Av. cuid. pal. dor

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AVALIAÇÃO DE APRENDIZAGEM
ALUNO: FERNANDA TATIANE FERREIRA
1 - Em relação aos cuidados paliativos, marque a alternativa que não se adequa aos princípios relacionados a essa prática e justifique sua resposta: 
A) São aplicáveis para pessoas que possuem condições crônicas;
B) São aplicáveis para pessoas que possuem doenças que ameaçam ou limitam a vida;
C) São aplicáveis exclusivamente para as pessoas em tratamento oncológico;
D) As expressões “terminalidade” ou “impossibilidade de cura” não são mais utilizadas.
COMENTÁRIO: 
Os cuidados paliativos não se baseiam em protocolos e sim em princípios, devendo ser indicado desde o diagnóstico.
A definição de cuidados paliativos foi ampliada, considerando que estes são necessários tanto nas condições crônicas quanto nas que ameaçam ou limitam a vida; que não há tempo ou limite de prognóstico para a sua promoção; que devem ocorrer em todos os níveis de cuidados; e que não se limitam a um ambiente de cuidado específico. Acrescenta-se ainda que os cuidados paliativos são um direito humano.
2 - Não se deve utilizar apenas do diagnóstico médico para a avaliação da indicação para os cuidados paliativos. Segundo a Organização Mundial da Saúde existem três grupos de pacientes, exceto:
a) aqueles que têm um período paliativo de avanço da doença progressiva.
b) aqueles que demandam períodos curtos de tratamento, objetivando a qualidade de vida.
c) aqueles que têm uma doença estável ou não, relativamente com poucos sintomas, mas se deterioraram ou morrem de repente.
d) aqueles que sofrem de doença crônica, onde a doença não está progredindo claramente, mas que pode ter períodos de progressão e sintomas onde eles se beneficiariam de cuidados paliativos e depois períodos de remissão.
Justifique sua resposta: 
Os cuidados paliativos não se baseiam em protocolos e sim em princípios, devendo ser indicado desde o diagnóstico; não se utilizam mais as expressões “terminalidade” ou “impossibilidade de cura” e sim “doença que ameaça a vida” e “possibilidade ou não de tratamento modificador da doença”; a espiritualidade é também incluída dentre as dimensões do ser humano e a família é lembrada e assistida em todo o processo.
3 - O conhecimento e o preparo dos profissionais da saúde para os cuidados paliativos é indispensável para uma assistência integral e de qualidade. Que fatores influenciam negativamente na disseminação deste conhecimento? Justifique sua resposta.
I- Insuficiências nos currículos dos cursos de graduação em enfermagem no que se refere à temática cuidados paliativos.
II- Mundialmente o tema cuidados paliativos é pouco abordado.
III- Os cursos de medicina ainda priorizam o tratamento curativo.
IV- A OMS definiu o conceito de cuidados paliativos muito recentemente, portanto, ainda demanda tempo para melhor aprimoramento da temática nas universidades.
 Quais itens estão corretos?
a) I e III
b) I e IV
c) III e II
d) II e IV
COMENTÁRIO: 
As universidades ainda priorizam o cuidado curativo.
No Brasil, é bem recente a prática do cuidado paliativo. Os primeiros registros 
esparsos sobre serviços de saúde dessa natureza surgiram na década de 1980. Mas a 
Associação Brasileira de Cuidados Paliativos só foi criada em 1997, e a Academia Na-
cional de Cuidados Paliativos, em 2005. O primeiro livro sobre cuidados paliativos 
publicado no Brasil é de 2004.
4 - Qual dos itens abaixo é um pressuposto central do cuidado centrado na família, descrito pelo Institute for Family Centered Care – IFCC, que pode ser aplicado na comunicação com a família? Justifique sua resposta.
a) Participação: Pacientes e famílias são encorajados e apoiados a participarem do cuidado e da tomada de decisão.
b) Reunião: Os profissionais ouvem e respeitam as escolhas e perspectivas do paciente e da família, crenças e cultura são incorporadas no planejamento e prestação do cuidado.
c) Rede social: Os profissionais comunicam e dividem as informações de maneira completa e imparcial com os pacientes e a família.
d) Disposição: Pacientes e famílias colaboram no desenvolvimento, implantação e avaliação das políticas, programas, na prestação de cuidados.
