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Aula 1 Tipificação dos Solos

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Aula 1 – Tipificação dos Solos 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS SOLOS 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Unidade 1 – Introdução aos Solos 
 
Aula 1: Tipificação dos Solos 
 
Quase todas as obras de engenharia têm, de alguma forma, de transmitir as cargas sobre elas 
impostas ao solo. Mesmo as embarcações, ainda durante o seu período de construção, 
transmitem ao solo as cargas devidas ao seu peso próprio. Além disto, em algumas obras, o 
solo é utilizado como o próprio material de construção, assim como o concreto e o aço são 
utilizados na construção de pontes e edifícios. 
 
1. O Estudo dos Solos 
São exemplos de obras que utilizam o solo como material de construção os aterros 
rodoviários, as bases para pavimentos de aeroportos e as barragens de terra, estas últimas 
podendo ser citadas como pertencentes a uma categoria de obra de engenharia a qual é 
capaz de concentrar, em um só local, uma enorme quantidade de recursos, exigindo para a 
sua boa construção uma gigantesca equipe de trabalho, calcada principalmente na 
interdisciplinaridade de seus componentes. O estudo do comportamento do solo frente às 
solicitações a ele impostas por estas obras é portanto de fundamental importância. Pode-se 
dizer que, de todas as obras de engenharia, aquelas relacionadas ao ramo do conhecimento 
humano definido como geotecnia (do qual a mecânica dos solos faz parte), são responsáveis 
pela maior parte dos prejuízos causados à humanidade, sejam eles de natureza econômica 
ou mesmo a perda de vidas humanas. No Brasil, por exemplo, devido ao seu clima tropical e 
ao crescimento desordenado das metrópoles, um sem número de eventos como os 
deslizamentos de encostas ocorrem, provocando enormes prejuízos e ceifando a vida de 
centenas de pessoas a cada ano. 
1.1. Geotecnia e Disciplinas Relacionadas 
Por ser o solo um material natural, cujo processo de formação não depende de forma 
direta da intervenção humana, o seu estudo e o entendimento de seu comportamento 
depende de uma série de conceitos desenvolvidos em ramos afins de conhecimento. A 
Aula 1 – Tipificação dos Solos 
 
MECÂNICA DOS SOLOS 
 
 
 
 
 
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mecânica dos solos é o estudo do comportamento de engenharia do solo quando este é 
usado ou como material de construção ou como material de fundação. Ela é uma disciplina 
relativamente jovem da engenharia civil, somente sistematizada e aceita como ciência em 
1925, após trabalho publicado por Terzaghi, que é conhecido, com todos os méritos, como o 
pai da mecânica dos solos. 
O conhecimento e aplicação de princípios de outras matérias básicas como física e 
química são úteis no entendimento desta disciplina. Por ser um material de origem natural, 
o processo de formação do solo, o qual é estudado pela geologia, irá influenciar em muito 
no seu comportamento. O solo, como será visto adiante, é um material trifásico, composto 
basicamente de ar, água e partículas sólidas. A parte fluida do solo (ar e água) pode se 
apresentar em repouso ou pode se movimentar pelos seus vazios mediante a existência de 
determinadas forças. O movimento da fase fluida do solo é estudado com base em 
conceitos desenvolvidos pela mecânica dos fluidos, que, neste curso, tem uma parte de seu 
escopo estudado nas disciplinas de Hidráulica. Pode-se citar ainda algumas disciplinas, como 
Fundações, Materiais de Construção I e Processos e Técnicas Construtivas, que acabam 
compartilhando em algum momento os tópicos e assuntos, que são correlatos. Vale 
ressaltar que o estudo e o desenvolvimento da mecânica dos solos são fortemente 
amparados em bases experimentais, a partir de ensaios de campo e laboratório. 
A aplicação dos princípios da mecânica dos solos para o projeto e construção de 
fundações é denominada de "engenharia de fundações". A engenharia geotécnica (ou 
geotecnia) pode ser considerada como a junção da mecânica dos solos, da engenharia de 
fundações, da mecânica das rochas, da geologia de engenharia e mais recentemente da 
geotecnia ambiental, que trata de problemas como transporte de contaminantes pelo solo, 
avaliação de locais impactados, proposição de medidas de remediação para áreas 
impactadas, projetos de sistemas de proteção em aterros sanitários, etc. 
1.2. Aplicações de Campo 
1.2.1. Fundações 
As cargas de qualquer estrutura têm de ser, em última instância, descarregadas no 
solo através de sua fundação. Assim a fundação é uma parte essencial de qualquer 
estrutura. Seu tipo e detalhes de sua construção podem ser decididos somente com o 
conhecimento e aplicação de princípios da mecânica dos solos. 
 
