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AULA 1 REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

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REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Prof. Silvia Bochicchio
REPRESENTAÇÃO E EXPRESSÃO GRÁFICA
• Existem diversas formas de representação gráfica.
• Expressão gráfica através do desenho - Para as
engenharias, é o desenho técnico que se utiliza como
meio de expressão gráfica para a representação de
projetos.
O que é Desenho Técnico?
• Forma de expressão gráfica que tem por finalidade a
representação de forma, dimensão e posição de objetos
de acordo com as diferentes necessidades requeridas
pelas diversas modalidades de engenharia e também da
arquitetura, do urbanismo, design, dentre outras.arquitetura, do urbanismo, design, dentre outras.
• Para representar os objetos, é necessário utilizar um
conjunto constituído por linhas, números, símbolos e
indicações escritas normalizadas internacionalmente,
para que haja uma linguagem gráfica universal.
Mas como é que, ao longo da história, chegamos à
utilização do desenho técnico? Em que se pauta o mesmo?
• Das pinturas rupestres à Geometria Descritiva.
Pinturas rupestres. Fontes: https://pisa.tur.br/blog/2018/10/16/pinturas-rupestres-da-serra-da-capivara/pinturas-rupestres-1/
https://www.tricurioso.com/2019/12/06/por-que-as-pinturas-rupestres-nao-desaparecem-com-o-passar-do-tempo/
Hieróglifos egípcios. Fontes:
https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/como-ler-textos-em-hieroglifo.phtml
https://pointdaarte.webnode.com.br/news/historia-do-desenho/
Sala de Ixion, Casa dos Vetti, Pompeia, c.63-79 d.C
Arte Minóica, 
Afresco no 
Palácio de 
Cnosso.1500 a.C
Fontes: https://sites.google.com/site/perspetiva600/historia-do-desenho-e-
da-perspetiva
http://douglasdim.blogspot.com/2012/04/04-arte-grega.html
Os desenhos e pinturas podiam fazer representações de
cunho artístico, mas também representavam diversos
elementos do cotidiano e eram utilizados para situações
de caráter administrativo, como a melhoria no sistema de
arrecadação de impostos, por exemplo.
O que marca o desenvolvimento do desenho é a origem
da concepção de geometria (do grego geo = terra + metria
= medida, ou seja, "medir terra"), com base na= medida, ou seja, "medir terra"), com base na
matemática.
A partir do século V a.C., os matemáticos gregos
desenvolveram uma parte da Matemática, intimamente
ligada à geometria, denominada de construções
geométricas, que utilizavam os recursos gráficos para a
interpretação de problemas.
Durante a chamada Idade Média européia (entre séculos V
e XV), as representações afastaram-se das característicase XV), as representações afastaram-se das características
racionais e naturalistas da antiguidade clássica e perde-se
o sentido do volume e da perspetiva, utilizando-se
representação em superfícies planas, em função de uma
ordem moral e ideológica, transcendente. Já no período de
fins da idade média e no Renascimento, é que as
representações vão adquirindo outras características.
Paolo Ucello, estudo de perspetiva de um vaso,
Galleria degli Uffizi, Gabinete dos Desenhos.
As Proporções da Figura Humana a partir de O Homem de
Vitrúvio, Leonardo da Vinci, Galleria dell’Accademia, Veneza,
1490.
Fonte: https://sites.google.com/site/perspetiva600/historia-do-desenho-e-da-perspetiva
É somente no século XVIII, que o matemático e geômetra
francês Gaspard Monge (1746-1818) formula “as regras
da Geometria Descritiva, enquanto ciência,
generalizando os métodos introduzidos pelos artistas do
Renascimento. Apresentou, de forma sistematizada eRenascimento. Apresentou, de forma sistematizada e
rigorosa, os diversos métodos de representação no plano
do desenho que tinham sido abordados de forma
dispersa até então” (COSTA apud SERRA, 2008, p.5).
