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Introdução à Imunologia

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Maria Eduarda de Alencar 
Odontologia 2019.2 
Introdução à Imunologia 
 Imunologia: É o estudo do sistema 
imunológico, incluindo suas respostas aos 
patógenos microbianos e tecidos danificados e seu 
papel na doença. Esse estudo é o que permite o 
entendimento de doenças causadas por anomalias 
do sistema imunológico – autoimunidade, 
alergias, rejeição e imunodeficiência – o 
desenvolvimento de vacinas e o diagnóstico 
imunológico das doenças; 
 Imunidade: Resistência a doenças, mais 
precisamente às doenças infecciosas; 
 Sistema imunológico: Conjunto de células, 
tecidos e moléculas que medeiam a resistência às 
infecções; 
 Sua função fisiológica mais importante é 
prevenir as infecções e erradicar as infecções 
estabelecidas (garante a homeostasia). 
 Resposta imunológica: Reação coordenada das 
células e moléculas do sistema imunológico aos 
microrganismos infecciosos; 
 As respostas imunológicas anormais são 
responsáveis por diversas doenças 
inflamatórias com alto grau de morbidade e 
mortalidade. Além disso, é a principal barreira 
para o sucesso dos transplantes. 
OBS.: Manipulação do sistema imunológico como 
terapêutica, imunossupressão – tratamento de 
doenças imunológicas – imunoregulação – 
intervenções imunoterapêuticas. 
Imunidade Inata e Imunidade Adquirida 
 Constituem os mecanismos de defesa do 
hospedeiro, sendo responsáveis pela proteção 
inicial contra as infecções – imunidade inata – e a 
defesa especializada, mais eficaz contra as 
infecções – imunidade adquirida. 
 
 Imunidade Inata, Natural ou Nativa 
- Sempre presente em indivíduos saudáveis; 
- Bloqueia a entrada de microrganismos e elimina 
rapidamente aqueles que conseguem entrar nos 
tecidos do hospedeiro; 
- Reconhecem estruturas comuns as classes de 
microrganismos; 
- Filogeneticamente mais antiga. 
 Imunidade Adquirida, Específica ou 
Adaptativa 
- Requer a expansão e a diferenciação dos 
linfócitos em resposta a microrganismos antes 
que possa oferecer uma defesa eficaz; 
- Suas células expressam receptores que 
reconhecem especificamente uma variedade 
muito maior de moléculas produzidas pelos 
microrganismos, assim como substâncias não 
infeciosas – os antígenos; 
- Evolui posteriormente a imunidade inata. 
PROCESSO DE DEFESA 
 A 1° linha de defesa é formada pelas barreiras 
epiteliais – imunidade inata – células e 
antibióticos naturais presentes no epitélio 
bloqueiam a entrada dos microrganismos; 
 Se os patógenos (microrganismos capazes de 
causar doença) passarem pela barreira epitelial e 
chegarem nos tecidos ou na circulação eles são 
atacados por fagócitos, linfócitos especializados – 
células natural killer (NK) – e por diversas 
proteínas plasmáticas, incluindo as proteínas do 
sistema complemento; 
 Esses mecanismos reconhecem e reagem 
especificamente contra microrganismos, 
fornecendo a defesa inicial. Além disso, a 
ativação deles estimula a ativação da 
imunidade adquirida contra os agentes 
infecciosos. 
 As respostas imunológicas adquiridas se 
tornam necessárias, especialmente no caso 
microrganismos que sejam patogênicos para 
humanos e que possam ter evoluído para resistir a 
imunidade inata. Essa resposta é dada pelos 
linfócitos e seus produtos, como os anticorpos; 
Resumo do Abbas 
Cap. 1 
 Pode ainda haver uma cooperação entre a 
imunidade inata e a adaptativa, onde a segunda 
usa células e moléculas da primeira para eliminar 
os microrganismos. Por exemplo, os anticorpos – 
imunidade adquirida – se ligam aos 
microrganismos, que quando revestidos por esses 
produtos, ligam-se as células fagocitárias – 
imunidade inata – ativando-as e sendo ingeridos e 
destruídos por elas. 
Tipos de Imunidade Adquirida 
 Existem dois tipos: imunidade humoral e 
imunidade celular, estas são mediadas por células 
e moléculas diferentes e fornecem a defesa contra 
microrganismos extracelulares e intracelulares, 
respectivamente; 
 