 
Aula 1 – Tipificação dos Solos 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS SOLOS 
 
 
 
 
 
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1.2.2. Obras Subterrâneas e Estruturas de Contenção 
Obras subterrâneas como estruturas de drenagem, dutos, túneis e as obras de 
contenção como os muros de arrimo, cortinas atirantadas somente podem ser projetadas e 
construídas usando os princípios da mecânica dos solos e o conceito de "interação solo-
estrutura". 
1.2.3. Projeto de Pavimentos 
O projeto de pavimentos pode consistir de pavimentos flexíveis ou rígidos. Pavimentos 
flexíveis dependem mais do solo subjacente para transmissão das cargas geradas pelo 
tráfego. Problemas peculiares no projeto de pavimentos flexíveis são o efeito de 
carregamentos repetitivos e problemas devidos às expansões e contrações do solo por 
variações em seu teor de umidade. 
1.2.4. Escavações, Aterros e Barragens 
A execução de escavações no solo requer frequentemente o cálculo da estabilidade 
dos taludes resultantes. Escavações profundas podem necessitar de escoramentos 
provisórios, cujos projetos devem ser feitos com base na mecânica dos solos. Para a 
construção de aterros e de barragens de terra, onde o solo é empregado como material de 
construção e fundação, necessita-se de um conhecimento completo do comportamento de 
engenharia dos solos, especialmente na presença de água. O conhecimento da estabilidade 
de taludes, dos efeitos do fluxo de água através do solo, do processo de adensamento e dos 
recalques a ele associados, assim como do processo de compactação empregado é essencial 
para o projeto e construção eficientes de aterros e barragens de terra. 
2. Origem e Formação dos Solos 
2.1. Conceitos de Solo e Rocha 
Quando mencionamos a palavra solo já nos vem em mente uma idéia intuitiva do que 
se trata. No linguajar popular a palavra solo está intimamente relacionada com a palavra 
terra, a qual poderia ser definida como material solto, natural da crosta terrestre onde 
habitamos, utilizado como material de construção e de fundação das obras do homem. Uma 
definição precisa e teoricamente sustentada do significado da palavra solo é, contudo, 
bastante difícil, de modo que o termo solo adquire diferentes conotações a depender do 
ramo do conhecimento humano que o emprega. Para a agronomia, o termo solo significa o 
material relativamente fofo da crosta terrestre, consistindo de rochas decompostas e 
Aula 1 – Tipificação dos Solos 
 
MECÂNICA DOS SOLOS 
 
 
 
 
 
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matéria orgânica, o qual é capaz de sustentar a vida. Desta forma, os horizontes de solo 
para agricultura possuem em geral pequena espessura. Para a geologia, o termo solo 
significa o material inorgânico não consolidado proveniente da decomposição das rochas, o 
qual não foi transportado do seu local de formação. Na engenharia, é conveniente definir 
como rocha aquilo que é impossível escavar manualmente, que necessite de explosivo para 
seu desmonte. Chamamos de solo, em engenharia, a rocha já decomposta ao ponto 
granular e passível de ser escavada apenas com o auxílio de pás e picaretas ou escavadeiras. 
A crosta terrestre é composta de vários tipos de elementos que se interligam e 
formam minerais. Esses minerais poderão estar agregados como rochas ou solo.Todo solo 
tem origem na desintegração e decomposição das rochas pela ação de agentes 
intempéricos ou antrópicos. As partículas resultantes deste processo de intemperismo irão 
depender fundamentalmente da composição da rocha matriz e do clima da região. Por ser o 
produto da decomposição das rochas, o solo invariavelmente apresenta um maior índice de 
vazios do que a rocha mãe, vazios estes ocupados por ar, água ou outro fluido de natureza 
diversa. Devido ao seu pequeno índice de vazios e as fortes ligações existentes entre os 
minerais, as rochas são coesas, enquanto que os solos são granulares. Os grãos de solo 
podem ainda estar impregnados de matéria orgânica. Desta forma, podemos dizer que para 
a engenharia, solo é um material granular composto de rocha decomposta, água, ar (ou 
outro fluido) e eventualmente matéria orgânica, que pode ser escavado sem o auxílio de 
explosivos. 
2.2. Intemperismo 
Intemperismo é o conjunto de processos físicos, químicos e biológicos pelos quais a 
rocha se decompõe para formar o solo. Por questões didáticas, o processo de intemperismo 
é frequentemente dividido em três categorias: intemperismo físico químico e biológico. 
Deve-se ressaltar, contudo, que na natureza todos estes processos tendem a acontecer ao 
mesmo tempo, de modo que um tipo de intemperismo auxilia o outro no processo de 
transformação rocha-solo. 
Os processos de intemperismo físico reduzem o tamanho das partículas, aumentando 
sua área de superfície e facilitando o trabalho do intemperismo químico. Já os processos 
químicos e biológicos podem causar a completa alteração física da rocha e alterar suas 
propriedades químicas. 
 
