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Ventilação PulmonarVentilação Pulmonar MecânicaMecânica E-BOOK Seja bem-vindo! Obrigado por fazer parte do nosso propósito de levar conhecimento com qualidade para o maior número de pessoas possíveis, por confiar e acreditar no nosso trabalho assim como nós acreditamos e confiamos no seu potencial. acreditamos que você pode chegar onde quiser sempre com mais conhecimento. Você já é diferente por ter acesso a esse e-book e certificado. Você poderá ter acesso aos nossos cursos e congressos pelo nosso site: www.cessetembro.com.br Quer ser um membro VIP? 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Δ V + R . Δ Fluxo + I . Δ aceleração • E = elastância • V = volume • R = resistência • I = inércia Complacência Δ V / Δ P • É a elasticidade ou distensibilidade dos pulmões, da parede torácica e do sistema respiratório • L/cmH2O • Normal, aumentada ou diminuída • RNT saudável: 3-6 ml/ cmH2O • RNPT com SDR ou PNM: 0,5-1 ml/cmH2O Estática: ΔV/P platô – PEEP • Avaliação da gravidade da lesão do parênquima pulmonar e evolução da função pulmonar Dinâmica: Δ V/Ppico – PEEP Resistência ΔP / FLUXO • Corresponde à oposição ao fluxo de gases e movimento dos tecidos devido a forças de fricção através do sistema respiratório • cmH2O/L/s • Normal ou aumentada • R normal= 20 a 40 cmH2O/l/s • R obstrução fluxo= > 50 cmH2O/l/s • R COT= 50 a 150 cmH2O/l/s Constante de Tempo Kt = C x R • É a medida do tempo necessário para a insuflação ou desinsuflação dos pulmões ou do tempo necessário para o equilíbrio entre as pressões nas vias aéreas proximais e nos alvéolos • 1 constante = Esvaziamento de 63% do volume alveolar • Medida em segundos • 3 constantes = 95% volume corrente • Por exemplo • RN normal = Complacência de 0,005L/cmH2O e resistência de 30 cmH2O/L/segundo - 1 constante de tempo: 0,15 segundos - 3 constantes de tempo: 0,45 segundos Pressão Média de Via Aérea • Associação de todas as pressões as quais o paciente está submetido quando ventilado mecanicamente PMVA = [(Pinsp x Tinsp) + (Peep x Texp)] / Tinsp + Texp • Determinante da oxigenação em nível pulmonar • PMVA > 10 em RN – alto suporte ventilatório Auto PEEP • “Sequestro de ar no pulmão” • Esvaziamento incompleto do volume inspirado • Pode ocorrer: afecções pulmonares obstrutivas (aumento da resistência) e/ou quando o tempo expiratório é curto Identificação da auto-PEEP pela curva de fluxo: Consequências • Hiperinsuflação • Potencialidade de barotrauma • Redução da ventilação alveolar • Casos mais graves • Redução do fluxo sanguíneo pulmonar, barotrauma e diminuição da atividade de surfactante CICLO RESPIRATÓRIO 1. Fase Inspiratória • O ventilador deverá insuflar os pulmões do paciente • As propriedades elásticas e resistivas do sistema respiratório Princípios da VPM 2. Mudança da fase inspiratória para a fase expiratória • O ventilador deverá interromper a fase inspiratória e permitir o início da fase expiratória • CICLAGEM: • Pressão: - O final da fase inspiratória é determinado pelo valor de pressão alcançado nas vias aéreas - Bird Mark 7 • Fluxo: - O fim da fase inspiratória ocorre a partir do momento em que o fluxo inspiratório cai abaixo de níveis críticos - O paciente exerce controle efetivo sobre o tempo e pico de fluxo inspiratórios • Volume: - O final da fase inspiratória é determinado pelo oferecimento de um volume pré-ajustado de gás • Tempo: - A transição inspiração/ expiração ocorre após período de tempo pré-fixado e ajustável no ventilador 3. Fase Expiratória • O ventilador deverá permitir o esvaziamento dos pulmões • Normalmente – Forma Passiva • PEEP • Pressão Positiva ao Final da Expiração • Benefícios • Interação cardiopulmonar 4. Mudança da fase expiratória para a fase inspiratória • Esta transição pode ser desencadeada pelo ventilador ou pelo paciente • DISPARO (Sensibilidade) • Tempo • Pressão • Fluxo O QUE DEVEMOS DETERMINAR NO RESPIRADOR? • O volume de gás insuflado • A freqüência de insuflação • A velocidade e forma de insuflação deste gás • A mistura de O2 fornecida • O volume de ar residual nos pulmões no final da expiração Volume Corrente (Tidal Volume) • Quantidade de ar inspirado em cada ciclo respiratório • VC ou Vt • Ideal: 6-8 ml/kg Fases do ciclo respiratório: Frequência Respiratória (Breath Rate) • Número de movimentos respiratórios por minuto • FR ou f • Varia de acordo com a faixa etária Relação Inspiração : Expiração • Razão entre o tempo inspiratório e o tempo expiratório • I : E • 1 : 2 à 1 : 4 • Depende das propriedades elásticas e resistivas do pulmão Fluxo (Main Flow) • Velocidade com que o volume de ar é injetado na inspiração • 5-6 vezes do volume minuto (VM) VM = Vt X FR Cálculo de Fluxo • Multiplicar o valor do VM por: - 1,5-2,0 – Adulto - 2,0-3,0 – Pediatria - 3,0-4,0 - Neonato Fluxo (Main Flow) – Forma de Onda Quadrada: • Constante • Fluxo inspiratório é igual ao fluxo expiratório Desacelerada: • Fluxo constante na fase inspiratória • Desacelera para 50% (fluxo expiratório) • Mais fisiológica Fração Inspirada de Oxigênio • % de oxigênio (O2) do ar injetado • Blender • Misturador de Ar Comprimido (AC) e O2 • FiO2 varia de 21%-100% • Depende da oximetria de pulso (SpO2) Pressão Positiva no Final da Expiração • Positive End Expiratory Pressure (PEEP) • Representa a presença de volume de ar residual ao final do ciclo respiratório • CRF (Capacidade Residual Funcional) Modos Ventilatórios São os modos que determinam a maneira como o ventilador auxilia na respiração do paciente 1. Controlado 2. Assisto-controlado 3. Espontâneo MODO VENTILATÓRIO CONTROLADO1. • Ciclos controlados • Baseado na FR programada • Indicações → Pacientes com estímulos respiratórios abolidos • Fadiga da musculatura respiratória - Asma, BQL, PNM • Disfunção neurológica - AVE, TCE, Trauma medular • Completamente sedados Vantagens: • Situação de maior gravidade • ↓ gasto metabólico • Controle total da função ventilatória (gasometria) Desvantagens: • Atrofia por desuso da musculatura respiratória 2. MODO VENTILATÓRIO ASSISTO-CONTROLADO • Na ausência do esforço respiratório do paciente, o aparelho mantém os ciclos controlados na freqüência respiratória programada • O ventilador permite um mecanismo misto de disparo, funcionando este, comoum sistema de segurança que é ativado apenas quando o ciclo assistido não ocorre • Primeira escolha na fase inicial e de manutenção da VPM na insuficiência respiratória aguda de qualquer etiologia Vantagens: • Permite ao paciente determinar sua própria FR • Garante FR mínima prefixada Desvantagens: • Tendência a hiperventilação a pacientes submetidos a um estímulo • Casos severos podem levar a alcalose respiratória AJUSTE DA SENSIBILIDADE • Fluxo • O limiar de disparo passa a ser mensurado em termos de pequenos fluxos de ar em direção às vias aéreas do paciente • Medido em litros/ minuto • Primeira opção em neonatologia/ pediatria • Pressão • Consiste no controle do nível de esforço inspiratório capaz de acionar a fase inspiratória • Medido em cmH2O VENTILAÇÃO A VOLUME CONTROLADO (VCV) • A fase inspiratória termina após um volume corrente predeterminado ter sido fornecido • Parâmetros determinados pelo operador • FR, Fluxo