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1 1 Lucas Ferraz Medicina – 1º P SP 3.4 OBJETIVOS: 1) Discutir o destino dos aminoácidos na formação de compostos nitrogenados não proteicos. 2) Caracterizar a estrutura e funções das porfirinas. 3) Caracterizar o metabolismo de síntese e degradação das porfirinas. 4) Caracterizar a estrutura e funções das bases nitrogenadas. 5) Caracterizar o metabolismo de síntese e degradação das bases nitrogenadas. 6) Conceituar e caracterizar o processo da gota úrica. 7) Discutir o mecanismo de ação da Colchicina e Alopurinol (Zyloric). 8) Discutir o metabolismo do álcool. 9) Discutir os mecanismos de regulação metabólica associados ao jejum e à ingestão de álcool. 1) DISCUTIR O DESTINO DOS AMINOÁCIDOS NA FORMAÇÃO DE COMPOSTOS NITROGENADOS NÃO PROTEICOS. 2) CARACTERIZAR A ESTRUTURA E FUNÇÕES DAS PORFIRINAS. As porfirinas são compostos cíclicos formados pela ligação de quatro anéis pirrólicos por meio de ligações de meteno (≠HC—). Nas porfirinas de ocorrência natural, várias cadeias laterais substituem os oito átomos de hidrogênios numerados dos anéis pirrólicos. As porfirinas formam complexos com íons metálicos que se ligam ao átomo de nitrogênio de cada um dos quatro anéis pirrólicos. Os exemplos incluem as ferro porfirinas, como a heme da hemoglobina, e a porfirina clorofila contendo magnésio, o pigmento fotossintético de plantas. As hemeproteínas estão por toda parte na biologia e atuam em diversas funções, incluindo, mas não limitadas a transporte e armazenamento de oxigênio (p. ex., hemoglobina e mioglobina) e transporte de elétrons (p. ex., citocromo c e citocromo P450). As hemes são tetrapirróis, dos quais dois tipos predominam, a heme b e o heme c. Na heme c, os grupos vinílicos da heme b estão substituídos por ligações covalentes tioéter a uma apoliproteína, comumente, via resíduos cisteinil. Ao contrário da heme b, a heme c não se dissocia prontamente de sua apoliproteína. Em geral, as holoproteínas de vertebrados ligam 1 mol de heme c por mol, embora as de invertebrados possam ligar significativamente mais moléculas de heme. 3) CARACTERIZAR O METABOLISMO DE SÍNTESE E DEGRADAÇÃO DAS PORFIRINAS. BIOSSÍNTESE Ocorre no processo de diferenciação das hemácias e das células musculares, com a finalidade de produzir hemoglobina e mioglobina. O lugar da síntese é a medula óssea, baço e o fígado e é dividida em quatro etapas: 1ª etapa: formação do ALA – Ácido aminolevulínico e a enzima marcapasso é a Ala-sintetase. 2ª etapa: 2 ALA formando o primeiro grupo pirrólico. 3ª etapa: 4 PBG formando anel. 4ª etapa: Adição do ferro. A primeira reação para a síntese do grupo heme ocorre na mitocôndria pela união de uma molécula de succinil-CoA e uma molécula de glicina através da reação catalisada pela enzima aminolevulinato sintetase (ALA sintetase). Esta reação gera aminocetoadipato, que é então descarboxilado a aminolevulinato (nas plantas, algas e na maior parte das bactérias, o aminolevulinato é formado a partir do glutamato e não da glicina). Assim, esta etapa constitui o passo limitante para a biossíntese do heme. Logo, o aminolevulinato é transportado para o citosol havendo dimerização catalisada pela enzima ALA desidratase (também chamada porfibilinogênio sintetase) para produzir porfobilinogênio. Após, ocorre a condensação de quatro moléculas de porfobilinogênio para produzir o intermediário preuroporfirinogênio. A enzima que catalisa esta condensação é a porfobilinogênio desaminase (PBG desaminase), também chamada uroporfirinogênio I sintetase. O preuroporfirinogênio terá dois destinos: isômeros I e III do uroporfirinogênio. O isômero I é uma molécula não metabolizável e o isômero III se forma pela ação conjunta da uroporfirinogênio sintetase e da uroporfirinogênio III cosintase. O uroporfirinogênio é descarboxilado pela