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Introdução a Micropigmentação

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Introdução a Micropigmentação
Professora: Rafaella Siqueira
Revisão: Anatomia da Pele
Sistema Tegumentar
Introdução ao Sistema Tegumentar
O Sistema Tegumentar é o sistema de proteção dos corpos dos seres vivos e engloba a pele, pelos e unhas. Reveste todos os órgãos vivos e constitui barreira de proteção contra a entrada de microrganismos nos seres vivos. É formado pela “pele” e seus acessórios (glândulas, pelos e unhas). Trata-se de um manto contínuo que envolve todo o organismo, protegendo-o e adaptando-o ao meio ambiente. Esse invólucro somente é interrompido ao nível dos orifícios naturais (narinas, boca, olhos, orelha, ânus, vagina e pênis) onde se prolonga pela respectiva mucosa (GUYTON, 2017). 
A pele é o maior órgão do corpo humano, tanto no tamanho quando no peso. Também é o órgão mais exposto. De acordo com a regra dos 9 de Wallace, a cabeça representa a volta de 9% da área total, as duas mãos 18%, a superfície anterior e a posterior do tronco 36%, os genitais 1% e os dois membros inferiores 36%. A espessura da pele é variável em relação com a constituição individual e com as diversas regiões. Passa-se dos 0,5 mm no canal auditivo externo e nas pálpebras, aos 4 mm, aproximadamente, nas regiões palmares e na nuca (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Introdução ao Sistema Tegumentar
Sob o ponto de vista anatômico, o tegumento comum é formado por dois planos, o mais superficial denominado cútis ou pele e o mais profundo tela subcutânea (GUYTON, 2017). 
A pele apresenta-se constituída por uma camada epitelial chamada epiderme, cuja população celular se diferencia e renova constantemente, e por uma camada conjuntiva de suporte chamada derme, que representa o equivalente do estroma dos outros órgãos (GUYTON, 2017).
Das duas camadas, estritamente interdependentes, a epiderme está em contato com o mundo exterior, enquanto a derme, situada mais profundamente, encontra-se em condições ambientais análogas às dos órgãos internos. Esta situação particular esclarece-nos em parte sobre as várias funções que exerce como órgão de fronteira que nos defende das agressões externas e, ao mesmo tempo, sobre o contato que estabelece com o mundo à nossa volta através da recepção dos vários estímulos sensoriais (térmicos, tácteis, dolorosos) e da sua transmissão ao centro (GUYTON, 2017).
Introdução ao Sistema Tegumentar
Encontramos uma série de estruturas chamadas anexos cutâneos, que são os pelos, as unhas e as glândulas (sebáceas, sudoríferas, ceruminosas, vestibulares nasais, axilares e mamas) (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). 
Ao nascimento a pele apresenta-se recoberta por uma pasta esbranquiçada conhecida por vérnix caseosa, formada de excreções das glândulas sebáceas, células epidérmicas degeneradas e pelos. Ela tem a função de proteger a pele contra uma possível maceração causada pelo líquido amniótico (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). 
Introdução ao Sistema Tegumentar
De acordo com Guirro e Guirro (2004), a pele tem várias funções, como: 
Permeabilidade seletiva H2O; 
Proteção dos raios UVB e UVA;
 Impacto mecânico; 
Sensorial;
Sistema imunológico;
Órgão excretor;
Sistema endócrino.
Epiderme
É a camada mais externa, é formada pelo epitélio escamoso estratificado. Sua constituição é feita por 90% de queratinócitos (produtores de queratina), melanócitos (produtores de melanina), células Langherans e células Mervel (GUYTON, 2017). 
Inicialmente o embrião é recoberto por uma única camada de células ectodérmicas. Durante o início do segundo mês esse epitélio divide-se em uma camada de células achatadas, a epiderme (epitríquio) é depositada sobre a superfície (GUYTON, 2017). 
Com a proliferação seguida das células na camada basal, ocorre a formação de uma terceira zona intermediária. Consequentemente durante o fim do quarto mês a epiderme adquire a sua forma específica e podem ser diferenciados quatro camadas ou estratos (GUYTON, 2017).
Epiderme 
Assim, temos que a epiderme é um epitélio multiestratificado, formado por várias camadas de células achatadas (estrato ou epitélio pavimentoso) justapostas (GUYTON, 2017). 
A camada de células mais interna, denominada epitélio germinativo, é constituída por células que se multiplicam continuamente; dessa maneira, as novas células geradas empurram as mais velhas para cima, em direção à superfície do corpo (GUYTON, 2017). 
As células epidérmicas tornam-se achatadas à medida que envelhecem, e passam a fabricar e a acumular dentro de si uma proteína resistente e impermeável, a queratina. As células mais superficiais, ao se tornarem repletas de queratina, morrem e passam a constituir um revestimento resistente ao atrito e altamente impermeável à água, denominado camada queratinizada ou córnea (GUYTON, 2017).