 Imunidade Humoral 
- Mediada por proteínas produzidas pelos 
linfócitos B, os anticorpos – reconhecem antígenos 
microbianos extracelulares, sendo capazes de 
reconhecer muitos tipos diferentes de moléculas, 
incluindo proteínas, carboidratos, ácidos nucléicos 
e lipídios; 
- Os anticorpos são secretados na circulação e nos 
líquidos das mucosas, tendo a função de impedir 
que patógenos presentes nas mucosas e no 
sangue tenham acesso e colonizem as células e os 
tecidos conjuntivos do hospedeiro, ou seja, eles 
impedem que as infecções se estabeleçam; 
 
 Imunidade Celular 
- Mediada por células conhecidas como linfócitos 
T – reconhecem antígenos produzidos pelos 
microrganismos intracelulares, sendo capazes de 
reconhecer apenas antígenos proteicos; 
- Alguns linfócitos T – linfócitos T auxiliares – 
ativam fagócitos para destruir os microrganismos 
ingeridos pelas células fagocitárias nas vesículas 
fagocíticas. Outros – linfócitos T citotóxicos – 
destroem qualquer tipo de célula do hospedeiro 
que apresentem microrganismos infecciosos em 
seu citoplasma; 
IMUNIDADE ATIVA E PASSIVA 
 A imunidade pode ser induzida em um 
indivíduo pela infecção ou pela vacinação – 
imunidade ativa. O indivíduo exposto aos 
antígenos de um patógeno ao desenvolver uma 
resposta ativa contra a infecção cria uma 
resistência a infecções posteriores pelo mesmo 
microrganismo; 
 A imunidade pode ainda ser conferida a um 
indivíduo pela transferência de anticorpos ou 
linfócitos de um indivíduo imunizado ativamente – 
imunidade passiva. O receptor é capaz de 
combater a infecção durante o tempo de vida 
limitado dos anticorpos ou células transferidos. 
Dessa forma, a imunidade passiva é útil para 
conferir imunidade rapidamente, não produzindo 
uma resistência duradoura à infecção. Ex. 
fisiológico: Recém-nascido – recebe anticorpos da 
mãe por meio da placenta ou pelo leite materno. 
Propriedades da Resposta Imunológica 
Adquirida 
 Especificidade e Diversidade 
- Especificidade: É a capacidade de distinguir entre 
muitos antígenos diferentes, garantindo que 
antígenos diferentes ativem respostas específicas. 
Clones de linfócitos com diversos receptores 
originados em órgãos linfoides  Clones de 
linfócitos maduros com receptores para muitos 
antígenos que entram no tecido linfoide  Clones 
antígeno específicos ativados pelo contato com 
antígenos  Ocorre a resposta imunológica 
antígeno-específica; 
OBS.: Clones se refere a uma população de 
linfócitos com receptores de antígenos idênticos. 
Resumo do Abbas 
Cap. 1 
- Diversidade: A grande variedade de linfócitos 
garante que o sistema imunológico responda a 
uma grande variedade de antígenos; 
 
 Memória 
- Memória Imunológica: O sistema imunológico 
desenvolve respostas mais acentuadas e mais 
eficazes a exposições repetidas ao mesmo 
antígeno. Cada encontro com um microrganismo 
gera mais células de memória e ativa células de 
memória produzidas anteriormente; 
- A resposta à 1° exposição é chamada de resposta 
imunológica primária, é mediada pelos linfócitos 
virgens (ou naive). Encontros subsequentes com o 
mesmo antígeno levam a respostas imunológicas 
secundárias, mediada pelos linfócitos de 
memória, geralmente essas são respostas mais 
rápidas, acentuadas e eficazes; 
 
OBS.: Cada antígeno (X e Y) seleciona um clone 
preexistente de linfócitos específico e estimula a 
proliferação e a diferenciação daquele clone. 
 
