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Elementos da Responsabilidade Civil

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1. 
 
Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de Ricardo, 
profissional liberal, um carro seminovo (30.000km) da marca Y pelo preço de R$ 
24.000,00. Ficou acertado que Ricardo faria a revisão de 30.000km no veículo 
antes de entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de 2017. Ricardo, porém, 
não realizou a revisão e omitiu tal fato de Juliana, pois acreditava que não 
haveria qualquer problema, já que, aparentemente, o carro funcionava bem. No 
dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em razão de defeito no freio 
do carro, com a perda total do veículo. A perícia demostrou que a causa do 
acidente foi falha na conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do 
freio não tinham sido trocadas na revisão de 30.000km, o que era essencial para 
a manutenção do carro. Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana (perda total do carro), 
tendo em vista que o carro estava aparentemente funcionando bem no momento da tradição. 
 
 
Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com o acidente sofrido 
por Juliana. 
 
 
Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em vista que ela não foi 
realizada conforme previsto no contrato. 
 
 
Ricardo não responde por qualquer dano. 
 
Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, com a perda total do carro, tendo em 
vista que o perecimento do bem foi devido a vício oculto já existente ao tempo da tradição. 
 
 
 
Explicação: O caso em questão trata do instituto do vício redibitório. O veículo pereceu por conta de vício 
oculto preexistente à tradição que teria sido identificado se Ricardo tivesse realizado a revisão do carro, 
obrigação por ele assumida e não realizada. Deve, portanto, restituir o que recebeu e ainda indenizar 
Juliana por perdas e danos, nos ditames do art. 443 do CC. 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
Com relação à responsabilidade é possível se afirmar: 
 
 
que nem sempre é decorrência de uma violação da obrigação já que é possível se falar em 
responsabilidade sem obrigação pré existente; 
 
 
obrigação e responsabilidade são expressões sinônimas; 
 
 
será ela sempre decorrente da violação de uma obrigação em razão de termos adotado o método 
alemão; 
 
a responsabilidade é um antecedente lógico da obrigação; 
 
 
n.d.a. 
 
 
 
Explicação: Sobre a diferença entre obrigação e responsabilidade. 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
(TRT/ 4ª REGIÃO / 2012) - Ao arbitrar indenização decorrente de 
responsabilidade civil, 
 
 
se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, o juiz poderá reduzir o valor da 
indenização. 
 
 
se da ofensa resultar defeito pelo qual o ofendido não possa exercer seu ofício ou profissão, ou 
se lhe diminua a capacidade de trabalho, a indenização, além das despesas do tratamento e 
lucros cessantes, incluirá pensão correspondente à importância do trabalho para que se 
inabilitou, a qual deverá, necessariamente, ser paga mensal e periodicamente. 
 
 
no caso de lesão ou outra ofensa à saúde, o ofensor indenizará o ofendido das despesas do 
tratamento e dos lucros cessantes, até ao fim da convalescença, excluídos os demais prejuízos 
que tenha sofrido. 
 
 
no caso de homicídio, a indenização consiste, sem excluir outras reparações, na prestação de 
alimentos às pessoas a quem o morto os devia, a serem pagos até a morte dos alimentados. 
 
 
o grau de culpa jamais interfere no valor da indenização. 
 
 
 
Explicação: 
Art. 945 do CC - Se a vítima tiver concorrido culposamente para o evento danoso, a sua indenização 
será fixada tendo-se em conta a gravidade de sua culpa em confronto com a do autor do dano. 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
São elementos da Responsabilidade Civil subjetiva, EXCETO: 
 
 
 
Nexo causal 
 
 
Ato ilícito 
 
 
Dano 
 
Fato de terceiro 
 
 
Culpa 
 
 
 
Explicação: 
São elementos da responsabiliodade civil: conduta (ação ou omissão), nexo causal e dano. Como estamos 
diante da responsabilidade civil subjetiva a culpa também deve ser analisada. 
É importante destacar que a culpa em sentido amplo é aquela que abrange o dolo e a culpa em sentido 
estrito. 
O fato de terceiro é uma excludente de nexo causal. 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
A história da humanidade foi permeada por conflitos, 
tendo como ponto de partida a convivência em sociedade. 
Das relações humanas surgem atos, que podem produzir 
significativos efeitos no mundo, na sociedade e na vida 
das pessoas. Quando um fato causa um dano a terceiro, 
por regra, deve ser reparado. Assim, existem elementos 
que devem estar presentes e que configure um dano que, 
de fato, deve ser reparado. Um destes elementos é o que 
manifesta a conduta necessária para termos o início da 
responsabilidade jurídica de alguém que comete ato que 
violente o direito de outrem. A este elemento a legislação 
descreve como: 
 
 
Ato ilícito. 
 
Nexo Causal. 
 
 
Dano de forma típica. 
 
 
Dano de forma atípica. 
 
 
Nexo Causal atípico. 
 
 
 
Explicação: 
Ato ilícito 
É a conduta necessária para termos o início da possibilidade da 
responsabilização jurídica de alguém que comete ato que violente 
o direito de outrem de não ter violado o direito à incolumidade. Sua 
expressa previsão está nos artigos 186 e 187 da Lei 10.406 de 
2002: Título III - Dos Atos Ilícitos: 
Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência 
ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
Art. 187. Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao 
exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
(CESPE - 2012 - MPE-PI - Promotor de Justiça/ADAPTADA) - Assinale a opção 
correta no que diz respeito à responsabilidade civil. 
 