Epiderme 
De acordo com Guirro e Guirro (2004), a epiderme é dividida em: 
Extrato germinativo. 
Extrato espinhoso. 
Extrato granuloso. 
Extrato córneo (superfície da pele). 
A epiderme começa com o extrato germinativo, tendo formatos diferentes, pois se tivessem formatos iguais, elas se juntariam fazendo com que as células não se renovassem.
Epiderme
Com a renovação do extrato germinativo, as células irão subir transformando-se no extrato espinhoso, seguindo o mesmo processo, as células irão subir transformando-se no extrato granuloso, seguindo a sequência transforma-se no extrato córneo (sem núcleo). Por isso que a pele escama (renovação da pele), pois a célula não vive muito tempo sem núcleo. 
As células da pele são lábeis (tempo de vida curto, se reproduzem rapidamente). A renovação celular epidérmica ou turnover é um fenômeno cuja frequência diminui progressivamente, juntamente com outros parâmetros, conforme a pele envelhece. Assim, a pele envelhecida possui coloração menos uniforme, aspereza ao toque e a função barreira prejudicada, resultando em menor hidratação cutânea (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
Epiderme
A camada basal ou camada germinativa tem a função de produzir novas células, essa camada forma posteriormente depressões e cristas que se refletem na superfície da pele nas impressões digitais. Uma camada consistente em grandes células poliédricas, contendo tonofibrilas delgadas que é a camada espinhosa (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). Uma camada constituída de células mortas densamente reunidas contendo queratina, que forma a resistência da superfície da epiderme em escamas que é a camada córnea. A camada granulosa que contém grânulos de queratino-hialina em suas células. As células da periderme geralmente se descamam durante a segunda parte da vida uterina e podem ser encontradas no líquido amniótico (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
Epiderme 
A epiderme é invadida por células da crista neural durante os três primeiros meses, essas células sintetizam o pigmento melanina, que por meio dos prolongamentos dendríticos podem ser transferidos para outras células. Depois do nascimento, esse melanócito é o responsável pela pigmentação da pele (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
Epiderme 
Toda a superfície cutânea está provida de terminações nervosas capazes de captar estímulos térmicos, mecânicos ou dolorosos. Essas terminações nervosas ou receptores cutâneos são especializados na recepção de estímulos específicos. Na epiderme não existem vasos sanguíneos. Assim, os nutrientes e oxigênio chegam à epiderme por difusão a partir de vasos sanguíneos da derme (GUIRRO; GIRRO, 2004). 
Nas regiões da pele providas de pelo, há terminações nervosas específicas nos folículos capilares e outras chamadas terminais ou receptores de Ruffini. As primeiras, formadas por axônios que envolvem o folículo piloso, captam as forças mecânicas aplicadas contra o pelo. Os terminais de Ruffini, com sua forma ramificada, são receptores térmicos de calor (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
Epideme 
Na pele desprovida de pelo e também na que está coberta por ele, encontram-se ainda três tipos de receptores comuns: 
Corpúsculos de Paccini: captam especialmente estímulos vibráteis e táteis. São formados por uma fibra nervosa cuja porção terminal, amielínica, é envolta por várias camadas que correspondem a diversascélulas de sustentação. A camada terminal é capaz de captar a aplicação de pressão, que é transmitida para as outras camadas e enviada aos centros nervosos correspondentes (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). 
Discos de Merkel: São responsáveis pela sensibilidade tátil e de pressão. Uma fibra aferente costuma estar ramificada com vários discos terminais destas ramificações nervosas. Se fixa às células epidérmicas por um prolongamento de seu protoplasma. Assim, os movimentos de pressão e tração sobre epiderme desencadeiam o estímulo (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
Epiderme 
Terminações Nervosas Livres: sensíveis aos estímulos mecânicos, térmicos e especialmente aos dolorosos. São formadas por um axônio ramificado envolto por células de Schwann, sendo que os dois são envolvidos por uma membrana basal (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). 
Corpúsculos de Meissner: são da sensibilidade tátil, estão nas saliências da pele sem pelos (como nas partes mais altas das impressões digitais). São formados por um axônio mielínico, cujas ramificações terminais se entrelaçam com células acessórias (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). 
