtividade, reduz a fertilidade e a melhora
da saúde das classes sociais menos abastadas.
Para alcançar os objetivos propostos pelo Banco Mundial, uma das
providências foi a descentralização do poder do Estado com os encargos
educacionais, passando a tarefa da Educação para as mãos dos municípios.
 
.............................. 
 
Como foi essa transferência? 
 
..............................
Na maioria dos estados, foi implementada sem avaliar a capacidade dos
recursos dos municípios para dar conta dessa tarefa. Na verdade, a
descentralização de poderes e encargos educacionais não foi completa, pois o
Estado continua definindo as políticas e controlando a execução de forma
centralizada.
Portanto, ocorreu uma transferência de responsabilidades em que o Estado
passou a promover a política educacional, não atuando diretamente nas
estruturas das escolas, mas repassando funções de administração e
manutenção do ensino aos estados, municípios e às próprias instituições
escolares.
Outra ação foi a avaliação em larga escala para se adaptar aos padrões
internacionais. Por isso, o MEC, no início dos anos 1990, criou o Sistema de
Avaliação da Educação Básica (Saeb).
Veja que, a partir dos anos 1990, a Educação básica
brasileira e o Ensino Superior começaram a ser avaliados
por instrumentos de larga escala, atendendo aos objetivos
propostos pelos organismos internacionais.
PISA e avaliação escolar
O PISA é uma iniciativa internacional de avaliação comparada, aplicada a
estudantes na faixa dos 15 anos, idade em que se pressupõe o término da
escolaridade básica obrigatória na maioria dos países.
O programa é desenvolvido e coordenado pela Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Econômico (OCDE).
No Brasil, o Pisa é coordenado pelo Instituto
Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais
Anísio Teixeira (Inep) e seu objetivo é produzir
indicadores que contribuam para a discussão da
qualidade da Educação nos países participantes,
de modo a subsidiar políticas de melhoria do
Ensino Básico.
A avaliação procura verificar até que ponto as escolas de cada país
participante estão preparando seus jovens para exercer o papel de cidadãos
na sociedade contemporânea.
As avaliações do PISA acontecem a cada três anos e abrangem três áreas do
conhecimento (Leitura, Matemática e Ciências), havendo, a cada edição do
programa, maior ênfase em cada uma dessas áreas.
Em 2000 e 2009, por exemplo, o foco foi Leitura; em 2003 e 2012, em
Matemática; e, em 2006 e 2015, em Ciências.
 Fonte: Shutterstock
Além de observar as competências dos estudantes em Leitura, Matemática e
Ciências, o PISA coleta informações para a elaboração de indicadores
contextuais, que possibilitam relacionar o desempenho dos alunos a variáveis
demográficas, socioeconômicas e educacionais.
Essas informações são coletadas por meio da aplicação de questionários
específicos para os alunos e para as escolas. Os resultados desse estudo
podem ser utilizados pelos governosdos países envolvidos como instrumento
de trabalho na definição e refinamento de políticas educativas, procurando
tornar mais efetiva a formação dos jovens para a vida futura e para a
participação ativa na sociedade (BRASIL, PISA, 2014).

Saiba mais
Veja o resultado do PISA 2015
<http://download.inep.gov.br/acoes_internacionais/pisa/result
ados/2015/pisa2015_completo_final_baixa.pdf> .
A população-alvo do PISA é formada por estudantes com idade entre 15
anos e 2 meses e 16 anos e 3 meses no momento da aplicação do teste,
matriculados em uma instituição educacional. Em muitos países, em
geral, 150 escolas e 45 estudantes de cada uma são selecionados
aleatoriamente para participar da avaliação.
Você se interessou pelo assunto? Leia, então, o artigo Considerações
sobre as avaliações em larga escala no Brasil e o papel dos
organismos internacionais: eficiência e produtividade x qualidade
<https://periodicos.fclar.unesp.br/rpge/article/view/9386/623
7> .
O Inep
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira é
uma autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC). Sua missão
é subsidiar a formulação de políticas educacionais dos diferentes níveis de
governo com intuito de contribuir para o desenvolvimento econômico e social
do país.
Como foi instituído para cuidar das avaliações em larga escala no Brasil, ficou
responsável por vários programas e tipos de avaliação.
Conheça alguns:
Saeb
Sistema Nacional da Educação Básica, instituído em 1990. Apresenta
informações a respeito das principais etapas da Educação Básica, desde o
processo de alfabetização no Ensino Fundamental até a etapa final do
Ensino Médio.
Ideb
Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - criado em 2007, combina
os resultados do fluxo escolar, obtidos pelo Censo Escolar, com as médias
de desempenho do Saeb.
Enem Exame Nacional do Ensino Médio – criado em 1998 para avaliar o
desempenho do estudante ao final da Educação Básica.
Encceja
Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos –
criado em 2002, é ofertado a jovens e adultos residentes no Brasil e no
exterior que não tiveram oportunidade de concluir seus estudos em idade
própria e buscam certificação do Ensino Fundamental e do Ensino Médio.
Sinaes
Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior - tem o objetivo de
assegurar o processo nacional de avaliação das Instituições de Educação
Superior (IES), dos cursos de graduação e do desempenho acadêmico dos
estudantes, visando melhoria da qualidade da Educação Superior. Seus
instrumentos são: avaliação interna, avaliação externa e Enade.
Entende agora porque você faz a avaliação institucional aqui na
Estácio?

