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EXCELENTÍSSIMO (A) SENHOR (A) DOUTOR (A) JUIZ (A) DE DIREITO DA __ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE (CIDADE) – ESTADO DO (...) AUTOS No: (...) FULANA, nacionalidade, estado civil, profissão, portadora da cédula de identidade RG sob o nº xxx, inscrita no cadastro de pessoa física CPF/MF sob o nº xxx, residente e domiciliada na Rua (endereço completo), por intermédio de seu procurador infra-assinado, instrumento de mandato anexo (doc 01), com escritório profissional, aonde recebem as devidas comunicações jurídicas processuais na Rua (endereço completo) nesta cidade, vem mui respeitosamente perante Vossa Excelência propor a presente: AÇÃO DE DIVÓRCIO C/C PARTILHA DE BENS, GUARDA E ALIMENTOS Em face de (NOME DO REQUERIDO), brasileiro, casado, inscrito no cadastro de pessoa física CPF/MF sob o nº (...), portador da cédula de identidade RG sob o nº(...), profissão, telefone nº(...) etc. I- DOS FATOS A Requerente é casada pelo regime de comunhão universal de bens do art. 1.667 do Código Civil/2002, com o ora requerido desde o dia xxxx, consoante denota-se da Certidão de Casamento anexa ao caderno processual (doc. 2). Desta relação nasceram os (...), atualmente menores impúberes com xxx anos de idade, conforme certidão de nascimento dos mesmos (doc 03). O casal conviveu maritalmente por xx (xxxx anos), no entanto, como se visa esclarecer, a relação se deteriorou com o passar dos anos. Veja-se: Narrar os fatos … O casal divorciando ao longo da vida marital conquistou considerável patrimônio, sendo estes os seguintes: Imóvel localizado na Rua (...) da Silva, nº(...), Bairro (...), Cidade/Estado. CEP: (...). Avaliada na empresa corretora de imóveis em 00/00/0000 no valor de R$000.000,00 (xxx mil reais). Automóvel (...) cor (...), ano e modelo 0000, placa AAA-0000, RENAVAM 000000000. Valor estimado na data 00/00/000 em R$00.000,00 (xxx mil reais). Uma conta bancária no Banco xxxx: a) Agência: 0000-0, Número de Conta: 00.000-0. Possui aproximadamente R$0.000,00 (xxx mil reais) em saldo de conta corrente. O Requerido nunca aceitou realizar o divórcio consensualmente tão pouco a partilha de bens e pagamento de pensão alimentícia. Por não houver acordo amigável e impossibilidade do requerido em realizar o divórcio consensual, a Requerente vem socorrer-se ao Judiciário. II- DO DIREITO A) DA ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA A Requerente não possui condições de arcar com as custas do processo sem prejuízo de seu próprio sustento, tal como de sua família, fazendo jus aos benefícios da justiça gratuita, com base nos Art. 98 e ssss. Do NCPC (Lei no13.105 de março de 2015) que veio a revogar a Lei 1.060/50. Como a Requerente aufere como fonte de renda exclusiva seus rendimentos como (profissão), resta claramente comprovado a impossibilidade de arcar com as custas e despesas processuais. Cita-se portanto o principal artigo da Lei no13.105 de março de 2015 que demonstra de que a Requerente faz jus a Assistência Judiciária Gratuita: Art. 98 do NCPC. A pessoa natural ou jurídica, brasileira ou estrangeira, com insuficiência de recursos para pagar as custas, as despesas processuais e os honorários advocatícios tem direito à gratuidade da justiça, na forma da lei. § 1o A gratuidade da justiça compreende: I - as taxas ou as custas judiciais; II - os selos postais; III - as despesas com publicação na imprensa oficial, dispensando-se a publicação em outros meios; IV - a indenização devida à testemunha que, quando empregada, receberá do empregador salário integral, como se em serviço estivesse; V - as despesas com a realização de exame de código genético - DNA e de outros exames considerados essenciais; VI - os honorários do advogado e do perito e a remuneração do intérprete ou do tradutor nomeado para apresentação de versão em português de documento redigido em língua estrangeira; VII - o custo com a elaboração de memória de cálculo, quando exigida para instauração da execução; VIII - os depósitos previstos em lei para interposição de recurso, para propositura de ação e para a prática de outros atos processuais inerentes ao exercício da ampla defesa e do contraditório; IX - os emolumentos devidos a notários ou registradores em decorrência da prática de registro, averbação ou qualquer outro ato notarial necessário à efetivação de decisão judicial ou à continuidade de processo judicial no qual o