Bulbos Terminais de Krause: são receptores térmicos de frio, formados por uma fibra nervosa cuja terminação possui forma de clava (arma de guerra medieval). Situam-se nas regiões limítrofes da pele com as membranas mucosas. São encontrados ao redor dos lábios e dos genitais (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
Epiderme 
Epiderme 
A epiderme é mais espessa ao nível da palma e da planta e mais delgada nas pálpebras, prepúcio, pequenos lábios vaginais e escroto. Nas camadas inferiores da epiderme estão os melanócitos, células que produzem melanina, pigmento que determina a coloração da pele. A melanina dá a cor do amarelo ao negro para a pele. A quantidade de um indivíduo para o outro é a mesma, o que diferencia a tonalidade da pele é o pigmento caroteno. A melanina é o principal pigmento epidérmico, controlado pelo hormônio melanócito estimulante (MSH) da adeno-hipófise (lobo anterior) (GUYTON, 2017). 
As glândulas anexas – sudoríparas e sebáceas – encontram-se mergulhadas na derme, embora tenham origem epidérmica. O suor (composto de água, sais e um pouco de ureia) é drenado pelo ducto das glândulas sudoríparas, enquanto a secreção sebácea (secreção gordurosa que lubrifica a epiderme e os pelos) sai pelos poros de onde emergem os pelos. A transpiração ou sudorese tem por função refrescar o corpo quando há elevação da temperatura ambiental ou quando a temperatura interna do corpo sobe, devido, por exemplo, ao aumento da atividade física (GUYTON, 2017).
O melanócito
É uma célula dendrítica que produz melanina, substância pigmentar que envolve a célula protegendo seu núcleo dos raios solares. A melanina é um dos responsáveis pela coloração da pele. É uma célula neurocutânea que surge a partir da crista neural no período embrionário (BORGES et al., 2017).
Quando se tornam células completamente desenvolvidas, distribuem-se em diversos locais: olhos (epitélio pigmentar retiniano, íris e coroide), ouvidos (estrias vasculares), sistema nervoso central (leptomeninges), matriz dos pelos, mucosas e pele (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
O melanócito apresenta o corpo celular globuloso com várias prolongações citoplasmáticas que se introduzem entre os queratinócitos. O citoplasma é composto por organelas habituais de uma célula e outras específicas, como por exemplo, os melanossomas. O melanócito não possui desmossomas. O melanócito da pele localiza-se na camada basal atingindo até a 3ª camada no estrato espinhoso (BORGES et al., 2017).
O melanócito 
O melanócito 
Apresentam dendritos os quais se prolongam para dentro dos queratinócitos para depositar melanossomas. A melanina é derivada da tirosina nos melanossomos. Mudanças agudas de coloração na pele são devidas às mudanças de orientação e posição dos melanossomos. Mudanças crônicas de coloração (bronzeamento) são devido ao aumento numérico da distribuição dos melanossomos (BORGES et al., 2017). 
Com a idade o número de melanócitos ativos diminui em média 10% a 20% a cada 10 anos, nos folículos pilosos da cabeça. Existem vários tipos de melanina e esta, é produzida em quantidades diferentes em cada segmento corporal. Por isso é que podemos facilmente observar as diferentes variedades de tonalidade da cor da pele em qualquer indivíduo independente seja sua cor, por exemplo, branca ou negra (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999).
O melanócito 
Distúrbios podem afetar os melanócitos determinando algumas doenças, tais como:
vitiligo; 
melasma ou cloasma; 
hipercromias; 
nevos melanocíticos; 
melanomas.
Síntese de melanina ou melanogênese
A cor da pele é originada de substâncias denominadas pigmentos melânicos. Estes pigmentos melânicos servem para proteger a epiderme e as camadas profundas da pele de agressão externa, em particular os raios ultravioletas. Quanto mais espessos os melanócitos, mais eles produzirão os pigmentos fotoprotetores. Estes pigmentos protetores, ou melanina, são numerosos, mas são geralmente divididos em 2 grupos: as feomelaninas vermelhas ou amarelas e as eumelaninas que são marrons ou negras (BORGES et al., 2017).
As eumelaninas protegem melhor dos raios ultravioletas do sol. Quanto mais a epiderme é escurecida, mais a pele está protegida.
Síntese de melanina ou melanogênese
Síntese de melanina ou melanogênese
É a fabricação do pigmento (melanina) que proporciona a cor da pele, dos cabelos etc. Ocorre dentro do melanócito, através de várias reações químicas entre um aminoácido, a tirosina e uma enzima a tirosinase (BORGES et al., 2017). A produção da melanina pode ser analisada em três fases:
Os raios ultravioletas (UVA e, sobretudo UVB) alcançam os melanócitos situados dentro da camada basal da epiderme e provocam alterações celulares que serão os ativadores da produção de melanina. Estas alterações são imediatamente reparadas (GUYTON, 2017). 
Síntese de melanina ou melanogênese
Os “grãos” de melanina são distribuídos aos queratinócitos vizinhos, através de suas prolongações citoplasmáticas. A cor da pele resulta da combinação entre a eumelanina e a feomelanina (GUYTON, 2017).
