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1 Antes de tudo, precisamos entender alguns conceitos para avançarmos: • FORÇA MUSCULAR: É a capacidade que o músculo possui de gerar tensão contra uma resistência ou carga. • RESISTÊNCIA MUSCULAR: É a capacidade que o músculo tem de repetir as contrações musculares durante um período de tempo. • POTÊNCIA MUSCULAR: É a rapidez com que o músculo se contrai e produz uma força resultante. RELAÇÃO FORÇA X RESISTÊNCIA: Força muscular gera tensão contra uma carga ou resistência. → Força contra carga, sem movimento; → Gera tensão, mas não gera movimento Quando há diminuição do comprimento muscular (encurtamento das fibras), gera aumento de tensão, supera ou movimenta a carga; → Força de aceleração Quando a carga é maior que a força muscular, músculo se alonga enquanto gera tensão (gera tensão pois a fibra se alonga para segurar o movimento) → Força de desaceleração Fatores que alteram os níveis de força/resistência muscular: • Tamanho do músculo → Quanto maior o músculo, mais fibras ele tiver, mais interação terá e mais força haverá; • Quantidade de fibras musculares; • Eficiência neuromuscular → Toda contração muscular voluntária é dependente de um circuito, se ele estiver integro, teremos uma boa eficiência neuromuscular, o que permite eu treinar melhor tanto força quanto resistência. Pacientes com AVC perdem essa eficiência. • Biomecânica: inserção do tendão; relação comprimento-tensão; • Idade; • Overtraining → O overtraining é o excesso de treinamento. 2 • Possuem contração muscular ativa e voluntária; • São divididos em 3 grupos: • Nos exercícios isométricos o musculo se contrai, mas não há movimento de carga, não haverá movimento articular. É apenas uma contração muscular que será mantida por um determinado tipo de tempo; • Posso faze-lo quando o paciente não possui toda ADM → Por exemplo o paciente que sofreu uma lesão e não tem muita ADM, mas possui um pouco; • O ganho desse exercício é LIMITADO a ADM que for treinada (EM TORNO DE 20%) → Por exemplo, um exercício isométrico de flexão do bíceps e mantenho por 10s nessa forma isométrica, há tensão no musculo e permite um ganho de força somente naquela amplitude; • Nesse tipo de exercício NÃO HÁ ganho de força em outras posições de ADM; • Ele é importante para a estabilidade articular e para o recrutamento na fase inicial do tratamento; Normalmente quando fazemos o exercício isométrico existe uma tendência de trancar a respiração. Esse ato de trancar a respiração chamamos de MANOBRA DE VALSSAVA. E essa manobra de valsava aumenta a pressão intratorácica e isso pode aumentar a pressão arterial. Por isso o Exercício isométrico oferece um risco cardiovascular por essa possibilidade de fazer a manobra de valsava. Entretanto se orientarmos o paciente para que ele não tranque a respiração, ele não fará a manobra e isso não oferecerá risco cardiovascular. São os mais utilizados pelos fisioterapeutas • Os exercício resistido possui como característica a carga extra, tem carga além do segmento corporal, com isso, ele pode ganhar força ou resistência. Ele pode com carga extra ser feito de maneira isotônica (concêntrico ou excêntrico) e/ou isométrica. Quando não tem carga extra (pensando no caso dos ativos) temos mais a questão de mobilidade. Quando eu peço para o paciente fazer o movimento eu to trabalhando o músculo de maneira concêntrica e excêntrica, mas não tenho carga extra, então não vou ganhar força/resistência, vou simplesmente ativar a musculatura nos modos que ela precisa: concêntrica e excêntrica. Por exemplo, ao pentear o cabelo, não temos a carga mas preciso do movimento. Então quando não tenho carga ele é um exercício ativo e pode ser isométrico ou isotônico e não há ganho de resistência e nem força. • Possuem