 
 Expansão Clonal 
- Eleva o número de linfócitos antígeno-específicos 
para acompanhar o aumento dos microrganismos; 
 Especialização 
- Gera resposta ótima para a defesa contra 
diferentes tipos de microrganismos; 
 Contração e Homeostasia 
- Todas as respostas imunes normais diminuem 
com o tempo após a estimulação pelo antígeno, 
retornando, assim, ao seu estado de repouso, 
chamado de homeostasia. Esta contração das 
respostas imunes ocorre porque as respostas que 
são disparadas por antígenos funcionam, para 
eliminar os antígenos, quando eles são eliminados 
elas não se fazem mais necessárias. Os linfócitos, 
excetoas células de memória, que são privados 
destes estímulos morrem por apoptose; 
 
 Não Reatividade Própria 
- O sistema imune de todos os indivíduos normais 
tem a habilidade em reconhecer, responder e 
eliminar muitos antígenos estranhos, não 
próprios, mas não reagem negativamente às 
substâncias antigênicas do hospedeiro – 
autoantígenos. A tolerância aos próprios 
antígenos, ou autotolerância, é mantida por vários 
mecanismos. Anormalidades na indução ou 
manutenção da autotolerância levam a respostas 
imunes contra os próprios antígenos, resultando 
em doenças autoimunes. 
Células do Sistema Imunológico 
 As células desse sistema consistem em 
linfócitos – células apresentadoras de antígeno, 
que capturam e apresentam antígenos 
microbianos – e células efetoras, linfócitos 
Resumo do Abbas 
Cap. 1 
ativados e outras células (particularmente outros 
leucócitos) – eliminam microrganismos; 
LINFÓCITOS 
 São as únicas células que possuem receptores 
específicos para antígenos diversos, sendo os 
principais mediadores da imunidade adquirida; 
 Embora todos os linfócitos tenham uma 
aparência comum e sejam morfologicamente 
iguais, sua linhagem, função e fenótipo são 
heterogêneos. Eles são diferenciados pelas 
proteínas de superfície. A nomenclatura padrão 
para essas proteínas é a designação numérica CD 
(cluster of differenciation - grupo de 
diferenciação); 
 Linfócitos B 
- Fazem parte da imunidade humoral (atacam 
microrganismos extracelulares). São as únicas 
células capazes de produzir anticorpos; 
- Os linfócitos B apresentam anticorpos em suas 
membranas, que servem como receptores para 
reconhecer antígenos e iniciam o processo de 
ativação das células B; 
 Linfócitos T 
- São responsáveis pela imunidade celular. Os 
receptores de antígenos dos linfócitos T 
reconhecem apenas fragmentos peptídicos de 
proteínas antigênicas que são ligadas a moléculas 
de apresentação especializadas – moléculas do 
complexo principal de histocompatibilidade – na 
superfície de células apresentadoras de antígenos 
– células dendríticas, macrófagos, células 
dendríticas foliculares; 
- Linfócitos T CD4+: Chamadas de células T 
auxiliares, ajudam os linfócitos B a produzir 
anticorpos e as células fagocitárias a ingerir os 
microrganismos; 
- Linfócitos T reguladores: Algumas células T CD4+ 
fazem parte de uma subclasse especial, que 
funciona para prevenir ou limitar a resposta 
imune, essas células são chamadas linfócitos T 
reguladores; 
- Linfócitos T CD8+: Chamados de linfócitos T 
citotóxicos, destroem as células infectadas por 
microrganismos intracelulares; 
- Células natural killer (NK): Matam células 
infectadas do hospedeiro, mas diferentemente 
das células B e T, elas não expressam receptores 
de antígenos distribuídos clonalmente. Essas 
células são componentes da imunidade inata, 
capaz de atacar rapidamente células infectadas; 
 