Derme 
Derme ou cório, do latim corium = couro, significando a membrana espessa que resulta após ter sido curtida a pele de certos animais e que se sobrepõem à epiderme. Constituída de tecido conjuntivo (mesodérmico) denso (GUYTON, 2017). 
Na palma e planta, a derme é percorrida por cristas e sulcos utilizáveis para identificação individual (papiloscopia ou datiloscopia). É na derme que encontramos a raiz dos pelos e a maioria das glândulas anexas, sendo ainda aqui onde termina pelo menos uma das extremidades das fibras musculares dos músculos cutâneos da cabeça, pescoço, palma, dartos escrotal e grandes lábios, músculo aréolo-papilar da mama e eretores dos pelos (GUYTON, 2017).
Derme 
Derme 
A derme é derivada dos dermátomos e do mesoderma da placa lateral (ou mesoderma lateral), os quais, por sua vez, derivam-se dos somitos. Durante o terceiro e quarto mês o córion forma muitas estruturas irregulares que se projetam para cima da epiderme que são as papilas dérmicas. Onde cada uma dessas papilas geralmente possui um pequeno capilar ou uma terminação nervosa sensorial. A camada mais profunda da derme, o subcorion, contém muito tecido adiposo. A derme, localizada imediatamente sob a epiderme é a segunda camada, porém principal parte da pele. É um tecido conjuntivo frouxo que contém fibras proteicas, vasos sanguíneos, terminações nervosas, órgãos sensoriais e glândulas (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Derme 
Mais espessa na palma das mãos e plantas dos pés. Possui papilas dérmicas e corpúsculos de Meissner (do tato) e outros. As principais células da derme são os fibroblastos, responsáveis pela produção de fibras e de uma substância gelatinosa, a substância amorfa, na qual os elementos dérmicos estão mergulhados (GUYTON, 2017). 
A epiderme penetra na derme e origina os folículos pilosos, glândulas sebáceas e glândulas sudoríparas. Na derme encontramos ainda: músculo eretorde pelos, fibras plásticas (elasticidade), fibras colágenas (resistência), vasos sanguíneos e nervos (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
Derme 
São estruturas encontradas na derme, segundo Guirro e Guirro (2004):
vasos sanguíneos; 
glândulas sudoríparas; 
glândulas sebáceas;
folículo espinhoso; 
vasos linfáticos.
As glândulas sebáceas concentram-se no folículo piloso, onde se abrem diretamente, por curto ou largo ducto, no canal do pelo, estrutura com a qual são sempre vistas. A contração do músculo eretor ajuda a expelir o conteúdo gorduroso (GUIRRO; GUIRRO, 2004).
Derme 
Não existem em pele glabra (sem pelos). Nas pálpebras encontramos dois tipos de glândulas sebáceas modificadas: as glândulas társicas e as glândulas ciliares sebáceas. Na aréola mamária também encontramos outra modificação dessas estruturas que são as glândulas areolares. Estas glândulas não existem nas palmas das mãos nem na planta dos pés (GUIRRO; GUIRRO, 2004). 
Estas secretam sebo, que impede o ressecamento do elo, a evaporação excessiva de água, mantém a pele macia e evita a proliferação de certas bactérias. As glândulas sudoríparas, constituídas por um fino e longo tubo que no início se enovela, chamado corpo da glândula, profundamente situado no córion, chegando mesmo a ultrapassá-lo atingindo o TCSC. São responsáveis pela produção e transporte do suor, secretando-o através do poro sudorífero, atuando como regulador térmico (GUYTON, 2017).
Tela subcutânea ou Tecido Celular Subcutâneo (TCSC)
Está sob a pele, encontrada profundamente à derme, formada por tecido conjuntivo frouxo (areolar) e gordura (panículo adiposo – células gordurosas ou adipócito). Permite o deslizamento da pele sobre os planos subjacentes, oferece proteção (amortecedor) contra choques mecânicos, também sendo um isolante térmico. Constitui-se em verdadeiro sistema de armazenamento de gordura (nossa reserva energética). Em alguns locais o TCSC é exíguo ou inexistente, como nas pálpebras, pavilhão da orelha, prepúcio, escroto, e pequenos lábios vaginais (GUYTON, 2017). 
Micropigmentação 
A base da micropigmentação
Introdução 
Na década de 1980 surgiu no Brasil a maquiagem definitiva, que veio com a proposta de embelezar e facilitar a vida da mulher moderna. A técnica introduz o pigmento na pele através de agulhas, lembrando a tatuagem, colorindo olhos, sobrancelhas e lábios (MARTINS et al., 2009). 