 
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2.2.1. Intemperismo Físico 
É o processo de decomposição da rocha sem a alteração química dos seus 
componentes. Os principais agentes do intemperismo físico são citados a seguir: 
• Variações de Temperatura: da física sabemos que todo material varia de 
volume em função de variações na sua temperatura. Estas variações de 
temperatura ocorrem entre o dia e a noite e durante o ano, e sua intensidade 
será função do clima local. Acontece que uma rocha é geralmente formada de 
diferentes tipos de minerais, cada qual possuindo uma constante de dilatação 
térmica diferente, o que faz a rocha deformar de maneira desigual em seu 
interior, provocando o aparecimento de tensões internas que tendem a 
fraturá-la. Mesmo rochas com uma uniformidade de componentes não têm 
uma arrumação que permita uma expansão uniforme, pois grãos compridos 
deformam mais na direção de sua maior dimensão, tendendo a gerar tensões 
internas e auxiliar no seu processo de desagregação; 
• Repuxo Coloidal: o repuxo coloidal é caracterizado pela retração da argila 
devido à sua diminuição de umidade, o que em contato com a rocha pode 
gerar tensões capazes de fraturá-la; 
• Ciclos Gelo/Degelo: as fraturas existentes nas rochas podem se encontrar 
parcialmente ou totalmente preenchidas com água. Esta água, em função das 
condições locais, pode vir a congelar, expandindo-se e exercendo esforços no 
sentido de abrir ainda mais as fraturas preexistentes na rocha, auxiliando no 
processo de intemperismo (a água aumenta em cerca de 8% o seu volume 
devido à nova arrumação das suas moléculas durante a cristalização). Vale 
ressaltar também que a água transporta substâncias ativas quimicamente, 
incluindo sais que ao reagirem com ácidos provocam cristalização com 
aumento de volume; 
• Alívio de Pressões: alívio de pressões irá ocorrer em um maciço rochoso 
sempre que da retirada de material sobre ou ao lado do maciço, provocando 
a sua expansão, o que por sua vez, irá contribuir no fraturamento, estricções 
e formação de juntas na rocha. Estes processos, isolados ou combinados (caso 
mais comum) "fraturam" as rochas continuamente, o que permite a entrada 
de agentes químicos e biológicos, cujos efeitos aumentam a fraturação e 
tende a reduzir a rocha a blocos cada vez menores. 
 
 
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MECÂNICA DOS SOLOS 
 
 
 
 
 