enzima uroporfirinogênio descarboxilase e no produto resultante há substituição de grupos acetil por grupos metil, passando a ser chamado de 2 2 Lucas Ferraz Medicina – 1º P coproporfirinogênio. O coproporfirinogênio III é o intermediário mais comum na síntese do heme. O coproporfirinogênio III é transportado novamente para o interior da mitocôndria, onde dois grupos propiônicos são descarboxilados passando a grupos vinil por ação da coproporfirinogênio oxidase. O produto desta reação é o protoporfirinogênio IX, um composto incolor. Logo, este é convertido em protoporfirina IX pela protoporfirinogênio IX oxidase. A etapa final da síntese do heme envolve a inserção de um átomo de ferro no anel tetrapirrólico catalisada pela enzima ferroquelatase. DEGRADAÇÃO Acontece a cada 90 a 120 dias quando as hemácias circulantes são destruídas, o que acontece normalmente. As hemácias são degradadas liberando o grupo heme que, por sua vez, é degradado em cadeia globínica que é reaproveitada integralmente e a fração porfirínica que é convertida em pigmentos biliares que são excretados. A maior parte dos grupos heme provém das hemácias senescentes, que são capturadas pelo sistema retículo endotelial e sofrem degradação enzimática. No organismo humano cerca de 1 a 2 milhões de hemácias são destruídas por hora, gerando 6 gramas de hemoglobina para degradação e posterior formação de 300 miligramas de bilirrubina por dia. A hemoglobina é degradada em globina e grupos heme, onde a primeira é quebrada e transformada em aminoácidos para reutilização no organismo e, o segundo é fagocitado principalmente no fígado, baço e medula óssea, até a formação de bilirrubina. O átomo de ferro é carreado pela ferritina na circulação sanguínea e reutilizado para formação de outros grupos heme. A degradação do heme ocorre com a abertura do anel de tetrapirrol da porfirina pela ação da enzima heme oxigenase, onde há quebra da ponte metenil entre os pirróis I e II. Nesta reação ocorrem duas oxigenações e o NADPH, com seu poder redutor, libera Fe2+, CO e biliverdina, um pigmento verde. Tem sido estimado que mais de 86% do monóxido de carbono endógeno é derivado da quebra enzimática do heme, e a quantidade de monóxido de carbono respiratório tem sido usada como um mensurador indireto da produção de bilirrubina. Logo, através da enzima biliverdina redutase ocorre a formação de bilirrubina. Essa enzima adiciona um hidrogênio fornecido pelo NADPH reduzindo a dupla ligação entre os pirróis III e IV. O pigmento amarelo formado será carreado até o fígado pela albumina, onde será posteriormente conjugado e excretado. Em muitos mamíferos a atividade da biliverdina redutase hepática é suficiente para esta conversão e normalmente não há limite para a formação da bilirrubina. 4) CARACTERIZAR A ESTRUTURA E FUNÇÕES DAS BASES NITROGENADAS. As bases nitrogenadas são compostos químicos constituídos por anéis, levemente alcalinos, que possuem nitrogênio em sua composição. Elas, juntamente com um açúcar e um fosfato, formam o ácido ribonucleico (RNA) e o ácido desoxirribonucleico (DNA), encontrados nas células dos seres vivos. As bases nitrogenadas são classificadas em dois grandes grupos: →Bases púricas ou purinas: derivam da purina e possuem dois anéis (um hexagonal e um pentagonal) de carbono e nitrogênio. Fazem parte desse grupo a adenina (A) e a guanina (G); →Bases pirimídicas ou pirimidinas: derivam da pirimidina, são menores que as púricas e formadas por um anel (hexagonal) de carbono e nitrogênio. Fazem parte desse grupo a citosina (C), a timina (T) e a uracila (U). As bases nitrogenadas adenina, guanina e citosina são encontradas nas moléculas de DNA e RNA, enquanto a timina T pertence especificamente ao DNA e a uracila é exclusiva ao RNA. - As bases nitrogenadas se combinam para formar o nucleotídeo (função