Saiba mais
Visite o Portal do Inep <http://inep.gov.br/web/guest/inicio> e
conheça muitas outras avaliações.
Sistema de Avaliação da Educação
Básica (Saeb)
O Saeb, por meio de seus relatórios, fornece um indicativo sobre a qualidade
do ensino ofertado. O levantamento produz informações que subsidiam a
formulação, reformulação e o monitoramento das políticas públicas nas
esferas municipal, estadual e federal, visando a contribuir para a melhoria da
qualidade, equidade e eficiência do ensino.
Hoje o Saeb é composto por três grandes avaliações:
Aneb
Utiliza os mesmos instrumentos da Prova Brasil/Anresc, é aplicado com a
mesma periodicidade e abrange, de forma amostral, escolas e alunos das
redes públicas e privadas do país e que pertencem às etapas finais dos
três últimos ciclos da Educação Básica: 5º ano e 9º ano do Ensino
Fundamental e 3ª série do Ensino Médio regular.
Prova Brasil/Anresc
Avaliação do Rendimento Escolar é uma avaliação bianual criada em
2005 e aplicada para os alunos do 5º ano e 9º ano do Ensino
Fundamental das escolas públicas que possuem, no mínimo, 20 alunos
matriculados nas séries avaliadas.
Seu objetivo principal é mensurar a qualidade do ensino ministrado nas
escolas das redes públicas, produzindo informações sobre os níveis de
aprendizagem em Língua Portuguesa (Leitura) e em Matemática.
ANA
A Avaliação Nacional da Alfabetização é uma avaliação externa que
objetiva aferir os níveis de alfabetização e letramento em Língua
Portuguesa (leitura e escrita) e Matemática dos estudantes do 3º ano do
Ensino Fundamental das escolas públicas.
As provas aplicadas aos alunos forneceram três resultados: desempenho
em leitura, desempenho em matemática e desempenho em escrita.

Atenção
Ainda temos a Provinha Brasil, que é uma avaliação diagnóstica que visa
investigar as habilidades desenvolvidas pelas crianças matriculadas no 2º
ano do Ensino Fundamental das escolas públicas brasileiras. É composta
por provas de Língua Portuguesa e de Matemática.
Por meio destes instrumentos de avaliação, o Ministério da Educação (MEC)
assume a responsabilidade atribuída pela LDB no artigo nono, nos incisos VI e
VIII de:
“[...] assegurar processo nacional de avaliação
do rendimento escolar no ensino fundamental,
médio e superior, em colaboração com os
sistemas de ensino, objetivando a definição de
prioridades e a melhoria da qualidade do
ensino” e de “[...] assegurar processo nacional
de avaliação das instituições de educação
superior, com a cooperação dos sistemas que
tiverem responsabilidade sobre este nível de
ensino”.
Como fica a avaliação neste novo
contexto?
Ao conversar com pais e crianças, muitas vezes, o termo fracasso é
substituído por dificuldades de aprendizagem, problemas de comportamento
etc.
Você já deve ter ouvidos frases do tipo: “seu filho não aprende porque tem
dificuldades de entender” ou “ele não aprende porque não se comporta”.
Geralmente, o problema do fracasso escolar é “empurrado” para a família e
por culpa do aluno e/ou da família pelo baixo desempenho escolar´.
Mas será que é sempre culpa da criança ou da família?
 Fonte: Shutterstock

Saiba mais
Para entender melhor este assunto, leia o artigo Renomeando o
fracasso escolar <http://www.scielo.br/pdf/pee/v21n3/2175-
3539-pee-21-03-387.pdf> .
Dizer que um aluno não foi bem na avaliação e não fazer nada para ajudá-lo a
alcançar os objetivos propostos pelo programa ou pela escola é encorajar esse
aluno a evadir da escola e aumentar ainda mais a falta de perspectiva de
melhoria de vida da população mais necessitada e aumentar a exclusão social.
O aluno ouvir, repetidas vezes, que ele não é bom para a escola o abala
moralmente e o afasta da escola, sem dúvida.