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2.2.2. Intemperismo Químico 
É o processo de decomposição da rocha com a alteração química dos seus 
componentes. Há várias formas através das quais as rochas decompõem-se quimicamente. 
Pode-se dizer, contudo, que praticamente todo processo de intemperismo químico depende 
da presença da água. Entre os processos de intemperismo químico destacam-se os 
seguintes: 
• Hidrólise: dentre os processos de decomposição química do intemperismo, a 
hidrólise é a que se reveste de maior importância, porque é o mecanismo que 
leva a destruição dos silicatos, que são os compostos químicos mais 
importantes da litosfera. Em resumo, os minerais na presença dos íons H+ 
liberados pela água são atacados, reagindo com os mesmos. O H+ penetra nas 
estruturas cristalinas dos minerais desalojando os seus íons originais (Ca++, K+, 
Na+, etc.) causando um desequilíbrio na estrutura cristalina do mineral e 
levando-o a destruição; 
• Hidratação: como a própria palavra indica, é a entrada de moléculas de água 
na estrutura dos minerais. Alguns minerais quando hidratados (feldspatos, 
por exemplo) sofrem expansão, levando ao fraturamento da rocha; 
• Carbonatação: o ácido carbônico é o responsável por este tipo de 
intemperismo. O intemperismo por carbonatação é mais acentuado em 
rochas calcárias por causa da diferença de solubilidade entre o CaCO3 e o 
bicarbonato de cálcio formado durante a reação. 
Os diferentes minerais constituintes das rochas originarão solos com características 
diversas, de acordo com a resistência que estes tenham ao intemperismo local. Há, 
inclusive, minerais que têm uma estabilidade química e física tal que normalmente não são 
decompostos. O quartzo, por exemplo, por possuir uma enorme estabilidade física e 
química é parte predominante dos solos grossos, como as areias e os pedregulhos. 
2.2.3. Intemperismo Biológico 
Neste caso, a decomposição da rocha se dá graças a esforços mecânicos produzidos 
por vegetais através das raízes, por animais através de escavações dos roedores, da 
atividade de minhocas ou pela ação do próprio homem, ou por uma combinação destes 
fatores, ou ainda pela liberação de substâncias agressivas quimicamente, intensificando 
assim o intemperismo químico, seja pela decomposição de seus corpos ou através de 
secreções, como é o caso dos ouriços do mar. 
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Logo, os fatores biológicos de maior importância incluem a influência da vegetação no 
processo de fraturamento da rocha e o ciclo de meio ambiente entre solo e planta e entre 
animais e solo. Pode-se dizer que a maior parte do intemperismo biológico poderia ser 
classificado como uma categoria do intemperismo químico em que as reações químicas que 
ocorrem nas rochas são propiciadas por seres vivos. 
2.2.4. Influências do Intemperismo 
O intemperismo químico possui um poder de desagregação da rocha muito maior do 
que o intemperismo físico. Deste modo, solos gerados em regiões onde há a predominância 
do intemperismo químico tendem a ser mais profundos e mais finos do que aqueles solos 
formados em locais onde há a predominância do intemperismo físico. Além disto, 
obviamente, os solos originados a partir de uma predominância do intemperismo físico 
apresentarão uma composição química semelhante à da rocha mãe, ao contrário daqueles 
solos formados em locais onde há predominância do intemperismo químico. 
Conforme relatado anteriormente, a água é um fator fundamental no 
desenvolvimento do intemperismo químico da rocha. Deste modo, regiões com altos índices 
de pluviosidade e altos valores de umidade relativa do ar tendem a apresentar uma 
predominância de intemperismo do tipoquímico, o contrário ocorrendo em regiões de 
clima seco. 
2.3. Ciclo Rocha – Solo 
Todo solo provém de uma rocha pré-existente, mas dada a riqueza da sua formação 
não é de se esperar do solo uma estagnação a partir de um certo ponto. Como em tudo na 
natureza, o solo continua suas transformações, podendo inclusive voltar a ser rocha. De 
forma simplificada, será definido a seguir um esquema de transformações que vai do 
magma ao solo sedimentar e volta ao magma. 
 
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MECÂNICA DOS SOLOS 
 
 
 
 
 
