Sorologia

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Imunologia
Sorologia
A sorologia é uma área muito importante no tratamento de algumas
doenças por intoxicação, principalmente por envenenamento ou
acidentes ofídicos e toxicológicos, ou em infecções provocadas por
bactérias.
 Soroterapia, que se ocupa dos tratamentos feitos com a utilização
de soros ou anti soros, que são soros produzidos para atuar contra
os efeitos de toxinas, venenos, ou infecções.
 Sorodiagnóstico, que é a utilização do soro, principalmente de
animais que tiveram contato com patógenos, para buscar o
diagnóstico desses indivíduos dentro de uma população e também
tomar ações de prevenção de disseminação de doenças.
A sorologia pode ser dividida em duas áreas:
A soroterapia foi desenvolvida no final do século XIX, principalmente na
perspectiva de tratar pessoas que estavam com quadro de infecção
de difteria.
O Bering descobriu que se ele utilizasse soro de cavalos imunizados
com a toxina diftérica em pessoas que estavam com quadro da
doença, a chance dessas pessoas sobreviverem aumentava
significativamente. Mas com o tempo, o trabalho de soroterapia deu
origem a outros métodos de tratamento utilizando anti soros, como
atualmente utilizam-se anti soros para casos de picadas de
escorpiões, picadas de aranhas, e em acidentes ofídicos.
O pai da sorologia e da soroterapia é o médico prussiano do final do
século XIX, Emil Adolf von Bering.
Soro antiofídico
Aplicações
Primeiro inocula-se em um cavalo saudável uma dose sub letal de
veneno da serpente, atualmente é preciso fazer mais de uma aplicação
para garantir uma boa produção de anticorpos.
Posteriormente, a partir de 30 dias, é feita uma coleta de sangue no
animal. E a partir da coleta de sangue do animal é extraída a parte
líquida do sangue, que é o soro. Após o processo de coagulação, as
células são separadas, e aí busca-se concentrar as proteínas (os
anticorpos) do soro capazes de fazer a neutralização dos venenos. 
Uma outra aplicação do uso do soro é a utilização do soro para
diagnóstico.
Se toda vez que um indivíduo tem uma infecção, produz uma resposta
imune com a produção de anticorpos direcionados para o patógeno
que desencadeou o processo de infecção, então uma boa estratégia
para tentar saber se o animal teve infecção ou não é buscar a
presença desses anticorpos com capacidade de se ligar ao patógeno. 
Também em situações de imunização: quando se quer saber se uma
vacinação foi efetiva. Eventualmente há um tempo entre o contato
com o antígeno do patógeno e o aparecimento dos anticorpos, o que
geralmente leva de 15 a 21 dias. 
O momento onde os anticorpos aparece no organismo é chamado de
soroconversão.
Sorodiagnóstico
A diluição seriada, consiste na diluição sequência do soro do
animal. Ela é feita para saber até que ponto é possível detectar a
presença de anticorpos. Quanto mais eu diluo o soro, menos
anticorpos eu espero encontrar. Se mesmo após a diluição eu
conseguir identificar a presença de anticorpos, isso indica que o
contato daquele animal com o patógeno foi extremamente intenso
e gerou uma produção intensa de anticorpos. A maior fração aonde
eu consigo identificar a presença da ligação antígeno é chamado
de titulo. 
Quando eu coloco uma solução de antígenos e uma solução de
anticorpos em contato uma com a outra, se houver uma
quantidade suficiente de antígenos e anticorpos, há a formação de
estruturas de alto peso molecular chamada de grumus,
perceptíveis a olho nu. Quando essas estruturas são perceptíveis,
nós dizemos que houve uma aglutinação. A aglutinação é feita nase
identificação do teste sanguíneo e na medicina veterinária
utilizasse a técnica de aglutinação em placa para o diagnóstico de
brucelose, uma doença que acomete bovinos e provoca gota, e
que é uma zoonose também.
A precipitação é feita quando você coloca em um meio gelatinoso
uma solução de antígeno e uma solução de anticorpos, e você quer
verificar se há precipitação nesse meio gelatinoso. Isso é feito nos
testes de imunodifusão radial, que é o teste utilizado para fazer o
diagnóstico de anemia infecciosa equina.
O soro diagnóstico utiliza algumas técnicas. 
Uma das primeiras técnicas que é utilizada dentro da sorologia é a
diluição seriada.
Uma outra técnica é a técnica de aglutinação.
OBS.: O grumu só é formado quando há uma proporção ideal entre
anticorpos e antígenos. Essa proporção é chamada de zona de
equivalência.
A terceira técnica é chamada de precipitação.