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A Base Nacional Comum Curricular

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) é um documento de caráter normativo que define o conjunto orgânico e progressivo de aprendizagens essenciais que todos os alunos devem desenvolver ao longo das etapas e modalidades da Educação Básica, de modo a que tenham assegurados seus direitos de aprendizagem e desenvolvimento, em conformidade com o que preceitua o Plano Nacional de Educação (PNE). Após a homologação da BNCC, esse respeito aos conteúdos essenciais passou de uma ideia a uma responsabilidade nacional. Sendo assim, todas as instituições precisam estar em sintonia com os aspectos objetivados no documento. O primeiro passo para a implementação da BNCC é a revisão do currículo.
 O currículo deve conter maneiras de se alcançar os conteúdos propostos na BNCC. A Base, apesar de apresentar, ao longo de sua extensão, as competências e habilidades a serem desenvolvidas em ambiente escolar, não expõe qual a forma de se realizar sua aplicação. Para não limitar a autonomia das instituições e engessar currículos, cada escola deve traçar qual a melhor forma de ligar a proposta da escola à BNCC. Sendo assim, é necessário garantir que todos envolvidos na escola compreendam que a BNCC não é um currículo, mas sim uma ferramenta para auxiliar a elaboração curricular. Há ainda outras duas noções importantes a participação de todos envolvidos na adequação dos currículos e o compromisso com a aplicação do documento no cotidiano. É fundamental que a construção de um currículo alicerçado à Base Nacional Comum Curricular seja feita com a participação de todos os integrantes da escola. Logo, é preciso incentivar gestores, professores, demais funcionários e pais e responsáveis a apresentarem seus pontos quanto à implementação. Para que o novo saber chegue ao aluno, será necessária uma nova forma de ensinar. 
 A BNCC não mexe só no conteúdo. Ela também pede um novo professor em sala de aula. O documento propõe uma transformação na atuação do educador: sai de cena o detentor único do saber e entra o mediador, o tutor, que mostra caminhos, orienta e auxilia, mas deixa o aluno trilhar a sua via na construção do conhecimento. O professor terá que se reinventar. Mas isso não significa que ele deve esquecer tudo que aprendeu, mas ele terá de pensar de forma diferente. O ensino enciclopédico, à base de muito conteúdo para ser decorado, tende a acabar. Com essa mudança pedirá a adoção de novas ferramentas pedagógicas. Nem todos os docentes sentem-se ou estão preparados para o desafio. Por isso, a escola será fundamental para auxiliá-los.

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