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No interior do Globo Terrestre, graças às elevadas pressões e temperaturas, os 
elementos químicos que compõe as rochas se encontram em estado líquido, formando o 
magma. 
A camada sólida da Terra pode romper-se em pontos localizados e deixar escapar o 
magma. Desta forma, haverá um resfriamento brusco do magma, que se transformará em 
rochas ígneas, nas quais não haverá tempo suficiente para o desenvolvimento de estruturas 
cristalinas mais estáveis. O processo de extrusão vulcânica ou derrame e é responsável pela 
formação da rocha ígnea denominada de basalto. A depender do tempo de resfriamento, o 
basalto pode mesmo vir a apresentar uma estrutura vítrea. 
Quando o magma não chega à superfície terrestre, mas ascende a pontos mais 
próximos à superfície, com menor temperatura e pressão, ocorre um resfriamento mais 
lento, o que permite a formação de estruturas cristalinas mais estáveis, e, portanto, de 
rochas mais resistentes, denominadas de intrusivas ou plutônicas (diabásio, gabro e 
granito). 
Pode-se avaliar comparativamente as rochas vulcânicas e plutônicas pelo tamanho dos 
cristais, o que pode ser feito facilmente a olho nu ou com o auxílio de lupas. Cristais maiores 
indicam uma formação mais lenta, característica das rochas plutônicas, e vice-versa. 
Uma vez exposta, a rocha sofre a ação das intempéries e forma os solos residuais, os 
quais podem ser transportados e depositados sobre outro solo de qualquer espécie ou 
sobre uma rocha, vindo a se tornar um solo sedimentar. A contínua deposição de solos faz 
aumentar a pressão e a temperatura nas camadas mais profundas, que terminam por 
ligarem seus grãos e formar as rochas sedimentares, este processo chama-se litificação ou 
diagênese. 
As rochas sedimentares podem, da mesma maneira que as rochas ígneas, aflorarem à 
superfície e reiniciar o processo de formação de solo, ou de forma inversa, as deposições 
podem continuar e consequentemente prosseguir o aumento de pressão e temperatura, o 
que irá levar a rocha sedimentar a mudar suas características texturais e mineralógicas, a 
achatar os seus cristais de forma orientada transversalmente à pressão e a aumentar a 
ligação entre os cristais. O material que surge daí tem características tão diversas da rocha 
original, que muda a sua designação e passa a se chamar rocha metamórfica. 
Naturalmente, a rocha metamórfica está sujeita a ser exposta, decomposta e formar 
solo. Se persistir o aumento de pressão e temperatura graças à deposição de novas 
camadas de solo, a rocha fundirá e voltará à forma de magma. 
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Obviamente, todos esses processos, com exceção do vulcanismo e de alguns 
transportes mais rápidos, ocorrem numa escala de tempo geológica, isto é, de milhares ou 
milhões de anos. 
2.4. Classificação do Solo Quanto a Origem e Formação 
Há diferentes maneiras de se classificar os solos, como pela origem, pela sua evolução, 
pela presença ou não de matéria orgânica, pela estrutura, pelo preenchimento dos vazios, 
etc. Neste item apresentar-se-á uma classificação genética para os solos, ou seja, conforme 
o seu processo geológico de formação. 
Na classificação genética, os solos são divididos em dois grandes grupos, sedimentares 
e residuais, a depender da existência ou não de um agente de transporte na sua formação, 
respectivamente. Os principais agentes de transporte atuando na formação dos solos 
sedimentares são a água, o vento e a gravidade. Estes agentes de transporte influenciam 
fortemente nas propriedades dos solos sedimentares, a depender do seu grau de 
seletividade. 
2.4.1. Solos Residuais 
São solos que permanecem no local de decomposição da rocha. Para que eles ocorram 
é necessário que a velocidade de decomposição da rocha seja maior do que a velocidade de 
remoção do solo por agentes externos. 
 