benefício tenha sido concedido. Diante de todo o exposto requer a conceão dos benefícios previstos no Art. 98 e ssss. da Lei no 13.105/15. B) DO DIVÓRCIO Em conformidade com a Constituição Federal em seu Artigo 226, § 6º em vigor: Art. 226 do CF. A família, base da sociedade, tem especial proteção do Estado. (...) § 6º O casamento civil pode ser dissolvido pelo divórcio. Desta forma, o Código Civil também assevera: Art. 1.571 do CC. A sociedade conjugal termina: (...) IV- pelo divórcio Vale-se atentar também de que a Ementa Constitucional nº 66, deu nova redação ao parágrafo 6º do Art. 226 da Carta Magna suprimindo assim o requisito de separação judicial por mais de um ano, ou a separação de fato por mais de dois anos. Uma vez demonstrado aos fatos de que o Requerido desde um ano atrás não cumpre com suas obrigações relativas ao sustento do lar, companheirismo, afetividade com a esposa e filhos, proteção, obrigações relativas ao Art. 227 do CF, 1634 do CC entre outras incumbidas a somente este em relação a família, torna-se impossível reconciliação ou divórcio consensual. Desta forma, busca-se o Judiciário para que seja expedido o mandado de averbação. C) DOS BENS E DA NECESSÁRIA PARTILHA Pelo fato de o Requerido e a Requerida serem casados pelo regime de comunhão universal de bens preceitua o Art. 1667 do CC: Art. 1667 do CC. O regime de comunhão universal importa a comunicação de todos os bens presentes e futuros dos cônjuges e suas dívidas passivas, com as exceções do artigo seguinte. Citar os bens do casal…. Desta forma, a Requerente tem direito a 50% do valor dos bens (cinquenta por cento) na partilha, na importância de R$ 00.000,00 (xxxx mil reais). Fundamentos Jurídicos estes os quais a Requerente pleiteia para que seja observado seu direito a meação dos bens. D) DA GUARDA Quanto à guarda das crianças (Nomes), o Art. 1583 do Código Civil prevê a possibilidade de guarda unilateral pela Requerente: Art. 1583 do CC. A guarda será unilateral ou compartilhada. § 1º Compreende-se por guarda unilateral a atribuída a um só dos genitores ou a alguém que o substitua (art. 1.584, § 5º) e, por guarda compartilhada a responsabilização conjunta e o exercício de direitos e deveres do pai e da mãe que não vivam sob o mesmo teto, concernentes ao poder familiar dos filhos comuns. É certo que houvera alteração significante no que se refere à guarda. É dizer, com a edição da Lei 13058/2014, a guarda compartilhada passa a ser a regra no nosso ordenamento jurídico. Tanto é assim que se optou nominá-la de Lei da guarda compartilhada obrigatória. Aparentemente a nova regra impõe a guarda compartilhada entre o casal separando, sem qualquer exceção, por ser assim, como norma geral. Todavia, não é essa a vertente da lei. Na realidade, comprovada a quebra dos deveres dos pais, seja por imposição legal ou definida por sentença, é permitida uma reavaliação concernente à guarda. Obviamente que isso deve ser grave e, mais, devidamente comprovada. Como visto ao artigo acima citado a Requerente se resguarda perfeitamente no mesmo, visto que, é esta que tem melhores condições para exercê-las, posto que a um ano já desempenha o papel de pai e mãe pelo fato do Requerido ter deixado de prestar suas obrigações conjugais de varão, em relação ao sustento do lar, companheirismo e afetividade com a esposa e filhos, proteção entre outras que somente o varão detém sobre a família. Desta forma a Requerente pleiteia a guarda unilateral dos menores (Nome dos Menores) com base na fundamentação jurídica aqui tratada. E) DA REGULAMENTAÇÃO DE VISITA Demonstra-se Excelência de que toda criança necessita de apoio familiar, desta forma, a presença de ambos os pais e imprescindível para queesta cresça mental e emocionalmente perfeita. Desta forma é direito de ambos os pais o convívio com as crianças, o direito de prestar visita é um direito fundamental da família brasileira em razão da necessidade de um bom convívio familiar visto que o vínculo afetivo permanece e encontra proteção jurídica contra potenciais agressões. Assim se posiciona o ordenamento jurídico, conforme o disposto no Art. 19 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente): Art. 19 da Lei 8.069/90: Toda criança ou adolescente tem direito a ser criado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família, substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária. O Art. 1.583, parágrafo 5º do CC diz que aquele que não detenha a