- Todos os linfócitos se originam de células tronco 
da medula óssea, os linfócitos B amadurecem na 
medula óssea, e os linfócitos T amadurecem no 
timo. Esses locais onde os linfócitos amadurecem 
são chamados de órgão linfoides geradores. Os 
linfócitos maduros saem dos órgãos linfoides 
geradores e entram na circulação e nos órgãos 
linfoides periféricos, onde pode encontrar 
antígeno para o qual expressam receptores 
específicos; 
 Linfócitos Virgens: São células que residem ou 
circulam entre os órgãos linfoides periféricos, 
sobrevivendo por várias semanas ou meses, 
esperando encontrar um antígeno e responder a 
ele. Esses linfócitos possuem receptores para 
antígenos, mas não conseguem eliminá-los, 
sendo necessária sua ativação – desencadeada 
pelo reconhecimento dos antígenos microbianos 
e dos sinais adicionais desencadeados pelos 
patógenos. Quando ocorre a ativação, os 
linfócitos virgens iniciam a sua proliferação e 
diferenciação em células efetoras e células de 
memória, sendo agora capaz de combater os 
antígenos. Caso não sejam ativados eles sofrem 
apoptose e são substituídos por novas células; 
 Células Efetoras: São da progênie diferenciada 
de células virgens, que tem a habilidade de 
Resumo do Abbas 
Cap. 1 
produzir moléculas cuja função é eliminar 
antígenos; 
 Células Efetoras da Linhagem de Linfócitos B 
- São células que secretam anticorpos, conhecidas 
como plasmócitos. Os plasmócitos desenvolvem-
se em resposta à estimulação antigênica nos 
órgãos linfoides periféricos, onde podem 
permanecer e produzir anticorpos; 
- Plasmoblastos: Também presentes no sangue, 
alguns migram para a medula ósseas e 
diferenciam-se em plasmócitos de vida longa. 
Essas células garantem uma proteção imediata em 
caso de recorrência da infecção, pois continuam a 
produzir pequenas quantidades anticorpos 
mesmo depois da infecção ser erradicada; 
 Células Efetoras T CD4+ 
- Produzem citocinas – proteínas – capazes de 
ativar os linfócitos B, os macrófagos e outros tipos 
de células; 
 Células Efetoras T CD8+ 
- Possuem ferramentas para destruir as células do 
hospedeiro que estão infectadas; 
OBS.: Os linfócitos efetores T possuem vida curta 
e morrem conforme o antígeno é eliminado. 
 
 Células de Memória: Também geradas da 
progênie de linfócitos estimulados pelo antígeno, 
sobrevivem muito tempo na ausência dele, 
diferente das efetoras – por isso o número delas 
aumenta com a idade, devido à exposição a 
microrganismos. Os sinais que as geram e as 
mantêm não são bem compreendidos, mas 
incluem citocinas. São funcionalmente silenciosas, 
só apresentam função efetora ao encontrar 
antígenos. Quando encontram o mesmo antígeno 
que induziu seu desenvolvimento, elas respondem 
rapidamente, iniciando respostas imunológicas 
secundárias; 
 