Exemplo
Leia o texto retirado da Revista Nova Escola: A carta-bomba que João
escreveu <galeria/aula10/docs/doc1.pdf> .
Após ler a carta de João, como você reflete a avaliação e a escola? Como você
se sente em relação a João?
Vemos claramente que a escola vem aplicando suas práticas educacionais por
meio de uma ótica de progressão x exclusão, sem considerar as
individualidades e aumentando as desigualdades sociais, à medida que não
ouve vozes como a de João.
Quando faz isso, assegura o fracasso escolar de tantos Joãos e retira de si a
responsabilidade pelo fracasso dos alunos porque não propõe nenhuma
mudança significativa na forma de ensinar e avaliar.
Por isso, a importância de avaliarmos a partir de um mix de tipos de
avaliação, da valorização das múltiplas aprendizagens e das diferentes
experiências escolares. De igual modo, é relevante que a escola e os
professores reconheçam a realidade dos alunos, favorecendo o direito às
diferenças e singularidades e evitando rótulos e marginalizações.
Assim, faz-se necessário considerar não somente os aspectos cognitivos, mas
também os afetivos e sociais que estão envolvidos no processo de construção
do saber, além de outras variáveis intra e extraescolares, ampliando o olhar
não somente sobre o fenômeno chamado fracasso escolar, que é
multifacetado.
Como modificar a escola?
Fazer uma escola que atenda as diferentes formas de aprender é também
modificar a escola para ensinar e buscar mais qualidade para todos. O debate
sobre escola, avaliação e fracasso escolar tem se ampliado e são considerados
vários elementos nessa discussão, bem como criadosvários projetos para
conter o fracasso escolar e a exclusão social.
Dentre eles, vimos que os organismos internacionais têm criado e orientado
os países a instituírem avaliações em larga escala para monitorar a Educação.
 
.............................. 
 
Mas será que isso basta? 
 
..............................
A construção de processos de avaliação externa da aprendizagem, nos marcos
de um sistema nacional de avaliação educacional dará conta de sucessivos
fracassos na escola, principalmente de uma população mais pobre?
Talvez não seja com a consolidação de um Sistema Nacional de Avaliação,
baseado em exames estandardizados ou projetos únicos de uniformização e
homogeneidade de avaliação, já que os resultados das avaliações nacionais só
expõem a cada edição uma escola e alunos que fracassam.
Essa questão exige de cada um de nós uma profunda reflexão sobre o que
está historicamente negado e silenciado e o que precisa ser recuperado e
incorporado à dinâmica pedagógica.
 
.............................. 
 
Como criar uma escola pública
democrática, favorável à
ampliação do conhecimento de
todos, principalmente daqueles
que mais dela precisam? 
 