estrutural), assim, adenina e timina, citosina e guanina, duas purinase duas pirimidinas, se ligam por meio de pontes de hidrogênio, para formar o DNA, e, nesse mesmo arranjo, substituindo a timina pela uracila, têm-se o RNA. 3 3 Lucas Ferraz Medicina – 1º P 5) CARACTERIZAR O METABOLISMO DE SÍNTESE E DEGRADAÇÃO DAS BASES NITROGENADAS. →Síntese de Purinas As matérias-primas para a síntese de purina são: CO2, aminoácidos não essenciais (Asp, Glu, Gly), e derivativos de ácido fólico que atuam como doadores de um único átomo de carbono. Cinco moléculas de ATP são necessárias para a síntese de IMP, o primeiro produto de purina e precursor comum de AMP e GMP. O material inicial para a síntese de IMP é a ribose 5-fosfato, um produto da via de pentose fosfato. A primeira etapa, catalisada pela ribose fosfato pirofosfocinase (ou PRPP sintetase), gera a forma ativada da pentose fosfato pela transferência de um grupo pirofosfato do ATP para formar 5-fosforribosil-pirofosfato (PRPP). Em uma série de dez reações, o PRPP é convertido em IMP. A maioria dos carbonos e todos os nitrogênios do anel de purina são de derivativos dos aminoácidos: um carbono é derivado de CO2 e dois de N10 -formiltetra-hidrofolato (THF), um derivado do ácido fólico. A deficiência de folato pode comprometer a síntese de purinas, o que pode resultar em doença ou pode ser explorada clinicamente para matar células que se dividem rapidamente, as quais têm uma alta demanda da biossíntese de purinas. O produto final desta sequência de reações é o ribonucleotídio IMP; o nucleosídio é inosina e a base purínica é chamada hipoxantina. Além da síntese de novo, as células podem usar nucleotídios pré-formados, obtidos da dieta ou da quebra de ácidos nucleicos endógenos, por meio de vias de recuperação. Em mamíferos, existem duas enzimas na via de recuperação de purina. A adenina fosforibosil transferase (APRT) converte a adenina livre em AMP. A hipoxantina-guanina fosforribosil transferase (HGPRT) catalisa uma reação similar para hipoxantina (a base purínica no IMP) e guanina. Os nucleotídios purínicos são sintetizados preferencialmente por vias de recuperação, contanto que as bases livres estejam disponíveis. Esta preferência é mediada por inibição pela hipoxantina da amidofosforribosil transferase, etapa 2 da via de novo. Observe que essa etapa é o ponto de inibição da biossíntese de purina, uma vez que o PRPP é também usado em outros processos biossintéticos, incluindo vias de recuperação de nucleotídios. →Síntese das Pirimidinas Como ocorre com as purinas, as pirimidinas (uracil, citosina e timina) também são sintetizadas por meio de uma série complexa de reações usando matéria-prima comum disponível nas células. Uma importante diferença é que a base de pirimidina é produzida primeiramente e o açúcar é adicionado depois, enquanto as purinas são construídas em um esqueleto de ribose-5-P. O monofosfato de uridina (UMP) é o precursor de todos os nucleotídios pirimidínicos. A via de novo produz UMP, que é, então, convertido em trifosfato de citidina (CTP) e trifosfato de timidina (TTP). As vias de recuperação também usam pirimidinas pré- formadas. 6) CONCEITUAR E CARACTERIZAR O PROCESSO DA GOTA ÚRICA. A gota úrica é uma síndrome clínica causada por uma resposta inflamatória a cristais de monourato de sódio (MUS), que ocorre em pessoas com níveis elevados de ácido úrico. Existem formas agudas e crónicas. As formas agudas surgem como crises súbitas e autolimitadas de artrite (tumefacção, rubor, dor e calor de uma articulação) às quais chamamos artrite gotosa aguda, enquanto as formas crónicas resultam na deposição de agregados de cristais de MUS sob a forma de tofos intra e periarticulares com progressiva destruição articular. A esta forma crónica de gota é chamada de gota tofácea crónica. Para além das manifestações