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PATOLOGIA DA PELE2 
AULA 2 – PATOLOGIA II 
DISTÚRBIOS DA PIGMENTAÇÃO E DOS 
MELANÓCITOS 
NEVOS MELANOCÍTICOS: são lesões adquiridas e 
possuem algumas características clinicas: 
→ Tem variação de coloração, variando entre 
castanho e marrom mais escuro. Essa variação é 
em lesões distintas. 
→ Na mesma lesão, observamos um predomínio da 
distribuição da coloração – uniformemente 
pigmentados. 
→ São pequenos (geralmente < 6mm de largura) 
→ Bordas arredondas, limites bem definidos 
→ Relativamente achatada (máculas) a elevada 
(pápulas). Mas também é possível encontrar como 
manchas. 
São pintinhas que temos no corpo, que nascemos sem e 
depois de um tempo nasce. É na maioria das vezes 
inofencivo. 
Então, porque estudar em patologia? Embora alguns nevos 
melanocíticos sejam comuns, a sua diversidade clínica e 
histológica necessita de um minucioso conhecimento do 
seu aspecto e da evolução natural para que não sejam 
confundidos com outras doenças cutâneas como o 
melanoma. 
Eles ainda, tem possibilidade de evoluir para melanoma. “ A 
importância biológica de alguns nevos, contudo, reside na 
possível transformação em melanoma. Não é comum, mas 
essa possibilidade existe. 
Qual o mecanismo de surgimento dessa doença? – 
Patogenia. Os nevos melanociticos foram estudados e 
classificados como neoplasias, de comportamento benigno 
mas que carga consigo um residual, uma capacidade de 
evoluir para malignidade. Estudos que provam que nevos 
são neoplasias: 
Existem células que sofreram mutações adquiridas, ou seja, 
não nasceu com isso. Isso aconteceu em principalmente 
dois grupos de genes: BRAF e NRAS. E isso resulta na 
ativação constitutiva da via de sinalização RAS/BRAF. 
Principalmente, chamando atenção para RAS. Ou seja, 
essas mutações adquiridas estão levando a ativação 
constitutiva do ciclo celular. Então, os nevos melanocíticos 
vão estar com atividade mitótica maior e descontrolada. 
E porque a maioria não evolui para o câncer? Sendo que o 
ciclo celular está ativo.. 
Antes disso, precisamos saber da função do RAS. Ele é leva 
informação para o núcleo. Ela fica inativa, em repouso. 
Quando tem a presença de um fator de crescimento que se 
liga ao receptor, a proteína RAS passa por um processo de 
ativação através da fosforilação de GDP para GTP, assim 
RAS fica ativo e avisa lá para o núcleo a necessidade de 
divisão. Ou seja, ativa o mecanismo de transcrição. Isso 
ocorre em condição de normalidade. 
Quando RAS está mutado, não sai desse estado ativo. Vai 
ser considerada uma onco-proteina, e vai estimular divisão 
celular de forma constitutiva. Esse nevo melanocítico que 
temos tem essa ativação de RAS. Então, porque não tem 
uma evolução de câncer? Porque apenas em raras ocasiões 
os nevos dão origem a melanomas malignos? 
Porque por mais que esteja acontecendo uma ativação 
constitutiva, nós felizmente, temos um período de divisão 
celular limitado que ocorre porque nós vamos ainda 
encontrar nas células mecanismos de controle sobre o ciclo 
celular. A divisão celular não se perpetua porque vamos ter 
uma interrupção permanente do crescimento celular 
através de p16 e inibindo a CDKs. Ou seja, vai parar o ciclo 
celular. É um bloqueio do ciclo celular. Nossos mecanismos 
de controle, nossos supressores de tumor conseguem 
quase sempre aplicar freios sobre essa divisão celular. 
E se o nevo melanocítico evolui para um melanoma? A 
falha é que essa divisão de célula vai deixar de ter um 
período limitado, vai ser ilimitado. Não tem mais 
interrupção do ciclo celular e os mecanismos de controle 
deixam de acontecer. Assim, leva a o surgimento de 
malignidade, com ciclo celular descontrolado, em 
mecanismo de controle. 