Geometria Descritiva e Método Mongeano
O método da dupla projeção de Monge, no qual toda a
Geometria Descritiva clássica está baseada, consiste em se
determinar duas projeções ortogonais do objeto sobre
dois planos perpendiculares entre si, o plano horizontal de
projeção e o plano vertical de projeção.projeção e o plano vertical de projeção.
Esses dois planos dividem o espaço em quatro regiões,
denominadas diedros, e se interceptam segundo uma linha
chamada linha de terra. Os dois planos de projeção
definem, ainda, quatro semiplanos: horizontal anterior,
horizontal posterior, vertical superior e vertical inferior.
Qualquer objeto, quando representado no sistema
mongeano, possuirá duas projeções, uma no plano
horizontal de projeção e outra no plano vertical de
projeção. A projeção do objeto sobre o plano (π) é
chamada de projeção horizontal e a projeção sobre o
plano (π’) é denominada projeção vertical.plano (π’) é denominada projeção vertical.
Rebatendo-se o plano horizontal (π) sobre o vertical (π '), ou
vice-versa, é possível representar uma figura do espaço
tridimensional em um único plano. Assim, pode-se rebater o
plano (π) sobre o plano (π '), girando de 90° o plano (π) em
torno da linha de terra, no sentido horário, fazendo com que
os dois planos de projeção fiquem em coincidência,os dois planos de projeção fiquem em coincidência,
obtendo-se o que se chama de épura.
A épura possibilita, portanto, a representação de um objeto
tridimensional em um espaço bidimensional, a folha de
papel, tornando possível a resolução de inúmeros problemas
geométricos.
Épura do objetoProjeções ortogonais do objeto
• Então, a representação das vistas ortográficas foi e
continua sendo largamente utilizada para os projetos,
embora também se utilize a representação
tridimensional.
• Do desenho feito com instrumentos tradicionais ao• Do desenho feito com instrumentos tradicionais ao
desenho realizado no computador ou projeto assistido
por computador.
O projeto ou desenho assistido por computador (DAC; em
inglês, computer aided design - CAD) é o nome genérico de
sistemas computacionais utilizados pelas áreas de engenharia,
geografia, arquitetura, urbanismo, design, dentre outras, para
facilitar o projeto e desenho técnicos.facilitar o projeto e desenho técnicos.
A origem dessas ferramentas remonta à década de 1950 e vêm
se desenvolvendo largamente, sobretudo nas últimas décadas.
Voltando à ideia de representação gráfica e desenho
técnico...
• Representa o que deve ser executado ou construído e
também objetos existentes.
• Apresenta soluções gráficas e deve proporcionar a• Apresenta soluções gráficas e deve proporcionar a
organização e sistematização a partir das mesmas, com
linguagem padronizada. Para tal padronização, existem
normas técnicas.
A Padronização dos Desenhos Técnicos
Para transformar o desenho técnico em uma linguagem gráfica foi
necessário padronizar seus procedimentos de representação gráfica.
Essa padronização é feita por meio de normas técnicas seguidas e
respeitadas internacionalmente.respeitadas internacionalmente.
As normas técnicas que regulam o desenho técnico são normas:
– editadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
– outras
Normas da ABNT
• NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO – NORMA GERAL
• NBR 10068 – FOLHA DE DESENHO LAY-OUT E DIMENSÕES
• NBR 10582 – APRESENTAÇÃO DA FOLHA PARA DESENHO TÉCNICO
• NBR 13142 – DESENHO TÉCNICO – DOBRAMENTO DE CÓPIAS
• NBR 8402 – EXECUÇÃO DE CARACTERES PARA ESCRITA EM
DESENHOS TÉCNICOS
• NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE• NBR 8403 – APLICAÇÃO DE LINHAS EM DESENHOS – TIPOS DE
LINHAS – LARGURAS DAS LINHAS
• NBR10067 – PRINCÍPIOS GERAIS DE REPRESENTAÇÃO EM DESENHO
TÉCNICO
• NBR 8196 – DESENHO TÉCNICO – EMPREGO DE ESCALAS
• NBR 12298 – REPRESENTAÇÃO DE ÁREA DE CORTE POR MEIO DE
HACHURAS EM DESENHO TÉCNICO
• NBR10126 – COTAGEM EM DESENHO TÉCNICO
NBR 10647 – DESENHO TÉCNICO
• Esta Norma define os termos empregados em 
desenho técnico.