..............................
Essa escola precisa repensar uma aprendizagem diversificada e que valorize
as múltiplas aprendizagens de seus estudantes e que trabalhe por meio de
diferentes experiências e interações cotidianas. Ou seja, uma escola que
reconheça a diferença do outro e não crie a desigualdade entre as pessoas.
Uma escola que não silencie, não abandone, que não crie a invisibilidade dos
sujeitos que nela estão. Ao contrário, ela precisa acolher a todos em suas
diferenças intelectuais, emocionais, sociais, políticas, sociais etc. e que ajude
a formar, a partir de seu contexto e dos conhecimentos que utiliza, sujeitos
cheios de alegria e conhecimento para a vida.
 Fonte: Shutterstock
Atividade
1. Avaliar é o ato de diagnosticar uma experiência, tendo em vista
reorientá-la para produzir o melhor resultado possível. Sobre a avaliação
da aprendizagem, é incorreto afirmar que:
 a) A avaliação da aprendizagem não possui uma finalidade em si; ela
subsidia decisões a respeito da aprendizagem dos alunos para garantir a
qualidade do resultado.
 b) Notas e conceitos expressam exatamente quanto o aluno aprendeu.
 c) Provas, trabalhos, maquetes e seminários são instrumentos
utilizados para aferir a aprendizagem dos alunos.
 d) A avaliação é um julgamento de valor sobre manifestações
relevantes da realidade, tendo em vista uma tomada de decisão.
 e) A avaliação da aprendizagem adquire sentido quando se articula
com o projeto político pedagógico e com o plano de aula.
2. O Instituo Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio
Teixeira (Inep) criou em 2005 a Avaliação Nacional do Rendimento
Escolar (Anresc), mais conhecida como:
 a) Saeb
 b) Prova Brasil
 c) Aneb
 d) Enem
 e) Vestibular
3. O Brasil, atendendo às exigências dos organismos internacionais, criou
em 1990 seu sistema de avaliação em larga escala para medir os índices
da educação básica no Brasil. Que sistema é esse?
 a) Saeb
 b) Prova Brasil
 c) Provinha Brasil
 d) ENEM
 e) ANA
Notas
Reformas 
Essas reformas foram orientadas por organismos transnacionais de financiamento e
cooperação, como, por exemplo, o Banco Mundial e a UNESCO.
Propostas educacionais 
• Valorização das realidades locais; 
• Descentralização administrativa e pedagógica da Educação; 
• Maior valorização do professor; 
• Inserção das camadas populares nos processos de geração de renda e na escola.
Conferência Mundial sobre Educação para Todos 
Nesta conferência, foi inaugurado um projeto educacional mundial financiado por
agentes financeiros internacionais, como a Unesco e a Unicef, ambas da Organização
das Nações Unidas, que teria como principal objetivo a “satisfação das necessidades
básicas de aprendizagem”.
Referências
1
2
3
BRASIL. Ministério da Educação. PDE (Plano de Desenvolvimento da Educação)
– Prova Brasil/Ensino Fundamental: matrizes de referência, tópicos e descritores.
Brasília: MEC, SEB, Inep, 2008. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=7619-provabrasil-matriz-
pdf&category_slug=fevereiro-2011-pdf&Itemid=30192
<http://portal.mec.gov.br/index.php?
option=com_docman&view=download&alias=7619-provabrasil-matriz-
pdf&category_slug=fevereiro-2011-pdf&Itemid=30192> >. Acesso em: 4 set.
2018.
______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros
Curriculares Nacionais: Ciências Naturais. Brasília: MEC, SEF, 1998. Disponível em:
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf
<http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ciencias.pdf> >. Acesso em: 4
set. 2018.
______. Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira.
Inclusão de Ciências no Saeb: documento básico. Brasília: Inep, 2013. Disponível
em:
<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/menu_
do_professor/matrizes_de_referencia/livreto_saeb_ciencias.pdf
<http://download.inep.gov.br/educacao_basica/prova_brasil_saeb/menu_
do_professor/matrizes_de_referencia/livreto_saeb_ciencias.pdf> >. Acesso
em: 4 set. 2018.
LOPES-ROSSI, M. A. G.; PAULA, O. de. As habilidades de leitura avaliadas pelo PISA e
pela Prova Brasil: reflexões para subsidiar o trabalho do professor de língua
portuguesa. Fórum Linguístico, Florianópolis, v. 9, n. 1, p. 34-46, 2012. Disponível
em: <https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/1984-
8412.2012v9n1p34
<https://periodicos.ufsc.br/index.php/forum/article/view/1984-
8412.2012v9n1p34> >. Acesso em: 4 set. 2018.
PONTES, K. R. Uma re-análise dos resultados do PISA: problemas de
comparabilidade. Ensaio: Avaliação e Políticas Públicas em Educação, Rio de
Janeiro, v. 19, n. 73, p. 717-768, out./dez. 2011. Disponível em:
<http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v19n73/02.pdf
<http://www.scielo.br/pdf/ensaio/v19n73/02.pdf> >. Acesso em: 4 set.
2018.
Próximos Passos
Instrumentos de avaliação;
Políticas avaliativas utilizadas no Brasil (Sinaes, Saeb, Prova Brasil, Enem,
Enade);
Reflexão sobre a seleção, a organização e a elaboração desses instrumentos.
Explore mais
Acesse os principais itens do Saeb <http://portal.inep.gov.br/educacao-
basica/Saeb> .
Leia o textos:
Dimensões da avaliação educacional
<http://publicacoes.fcc.org.br/ojs/index.php/eae/article/view/2218>
;
Produção do fracasso escolar e o furor avaliativo: o sujeito resiste?
<http://pepsic.bvsalud.org/pdf/estic/v20n3/a04v20n3.pdf> .

Outros materiais