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Efraim Solidade Pacheco – graduando em medicina ____________________________________________________________ 1 • Unidade básica de saúde e a classificação de risco e vulnerabilidade o Vermelho: Prioridade ZERO – Emergência → necessitam de atendimento imediato o Amarelo: Prioridade 1 – Urgência → atendimento em no máximo 15 min o Verde: Prioridade 2 – NÃO urgente → atendimento em até 30 min o Azul: Prioridade 3 – consultas de baixas complexidades → Atendimento de acordo com ordem de chegada, pode durar até 3 hrs de acordo com a demanda O CONCEITO DE VULNERABILIDADE DEVE SER ENTENDIDO COMO: • Conjunto de fatores de natureza biológica, epidemiológica, social e cultural cuja interação amplia ou reduz o risco ou a proteção de uma pessoa ou população frente a uma determinada doença, condição ou dano (BRASIL, 2004 a, p. 106 ). Efraim Solidade Pacheco – graduando em medicina ____________________________________________________________ 2 • Deve ser entendida no conceito ampliado, considerando três aspectos: individual, programática e social. • Os determinantes sociais estão diretamente relacionados a condição de adoecimento das pessoas, portanto são fatores que devem se analisados. • A vulnerabilidade individual → depende do grau de informação que cada indivíduo possui e a adoção de comportamentos saudáveis. • A vulnerabilidade social → refere-se ao conjunto de fatores sociais que garantam um padrão de vida adequado a cada pessoa: renda, grau de escolaridade, acesso aos serviços, dentre eles o de saúde, moradia, exposição à violência, entre outros. • A vulnerabilidade programática → refere-se aos mecanismos institucionais para responder ao controle de doenças, recursos financeiros e humanos, grau de compromisso dos serviços e o monitoramento dos programas nos diversos níveis de atenção. CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E DOR ABDOMINAL • Deve ser realizada a escuta da necessidade, caracterizando a história, tipo de dor, intensidade dos sintomas, vômito, alteração de ritmo intestinal, tempo de instalação dos sintomas, comorbidades, etanolismo, idade, cirurgias prévias, posição antálgica. • No exame físico → avaliar se há repercussões hemodinâmicas, avaliar o abdome detalhadamente com objetivo de afastar abdome agudo. ATENÇÃO O caderno de atenção à demanda espontânea recomenda que se referencie o paciente com dor abdominal nas seguintes situações: • Dor intensa ou piora brusca com sinais de deterioração; • Vômito fecalóide; • Defesa abdominal; • Distensão abdominal importante; • Suspeita de causa cirúrgica; • Dor abdominal aguda sem etiologia evidente; • Na presença de ascite. ETANOL E TABACO FAZER INVESTIGAÇÃO DE USO ABUSIVO DE ETANOL – CAGE O questionário CAGE é constituído por quatro questões referentes ao anagrama Cut- down, annoyed, guilty e eye-opener: 1- Alguma vez o(a) senhor(a) sentiu que deveria diminuir a quantidade de bebida alcoólica ou parar de beber?-cut down; 2- As pessoas o(a) aborrecem porque criticam o seu modo de tomar bebida alcoólica?- annnoyed; Efraim Solidade Pacheco – graduando em medicina ____________________________________________________________ 3 3- O(a) senhor(a) se sente chateado(a) consigo mesmo(a) pela maneira como costuma tomar bebidas alcoólicas?-guilty; 4- Costuma tomar bebidas alcoólicas pela manhã para diminuir o nervosismo ou ressaca?- eye-opener). A presença de duas respostas positivas sugere a presença de dependência de alcool. Teste de Fargestron – avalia a dependência de nicotina • Absorção de álcool, depende de alguns fatores, primeiramente ela é dada por difusão simples para o sangue, e podendo ser retardada caso haja diferença de [ ] nos tecidos e a permeabilidade da mucosa, vai ser retardada caso haja alimento no estomago, e sexo, idade e tipo de bebida podem interferir. Destilado > Absorvem mais→ Cerveja, Mulher > Homem METABOLISMO DO ÁLCOOL (HEPÁTICA) o Etanol → Metabolizado pela Álcool desidrogenase (ADH) → Acetaldeído → Aldeído desidrogenase (ALDH) → Acetato → acetilCoA → CK e/ou Lipogênese (Formação de lipídios) o Nos processos de metabolização usa-se as coenzimas transportadoras de elétrons NAD+ → NADH o No alcoolismo a primeira enzima ADH pode estar