• Definições:
- Desenho Projetivo
Desenho resultante de projeções do objeto sobre um
ou mais planos que fazem coincidir com o próprio
desenho, compreendendo: vistas ortográficas e
perspectivas.
a) vistas ortográficas:
- figuras resultantes de projeções cilíndricas ortogonais do
objeto, sobre planos convenientemente escolhidos, de
modo a representar, com exatidão,a forma do mesmo
com seus detalhes;
b) perspectivas:
- figuras resultantes de projeção cilíndrica ou cônica, sobre
um único plano, com a finalidade de permitir uma
percepção mais fácil da forma do objeto.
Fonte: http://descritiva.blogspot.com/p/complementos-desenho-
tecnico.html
- Desenho não projetivo
Desenho não subordinado à correspondência, por meio
de projeção, entre as figuras que constituem e o que é
por ele representado, compreendendo larga variedade
de representações gráficas, tais como:de representações gráficas, tais como:
a) diagramas;
b) esquemas;
c) fluxogramas;
d) organogramas;
e) gráficos.
Definições quanto ao grau de elaboração
Esboço
Representação gráfica aplicada habitualmente aos estágios
iniciais de elaboração de um projeto, podendo, entretanto,
servir ainda à representação de elementos existentes ou à
execução de obras.execução de obras.
Croqui
Desenho não obrigatoriamente em escala, confeccionado
normalmente à mão livre e contendo todas as informações
necessárias à sua finalidade.
Desenho preliminar
Representação gráfica empregada nos estágios
intermediários da elaboração do projeto, sujeita ainda a
alterações e que corresponde ao anteprojeto.
Desenho definitivo
Desenho integrante da solução final do projeto, contendo
os elementos necessários à sua compreensão.
Quanto ao grau de pormenorização
• Desenho de conjunto
Desenho mostrando reunidos componentes, que se
associam para formar um todo.
• Desenho de componente• Desenho de componente
Desenho de um ou vários componentes representados
separadamente.
• Detalhe
Vista geralmente ampliada do componente ou parte de
um todo complexo.
Instrumentos utilizados (tradicionais)
• Lápis e lapiseiras
Ambos possuem vários graus de dureza: uma grafite mais dura
permite pontas finas, mas traços muito claros. Uma grafite mais
macia cria traços mais escuros, mas as pontas serão rombudas.macia cria traços mais escuros, mas as pontas serão rombudas.
Recomenda-se uma grafite HB, F ou H para traçar rascunhos e
traços finos, e uma grafite HB ou B para traços fortes. O tipo de
grafite dependerá da preferência pessoal de cada um.
Os lápis devem estar sempre apontados, de preferência com
estilete. Para lapiseiras, recomenda-se usar grafites de diâmetro
0,5 ou 0,3 mm.
• Esquadros
São usados em pares: um de 45o e outro de 30o / 60o. A
combinação de ambos permite obter vários ângulos comuns nos
desenhos, bem como traçar retas paralelas e perpendiculares.
Para traçar retas paralelas, segure um dos esquadros, guiando o
segundo esquadro através do papel. Caso o segundo esquadro
chegue na ponta do primeiro, segure o segundo esquadro e
ajuste o primeiro para continuar o traçado.ajuste o primeiro para continuar o traçado.
• Compasso
Usado para traçar circunferências e para transportar medidas. O
compasso tradicional possui uma ponta seca e uma ponta com
grafite.