A micropigmentação é definida como a implantação de pigmentos exógenos na camada epidérmica da pele com o auxílio de um dermógrafo e agulhas apropriadas. Tratava-se de uma técnica de permanência supostamente temporária de pigmentação, variando conforme o tipo, a textura e a coloração da pele. A média de permanência do pigmento variava de cinco a quinze anos e dependendo da técnica empregada, do tipo e do grupo de agulhas usadas durante a pigmentação, da fórmula e saturação dos pigmentos aplicados. Hoje com a atualização dos aparelhos, das técnicas e dos pigmentos. Temos “maquiagem definitiva” de curta duração de fato, que ficam na pele de 6 meses a 3 anos a micropigmentação (MARTINS et al., 2009).
Introdução 
Outros fatores que influem na vida útil do pigmento são os hábitos do indivíduo. A frequência à exposição solar, utilização de cosméticos a base de ácidos e esfoliante diminuem a permanência e a intensidade da cor (SANDERSON et al., 2009). 
A dermografia começou na Pré-História, como resultado de cicatrizes de batalha, demonstrava bravura perante a tribo. Também eram utilizadas para diferenciar autoridades como chefes de tribos, guerreiros e líderes religiosos (CALHEIROS, 2016). 
Existem provas arqueológicas de que já se utilizava a tatuagem entre 4.000 e 2.000 anos a.C. Datado em 3.300 a.C. nos Alpes de Venoste, foi encontrado o Otzi, o Homem de Gelo, uma das múmias mais antigas e conservadas do mundo, contém 61 desenhos encontrados pelo corpo sendo linhas retas paralelas e estão concentrados em suas pernas e braços. Também foram descobertas tatuagens antes desconhecidas em sua caixa torácica.
Introdução 
Também, no Egito foram encontradas múmias, com os olhos pigmentados. Incluindo Amunet, Sacerdotisa da Deusa Hathor do antigo Egito (c. 2134-1991 a.C). Além de outros achados arqueológicos na Polinésia, Filipinas, Indonésia, Nova Zelândia, China e Japão. Em várias culturas pré-colombianas e Rússia (CALHEIROS, 2016). 
Durante o processo gradual de cristianização na Europa, as tatuagens eram muitas vezes consideradas elementos remanescentes do paganismo e geralmente proibidas legalmente. A Igreja na Idade Média baniu a tatuagem da Europa (Em 787, ela foi proibida pelo Papa), sendo considerada como uma prática demoníaca, comumente caracterizando-a como prática de vandalismo no próprio corpo, afirmando em sua doutrina como maneira de vilipendiar o templo do Espirito Santo, o corpo, levando seus fiéis a uma forma verdadeiramente reta de louvor a Deus (CALHEIROS, 2016).
Introdução 
O pai da palavra “tattoo” que conhecemos atualmente foi o capitão James Cook (também descobridor do surf), que escreveu em seu diário a palavra “tattow”, também conhecida como “tatau” (era o som feito durante a execução da tatuagem, em que se utilizavam ossos finos como agulhas e uma espécie de martelinho para introduzir a tinta na pele). Com a circulação dos marinheiros ingleses a tatuagem e a palavra tattoo entraram em contato com diversas outras civilizações pelo mundo novamente. Porém o Governo da Inglaterra adotou a tatuagem como uma forma de identificação de criminosos em 1879, a partir daí a tatuagem ganhou uma conotação fora da lei no Ocidente (CALHEIROS, 2016).
Introdução 
O primeiro tatuador profissional documentado foi estabelecido no porto de Liverpool na década de 1870. A tatuagem no Brasil surgiu só nos anos 1960, foi introduzida pelo dinamarquês Knud Harald Lucky Gregersen, o Lucky Tattoo, iniciando seus trabalhos no porto de Santos. Knud logo ganhou fama ao tatuar pessoas das famílias de classe alta de Santos-SP. Seu trabalho tornou-se concorrido, afinal de contas, era o único na época a criar esse tipo de arte (GREGERSEN, 2010).
Dermopigmentação X Tatuagem
Significado da Dermografia: Dermo (Grego que significa pele) + Grafia (Grego que significa escrita ou desenho) = Desenho em pele. 
A diferença entre a dermopigmentação e a tatuagem é que na tatuagem o pigmento usado é diferente e é implantado numa camada mais profunda da pele, abaixo da derme, fazendo com que este pigmento permaneça por um tempo indeterminado, não se sabe por quando tempo, podendo até ser definitiva. Já na dermopigmentação, o pigmento será implantado acima da derme, fazendo com que a renovação celular amenize este processo com o tempo, ou seja, a coloração tende a diminuir com o passar dos anos, fazendo com que o procedimento não seja definitivo e sim permanente. Havendo então a necessidade, de se refazer o procedimento a cada 3 ou 4 anos em alguns pacientes (MARTINS et al., 2009). 