articulares a gota úrica apresenta manifestações renais (litíase renal e insuficiência renal) e metabólicas (hipertensão arterial, hipertrigliceridemia). Os doentes são frequentemente obesos, com elevados consumos de álcool e com algum grau de insulinorresistência. Os níveis de ácido úrico no sangue variam com a idade, o sexo, o peso, a prática de exercício físico, diminuição da função renal, consumo excessivo de bebidas alcoólicas (principalmente as bebidas destiladas) e com alguns medicamentos (diuréticos e salicilatos). Apresenta ainda flutuações diárias e sazonais. A elevação destes valores no sangue resulta de pelo menos um dos seguintes mecanismos: produção excessiva de ácido úrico ou diminuição da excreção renal do mesmo. O aumento de produção de ácido úrico pode ser o resultado de excesso de calorias (carnes vermelhas, marisco, cerveja, fígado, extractos de leveduras, carbohidratos), doenças em que ocorre uma morte celular maciça (tumores, psoríase, infecções graves, enfarte agudo do miocárdio, traumatismo, cirurgia), fármacos que levam a morte celular maciça (quimioterapia), ou defeito enzimático genético. A diminuição da eliminação renal de ácido úrico pode ser o resultado da acção de alguns medicamentos (diuréticos, salicilatos em baixas doses), de doença renal ou de um defeito enzimático genético. Condições como a diabetes mellitus, a hiperlipidemia, o hiperparatoroidismo, o 4 4 Lucas Ferraz Medicina – 1º P hipotiroidismo, a obesidade e a hipertensão arterial podem cursar com hiperuricémia. 7) DISCUTIR O MECANISMO DE AÇÃO DA COLCHICINA E ALOPURINOL (ZYLORIC). COLCHICINA A colchicina é uma substância que apresenta potente efeito anti-inflamatório. Seu mecanismo de ação ainda não está totalmente esclarecido, mas se dá através da inibição de vários processos envolvidos na produção de inflamação pelo organismo, incluindo ação inibitória sobre células de defesa, como neutrófilos e monócitos. A colchicina não age diretamente sobre a causa da gota, que são os níveis elevados de ácido úrico no sangue. ALOPURINOL Alopurinol inibe a xantina-oxidase, a enzima que cataliza a conversão da hipoxantina em xantina e a conversão da xantina em ácido úrico, reduzindo as concentrações séricas do ácido úrico. O oxipurinol, metabólito do alopurinol, também inibe a xantina-oxidase. A droga difere, portanto, dos agentes uricosúricos que diminuem as concentrações de urato por aumento da excreção urinária do ácido úrico. Alopurinol não interfere diretamente na síntese de purina ou ácido nucléico. O Alopurinol e seu principal metabólito ativo, o oxipurinol (aloxantina), inibem a xantina oxidase que é a enzima que catalisa a conversão da hipoxantina em xantina e a conversão da xantina em ácido úrico; assim a síntese de ácido úrico se reduz, diminuindo os níveis plasmáticos e a excreção renal deste. A redução dos níveis de ácido úrico auxilia a mobilização dos depósitos de uratos dos tecidos. A síntese de purinas também é inibida. Em baixas concentrações, o Alopurinol é um substrato e inibidor competitivo dessa enzima; em altas concentrações, atua como inibidor não-competitivo. O oxipurinol é um inibidor não-competitivo da enzima; a produção desse composto, associada à sua longa permanência nos tecidos, é responsável por grande parte da atividade farmacológica do Alopurinol. Na ausência de Alopurinol, o conteúdo urinário de purinas consiste quase unicamente em ácido úrico. Durante o tratamento com Alopurinol, as purinas urinárias dividem-se entre a hipoxantina, a xantina e o ácido úrico. Como cada um deles tem sua solubilidade independente, a concentração de ácido úrico no plasma é reduzida sem expor o trato urinário a uma sobrecarga excessiva de ácido úrico e à probabilidade de formação de cálculos. Ao reduzir a concentração plasmática de ácido úrico abaixo de seu limite de solubilidade, o Alopurinol facilita a dissolução dos tofos e impede o desenvolvimento ou a progressão da artritegotosa crônica. A formação de cálculos de ácido úrico praticamente desaparece com a terapia, impedindo o desenvolvimento da nefropatia. 