Inspiratório e Volume Corrente • Por exemplo • FR: 20 • VC será entregue com um tempo inspiratório → fluxo inspiratório e das características pulmonares do paciente (complacência/ resistência) Vantagens: • Menor variação do volume corrente • Evita a hiperdistensão pulmonar • Evita a hipoventilação • Diminui o risco de barotrauma/ volutrauma Desvantagens: • Aumento do trabalho respiratório • Pico de fluxo inadequado • Comprometimento relação I:E • Ajustes • FR • Vt • Fluxo Inspiratório • PEEP • FiO2 • Pinsp – Variável • Depende das condições do sistema respiratório para que o Vt pré- determinado seja atingido e da velocidade do Fluxo Inspiratório • Disparo • Pressão • Fluxo • Ciclagem • Volume VENTILAÇÃO À PRESSÃO CONTROLADA (PCV) • Caracterizada por um nível predeterminado de pressão inspiratória, que será mantida constante durante toda fase inspiratória • Ajuste • Pinsp, FR, Tinsp • VC → Dependerá das características pulmonares do paciente e da relação da pressão inspiratória e do tempo inspiratório determinado previamente Vantagens: • Controle preciso das pressões de distensão • Melhor tolerância pelo paciente • Menor necessidade de sedação • Maior experiência em literatura Desvantagens: • Volume corrente variável • Necessidade de monitoração do volume corrente • Maior lesão por cisalhamento (shear forces) • Ajustes • Pressão Inspiratória (Pinsp)/ Pressão Controlada (PC) • PEEP • FR • Tempo Inspiratório (Tinsp ou Ti) • FiO2 • Vt – Variável • Depende da Pinsp e do Tinsp pré- determinados e das condições do sistema respiratório • Disparo • Pressão • Fluxo • Ciclagem • Tempo AJUSTE DO TEMPO INSPIRATÓRIO (Ti ou Tinsp) • Ajuste do Tinsp é fundamental • Na prática – ajustes padronizados e não individualizados • Lembrar: Kt = C x R • Ajuste do Tinsp individualizado – Fluxo Inspiratório • Curva Fluxo-Tempo • Evita altas pressões inspiratórias para gerar Vt PCV ou VCV? O que a literatura diz sobre estas modalidades? • Objetivo: comparar os 2 modos ventilatórios em relação a PaO2/FiO2 no período de pós-operatório imediato de revascularização do miocárdio • Métodos: 61 pacientes com relação de PaO2/FiO2 menor que 200 → alocados em um grupo submetido à PCV e outro em VCV • Resultados/ Conclusão: As duas modalidades ventilatórias foram efetivas para controle da hipoxemia • Objetivo: Comparar os 2 modos ventilatórios para complicações do pós-operatório e na oxigenação como estratégia protetora • Métodos: 65 pacientes submetidos a lobectomia → 2 grupos • VC: 6 ml/ kg; PEEP: 5 • Controle gasométrico • Resultados/ Conclusão: Ambos os modos ventilatórios tiveram a mesma performance com relação a oxigenação e como estratégia protetora VENTILAÇÃO COM SUPORTE DE PRESSÃO (PSV) • Modo iniciado e finalizado pelo paciente • Limitado à pressão • Mantém a pressão positiva preestabelecida durante toda a inspiração • A fase expiratória inicia-se geralmente por queda do fluxo inspiratória Ciclagem da PSV • Geralmente – 25% • Levar em conta a Complacência e Resistência Pulmonar • Reduzir para 10-5% • Complacência reduzida e Resistência normal • Tinsp maior e melhor VC • Aumentar para 40-50% • Complacência normal e Resistência aumentada • Tinsp menor e menos air trapping • O paciente determina TODAS as fases do ciclo respiratório • FR • VC • Fluxo • VC dependerá do esforço respiratório, da pressão inspiratória e das características da mecânica respiratória do paciente Vantagens: • Conforto do paciente • Redução do trabalho respiratório • Bom para pacientes com dificuldade na retirada de VPM • Fístula broncopleural Desvantagens: • Hipoventilação • Assincronia