Dermopigmentação X Tatuagem
O objetivo da dermopigmentação é colorir a epiderme, através de pigmentos de natureza vegetal, mineral ou orgânica. A pessoa que irá realizar o processo de micropigmentação deve cuidar o tipo de pele, a idade do cliente, bem como a certeza de que a pigmentação pode ser retirada com um produto ou procedimento específico, como o raio laser. Quando se trabalha com a imagem é essencial saber como a cor funciona e como usá-la para conseguir seus diversos efeitos. É preciso lembrar que a pele já é pigmentada pela melanina, então é necessário saber como as cores do pigmento reagem com a cor da pele, e como isto será transmitido (MARTINS et al., 2009). 
Os pigmentos usados na dermopigmentação são à base de óxido de ferro e vegetais, não alergênicos e liberados para o nosso uso, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), (MARTINS et al., 2009).
Dermopigmentação X Tatuagem
Contraindicações 
Quem apresentar os problemas relacionados abaixo não pode se submeter à técnica da micropigmentação, segundo Sanderson et al., (2009):
hipertensão arterial; 
hemofílicos; 
pacientesem químio ou radioterapia; 
queloídes; 
pessoas albinas;
doenças autoimunes; 
em cima de verrugas ou pintas; 
doenças oftalmológicas como: glaucoma, cataratas, descolamento de retina e úlcera na córnea (não podem nos olhos, mas lábios e sobrancelhas liberados);
diabetes descompensado; 
cardiopatias; 
tumores cancerígenos;
epilepsia; 
HIV positivo; 
alcoolismo; 
complicações psicossomáticas; 
leucemia; 
trombose;
infecção de pele no local a ser pigmentado; 
histórico alérgico; 
gestação e lactantes; 
menor de 18 anos; 
distúrbios psiquiátricos; 
super expectativa de resultado; 
pessoas que fizeram cirurgia plástica a menos de um ano.
Micropigmentação 
Cicatrização e fixação de pigmento
A cicatrização é o processo pelo qual o organismo tende a reparar uma lesão ou perda de tecido (GUYTON, 2017). 
Tipos de cicatrizações: 
Primeira intenção: quando há união imediata das bordas da ferida. Evolui em 4 a 10 dias. Não há cicatriz.
Segunda intenção: as bordas não contatam entre si, por perda de tecidos excessiva. O espaço é preenchido por tecido de granulação, cuja superfície posteriormente será coberta, esse processo pode durar dias ou meses. Evidencia a presença de cicatriz.
Cicatrização e fixação de pigmento
Terceira intenção: processo que envolve limpeza, debridamento (remoção do tecido necrosado) e formação de tecido de granulação saudável para posteriormente ocorrer à captação (ligamento) das bordas da lesão. Evidencia a presença de uma cicatriz atrófica.
Na micropigmentação é realizado o processo de cicatrização de primeira intenção, pois a ferida será realizada somente a nível epidérmico. Todo processo demora em média de 15 a 20 dias, já retoque só poderá ser realizado após esse período.
Fatores que afetam a cicatrização 
Fatores locais 
Corpo estranho, sujidades, material de sutura, implantes. 
Tecido necrosado ou isquêmico. 
Infecção. 
Temperatura. 
Coleção de líquidos: hematoma, seroma. 
Espaço morto.
Material de incisão: bisturi x tesoura. 
Uso do eletrocautério. 
Tempo transcorrido entre o trauma e o tratamento.
Bandagens. 
Áreas de tensão, movimento. 
Fatores que afetam a cicatrização 
Fatores sistêmicos 
Uso de corticosteroides. 
Radioterapia, quimioterapia. 
Idade. 
Diabete melito descompensada. 
Hiperadrenocoricismo. 
Neuropatia. 
Hipoproteinemia. 
Hepatopatia: deficiência de fatores de coagulação. 
Choque hipovolêmico. 
Presença de toxinas bacterianas. 
Anti-inflamatórios não esteroidais. 
Oxigênio hiperbárico. 
Ultrassonografia e fototerapia (GUYTON, 2017).
Cicatrização e fixação de pigmento
A cicatrização é o processo pelo qual o organismo tende a reparar uma lesão ou perda de tecido (JUNQUEIRA; CARNEIRO, 1999). Esse processo está dividido em diferentes fases:
Cicatrização e fixação de pigmento
Cicatrização e fixação de pigmento
Conhecendo os mecanismos de defesa do organismo, podemos pensar que o tecido cutâneo rejeitaria qualquer inclusão de matéria estranha levando a eliminação da micropigmentação, porém com técnica adequada isto não ocorre. A agulha tem dois papéis: o inicial separando as capas pelas quais penetra e simultaneamente depositando mais ou menos quantidade de corante, em função da solubilidade dos componentes, o inicial separado por ela volta a unir-se, capturando-se o pigmento depositado que forma uma coluna (CALHEIROS, 2016). 