8) DISCUTIR O METABOLISMO DO ÁLCOOL. A maior parte do álcool ingerido é metabolizado no fígado pela ação da enzima álcool desidrogenase (ADH). Esta enzima converte o álcool em acetaldeído, que mesmo em pequenas concentrações, é tóxico para o organismo. A enzima aldeído desidrogenase (ALDH), por sua vez, converte o acetaldeído em acetato3. A maior parte do acetato produzido atinge outras partes do organismo pela corrente sanguínea, onde participa de outros ciclos metabólicos. O álcool (etanol) é uma pequena molécula, solúvel em água e em lipídios sendo desintoxicado e eliminado através de uma série de reações oxidativas em que a primeira é catalisada por uma enzima, a Álcooldesidrogenase (ADH). Quando o indivíduo já é um alcoólico crônico ou bebe excessivamente a atividade do ADH é suprimida, esse bloqueio trás a tona duas outras vias, “vias de recurso”: a via do Sistema Mitocondrial de oxidação do etanol (MEOS) e a da catalase. Pode ser dividida em duas fases. A primeira fase ocorre ainda no citoplasma, iniciada pela enzima alcooldesidrogenase (ADH) que converte o etanol em acetaldeído. Em uma segunda fase, agora na mitocôndria, a enzima aldeído desidrogenase (ALDH) converte o aldeído em ácido acético (acetato), que é finalmente convertido em dióxido de carbono e água, liberando energia. É importante observar que, o consumo de etanol leva ao acúmulo de NADH. Essa alta concentração de NADH, inibe a gliconeogênese, pois impede a oxidação do lactato a piruvato. Com efeito, as altas concentrações de NADH determinarão o predomínio da reação inversa, com acúmulo de lactato. As consequências podem ser hipoglicemia e acidose láctica. A fartura de NADH também inibe a oxidação de ácidos graxos. O propósito metabólico da oxidação de ácidos graxos é gerar NADH para a produção de ATP pela fosforilação oxidativa, porém as necessidades de NADH do indivíduo que consome álcool são supridas pelo metabolismo do etanol. Dessa forma, o excesso de NADH sinaliza que as condições estão corretas para a síntese de ácidos graxos. Como 5 5 Lucas Ferraz Medicina – 1º P consequência, há acúmulo de triacilgliceróis no fígado, o que causa uma condição conhecida como “fígado gorduroso” ou esteatose hepática, que é exacerbada nos indivíduos obesos. Importante lembrar que os efeitos bioquímicos do consumo de etanol podem ser muito rápidos. Por exemplo, a gordura acumula-se no fígado dentro de poucos dias de consumo moderado de álcool. Esse acúmulo é reversível com a diminuição do consumo de álcool. Nesse mecanismo oxidativo, a hemeproteína citocromo P- 450 que atua no reticulo endoplasmático liso é quem irá converter o etanol em acetaldeído. Vale destacar que há consumo de NADPH e O2 (podendo levar o indivíduo alcoolista crônico à hipóxia) e produção de H2O e radicais livres (devido ao grande uso de NADPH, envolvido na retenção de radicais livres no organismo). Relembrando que essa vai atua no alcoolismo crônico sendo responsável pelo aumento da degradação do etanol nestas condições o que irá provocar o aumento da concentração de acetaldeído e acetato na corrente sanguínea. As mitocôndrias hepáticas podem converter o acetato em acetil-CoA, em uma reação que necessita de ATP. Acetato + coenzima A + ATP → acetil-CoA + AMP + PPi PPi → 2 Pi Entretanto, o processamento posterior da acetil-CoA pelo ciclo do ácido cítrico é bloqueado, visto que o NADH inibe duas enzimas reguladoras importantes do ciclo do ácido cítrico. 9) DISCUTIR OS MECANISMOS DE REGULAÇÃO METABÓLICA ASSOCIADOS AO JEJUM E À INGESTÃO DE ÁLCOOL.
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