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TGD aula 8_2021 1

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PROF. DRNDO . LOURENÇO TORRES
proflourencotorres@yahoo.com.br
C E N T R O U N I V E R S I T Á R I O M A U R Í C I O D E N A S S A U – G R A Ç A S 
R E C I F E - P E
TEORIA GERAL DO DIREITO
O Ordenamento Jurídico como 
Sistema
Plano de tópicos
Ordenamento Jurídico como Sistema.
1. Conceito de Sistema
2. A Estrutura do ordenamento jurídico; 
3. Antinomias jurídicas
1. Critérios de solução de antinomias
4. Completude do ordenamento jurídico
1. Lacunas
5. Proibição do non liquet
1. Non liquet
2. Pressupostos da dogmática jurídica na 
modernidade
3. Proibição do non liquet
O 
Ordenamento
jurídico
“O Direito é um 
conjunto de normas
impostas
coercitivamente pelo
Estado.”
Ordenamento Jurídico como Sistema.
 Segundo Norberto Bobbio “o termo ‘direito’, na 
mais comum acepção de direito objetivo, indica um 
tipo de sistema normativo, não um tipo de 
norma.” 
 “O ordenamento jurídico (como todo sistema 
normativo) é um conjunto de normas”. 
 “Essa definição geral de ordenamento pressupõe 
uma única condição: que na constituição de um 
ordenamento concorram mais normas (pelos 
menos duas), e que não haja ordenamento 
composto de uma norma só.” 
A Estrutura do Ordenamento jurídico
 “Sistema é sempre duas coisas: sistema é um 
(1)conjunto de elementos e (2)um conjunto de 
elementos que estão relacionados entre si”.
 “Os elementos compõe aquilo que chamamos de 
repertório do sistema e as relações que 
estabelecemos entre os elementos é que compõe 
aquilo que chamamos de estrutura do sistema”.
 “Os elementos do sistema mantém relacionamento a 
partir de uma série de regras que unem esses 
elementos entre si” (Bobbio).
A Estrutura do Ordenamento jurídico
Por exemplo (1):
1) A língua que falamos pode ser estudada como 
sistema: ele possui um conjunto de elementos, as 
palavras, é o seu repertório;
2) E possui regras de relacionamento dos elementos, 
as regras gramaticais, formando sua estrutura.
3) No mundo jurídico (exemplo 2): o repertório
podem ser: os costumes, as jurisprudências, as leis.
4) A hierarquia das normas podem formar a estrutura
do sistema das leis.
Conceito de Sistema
 Um sistema é um conjunto de elementos, materiais ou 
ideais, entre os quais se possa encontrar ou definir alguma 
relação.
 Ou seja, normas, modelos, institutos e instituições se 
ordenam em sistemas, obedecendo a exigências lógicas, 
ditadas pela correlação dos fatos e das razões de sua 
disciplina, segundo espécies, gêneros e classes.
 “Um sistema é uma totalidade ordenada, um conjunto de 
entes entre os quais existe uma certa ordem. Para que se 
possa falar de uma ordem, é necessário que os entes que a 
constituem não estejam somente em um relacionamento 
com o todo, mas também num relacionamento de coerência 
entre si” (Bobbio).
Conceito de Sistema
 Sistema jurídico ou legal é o conjunto de normas 
jurídicas interdependentes, reunidas segundo um 
princípio unificador.
 São exemplos de sistemas: o sistema legal, o sistema 
consuetudinário, o sistema jurisdicional e o sistema 
negocial. O conjunto global desses sistemas constitui o 
ordenamento jurídico.
 “Quando nos perguntamos se um ordenamento jurídico 
constitui um sistema, nos perguntamos se as normas que 
o compõe estão num relacionamento de coerência entre 
si, e em que condições é possível essa relação” (Bobbio).
A Estrutura do Ordenamento jurídico
 Ordenamento jurídico é como se chama a disposição 
hierárquica das normas jurídicas (regras e princípios), 
dentro de um sistema normativo. 
 Por este sistema, pode-se compreender que cada 
dispositivo normativo possui uma norma da qual deriva e 
à qual está subordinada, cumprindo à Constituição o papel 
de preponderância - ou seja - o ápice, ao qual todas as 
demais leis devem ser compatíveis material e formalmente.
 Assim, ordenamento jurídico é um conjunto 
hierarquizado de normas jurídicas (regras e princípios) que 
disciplinam coercitivamente as condutas humanas, com a 
finalidade de buscar harmonia e a paz social.
A Estrutura do ordenamento jurídico
Tipos de Sistemas
Tipos de sistemas:
1. Fechado: quando a introdução de um novo elemento o 
obriga a mudar o conjunto das regras, isto é, o obriga a 
fazer uma regra nova (Ferraz Jr.).