CLASSIFICAÇÃO: os nevos podem ser classificados: 
→ Intradérmico 
→ Juncional 
→ Composto 
→ Spitz 
→ Azul 
→ Congênito 
→ De clark (displásico) – aquele que tem maior 
possibilidade de tornar melanoma. É considerado 
uma lesão percursora do melanoma. 
Lembrando que, o diagnóstico precisa de biopsia. 
 
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NEVOS DISPLÁSICOS (NEVOS DE CLARK): tem uma 
intima relação com o melanoma. 
Essa associação dos nevos melanocíticos ao melanoma foi 
feita há mais de 190 anos. No entanto, o precursor do 
melanoma foi claramente identificado apenas em 1978 – 
nevos displasicos. 
É um considerado uma lesão pré-maligna que tem 
capacidade de evoluir para melanoma. Não é certeza.4 
Os nevos displásicos começam a perder a morfologia clínica 
de inofencividade. 
→ Frequentemente > que 5mm 
→ Maculas planas ligeiramente elevadas 
→ Superfície “pedregosa” – rugosa. 
→ Lesões em formato de alvo – centro elevado mais 
escuro, periferia irregular e plana 
→ Variabilidade na pigmentação 
→ Mais adquiridas do que congênitas. Não nasce com 
essa alteração. 
Patogenia: está extremamente ligada a essas mutações 
ativadoras, que levam uma proliferação do ciclo celular 
relacionada em NRAS E BRAF. 
Clark propôs vários estágios no desenvolvimento dos nevos 
displasicos (aquisição de mutações ou mudanças 
epigenéticas). Sabe se que tem relação com NRAS e BRAF, 
mas tem autores que sugerem estágios para esse 
desenvolvimento. 
“Os nevos displásicos são precursores do melanoma. ” 
Felizmente, a grande maioria das lesões se mantem 
estáveis e não vai progredir pera melanoma. E também 
nem todos os melanomas se originam de nevos displásicos. 
Existe uma condição chamada de Síndrome do nevo 
displásico: nessa doença que é herdada, o paciente começa 
a apresentar uma grande quantidade de nevos displásicos, 
várias alterações de pigmentação na pele que são nevos 
displásicos. Aumentando muito a tendência para o 
desenvolvimento do melanoma e de vários nevos 
displásicos. Risco para o desenvolvimento do melanoma é 
de 50% aos 60 anos de idade. Pode ocorrer melanoma em 
vários sítios diferentes: pele, mucosa. 
Patogenia da síndrome de nevo displásicos: está 
relacionado a vários genes mutados que foram descobertos 
em famílias afetadas. 
Desses vários genes que foram estudados, alguns 
receberam um destaque que foram os CDKs: CDKN2A e 
CDK4 (associados as formas familiares do melanoma). 
Nem todos os pacientes com mutações nesses genes tem 
nevos displásicos. Nem todos os nevos displásicos 
familiares estão associados a mutações nesses genes. Não é 
uma obrigação que esses genes estejam mutados para que 
tenha essa doença. Existem vários outros genes. Esses dois 
são os mais encontrados. 
MELANOMA: é uma neoplasia maligna relativamente 
comum e mortal se não percebida nos estágios iniciais do 
seu curso. 
Por ser lesões relativamente pequenas, que não geram dor, 
o paciente não tem sintomatologia, é difícil ser percebido 
em fases iniciais. Quando o paciente procura o médico já 
está com crescimento excessivo – crescimento vertical e 
radial. 
O melanoma tem relação com radiação UV, pessoas com 
pele mais clara tem mais ocorrência. Porém, a pele não é o 
único local de ocorrência do melanoma, a radiação UV não 
é a única causa. Acontece na mucosa oral, mucosa ano-
genital, esôfagos, meninges e olho. 
Melanoma é o tumor maligno cutâneo mais letal. – 
Diagnóstico precoce que favorece o prognostico. 