COMENTÁRIO: 
O objetivo é oferecer à criança e à família uma assistência em que possa manter sua autonomia dignamente até a morte, sendo responsabilidade do enfermeiro explorar os desejos das famílias, o que é mais bem feito em conjunto com o médico.
A criança e sua família necessita sentir-se cuidadas, amparadas, confortadas, compreendidas pelos profissionais de saúde que deles cuidam. Expressões de compaixão e afeto na relação com o paciente trazem a certeza de que ele é parte importante de um conjunto, o que ocasiona sensação de proteção e consolo, além de paz interior.
5 - Em relação à atuação da equipe de enfermagem nos cuidados paliativos para crianças, são afirmativas, exceto:
a) O cuidar em enfermagem exige que o profissional tenha um olhar abrangente e humanizado com o intuito de assistir à pessoa em sua integralidade.
b) A função do enfermeiro no âmbito dos cuidados paliativos inicia-se desde o momento da notícia à família e ao paciente, dependendo de sua idade.
c) A atenção à criança e sua família pode ocorrer em qualquer área de atuação; seja na consulta ambulatorial, seja no acompanhamento domiciliar ou ainda no acompanhamento hospitalar.
d) Não há diferença entre o luto normal, que é o processo pelo qual o indivíduo fica triste, chora, sente saudades, mas se adapta à condição de viver sem aquela pessoa e o luto complicado.
Justifique sua resposta: 
É importante discorrer sobre a diferença entre o luto normal, que é o processo pelo qual obindivíduo fica triste, chora, sente saudades, mas se adapta à condição de viver sem aquela pessoa. Ele sente a perda, mas consegue administrá-la e seguir a vida. Já no luto complicado a pessoa experimenta uma desorganização prolongada que a impede de não retomar suas atividades com a qualidade anterior a perda. Uma equipe preparada para o processo de morrer do paciente constitui-se como um fator de proteção para essa fase na medida em que pode representar uma base segura através de acolhimento, escuta, responsividade às necessidades de ordem espiritual, social.
6 - CASO CLÍNICO
Criança de dez anos deu entrada no serviço de emergência com queixa de dor abdominal e náusea. Durante a anamnese a mãe relatou ao enfermeiro que a criança trata um neuroblastoma (um tipo de câncer abdominal) há um ano e meio e já fez vários ciclos de quimioterapia, apresentando pouca resposta ao tratamento. Desde o início, a criança faz acompanhamento concomitante no ambulatório de cuidados paliativos o que os ajuda a lidarem com a realidade de que o filho tem poucas chances de cura. Eles estão pensando em uma estratégia de abordar o assunto com a criança, e algumas condutas estão sendo tomadas para que a criança tenha mais conforto em casa. A mesma está usando morfina regular, mas, já não está controlando totalmente a dor, não evacua há nove dias, o que gerou dor, perda de apetite e desde a noite anterior está queixando de náusea.
Ao exame físico, criança acordada, em ar ambiente, aparenta tristeza, não fala e se recusa a responder qualquer pergunta. Está emagrecido, hipocorado, taquicárdico, afebril, face com expressão de dor moderada segundo escala de EVA (escala visual analógica), ausculta pulmonar com murmúrio vesicular universalmente audível, abdome globoso, rígido, massa grande palpável em mesogástrio, peristalse diminuída, fezes palpáveis em hipocôndrio esquerdo e fossa ilíaca esquerda, genitália edemaciada, diurese espontânea, fezes ausentes há nove dias e membros inferiores edemaciados.
 
A - Em relação às orientações da Organização Mundial de Saúde, o que deve ser feito para otimizar o controle da dor neste caso?