 Um jogo de xadrez é um sistema fechado, adicionar um novo 
elemento (peça ou regra) altera o jogo e suas regras.
2. Aberto: quando se pode encaixar um elemento 
estranho, que vem de fora, que não pertence ao 
conjunto de elementos e, apesar disso, não é preciso 
modificar sua estrutura, suas regras de relacionamento 
(Ferraz Jr.).
 A língua é um sistema aberto, pois admite a inclusão de novas 
palavras ou até palavras de uma língua estrangeira (até um certo 
limite).
Tipos de Sistema
Os sistemas podem ser:
 O sistema externo ou extrínseco: aquele trabalho 
intelectual que resulta de um conjunto ou totalidade de 
conhecimentos logicamente classificados, segundo um 
princípio unificador (Bonavides).
 Pressupõe a caoticidade do dado, os dados dispersos são reunidos a 
partir de um princípio unificador.
 O sistema interno ou intrínseco: não se refere ao 
conhecimento do objeto, mas ao objeto mesmo; o 
conjunto de elementos materiais (coisas e processos) ou 
não materiais (conceitos), ligados entre si por uma 
relação de mútua dependência, constituindo um todo 
organizado (Bonavides).
 Explica o dado em si, analisando “suas partes” ou analisando o 
conjunto de elementos que compõe aquele dado.
O Direito como sistema e ordenamento
Tradicionalmente, quando se pensa o Direito como 
conjunto de normas, pensa-se num sistema fechado. 
 A experiência jurídica é aquilo que cai dentro desse 
conjunto de normas. 
 O que estiver fora dele será o anti-jurídico.
 Em resumo, o sistema jurídico é:
1. Limitado – tem elementos que pertencem e que não 
pertencem ao sistema.
2. Estruturado – seus elementos estão relacionados (dedutiva 
e hierarquicamente) entre si.
3. Imagético – se observa na forma escalonada ou na imagem 
da hierarquia.
4. Autárquico – se basta em si mesmo, sem precisar de mais 
nada, tendo em si todas as condições para realizar aquilo que 
tem de realizar.
Pressupostos da dogmática jurídica na modernidade
Pressupostos da dogmática jurídica na 
modernidade
 Para a dogmática, o Estado moderno detém a criação do 
Direito e suas fontes oficiais são as mais importantes 
(p.e. que a vontade popular ou a vontade da maioria). É o 
Direito vigente, e o Direito vigente, posto, para a 
dogmática, não pode ser trocado.
 O direito dogmaticamente organizado tem obrigações 
(inegabilidade dos pontos de partida) e depende delas:
 Obrigação de estabelecer textos normativos (função inicialmente 
delegada ao Legislativo e ao Executivo, mas atualmente também ao 
Judiciário (direito sumular).
 Obrigação de interpretar os textos normativos, eliminando a 
ambiguidade e a vagueza linguística.
 Obrigação de alegar expressamente os textos normativos pré-fixados.
 Obrigação de decidir – tem que dar resposta ao conflito 
(proibição do non liquet).
 Necessidade de fundamentação das decisões.
Situações críticas dentro do Ordenamento Jurídico
“Se um ordenamento jurídico é composto de mais de uma 
norma, disso advém que os principais problemas conexos 
com a existência de um ordenamento são os que nascem 
das relações das diversas normas entre si.” (Bobbio)
Diante de situações reais e complicadas (as lides) nas 
sociedades complexas, o ordenamento jurídico pode 
enfrentar principalmente duas situações críticas:
1. A situação frente as antinomias
jurídicas.
2. A situação frente as lacunas legais.
Coerência e Antinomias jurídicas
 As antinomias são situações de contradições no ordenamento
jurídico: é o conflito de normas (ou princípios) dentro do
ordenamento nacional.
 É possível encontrar três casos possíveis de antinomias:
 Entre uma norma que ordena fazer algo e uma norma que proíbe fazê-lo,
 Entre uma norma que ordena fazer e uma que permite não fazer,
 Entre uma norma queproíbe fazer e uma que permite fazer,
Essas situações podem se revelar em dois tipos de antinomias:
 Antinomias aparentes (segundo grau): as antinomias aparentes ocorrem 
quando as normas conflitantes aplicam-se em âmbitos diferentes. Todavia, trata-se de 
antinomias que podem ser harmonizadas.
 “Ambitos diferentes” denota o uso de metarregras para a solução do conflito.
 Antinomias reais (primeiro grau): as antinomias reais ocorrem quando constata 
que os legisladores manifestam duas vontades contraditórias a respeito do mesmo 
assunto.
Coerência e Antinomias jurídicas
Critérios de solução de antinomias reais:
 Critério da superioridade (ou hierárquico): as 
normas jurídicas constituem um sistema porque são 
hierarquizadas, existindo entre elas relações de 
superioridade e inferioridade. É o brocardo: lex superior 
derogat legi inferiori (a norma superior revoga a inferior).