Vistos que os melanomas evoluem com o tempo, de lesões 
cutâneas localizadas para tumores agressivos que sofrem 
metástase e são resistentes à terapia, o reconhecimento 
precoce e a excisão completa são essenciais. 
Infelizmente, o disgnostico é feito através do tumor 
secundário. Ou seja, metástase em algum órgão muito 
importante, que começa a gerar sinais e sintomas, leva o 
paciente procurar um médico, fazendo diagnostico tardio. 
Ne pele, o melanoma pode: 
→ Associar-se a nevo melanocítico preexistente 
→ Aparecer em nevo de Clark (síndrome do nevo 
displásico familiar) 
→ Surgir sem qualquer lesão previa 
→ Surgir de um nevo azul (muito raro) 
→ Pode vim de uma queratose actinica (aulapassada) 
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Aspectos clínicos: 
→ Geralmente assintomático 
→ Prurido e dor podem estar presentes (incomum) 
→ Diâmetro > 10 mm 
→ Alterações importantes na cor, tamanho e forma. 
Não tem uniformidade 
→ Bordas irregulares 
Quando pensarmos nos aspectos clínicos do melanoma: 
lembrar ABCDE. 
→ A – Assimetria – desenhar uma linha vertical e uma 
horizontal, divide em 4 regiões e comparar, são 
distintos 
→ B – Bordas irregulares 
→ C – Coloração não é uniforme 
→ D – Diâmetro > 10 mm 
→ E – Evolução rápida. 
 
O melanoma tem dois tipos de crescimento: radial 
(expansão horizontal) que essa lesão vai aumentando seu 
diâmetro. E também crescimento vertical que é tanto em 
direção a superfície quanto em profundidade da pele, o que 
favorece um processo metastático. Aumento na superfície, 
forma-se pápulas ou até mesmo ulcerações por destruição 
da epiderme. Encontrado assim, o prognostico é ruim. 
Características do melanoma: 
→ Mais comum em homens (3:2); - mortalidade mais 
elevada 
→ Nas mulheres são menos infiltrativos 
→ Nas mulheres é mais comum nas pernas 
→ Nos homens: dorso, cabeça e pescoço é mais 
comum. 
O melanoma quando encontrado em parte central do corpo 
como dorso, cabeça e pescoço apresenta um 
comportamento mais agressivo do localizado em regioes 
periféricas como MS e MI. 
Fatores prognósticos (determinantes de um prognostico 
mais favorável): 
→ Profundidade do tumor, o prognostico vai ser mais 
favorável quando a lesão for menos que 1,7 mm. 
→ Nucleo de mitoses quando olhamos no 
histopatológico. Quanto mais mitoses tem, pior é o 
prognostico. Para diagnostico favorável, tem que 
ter pouca ou até nenhuma mitose. 
→ Evidencia de regressão do tumor, respondendo a 
terapia ou devido a resposta imune do paciente, o 
diagnostico vai ser mais favorável. 
→ Presença e número de linfócitos infiltrantes do 
tumor. Quanto mais esses linfócitos estiverem 
ativos, respondendo a lesão, tentando procurar 
mecanismos de defesa, mais favorável o 
prognostico. 
→ Gênero ou sexo. Prognostico mais favorável em 
mulheres do que homens. 
→ Localização (extremidade ou parte central), mais 
favorável na periferia. 
Quando falamos em fatores prognostico e pensamos em 
localização da lesão, na região central o prognostico é pior. 
Ainda, nessas regiões, existem algumas que o prognostico é 
ainda mais desfavorável. Essas regiões são chamadas de 
BANS. 
B- upper back. Região superior das costas. A – Posterior 
arm (posterior dos braços). N – Posterior neck (posterior do 
pescoço. S – Posterior scalp (região de couro cabeludo). 
Crescimento vertical da lesão: interfere na espessura do 
tumor e na presença ou ausência de ulceração que tem 
significado prognostico muito importante independente do 
estagio clinico. 
Verificar linfonodo sentinela: enquanto tumor primário. 