I- Trocar a morfina por outro opióide forte.
II-Deixar a morfina e acrescentar dipirona em caso de dor.
III- Deixar a morfina e acrescentar dipirona regular.
IV- Acrescentar laxantes.
V- Ver com a criança ou com a mãe se algumas medidas como brincadeiras ou distrações podem ajudar no controleda dor.
Marque a opção que só contenham as informações corretas.
a) I, IV, V.
b) II, IV, V
c) III, V.
d) III, IV, V.
Justifique sua resposta: 
 Para dor moderada (média)a OMS indica, Opioides fracos ou fortes + adjuvantes se necessário (4-6 da escala analógica)Tramaldol + morfina + metadona + 
fentanil + adjuvantes. Administrar laxantes preventivamente, e uma dieta rica em fibras, pois opioides causa constipação.
O enfermeiro exerce seu papel, em cuidados paliativos, desenvolvendo ações 
assistenciais, gerenciais e educativas em conjunto com a equipe multidisciplinar focadas 
nas necessidades do paciente que nesta fase apresenta doença progressiva e irreversível. 
B - Quais fatores podem estar atrelados à tristeza na criança? Marque a resposta certa e justifique sua resposta.
a) Dor; Comunicação ineficaz; Espiritualidade.
b) Dor; Náusea; Constipação.
c) Dor; Espiritualidade; Constipação.
d) Náusea; Comunicação ineficaz; Espiritualidade.
COMENTÁRIO: 
A presença de dor não aliviada em uma criança doente em fim de vida pode ter efeitos
negativos na sua qualidade de vida e na da família. Cada um desses sintomas deve ser tratado agressivamente com
medicações ou tratamentos apropriados e com intervenções como reposicionamento,
relaxamento, massagem e outras medidas para manter o conforto e a qualidade de vida
da criança.
C - Desenvolva um plano assistencial completo para essa criança em cuidados paliativos.
-Controlar a dor e outros sintomas físicos, através de diagnóstico precoce e preciso.
-Promover ações que facilitem ao indivíduo exercer sua espiritualidade, protegendo a sua autonomia e vontade.
-Aumentar a qualidade de vida, influenciando de maneira positiva o curso da doença.
-Auxiliar a retirada de medidas intensivas de suporte quando esta for uma decisão compartilhada entre a equipe assistente e a família.
-Acompanhar o cuidado de fim de vida dos pacientes internados quando solicitados pelo médico da instituição e/ou médico assistente, visando a proteger os interesses do paciente, respeitando a sua autonomia e escolhas, evitando medidas que não vão auxiliar, de acordo com as boas práticas clínicas.
-Oferecer sistema de apoio para ajudar o paciente e a família a lidar da melhor maneira possível com a doença e o tratamento.
-Acompanhar o luto dos familiares quando houver vínculo estabelecido com os profissionais. 
-Capacitar os profissionais em cuidados paliativos para não paliativistas, através de educação continuada.
-Auxiliar na mediação de conflitos principalmente os relacionados a decisões de fim de vida.
-Participar da comunicação de notícias difíceis quando identificada a necessidade.
-Os cuidados essenciais como, administração de um medicamento, escolher a via certa, ter um plano de cuidados e monitorar o uso da Morfina, comprimidos de morfina devem ser indicados de 4/4h ou respeitando os horários e prolongando esses intervalos. 
-Promover o alívio da dor não somente por meios farmacológicos, atividades de distração como a brinquedoteca podem fazer parte desse estímulo. 
-Para constipação seria importante fazer preventivamente o uso de um laxante e optar também por uma alimentação mais pastosa rica em fibras para facilitar as próximas digestões. 
-Caso necessário solicitar o Enema, para acelerar o processo de evacuação. 
-Na avaliação do Exame Físico, foi observado que os MMII estavam edemaciados, a região genital também foi afetada. Posicionamento do leito em 45% para ajudar a diminuir o inchaço, em caso de nenhuma regressão solicitar a equipe médica que outros procedimentos sejam realizados.