paciente/ventilação de VPM • Sustentação prolongada de pressão inspiratória nas vias aéreas devido ao escape de ar pelo circuito do aparelho d VPM ou pela cânula intratraqueal • Ajustes • PSuporte • PEEP • FiO2 • Sensibilidade • FR e Vte – Variáveis • Disparo • Pressão • Fluxo • Ciclagem • Fluxo (25% pico de fluxo inspiratório) VENTILAÇÃO INTERMITENTE MANDATÓRIA (IMV) • Fluxo contínuo • Ciclado a tempo • Limitado à pressão • Não há sincronia (paciente-ventilador) • “Empilhamento” VENTILAÇÃO MANDATÓRIA INTERMITENTE • Oferece ciclos mandatórios a uma frequência pré- determinada, porém permite que ciclos espontâneos (ciclos ventilatórios disparados e ciclados pelo paciente) ocorram entre eles • Pode ocorrer na PCV ou VCV • Um ciclo controlado só ocorre após uma “janela” de apnéia SINCRONIZADA (SIMV) • Ajustes • Vt e Fluxo/ Pinsp e Tinsp • PEEP • Psuporte • FR • FiO2 • Sensibilidade • Intervalo de apnéia Vantagens: • Menor repercussão hemodinâmica da assistência respiratória • Melhor homeostasia do CO2 • Manutenção da musculatura torácica sempre que solicitada • “Desmame progressivo” • Redução da possibilidade de barotrauma Desvantagens: • Ausência de resposta às alterações do estado do paciente – Menor monitorização • Aumenta o consumo do O2 devido ao aumento do trabalho ventilatório durante a respiração espontânea • Prolonga o tempo de “desmame” • Aumenta o risco de barotrauma Considerações: • Modalidades adequadas as necessidades do paciente • Disponibilidade de aparelho • Habilidade do operador 1. Qual o modo ventilatório descrito? 2. Qual outro modo poderia ser sugerido? Princípios Fisiológicos da PEEP • Aumento da CRF • Redistribuição da água extravascular • Alteração da relação V/Q • Alteração do shunt pulmonar Interação Cardiopulmonar Efeitos da Pressão Positiva sobre a Hemodinâmica • VPM altera de maneira significativa a função cardiovascular • Interação entre reserva miocárdica, função ventricular, volemia, distribuição do fluxo sanguíneo, tônus vasomotor, volume pulmonar e PIT • PIT (pressão intra-torácica) → Cai na respiração espontânea e aumenta na ventilação por pressão positiva • Em situação normal → Ventilação consome aproximadamente 5% do oxigênio total ofertado para o organismo • Na presença de doença pulmonar (há o aumento do trabalho ventilatório) → Esse consumo pode chegar a 25% da oferta total de oxigênio • Se houver redução também do débito cardíaco • Perfusão dos outros órgãos estará comprometida • Disfunção isquêmica e acidose lática Pré-Carga • Retorno venoso • Enchimento diastólico dos ventrículos Pós-Carga • Diferentes efeitos sobre o VE e VD • Resistência vascular pulmonar Contratilidade • Aumentos na PIT irão diminuir a pressão de ejeção de VE • Suporte ventilatório irá favorecer a oferta de O2 aos tecidos, inclusive para o coração • Em situação de trabalho aumentado, o consumo de O2 também pode estar aumentado, portanto a oferta de O2 deve estar adequada, principalmente nos casos em que há isquemia do miocárdio Repercussão Hemodinâmica durante a VPM: • Todas as estruturas no interior da caixa torácica sofrem os efeitos da variação da pressão intratorácica • Pressão Positiva → Anti-fisiológica • Débito Cardíaco – Depende da FC, pré-carga, pós carga e contratibilidade do miocárdio Efeitos sob hemodinâmica cerebral: Efeito renal? Até a próxima! Professora CamilaMaximo E-book oferecido pelo Centro Educacional Sete de Setembro em parceria com a professora Camila Maximo para o curso de "Ventilação Pulmonar Mecânica". cessetembro http://instagram.com.br/cessetembro
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