CÉLULAS EFETORAS 
- Leucócitos: Além dos linfócitos, para a 
eliminação dos patógenos são necessários 
leucócitos não linfoides, como os granulócitos – 
neutrófilos e eosinófilos – e os macrófagos e 
monócitos. Esses leucócitos podem funcionar 
como células efetoras da imunidade inata e da 
imunidade adquirida; 
 Imunidade Inata 
- Os macrófagos e alguns granulócitos reconhecem 
os microrganismos diretamente, eliminando-os; 
 Imunidade Adaptativa 
- As substâncias produzidas pelos linfócitos B e T 
intensificam as atividades dos macrófagos e 
recrutam outros leucócitos e os ativam para 
destruírem microrganismos; 
CÉLULAS APRESENTADORAS DE ANTÍGENOS 
 As células apresentadoras de antígenos (APC) 
são células especializadas, localizadas nos 
epitélios das portas comuns de entrada dos 
microrganismos – pele, trato gastrointestinal e 
trato respiratório. Essas células capturam os 
antígenos, transportam eles para os tecidos 
linfoides periféricos e os expõe aos linfócitos; 
 Células Dendríticas 
- Iniciação da resposta de células T. Elas possuem 
longos processos membranares superficiais que 
auxiliam na sua função de captura dos antígenos 
proteicos dos patógenos que entram através do 
epitélio. Ao capturá-los, as células dendríticas 
transportam eles para os linfonodos regionais, 
onde apresentam porções do antígeno para serem 
reconhecidos pelos linfócitos T. Essas células são 
as APC mais eficazes para iniciar respostas de 
células T. Elas respondem aos microrganismos 
produzindo proteínas de superfície e proteínas 
secretadas que são necessárias, juntamente com o 
antígeno, para ativar os linfócitos T virgens para a 
proliferação e diferenciação das células efetoras; 
OBS.: Essas células especializadas que fazem a 
apresentação do antígeno às células T e fornecem 
o sinal adicional às vezes são chamadas de APC 
profissionais. Além das células dendríticas, 
macrófagos, células B e algumas outras células 
também podem desempenhar essa função em 
diversas respostas imunológicas. 
Resumo do Abbas 
Cap. 1 
 Macrófagos 
- Fase efetora da imunidade mediada por célula. 
Os macrófagos que vivem nos tecidos e em 
diversos órgãos, tem a função de fagocitar 
microrganismos que entraram através do epitélio. 
Além disso, se o microrganismo ou seus antígenosentram em órgãos linfoides, eles podem ser 
capturados e apresentados aos linfócitos pelos 
macrófagos que vivem nesses órgãos, e também 
pelas células dendríticas; 
 Células Dendríticas Foliculares 
- Exposição dos antígenos aos linfócitos B na 
resposta imunológica humoral. Sabe-se pouco a 
respeito delas. Essas células residem nos centros 
germinativos dos folículos linfoides dos órgãos 
linfoides periféricos e apresenta antígenos que 
estimulam a diferenciação das células B nos 
folículos; 
CÉLULAS SANGUÍNEAS 
 Fagócitos 
- Os fagócitos, incluindo neutrófilos e macrófagos, 
são as células cuja função primária é ingerir e 
destruir microrganismos e se livrar dos tecidos 
danificados. Essas células são importantes na 
imunidade inata e também na fase efetora de 
algumas respostas imunes adaptativas 
- As respostas funcionais dos fagócitos incluem: 
recrutamento das células para locais de infecção, 
reconhecimento e ativação pelos microrganismos, 
ingestão dos microrganismos por processo de 
fagocitose e destruição dos microrganismos 
ingeridos. Além disso, pelo contato direto e pela 
secreção de citocinas, os fagócitos se comunicam 
com outras células de modo a promover ou 
regular as respostas imunes; 
- Neutrófilos: Também chamados de leucócitos 
polimorfonucleares, constituem a população mais 
abundante de células brancas sanguíneas 
circulantes, sendo responsáveis pelas fases 
iniciais das reações inflamatórias. Seu citoplasma 
contém grânulos de dois tipos: grânulos 
específicos – lisozima, colagenase e elastase – e 
grânulos aurofílicos – lisossomas que contêm 
enzimas e outras substâncias microbicidas, 
incluindo defensinas e catelicidinas. São 
produzidos na medula óssea e surgem de 
precursores que também dão origem a fagócitos 
mononucleares. Essas células podem migrar 
rapidamente para locais de infecção após a 
entrada de microrganismos. Após sua entrada nos 
tecidos, os funcionam por somente 1 a 2 dias e, 
então, morrem; 
 