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A velocidade de decomposição depende de vários fatores, entre os quais a 
temperatura, o regime de chuvas e a vegetação. As condições existentes nas regiões 
tropicais são favoráveis a degradações mais rápidas da rocha, razão pela qual há uma 
predominância de solos residuais nestas regiões (centro sul do Brasil, por exemplo). 
Como a ação das intempéries se dá, em geral, de cima para baixo, as camadas 
superiores são, via de regra, mais trabalhadas que as inferiores. Este fato nos permite 
visualizar todo o processo evolutivo do solo, de modo que passamos de uma condição de 
rocha sã, para profundidades maiores, até uma condição de solo residual maduro, em 
superfície. A figura acima ilustra um perfil típico de solo residual. 
Conforme se pode observar da figura, a rocha sã passa paulatinamente à rocha 
fraturada, depois ao saprolito, ao solo residual jovem e ao solo residual maduro. Em se 
tratando de solos residuais, é de grande interesse a identificação da rocha sã, pois ela 
condiciona, entre outras coisas, a própria composição química do solo. 
A rocha alterada caracteriza-se por uma matriz de rocha possuindo intrusões de solo, 
locais onde o intemperismo atuou de forma mais eficiente. 
O solo saprolítico ainda guarda características da rocha mãe e tem basicamente os 
mesmos minerais, porém a sua resistência já se encontra bastante reduzida. Este pode ser 
caracterizado como uma matriz de solo envolvendo grandes pedaços de rocha altamente 
alterada. Visualmente pode confundir-se com uma rocha alterada, mas apresenta 
relativamente a rocha pequena resistência ao cisalhamento. Nos horizontes saprolíticos é 
comum a ocorrência de grandes blocos de rocha denominados de matacões, responsáveis 
por muitos problemas quando do projeto de fundações. 
O solo residual jovem apresenta boa quantidade de material que pode ser classificado 
como pedregulho (# > 4,8 mm). Geralmente são bastante irregulares quanto a resistência 
mecânica, coloração, permeabilidade e compressibilidade, já que o processo de 
transformação não se dá em igual intensidade em todos os pontos, comumente existindo 
blocos da rocha no seu interior. Pode-se dizer também que nos horizontes de solo jovem e 
saprolítico as sondagens a percussão a serem realizadas devem ser revestidas de muito 
cuidado, haja vista que a presença de material pedregulhoso pode vir a danificar os 
amostradores utilizados, vindo a mascarar os resultados obtidos. 
Os solos maduros, mais próximos à superfície, são mais homogêneos e não 
apresentam semelhanças com a rocha original. De uma forma geral, há um aumento da 
resistência ao cisalhamento, da textura (granulometria) e da heterogeneidade do solo com a 
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profundidade, razão esta pela qual a realização de ensaios de laboratório em amostras de 
solo residual jovem ou do horizonte saprolítico é bastante trabalhosa. 
2.4.2. Solos Sedimentares 
Os solos sedimentares ou transportados são aqueles que foram levados ao seu local 
atual por algum agente de transporte e lá depositados. As características dos solos 
sedimentares são função do agente de transporte. 
Cada agente de transporte seleciona os grãos que transporta com maior ou menor 
facilidade, além disto,durante o transporte, as partículas de solo se desgastam e/ou 
quebram. Resulta daí um tipo diferente de solo para cada tipo de transporte. Esta influência 
é tão marcante que a denominação dos solos sedimentares é feita em função do agente de 
transporte predominante. 
Pode-se listar os agentes de transporte, por ordem decrescente de seletividade, da 
seguinte forma: 
• Ventos (Solos Eólicos); 
• Águas (Solos Aluvionares): 
✓ Água dos Oceanos e Mares (Solos Marinhos); 
✓ Água dos Rios (Solos Fluviais); 
✓ Água de Chuvas (Solos Pluviais); 
• Geleiras (Solos Glaciais); 
• Gravidade (Solos Coluvionares). 
Os agentes naturais citados acima não devem ser encarados apenas como agentes de 
transporte, pois eles têm uma participação ativa no intemperismo e, portanto, na formação 
do próprio solo, o que ocorre naturalmente antes do seu transporte. 
2.4.2.1. SOLOS EÓLICOS 
O transporte pelo vento dá origem aos depósitos eólicos de solo. Em virtude do atrito 
constante entre as partículas, os grãos de solo transportados pelo vento geralmente 
possuem forma arredondada. A capacidade do vento de transportar e erodir é muito maior 
do que possa parecer à primeira vista. Vários são os exemplos de construções e até cidades 
soterradas parcial ou totalmente pelo vento, como foram os casos de Itaúnas - ES e Tutóia - 
MA; os grãos mais finos do deserto do Saara atingem em grande escala a Inglaterra, 
percorrendo uma distância de mais de 3000 km. Como a capacidade de transporte do vento 
depende de sua velocidade, o solo é geralmente depositado em zonas de calmaria. 
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O transporte eólico é o mais seletivo tipo de transporte das partículas do solo. Se por 
um lado grãos maiores e mais pesados não podem ser transportados, os solos finos, como 
as argilas, têm seus grãos unidos pela coesão, formando torrões dificilmente levados pelo 
vento. Esse efeito também ocorre em areias e siltes saturados (falsa coesão) o que faz da 
linha de lençol freático (definida por um valor de pressão da água intersticial igual a 
atmosférica) um limite para a atuação dos ventos. 
Pode-se dizer portanto que a ação do transporte do vento se restringe ao caso das 
areias finas ou silte. Por conta destas características, os solos eólicos possuem grãos de 
aproximadamente mesmo diâmetro, apresentando uma curva granulométrica denominada 
de uniforme. São exemplos de solos eólicos: 
a) Dunas: As dunas são exemplos comuns de solos eólicos no nordeste do Brasil. A 
formação de uma duna se dá inicialmente pela existência de um obstáculo ao caminho 
natural do vento, o que diminui a sua velocidade e resulta na deposição de partículas 
de solo. A deposição continuada de solo neste local acaba por gerar mais deposição de 
solo, já que o obstáculo ao caminho do vento se torna cada vez maior. Durante o 
período de existência da duna, partículas de areia são levadas até o seu topo, rolando 
então para o outro lado. Este movimento faz com que as dunas se desloquem a uma 
velocidade de poucos metros por ano, o que para os padrões geológico é muito rápido. 
 