 Critério da posterioridade (ou cronológico): quando 
as normas jurídicas conflitantes possuem a mesma força 
jurídica, mas foram promulgadas em tempos diferentes, 
prevalece a norma mais nova. É o brocardo: lex posterior 
derogat legi anterior.
 Critério da especialidade: normas do mesmo escalão da 
pirâmide jurídica prevalece a norma especifica, isto é, 
aquela que regulamenta de forma particular determinados 
casos. É o brocardo: lex specialis derogat legi generali.
Muitas demandas e um só Direito
Completude do ordenamento jurídico
Para decidir conflitos a dogmática jurídica pressupõe que o
ordenamento é suficiente para realizar essa tarefa; é o
pressuposto da completude,
 Por completude entende-se: a propriedade pela qual 
um ordenamento jurídico tem uma norma para regular 
qualquer caso.
 Quando ocorre a falta de uma norma se chama 
geralmente lacuna, ou seja, a completude significa falta 
de lacunas.
 A completude é condição necessária para os 
ordenamentos em que valem estas duas regras: 
 o juiz é obrigado a julgar todas as controvérsias que se 
apresentarem a seu exame 
 e deve julgá-las com base em uma norma pertencente ao 
sistema.
Lacunas
A lacuna surge da comparação entre o ordenamento jurídico como ele é e 
como deveria ser, isto é, das lacunas ideológicas (de direito a ser 
estabelecido) para as lacunas reais (do direito já estabelecido). 
 Assim, é possível falar da lacuna própria e de lacuna imprópria.
 A lacuna imprópria que, deriva da comparação do sistema real com o 
sistema ideal. 
 A lacuna própria do sistema ou dentro do sistema (lacunas reais).
 Os dois tipos têm de comum que um caso não é regulamentado pelas 
leis vigentes num dado ordenamento jurídico. 
 O que as distinguem é a forma pela qual podem ser eliminadas: 
 A lacuna imprópria somente pode ser eliminada através da formulação de 
novas normas; ou seja, as lacunas impróprias são completáveis somente pelo 
legislador
 A lacuna própria só mediante as “leis vigentes”; o que quer dizer que as 
lacunas próprias são completíveis por obra do intérprete.
Lacunas
Um ordenamento jurídico pode recorrer a dois 
métodos distintos: heterointegração e auto-
integração. 
 A heterointegração consiste na integração 
operada através do recurso a ordenamentos 
diversos e a busca de fontes diversas daquela 
que é dominante (a Lei). 
 O método de auto-regulação apóia-se 
particularmente na analogia e nos princípios 
gerais do direito, sem a recorrência a outros 
ordenamentos e com o mínimo recurso a fontes 
diversas da dominante.
Decisão Judicial
Proibição do non liquet
Diante da “completude” do ordenamento jurídico, a 
base para a exigibilidade de solução para os 
conflitos é a proibição do non liquet.
 Non liquet (do latim non liquere: "não está 
claro") é uma expressão advinda do Direito 
Romano que se aplicava nos casos em que o juiz 
não encontrava nítida resposta jurídica para fazer 
o julgamento e, por isso, deixava de julgar. 
 É discutível se poderia ser uma fórmula de 
sentença com a qual o juiz, por uma incerteza no 
direito (como uma lacuna) ou na reconstrução dos 
fatos, não decidia a causa.
Proibição do non liquet
 Em geral, no direito moderno, o juiz tem que 
emitir a sentença a favor de uma parte ou de 
outra com base no ônus da prova. 
 No Brasil, o artigo 140 do Código de Processo 
Civil adverte que o juiz não se eximirá de 
decidir alegando lacuna ou obscuridade do 
ordenamento jurídico, não sendo possível 
recorrer ao non liquet. 
 A LINDB prevê o seguinte:
Art. 4o Quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso 
de acordo com a analogia, os costumes e os princípios 
gerais de direito.
Proibição do non liquet
 No direito internacional, a fórmula indica o 
caso em que um órgão, especialmente a Corte 
Internacional de Justiça, não pode resolver 
uma controvérsia em razão da falta de fontes de 
referência. 
 Isso tem sido alvo de crítica por alguns juristas 
que por vezes denunciam um non liquet a uma 
abstenção de se pronunciar.
Conceito de Direito como ordem jurídica
O Direito é um conjunto de 
normas válidas 
sistematicamente 
hierarquizadas, a partir de suas 
fontes e interpretação, impostas 
coercitivamente pelo Estado, 
seus Poderes e seus órgãos.
Prof. Lourenço Torres
proflourencotorres@yahoo.com.br
Estudar é o segredo do sucesso.

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