contração muscular ativa e voluntária; • São divididas em 3 grupos: -Isométricos: -Isotônica: Dividem-se em concêntrico e excêntrico; -Isocinética: Os exercícios isocinéticos são exercícios dependentes de um aparelho chamado dinamômetro isocinético (raramente utilizado) 3 • Os exercícios isométricos funcionais ou posturais podem ser através de isometrias em ângulos múltiplos ao longo de toda ADM → Posso utilizar o exercício isométrico em toda amplitude de movimento; • Ele estimula a contração TÔNICA, sem movimento do membro na ADM; • É UTILIZADO NAS FASES INICIAIS DE REABILITAÇÃO: quando o movimento estiver limitado ou quando tiver arcos de movimento com dor; • A principal função do exercício isométrico é estabilização articular. O exercício isotônico é o exercício que divide-se em concêntrico e excêntrico. CONCÊNTRICO EXCÊNTRICO • É uma contração de ACELERAÇÃO; • Diminui o comprimento da fibra muscular; • Vence a carga; • POSITVA • O objetivo da contração excêntrica é DESACELERAR o movimento; • Aumenta o comprimento (alarga). Embora faça um aumento da fibra muscular, ele não é um alongamento. O alongamento gera o relaxamento das pontes cruzadas, o excêntrico gera tensão, só aumenta o tamanho da fibra musc.. porque está gerando tensão para desacelerar. • Carga vence; • NEGATIVA; • Utiliza menos oxigênio e gera mais força; • Menos resistentes à fadiga; • Mais tempo; 4 Sempre que colocarmos um exercício com carga, vamos trabalhar com 3 princípios: para que a força muscular melhore (p/que o musculo ganhe resistência ou força muscular), ele precisa trabalhar com uma carga ACIMA da que ele está acostumado; Ganha-se força ou resistência muscular dependendo da demanda que eu impor a ele. Ex.: se trabalhar exercício para o bíceps, vou ganhar as adaptações decorrentes do exercício para o bíceps, não terei ganho global se trabalhar somente um grupo muscular; − Programa de exercícios no qual os efeitos supram necessidades e metas funcionais especificas; − Especificidade do treinamento: melhoras na força, resistência e potência muscular são dependentes do tipo e treinamento. Ex.: Se eu propor para o meu paciente somente exercícios isométricos, ele só terá ganho de força ou de resistência muscular de maneira isométrica, não terá ganhos na fase concêntricos ou excêntrica pois ele só terá ganhos na fase isométrica. As adaptações musculares são TRANSITÓRIAS. Se eu não fizer nada, pelo menos para manter, eu vou perder essas adaptações. Ex.: artrose do joelho: paciente chega com dor, dificuldade para caminhar, edema, limitação de ADM, o fisio vai e consegue movimentar a articulação, começa com exercícios com carga, pois é um tipo de condição que não existe cura, mas sabe-se que no caso da osteoartrose do joelho é muito importante trabalhar-se a musculatura da coxa para dar sustentação ao joelho. Como o paciente está se sentindo bem, sem dor, sem inchaço, ele larga a Fisioterapia e duas semanas depois já perdeu o condicionamento. Novamente volta a Fisioterapia. − O destreinamento ou descondicionamento muscular começa 1 a 2 semanas após a interrupção dos exercícios resistidos e continua até os efeitos do treino serem perdidos. Quando falamos em treinamento com carga utilizamos os termos de intensidade do treinamento ou carga de treinamento/exercício, sabemos que a implementação dessas cargas precisa ser gradual e progressiva, dependente da resposta do paciente: INTENSIDADE: É a quantidade de resistência (peso) imposta ao músculo em contração durante cada repetição de um exercício; Chamamos de carga de exercício ou carga de treinamento; A carga deve ser aumentada de forma GRADUAL e PROGRESSIVA; A velocidade da progressão de cargas é dependente da resposta do paciente a determinado exercício; AUMENTO DE DOR E/OU EDEMA → PROGRESSÃO