b) Solos Loéssicos: Formado por deposições sobre vegetais que ao se decomporem 
deixam seu molde no maciço, o Loess é um solo bastante problemático para a 
engenharia, pois a despeito de uma capacidade de formar paredões de altura fora do 
comum e inicialmente suportar grandes esforços mecânicos, podem se romper 
completa e abruptamente devido ao umedecimento. O Loess, comum na Europa 
oriental, geralmente contêm grandes quantidades de cal, responsável por sua grande 
resistência inicial. Quando umedecido, contudo, o cimento calcário existente no solo 
pode ser dissolvido e o solo entra em colapso. 
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2.4.2.2. SOLOS ALUVIONARES 
São solos resultantes do transporte pela água e sua textura depende da velocidade da 
água no momento da deposição, sendo frequente a ocorrência de camadas de 
granulometrias distintas, devidas às diversas épocas de deposição. 
O transporte pela água é bastante semelhante ao transporte realizado pelo vento, 
porém algumas características importantes os distinguem: 
• Viscosidade - por ser mais viscosa a água tem uma capacidade de transporte 
maior, transportando grãos de tamanhos diversos. 
• Velocidade e Direção - ao contrário do vento que em um minuto pode soprar 
com forças e direções bastante diferenciadas, a água têm seu roteiro mais 
estável; suas variações de velocidade tem em geral um ciclo anual e as 
mudanças de direção estão condicionadas ao próprio processo de desmonte e 
desgaste do relevo. 
• Dimensão das Partículas - os solos aluvionares fluviais são, via de regra, mais 
grossos que os eólicos, pois as partículas mais finas mantêm-se sempre em 
suspensão e só se sedimentam quando existe um processo químico que as 
flocule (isto é o que acontece no mar ou em alguns lagos). 
• Eliminação da Coesão - vimos que o vento não pode transportar os solos 
argilosos devido a coesão entre os seus grãos. A presença de água em 
abundância diminui este efeito; com isso somam-se as argilas ao universo de 
partículas transportadas pela água. 
a) Solos Pluviais: A água das chuvas pode ser retida em vegetais ou construções, podendo 
se evaporar a partir daí. Ela pode se infiltrar no solo ou escoar sobre este e, neste caso, 
a vegetação rasteira funciona como elemento de fixação da parte superficial do solo 
ou como um tapete impermeabilizador (para as gramíneas), sendo um importante 
elemento de proteção contra a erosão. A água que se infiltra pode carrear grãos finos 
através dos poros existentes nos solos grossos, mas este transporte é raro e pouco 
volumoso, portanto de pouca relevância em relação à erosão superficial. De muito 
maior importância é o solo que as águas das chuvas levam ao escoar de pontos mais 
elevados no relevo aos vales. Os vales contêm rios ou riachos que serão alimentados 
não só da água que escoa das escarpas, como também de matéria sólida. 
b) Solos Fluviais: Os rios durante sua existência têm várias fases. Em áreas de formação 
geológicas mais recentes, menos desgastadas, existem irregularidades topográficas 
muito grandes e por isso os rios têm uma inclinação maior e conseqüentemente uma 
maior velocidade. Existem vários fatores determinantes da capacidade de erosão e 
Aula 1 – Tipificação dos Solos 
 
MECÂNICA DOS SOLOS 
 
 
 
 
 