guarda tem a obrigação de supervisionar os interesses do filho: § 5º A guarda unilateral obriga o pai ou a mãe que não a detenha a supervisionar os interesses dos filhos, e, para possibilitar tal supervisão, qualquer dos genitores sempre será parte legítima para solicitar informações e/ou prestação de contas, objetivas ou subjetivas, em assuntos ou situações que direta ou indiretamente afetem a saúde física e psicológica e a educação de seus filhos. (Incluído pela Lei nº 13.058, de 2014) Diante do conteúdo explicitado acima, a Requerente acha conveniente regulamentar as visitas e assistência que desejar exercer com relação aos filhos, para evitar desprazer, objeto que pleiteia da seguinte forma: - Aviso a genitora quando o Requerido for realizar a visita aos menores; - Finais de semana intercalados, um com a mãe e outro com o pai, sendo horário de permanência com o pai das 09:30 horas (nove horas e trinta minutos) de sábado até às 18:00 horas (dezoito horas / “seis horas da tarde”) de domingo, devendo avisar a genitora com antecedência caso for se ausentar da comarca com os filhos; - Feriados intercalados; Dia dos Pais com o pai e Dia das Mães com a mãe; - Natal com a Mãe; Ano Novo com o pai; - Dia das Crianças, metade do dia com o pai e metade com a mãe; F) DOS ALIMENTOS Primeiramente Vossa Excelência, extrai-se da Lei Maior dois artigos imprescindíveis à demonstração deste pleito: Art. 227 da CF. É dever da família, sociedade e Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de coloca-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão; Art. 229 da CF. Os pais tem o dever de assistir, criar e educar os filhos menores e os filhos maiores tem o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou enfermidade; Demonstra-se no mesmo sentido o Art. 1.634, I do Código Civil quanto à criação e educação dos filhos menores, e no Art. 22 do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90- ECA) relativo a dever de sustento, criação e educação. Art. 1634 do Código Civil. Compete aos pais, quanto à pessoa dos filhos menores: I- dirigir-lhes a criação e educação; Art. 22 da Lei 8069/90. Aos pais incube o dever de sustento, guarda e educação dos filhos menores, cabendo-lhes ainda, no interesse destes, a obrigação de cumprir as determinações judiciais. Desta forma, mostra-se claro de que o (Requerido) além de prover o sustento da Requerente, compete também ao sustento dos filhos, pois, trata-se de satisfações de necessidades vitais de quem não consegue provê-las por si. Art. 1696 do CC. O direito à prestação de alimentos é recíproco entre pais e filhos, e extensivo a todos os ascendentes, recaindo a obrigação nos mais próximos em grau, uns em falta de outros. Quanto ao Parágrafo 1º do Art. 1694 do CC citado, vale ressaltar de que para que possa ocorrer sua concessão precisa-se de dois requisitos, sendo estes: Necessidade do Alimentando e Capacidade do Alimentante. Desta forma, como os menores impúberes, não possui qualquer condição de auto-sustento e a Requerente como demonstra esta enfrentando muitas dificuldades, não consegue prover o sustento de (Nome do Requerido) de maneira integral. Uma vez demonstrado o grau de parentesco relativo ao (Requerido), reconhece-se o dever de prestar alimentos e requer desde já o valor de 35% dos rendimentos do Requerido a título de alimentos definitivos a serem homologados posteriormente, uma vez que o genitor possui uma renda fixa de R$ (...), desta forma mostra-se de que o Requerido tem condições de arcar com o encargo tranquilamente. G) DOS ALIMENTOS PROVISÓRIOS Nas Ações de Alimentos, Vossa Excelência deverá fixar Alimentos Provisórios, quanto a fundamentação legal da qual dispõe o Art. 4º da Lei 5.478/68 que: Art. 4º da Lei 5.478/68. As despachar o pedido, o juiz fixará desde logo alimentos provisórios a serem pagos pelo devedor, salvo se o credor expressamente declarar que deles não necessita. Parágrafo único. Se se tratar de alimentos provisórios pedidos pelo cônjuge, casado pelo regime da comunhão universal de bens, o juiz determinará igualmente que seja entregue ao credor, mensalmente, parte da renda líquida dos bens comuns, administrados pelo devedor. No presente caso a ser tratado, mostra-se necessidade de fixação de tal previsão legal, uma vez de que a situação financeira da Requerente fatalmente dificulta o sustento do filho. Art. 13º da Lei 5.478/68. O disposto nesta lei aplica-se igualmente, no que couber, às