AGRESSIVA 5 Com relação à resistência, podemos ter resistência mecânica ou manual:• Resistência manual: é SUBJETIVA e dependente do Fisioterapeuta; • Resistência mecânica: QUANTITATIVA → Repetição máxima (RM). ▪Repetição máxima (RM): maior quantidade de peso (carga) que um músculo pode mover ao longo da ADM disponível por um número especifico de vezes. −Documentar a medida inicial de força dinâmica de um músculo ou um grupo muscular para ser comparada com as melhoras na força decorrentes do exercício. −Identificar uma carga de exercício para ser usada durante o exercício em um número especificado de repetições. • Escala de LORM: é utilizada para graduar a resistência: 1RM é a carga máxima que um indivíduo consegue fazer em um ÚNICO momento. Por exemplo, com o bíceps: o indivíduo consegue fazer uma flexão de cotovelo com 10kg somente uma vez; ▪Se eu quero utilizar um exercício de intensidade baixa → 30% a 40% de 10kg (1RM) =3 a 4kg; ▪Intensidade moderada → 60% a 70% de 10kg (1RM) = 6 a 7kg; ▪Intensidade alta → 80% a 95% de 10kg (1RM) = 8 a 9,5kg. ↓ ficou um período imobilizado. Resistência (carga) Mecânica Peso livre Aparelhos de musculação Manual Fisioterapeuta ou familiar/cuidador Vamos utilizar exercícios de intensidade moderada ou baixa quando: • Estivermos no início do programa do exercício resistido; • Estágios inicias de cicatrização • Após grandes períodos de imobilização; • Crianças e idosos. META ao utilizar as cargas baixas/moderadas: Resistência muscular a fadiga (pois quanto menor for a carga, mais repetições poderão ser feitas, e com mais repetições ativamos a memoria do musculo para aquele movimento e ganhamos mais resistência. 6 Vamos utilizar exercícios de intensidade moderada ou baixa quando: • Adultos saudáveis em fase avançada de reabilitação; • Programa de condicionamento para pessoas sem patologias; • Para indivíduos que treinam competitivamente; ↑ BAIXA INTENSIDADE = ganho de resistência muscular ALTA INTENSIDADE = Ganho de força e potência muscular Volume de treinamento = (nº de repetições + nº de séries) x carga Relação inversa entre o número de repetições e intensidade da resistência (carga); Quanto maior a carga, menor o número de repetições; Quanto menor a carga, maior o número de repetições; A carga define de modo direto as repetições e séries. META ao utilizar as cargas altas: Aumentar a força e a potência muscular; PARA GANHO DE FORÇA MUSCULAR: Carga alta, número baixo de repetições e séries; 6RM a 12RM → 2 a 3 séries PARA GANHO DE RESISTÊNCIA MUSCULAR À FADIGA: Carga baixa, nº alto de repetições e séries; 30% a 40% de 1RM --> 40 a 50 repetições → 3 a 5 séries Períodos de isometria mais longos. 7 • Inicio com aquecimento (bicicleta, cicloergômetro) • Posicionamento da resistência; • Direção da resistência: ▪Concêntrico: resistência em direção oposta ao movimento; ▪Excêntrico: resistência na mesma direção do movimento desejado; • Estabilização; • Comando verbal/orientações. • Manobra de Valsava; • Movimentos compensatórios; • Treinamento excessivo; • Dor muscular induzida por exercício: ▪Dor muscular aguda; ▪Dor muscular tardia. • Dor • Inflamação • Doença cardiopulmonar grave (Se eu vou por resistência, estarei colocando uma carga acima na qual ele está acostumado, se o coração está com algum comprometimento vou sobrecarregar ele com peso, thera band, etc.); • Quando o pé ou a mão não estão em contato com o solo ou qualquer superfície de apoio. • O movimento do ombro ocorre somente de modo distal à articulação em movimento; • NÃO TEM APOIO DE PESO CORPORAL. • Quando o pé ou a mão estão sustentando o peso corporal; • Causa movimentos simultâneos nas articulações distais e proximais de um modo previsível; • TEM APOIO DE PESO CORPORAL.
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