bloqueada, o organismo assim utiliza o sistema mitocondrial de oxidação (MEOS) o Devido o etanol o NADH está em excesso e NAD+ reduzido o Essa situação (utilização de álcool) é ainda mais agravada quando associada ao jejum. Isso porque, no jejum o corpo atuará produzindo glicose no processo chamado gliconeogênese, processo esse que também utiliza NAD+, entretanto essa coezima está em baixas [ ] visto que já está sendo utilizada na metabolização do álcool. Esse fato, levará o individuo a hipoglicemia, pois n estará produzindo a glicose necessária, não houve alimentação, logo não tem estoque e ainda possui o agravante que o álcool será muito mais rapidamente absorvido. Uma das correções seria injetar glicose na veia. o GlicoNEOgênese: Efraim Solidade Pacheco – graduando em medicina ____________________________________________________________ 4 CAVIDADE ORAL E ESÔFAGO o São os primeiros a sentirem o efeito do etanol, além de interferirem na nas glândulas salivares e sua secreção, podendo até hipertrofiar. São comuns tmb em etilistas glossites e estomatites. ESTÔMAGO o Pode alterar a secreção gástrica, provocar lesões diretas e interferir com motilidade mesmo em pequenas quantidades o Bebidas com baixo teor de etanol – cerveja e vinho - altera secreção ácida, com aumento da gastrina. Destiladas NÃO provocam tal efeito o Em etilistas crônicos é comum a atrofia da mucosa gástrica, provocando assim a redução da produção ácida → diminuir a barreira contra patógeno → aumento de colonização. Pode ocorrer também a lesão direta na mucosa causando sangramento, para repara esses danos usa-se antinflamatórios que gera lesão e sangramento também até em quem não é etilista. o Em exposições prolongadas observa-se: quebra da barreira mucosa, alterações na microcirculação, produção de PGe e alterações estruturais irreversíveis. Há tb alterações na musculatura gástrica, gerando impacto no esvaziamento gástrico, logo, há um retardo do esvaziamento → < ação bacteriana → plenitude e desconforto. INTESTINO DELGADO o Etano pode interferir na absorção, água sódio e glicose, com danos maiores em etilistas crônicos – 18- 76% - diminuição da absorção da tiamina, ácid. Fólico e B12 isso tudo qnd associada a má alimentação própria, agrava as manifestações. o Pode interferir em diversas enzimas, principalmente Lactase - que já pode estar, geneticamente baixa, causando uma intolerância ao leite o Causa lesões e liberações de citocinas, histaminas e leucotrienos → erosão e sangramento o Lesões → se estendem até aos vilos → penetração de moléculas – endotoxinas bact.., interleucina e TNF → corrente sanguínea e linfática → lesões hepáticas • A correlação de riscos mais forte está no sexo, maior prevalência em mulheres no risco de lesões por uso crônico. Dose mínima 40g H, 20g M > 15 anos. A justificativa é dada pela menor Efraim Solidade Pacheco – graduando em medicina ____________________________________________________________ 5 concentração da enzima álcool desidrogenase – ADH, na mucosa gástrica das mulheres o que ocasiona a diminuição da primeira metabolização do etanol. Além de tudo isso, ainda há a interação hormonal e auto anticorpos frequentes nas mulheres. Consequências... ESTEATOSE HEPÁTICA – PODE SER REVERSÍVEL o Oxidação do etanol →NAD+ -> NADH, quanto mais álcool, maior a redução de NAD+ e maior quantidade de NADH. Entretanto, NAD é necessário para oxidação de gordura tb, logo sua depleção causará impasses nesse processo e consequente acumulo de gordura no hepatócito (esteatose) → o acumulo pode se dá em dias após o excesso e voltar ao normalpós abstinência. Caso permaneça nesse estado de metabolismo do lipídio alterado do hepatócito, ocorrerá: inflamação, formação de granulomas, fibrose e evoluir para cirrose hepática. • Hepatite alcoólica o O etanol e seu efeito tóxico juntamente com o acetaldeído – produto da oxidação alcoolica – altera tanto a fluidez da membrana celular quanto sua capacidade de ligação enzimática e com carreadores, além de formação de megamitocondrias. o Hipermetabolismo nos hepatócitos, em partes pelo fato do metabolismo microssomal – MEOS, na oxidação, não gerar ganho energético para a formação de ATP o Cirrose
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