Posteriormente inicia-se um confronto com os anticorpos, onde estes fagocitam o maior número de células pigmentadas possível, para que seja observada pouca ou nenhuma irritação, os componentes do pigmento devem ser o menos tóxico possível, o que nos chama atenção para a idoneidade do pigmento. O pigmento fagocitado fica depositado nas camadas mais profundas da epiderme, sofrendo com a pele o processo de regeneração natural como explicado anteriormente (GUYTON, 2017).
Cicatrização e fixação de pigmento
Naturalmente nos sete primeiros dias, todo pigmento em excesso, aquele que não foi fagocitado, se desprender em forma de crosta levando a um clareamento de 50% da pigmentação, muitas vezes ocorre falhas levando a necessidade de um retoque após 20 dias da primeira aplicação (CALHEIROS, 2016).
Podemos resumir a fixação do pigmento no esquema a seguir:
Migração: como evitar e corrigir
Migração é a expansão do pigmento, formando uma mancha borrada próximo ao local da aplicação. Para evitar migração, tenha cuidado com a agulha, nunca batê-la no fundo do batoque. 
Se sentir a agulha enroscar trocar imediatamente. 
Excesso de sangramento é sinal de perigo. 
Nunca pigmentar a marca d’água nos olhos e na pele ao redor dos lábios. 
Excesso de força acarretará uma grande lesão que pode causar esse transtorno. 
Caso não esteja pegando o pigmento na pele aumente a velocidade do seu dermógrafo. Ou suba um tom na cor utilizada e trabalhe com uma técnica mais suave. 
Lembre-se quanto mais velocidade mais natural ficará a pigmentação (GIARETTA, 2015, CALHEIROS, 2016). 
Biossegurança
Geral e nos procedimentos de micropigmentação
Biossegurança 
Segundo Teixeira e Valle (1996), biossegurança é o conjunto de ações voltadas para a prevenção e proteção do trabalhador, minimização de riscos inerentes às atividades de pesquisa, produção, ensino, desenvolvimento tecnológico e prestação de serviços, visando à saúde do homem, dos animais, a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. 
Em outros termos, são procedimentos que visam abordar medidas no controle de infecções para proteger os profissionais, além de desempenhar papel fundamental na comunidade, promovendo a consciência sanitária, a importância da preservação ambiental com relação à manipulação e descarte de resíduos químicos, tóxicos e infectantes, e também, na diminuição, de um modo geral, de riscos à saúde e acidentes ocupacionais (COSTA, 2000a). 
Biossegurança assim, possui o propósito de proteção ao trabalhador e na micropigmentação essa proteção é contra os microrganismos, tanto para proteger o trabalhador como para a proteção do cliente (VALLE, 1998).
Biossegurança 
A higienização das mãos 
A higienização das mãos é a medida individual mais simples e efetiva na prevenção da propagação das infecções relacionadas à saúde. As mãos constituem a principal via de transmissão de microrganismos durante a assistência prestada a qualquer indivíduo, pois a pele é um possível reservatório para esses, que podem se transferir de uma superfície para outra pela transmissão cruzada (COSTA, 2000a).
Equipamento de proteção individual (EPI)
O uso de EPI é indispensável para a proteção da saúde e riscos contra a segurança do trabalhador. Esses equipamentos são individuais e seu uso é determinado pela norma técnica NR 6, que estabelece que os EPIs sejam fornecidos ao trabalhador para desempenho de suas funções dentro da empresa, assim, garantindo que o profissional não se exponha às doenças ocupacionais que podem comprometer sua capacidade dentro e fora do trabalho. São eles: capacetes, óculos, protetores auriculares, máscaras, luvas, botas, avental e outros itens de proteção (VALLE, 1998). 
Para a micropigmentação os equipamentos obrigatórios são: touca, luvas, máscaras, avental para proteger toda parte superior, calça e sapatos fechados para cobrir a parte inferior (VALLE, 1998). 
Esses cuidados são necessários pensando tanto na segurança do profissional que está atuando como para o cliente, prevenindo o contato com microrganismos de qualquer natureza (VALLE, 1998).
Esterilização 
Processo que elimina todas as formas de microrganismos presentes: vírus, bactérias, fungos e protozoários. Existem diversos meios de esterilização, classificados como físicos e químicos. 
Processo físico: vapor saturado, estufa, autoclaves, calor seco, raios gama ou cobalto e lavadora ultrassônica. 
Processo químico: glutaraldeído, formaldeído ou ácido peracético. 