Verificar se tem envolvimento sistêmico, se tem metástase, 
começando pelo linfonodo sentinela. Remove esse 
linfonodo, por cirurgia, passa por processamento, olha no 
microscópio e identificar se já foi acometido ou não. 
Linfonodo sentinela é o primeiro linfonodo mais próximo a 
receber a linfa naquela região onde está a doença, recebe a 
drenagem daquela região onde está a doença. 
Como identificar esse linfonodo? Uma das possibilidades é 
a injeção próxima ao tumor de um corante, os vasos 
linfáticos vão drenar os corantes e vai para o linfonodo. 
Qual linfonodo receber primeiro esse corante é o sentinela. 
Se tiver células malignas nesse linfono com certeza o 
prognostico vai ser pior. 
 Prognostico mais importante do melanoma é considerado 
a espessura tumoral (índice de Breslow) – apresenta o mais 
importante marcador isolado de prognostico. O índice que 
mensura a espessura é chamado Indice de Breslow. 
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Se fez um diagnostico de melanoma e sua espessura está 
menor que 0,76 mm, a chance de não ter metástase é 
muito grande. Mas se for maior que 1,5 mm, a 
possibilidade de metástase é grande. 
Patogenia do melanoma: existem dois fatores 
predisponentes mais importantes: genes herdados, já tem 
gene herdado para a doença que te favorece ao surgimento 
da doença e a exposição solar. 
É muito frequente associar lesão em pele clara em regioes 
expostas ao sol, mas cuidado. Isso é o mais frequente, mas 
o melanoma pode acontecer em regiões não expostas ao 
sol. 
Relação da exposição solar com o melanoma: o melanoma 
independe de longa exposição de radiação UV. Quando 
falamos de câncer de pele de uma forma geral, a radiação 
UV incide sobre a pele, altera o DNA de duas formas: 
diretamente sobre o material genético ou forma indireta a 
partir da produção de radicais livres. Como consequência, 
formação de radicais livres e dímeros de timina (timina – 
timina). Somado a issio, o individuo ta com deficiência para 
reparar os erros do DNA e acontece uma grande 
possibilidade de surgimento de câncer em pele, dentre elas, 
o melanoma. 
Estima-se que por cada queimadura solar, o risco de 
melanoma é duplicado. Não necessariamente por longa 
duração. 
As principais anormalidades genômicas encontradas no 
melanoma são: alterações no controle de ciclo celular, 
alteração no CDKN2A CDK4K, levando a um estimulo de 
divisão celular. A p53 é inibida, não consegue perceber 
alteração do ciclo. 
Outra forma é a ativação de proliferação celular por fatores 
de crescimento. 
Supressores tumorais alterados, oncogenes alterados e 
atividade de telomerase. São células malignas que 
produzem muita telomerase, muita enzima que não deixa 
os telomeros se cortar, favorecendo a sobrevivência 
celular. 
O melanoma tem dois tipos de crescimento: radial e 
vertical (aparecimento de nódulo). 
No início da doença, tem predomínio de crescimento radial 
e depois, quando evolui, predomínio de crescimento 
vertical. 
Irritação, prurido, sangramento associa-se ao crescimento 
rápido do tumor. 
Comportamento e evolução do melanoma: 
O tumor primário, por mais que ele seja pequeno, ele tem 
capacidade de provocar metástase. 
O aspecto microscópio varia muito de caso para caso. A 
profundidade de invasão é extremamente importante para 
o prognostico. (índice de Clark). 
As células malignas infiltram na derme, invadem a camada 
córnea provocando ulcerações. 
 
Nível 1: praticamente restrito a epiderme. 
Nível 2: já tem um pouco de invasão da derme papilar. A 
derme é dividida em 2: derme papilar (que está mais 
próxima da epiderme) e derme reticular está em seguida, 
não tem contato com a epiderme. 
Nível 3: está na zona de transição entre reticular e papilar. 
Nível 4: já está em derme reticular. 
Dezembro laranja. 
 
 
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	distúrbios da pigmentação e dos melanócitos

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