- Monócitos e Macrófagos: O sistema fagócito 
mononuclear inclui as células circulantes, os 
monócitos, e células residentes teciduais, os 
macrófagos. Nos adultos, as células da linhagem 
de macrófago surgem a partir de células 
precursoras na medula óssea, direcionadas por 
uma proteína denominada fator estimulador de 
colônia de monócito (ou macrófago) (M-CSF). 
Esses precursores evoluem para monócitos, que 
entram e circulam no sangue e, então, migram 
para os tecidos, especialmente durante as reações 
inflamatórias, onde eles então amadurecem em 
macrófagos; 
 
 Mastócitos, Basófilos e Eosinófilos 
- São três células adicionais que têm papel nas 
respostas imunes inata e adaptativa. Todos os 
três tipos de células apresentam grânulos 
citoplasmáticos contendo vários mediadores 
inflamatórios e antimicrobianos, além disso, 
estão envolvidos nas respostas imunes que 
protegem contra helmintos e reações que 
causam doenças alérgicas; 
- Mastócitos: São células derivadas da medula e 
presentes na pele e mucosa epitelial, contendo 
abundantes grânulos citoplasmáticos cheios de 
histamina e outros mediadores. O fator de 
citocina de célula-tronco (também denominado 
ligante c-Kit) é essencial para o desenvolvimento 
do mastócito. Normalmente, os mastócitos 
maduros não são encontrados na circulação, mas 
estão presentes nos tecidos, em geral junto a 
pequenos vasos sanguíneos e nervos. Essas células 
expressam receptores de alta afinidade na 
Resumo do Abbas 
Cap. 1 
membrana plasmática para o anticorpo IgE e, 
geralmente, são recobertos com esses anticorpos. 
Quando os anticorpos na superfície dos 
mastócitos se ligam ao antígeno, desencadeiam 
eventos de sinalização e levam à liberação dos 
conteúdos dos grânulos citoplasmáticos para 
dentro do espaço extravascular – promove 
mudanças nos vasos sanguíneos que causam 
inflamação. Estas células fornecem defesa contra 
helmintos e outros microrganismos, mas também 
são responsáveis pelos sintomas das doenças 
alérgicas; 
 
- Basófilos: São granulócitos sanguíneos com 
muitas similaridades estruturais e funcionais com 
os mastócitos. Assim como os granulócitos – 
neutrófilos e eosinófilos – os basófilos são 
derivados de progenitores da medula óssea, 
amadurecem na medula óssea e circulam no 
sangue. Constituem menos de 1% dos leucócitos 
sanguíneos, e embora normalmente não estejam 
presentes nos tecidos, podem ser recrutados 
para alguns locais inflamatórios. Essas células 
contêm grânulos que são capazes de sintetizar 
muitos dos mesmos mediadores dos mastócitos. 
Assim como os mastócitos, os basófilos expressam 
receptores para IgE, ligam IgE e podem ser 
ativados por antígeno ligado à IgE. Como seu 
número é pequeno nos tecidos, sua importância 
na defesa do hospedeiro e nas reações alérgicas 
é incerta; 
 
- Eosinófilos: São granulócitos sanguíneos que 
expressam grânulos citoplasmáticos contendo 
enzimas que são danosas às paredes celulares de 
parasitas, mas também podem danificar os 
tecidos do hospedeiro. Assim como os neutrófilos 
e basófilos, os eosinófilos são derivados da medula 
óssea. As citocinas GM-CSF, IL-3 e IL-5 promovem 
a maturação dessas células a partir de precursores 
mieloides. Alguns eosinófilos normalmente estão 
presentes nos tecidos periféricos, especialmente 
nas coberturas mucosas dos tratos respiratório, 
gastrintestinal e geniturinário, e seus números 
podem aumentar com o recrutamento a partir do 
sangue em uma situação de inflamação.

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