Processos físicos/químicos: esterilizadoras a óxido de etileno ETO, plasma de peróxido de hidrogênio, plasma de gases (vapor de ácido peracético e peróxido de hidrogênio; oxigênio, hidrogênio e gás argônio) e vapor de formaldeído (SILVA,et al., 2004).
Esterilização 
Autoclave: para os materiais de micropigmentação o processo mais adequado é por meio da autoclave, que consiste em manter o material contaminado em contato com um vapor de água em temperatura elevada, o suficiente para matar todos os microrganismos. A autoclave é formada por um cilindro metálico resistente, com tampa de fechamento hermético, com chave de comando para o controle de temperatura e um registro indicador de temperatura e pressão (SILVA, et al.,2004). 
Importante fazer o descarte dos materiais utilizados no procedimento sem lixo específico, identificando por símbolos, tal como: lixo comum, descarte especial (para agulhas e outros descartáveis cortantes) e bioquímico (descartáveis não ele inclui o uso da incubadora). 
Normalmente a prefeitura disponibiliza serviços de coleta e descarte através de empresas terceirizadas, que vão até o local e retiram o material. Informe-se no seu município.
Normas Anvisa: nível federal
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), tem por finalidade institucional promover a proteção da saúde da população, por intermédio do controle sanitário da produção e consumo de produtos e serviços submetidos à vigilância sanitária, inclusive dos ambientes, dos processos, dos insumos e das tecnologias a eles relacionados. Ou seja, na micropigmentação é a Anvisa que regulamenta as normas de manutenção para o ambiente de atendimento e sobre a autorização dos pigmentos, dermógrafos e agulhas (ANVISA, 2009). 
Coordena, planeja e desenvolve projetos, programas e ações de orientação, educação, intervenção e fiscalização, pertinentes às suas respectivas áreas de atuação. Desenvolvem investigação de casos ou de surtos e assumem a operação de situações epidemiológicas de doenças de notificação compulsória ou agravos inusitados de saúde. Outra importante função é de elaborar normas técnicas e padrões destinados à garantia da qualidade de saúde da população.
Normas Anvisa: nível federal
Segundo as normas da Anvisa, a sala de atendimento ideal é regida para proteção tanto na hora do procedimento como para contaminações através dos materiais (ANVISA, 2009). Confira abaixo tudo que precisa para regulamentar o seu espaço de micropigmentação: 
A sala de atendimento não deve possuir móveis que não possam ser lavados, como cortinas, tapetes ou qualquer outro adereço de fácil acúmulo de poeira e ácaros. 
Sala de esterilização deve ter no mínimo 1,5m², contendo duas pias. 
Pia 1: Específica para higienização das mãos, do profissional. 
Pia 2: Específica de higienização do material, que deve possuir mecanismo de acionamento por pedal ou por sensor, o que evita o contato das mãos com a torneira. 
Sala ou local fechado com no mínimo 1m² para armazenamento do lixo infectado e aguardo da coleta seletiva. 
Livro de registro da autoclave. 
Todos ambientes com pisos e paredes laváveis. 
Tela com proteção anti-inseto nas janelas. 
Uma pia na sala de atendimento. 
Normas Anvisa: nível federal
Duas lixeiras por sala de procedimento, acionadas por pedal, uma com saco leitoso para resíduos infectantes e outra para lixo comum com saco preto ou azul, ambas com identificação na tampa. 
Autoclave. 
Lavadora de ultrassom.
Incubadora. 
Frascos de pigmentos com rótulos de procedência, data de validade e número de lote aprovados pela Anvisa, embalado sem PVC descartável. 
Água destilada para utilização na autoclave e detergente enzimático para ultrassom, álcool 70% para esterilização do ambiente. 
Materiais de limpeza devem ser guardados separadamente. 
Todo material já esterilizado deve conter data e tem validade de uma semana. 
Importante: É obrigatório ter o livro de registro da autoclave, e fazer a manutenção semanal. 
Ter o ambiente dedetizado de 6 em 6 meses com laudo. 
Fazer um manual de rotinas dos procedimentos. (ANVISA, 2009).
Dica de como montar seu carrinho auxiliar
Limpar toda a superfície do carrinho e da maca com álcool 70%. 
Colocar um campo de mesa ou plástico filme sobre a mesa do carrinho, e forrar a maca com lençol descartável. 
Limpar com álcool 70% os borrifadores, o porta batoque, dermógrafo e paquímetro (ter dois borrifadores com água filtrada e outro com água e sabão antisséptico). 
Embalar todos os itens acima com plástico filme. 
Apontar os lápis, para não causar uma infecção cruzada. 
Paramentar com EPIS e também colocar touca na cliente. 
Colocar no carrinho, as agulhas necessárias, as pinças esterilizadas ou descartáveis, o batoque, os lápis e o pentinho para sobrancelhas. 
Iniciar o procedimento.

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