ações ordinárias de desquite, nulidade e anulação de casamento, à revisão de sentenças proferidas em pedidos de alimentos e respectivas execuções. § 1º. Os alimentos provisórios fixados na inicial poderão ser revistos a qualquer tempo, se houver modificação na situação financeira das partes, mas o pedido será sempre processado em apartado. § 2º. Em qualquer caso, os alimentos fixados retroagem à data da citação. § 3º. Os alimentos provisórios serão devidos até a decisão final, inclusive o julgamento do recurso extraordinário. Atenta-se de que não há dúvidas quanto à paternidade do Requerido, desta forma, observa-se total má-fé quanto à inércia deste, resultando a privação da Requerente quanto aos bens tão necessários aqui tratados. Os alimentos. Quanto ao exposto, mostra-se oportuno o presente pleito quanto à determinação de pagamento de Alimentos Provisórios referentes a 35% dos rendimentos do (Requerido), para que os menores possam subsistir tendo como assegurado seus direitos oriundos à dignidade da pessoa humana, qual seja, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade e ao respeito. H) DA ANTECIPAÇÃO DE TUTELA Primeiramente mostra-se a redação do art. 300 do Código de Processo Civil, o qual estabelece de que o Magistrado poderá antecipar os efeitos da tutela pretendida na Inicial a requerimento da parte: Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo de dano ou o risco ao resultado útil do processo. Desta forma, mostra-se de grande importância atentar de que Vossa Excelência deve convencer-se não da verossimilhança da alegação (esta parecer ser verdadeira), mas da probabilidade da procedência da causa, isto é, se possui chances de ocorrer fato futuro tal qual seja capaz de expor a parte a perigo. Diante dos fatos trazidos não há motivos para que o Requerido continue inerte quando as suas obrigações conjugais de varão. Desta forma, mostra-se a Vossa Excelência de que estando presentes todos os requisitos ensejadores de liminar sendo estes o fumus boni iuris (fumaça do bom direito) e o periculum in mora (perigo decorrente da demora) é justa a determinação da tutela antecipada dos alimentos ficando desde logo pleiteado. III- DO PEDIDO Pelos fatos e fundamentos jurídicos expostos, REQUER: a) Requer ainda a concessão dos benefícios da Justiça Gratuita, uma vez que sua situação econômica não lhe permite suportar as despesas e custas processuais sem causar grave prejuízo ao seu sustento, declarando ser pobre na acepção jurídica do termo, conforme declaraçãoe documentação probatória em anexo. b) Que seja citado o Requerido, no endereço mencionado, para responder a presente demanda e querendo constatar os fatos alegados sob pena de revelia; c) O deferimento dos Alimentos Provisórios segundo o Art. 300 do Novo CPC e Alimentos Definitivos tais quais pela mesma quantia sendo esta 35% dos rendimentos do requerido; d) A guarda unilateral dos (Nome dos Menores) para a Requerente; e) Seja determinado ao Cartório Civil competente a averbação do Divórcio na forma da lei; f) Requer a Vossa Excelência seja determinada a meação na proporção de 50% (cinquenta por cento)-meação- referentes aos bens conquistados ao longo da vida marital, qual seja o valor de R$ 00.000,00 (xxxx mil e xxx reais); g) Seja o Requerido condenado, pelo princípio da sucumbência, (Art. 85, § 2. do Novo CPC) aos honorários advocatícios sobre o valor da ação, em no mínimo 20%, custas e demais cominações legais; h) A intimação do Digníssimo Representante do Ministério Público, para intervir em todos os atos do processo com base ao Art. 178, II do Novo Código de Processo Civil; Protesta provar o alegado por todos os meios de prova de direito admitidas nos termos do Art. 369 do Novo Código de Processo Civil. Dá-se à causa o valor de R$00.000,00 (xxxx mil reais). Termos em que, Pede deferimento São Luís – MA, ___de ________de 2018. Advogada (o) OAB/MA nº 00.000 Documentação que instrui a exordial: Doc. 1. Instrumento de Mandato e Identificação da autora; Doc. 2. Declaração de hipossuficiência e comprovantes; Doc. 3. Certidão de Casamento; Doc. 4. Certidões de Nascimento dos filhos do casal; Doc. 5. Tentativa de Mediação; Doc. 6. Documentação da casa Doc. 7. Documentação do Terreno Doc. 8. Avaliação da Residência e do Terreno por Corretor; Doc. 9. Documentação do Automóvel e Avaliação (Tabela FIPE); Doc. 10. Títulos executivos extrajudicias.
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