Em um compasso ideal, suas pontas se tocam quando se fecha o
compasso, caso contrário o instrumento está descalibrado.
Os compassos também podem ter pernas fixas ou articuladas,
que pode ser útil para grandes circunferências. Alguns modelosque pode ser útil para grandes circunferências. Alguns modelos
possuem extensores para traçar circunferências ainda maiores.
• Escalímetro
Conjunto de réguas com várias escalas usadas em
engenharia. Seu uso elimina o uso de cálculos para
converter medidas, reduzindo o tempo de execução do
projeto.
O tipo de escalímetro mais usado é o triangular, com
escalas típicas de arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100,escalas típicas de arquitetura: 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100,
1:125. A escala 1:100 corresponde a 1 m = 1 cm, e pode ser
usado como uma régua comum (1:1).
• Folhas
O formato usado é o baseado na norma NBR 10068,
denominado A0 (A-zero). Trata-se de uma folha com 1 m2, cujas
proporções da altura e largura são de 1 . Todos os formatos
seguintes são proporcionais: o formato A1 tem metade da área
do formato A0, etc.
Cabe ao desenhista escolher o formato adequado, no qual o
desenho será visto com clareza.
Todos os formatos devem possuir margens: 25 mm no lado
esquerdo, 10 mm nos outros lados (formatos A0 e A1) ou 7 mm
(formatos A2, A3 e A4). Também costuma-se desenhar a legenda
no canto inferior direito.
Dobragem
Toda folha com formato acima do A4 possui uma forma
recomendada de dobragem. Esta forma visa que o desenho seja
armazenado em uma pasta, que possa ser consultada com
facilidade sem necessidade de retirá-la da pasta, e que a legenda
esteja visível com o desenho dobrado.
Primeiro dobra-se na horizontal (em “sanfona”), depois na
vertical (para trás), terminando a dobra com a parte da legenda
na frente. A dobra no canto superior esquerdo é para evitar de
furar a folha na dobra traseira, possibilitando desdobrar o
desenho sem retirar do arquivo.
Conceitos e convenções básicas
Caracteres
Assim como o resto do desenho técnico, as letras e algarismos
também seguem uma forma definida por norma. Até pouco
tempo atrás as letras eram desenhadas individualmente com o
auxílio de normógrafos e “aranhas”. Hoje, tem-se a facilidade de
um editor de texto para descrever o desenho.um editor de texto para descrever o desenho.
Cores
Desenhos técnicos, em geral, são representados em cor preta.
Com as atuais facilidades de impressão, tornou-se mais fácil usar
cores nos desenhos, mas não se deve exagerar.
Cada cor utilizada deve ser mencionada em legenda. Pode-seCada cor utilizada deve ser mencionada em legenda. Pode-se
usar cores para indicar peças diferentes, ou indicar o estado
atual de uma peça (a retirar, a construir, a demolir, etc).
Linhas
O tipo e espessura de linha indicam sua função no desenho.
Contínua larga – arestas e contornos visíveis de peças,
caracteres, indicação de corte ou vista.
Contínua estreita – hachuras, cotas Contínua a mão livre estreitaContínua estreita – hachuras, cotas Contínua a mão livre estreita
(ou contínua e “zig-zag”, estreita) – linha de ruptura
Tracejada larga – lados invisíveis
Traço e ponto larga – planos de corte (extremidades e mudança
de plano)
Traço e ponto estreita – eixos, planos de corte
Traço e dois pontos estreita – peças adjacentes
Legenda
A legenda não informa somente detalhes do desenho, mas
também o nome da empresa, dos projetistas, data, logomarca,
arquivo, etc.
É na legenda que o projetista assina seu projeto e marcaÉ na legenda que o projetista assina seu projeto e marca
revisões. Em folhas grandes, quando se dobra o desenho, a
legenda sempre deve estar visível, para facilitar a procura em
arquivo sem necessidade de desdobrá-lo.

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