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transporte dos rios, sendo a velocidade a mais importante. Assim, os rios mais jovens 
transportam mais matéria sólida do que os rios mais velhos. Sabe-se que os rios não 
possuem a mesma idade em toda a sua extensão; quanto mais distantes da nascente, 
menor a inclinação e a velocidade. As partículas de determinado tamanho passam a 
ter peso suficiente para se decantar e permanecer naquele ponto, outras menores só 
serão depositadas com velocidade também menor. O transporte fluvial pode ser 
descrito sumariamente da seguinte forma: 
• Os rios desgastam o relevo em sua parte mais elevada e levam os solos para 
sua parte mais baixa, existindo com o tempo uma tendência a planificação 
do leito. Rios mais velhos têm, portanto, menor velocidade e transportam 
menos; 
• Cada tamanho de grão será depositado em um determinado ponto do rio, 
correspondente a uma determinada velocidade, o que leva os solos fluviais a 
terem uma certa uniformidade granulométrica. Solos muito finos, como as 
argilas, permanecerão em suspensão até decantar em mares ou lagos com 
água em repouso. 
De um modo geral, pode-se dizer que os solos aluvionares apresentam um grau de 
uniformidade de tamanho de grãos intermediário entre os solos eólicos (mais 
uniformes) e coluvionares (menos uniformes). 
c) Solos Marinhos: As ondas atingem as praias com um pequeno ângulo emrelação ao 
continente. Isso faz com que a areia, além do movimento de vai e vem das ondas, 
desloquem-se também ao longo da praia. Obras que impeçam esse fluxo tendem a ser 
pontos de deposição de areia, o que pode acarretar sérios problemas. 
2.4.2.3. SOLOS GLACIAIS 
De pequena importância para nós, os solos formados pelas geleiras, ao se deslocarem 
pela ação da gravidade, são comuns nas regiões temperadas. São formados de maneira 
análoga aos solos fluviais. A corrente de gelo que escorre de pontos elevados onde o gelo é 
formado para as zonas mais baixas, leva consigo partículas de solo e rocha, as quais, por sua 
vez, aumentam o desgaste do terreno. 
Os detritos são depositados nas áreas de degelo. Uma ampla gama de tamanho de 
partículas é transportada, levando assim a formação de solos bastante heterogêneos que 
possuem desde grandes blocos de rocha até materiais de granulometria fina. 
 
Aula 1 – Tipificação dos Solos 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO AOS SOLOS 
 
 
 
 
 
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2.4.2.4. SOLOS COLUVIONARES 
São solos formados pela ação da gravidade. Os solos coluvionares são dentre os solos 
transportados os mais heterogêneos granulometricamente, pois a gravidade transporta 
indiscriminadamente desde grandes blocos de rocha até as partículas mais finas de argila. 
Entre os solos coluvionares estão os escorregamentos das escarpas da Serra do Mar 
formando os Tálus nos pés do talude, massas de materiais muito diversas e sujeitas a 
movimentações de rastejo. Têm sido também classificados como coluviões os solos 
superficiais do Planalto Brasileiro depositados sobre solos residuais. 
a) Tálus: são solos coluvionares formados pelo deslizamento de solo do topo das 
encostas. A figura lustra suas formações típicas. A parte mais inclinada dos morros 
corresponde à formação original, enquanto que a parte menos inclinada é composta 
basicamente de solo coluvionar (tálus). 
 
2.4.3. Solos Orgânicos 
Formados pela impregnação do solo por sedimentos orgânicos preexistentes, em 
geral misturados a restos de vegetais e animais. Podem ser identificados pela cor escura e 
por possuir forte cheiro característico. Têm granulometria fina, pois os solos grossos têm 
uma permeabilidade que permite a "lavagem" dos grãos, eximindo-os da matéria 
impregnada. 
2.4.3.1. TURFAS 
Solos que incorporam florestas soterradas em estado avançado de decomposição. Têm 
estrutura fibrilar composta de restos de fibras vegetais e não se aplicam aí as teorias da 
Mecânica dos Solos, sendo necessários estudos especiais. Têm ocorrência registrada na 
Bahia, Sergipe, Rio Grande do Sul e outros estados do Brasil. 
Aula 1 – Tipificação dos Solos 
 
MECÂNICA DOS SOLOS 
 
 
 
 
 
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2.4.4. Solos de Evolução Pedogênica 
Alguns solos sofrem, em seu local de formação (ou de deposição) uma série de 
transformações físico-químicas que os levam a ser classificados como solos de evolução 
pedogênica. Os solos lateríticos são um tipo de solo de evolução pedogênica. O processo de 
laterização é típico de regiões onde há uma nítida separação entre períodos chuvosos e 
secos e é caracterizado pela lavagem da sílica coloidal dos horizontes superiores do solo, 
com posterior deposição desta em horizontes mais profundos, resultando em solos 
superficiais com altas concentrações de óxidos de ferro e alumínio. A importância do 
processo de laterização no comportamento dos solos tropicais é discutida no item 
classificação dos solos. 
 
 
 
 
Baseado e adaptado de 
Sandro Lemos Machado e 
Miriam C. Machado. Edições 
sem prejuízo de conteúdo.

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