 
 
A indenização pela publicação não autorizada, com fins econômicos ou comerciais, de imagem de 
pessoa dependerá de prova do prejuízo causado à pessoa. 
 
 
De acordo com a teoria perte d¿une chance, o agente que frustrar expectativas fluidas e 
hipotéticas deverá responder por danos emergentes. 
 
 
Como os direitos da personalidade são inerentes à pessoa humana, não é juridicamente possível 
a pretensão de dano moral em relação à pessoa jurídica. 
 
 
No ordenamento jurídico brasileiro, para que haja responsabilidade civil, é preciso que haja 
conduta ilícita. 
 
A correção monetária do valor da indenização do dano moral incide desde a data do 
arbitramento. 
 
 
 
Explicação: 
No que concerne à fixação do termo inicial da correção monetária, o tema já é sumulado pelo Superior 
Tribunal de Justiça, Súmula de número 362, que prescreve: A correção monetária do valor da indenização 
do dano moral incide desde a data do arbitramento. (SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA, 2012). 
 Portanto, no que respeita à correção monetária, a jurisprudência já é uníssona no sentido de que incide 
somente a partir do arbitramento do dano, posto que somente a partir da sentença ou acordão, há a 
certeza de que o dano efetivamente existiu, bem como há um valor certo e exigível a ser adimplido, 
fazendo jus à vítima da pertinente correção monetária, visto que sua aplicação visa garantir o valor real 
da indenização. 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
(TRT 1ª 2013 - FCC - ANALISTA JUDICIÁRIO) - O motorista de um automóvel 
de passeio trafegava na contra-mão de direção de uma avenida quando colidiu 
com uma ambulância estadual que transitava na mão regular da via, em alta 
velocidade porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade civil do 
acidente deve ser imputada: 
 
 
 
ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) estava envolvido no acidente, o que 
enseja a responsabilidade objetiva. 
 
 
ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que concerne aos 
danos apurados na viatura estadual. 
 
ao civilque conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo 
nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. 
 
 
tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade subjetiva, em razão de culpa 
concorrente. 
 
 
ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada a culpa do motorista da 
ambulância. 
 
 
 
Explicação: 
A relação causal, portanto, estabelece o vínculo entre um determinado comportamento e um evento, 
permitindo concluir, com base nas leis naturais, se a ação ou omissão do agente foi ou não a causa do 
dano. Determina se o resultado surge como conseqüência natural da voluntária conduta do agente. 
Em suma, o nexo causal é um elemento referencial entre a conduta e o resultado. É através dele que 
poderemos concluir quem foi o causador do dano. 
Pode-se ainda afirmar que o nexo de causalidade é elemento indispensável em qualquer espécie de 
responsabilidade civil. 
É liame que une a conduta do agente ao dano. Constitui elemento essencial para a responsabilidade civil. 
Seja qual for o sistema adotado no caso concreto, subjetivo (da culpa) ou objetivo (do risco), salvo em 
circunstâncias especialíssimas, não haverá responsabilidade sem nexo causal. 
No caso narrado não há que se falar da existência do nexo de causalidade em relação a conduta do 
motorista da ambulência, mas sim a imputação do dever de reparar o dano em relação ao motorista do 
automóvel de passeio. 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
A responsabilidade Civil é um instituto altamente dinâmico 
e flexível, em constante transformação para atender às 
necessidades sociais que se manifestam cotidianamente. 
A noção de responsabilidade civil esta relacionada a 
noção de não prejudicar um terceiro, é a obrigação que 
pode determinar a uma pessoa a reparar um prejuízo 
causado a outrem. Em sentido etimológico, 
responsabilidade exprime a ideia de: 
 
 
 
Limites impostos pelo seu fim econômico ou social. 
 
 
Ato ilícito que causa dano a outrem. 
 
 Fato constitutivo de seu direito. 
 
 
Ato unilateral de vontade. 
 
Obrigação, encargo e contraprestação. 
 
 
 
Explicação: 
Em seu sentido etimológico, responsabilidade exprime a ideia de 
obrigação, encargo, contraprestação. Em sentido jurídico, o vocábulo não 
foge dessa ideia. Designa o dever de alguém ter de reparar o prejuízo 
decorrente da violação de outro dever jurídico. 
 
 
1. 
 
 
(TJ/PE/2013) - O abuso de direito acarreta: 
 
 
 
 indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 
 somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz. 
 
 indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. 
 
 consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado. 
 
 
apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, 
independentemente de decisão judicial. 
 
 
 
Explicação: 
O Código Civil, faz expressa menção ao abuso de direito ao preceituar que "também comete ato ilícito o 
titular de um direito que, ao exercê-lo, excede manifestamente os limites impostos pelo seu fim 
econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes" (art. 187), de tal sorte que, na sistemática 
atual, a norma civil condena expressamente o exercício abusivo de qualquer direito subjetivo. A legislação 
Civil nada mais fez do que positivar aquilo que a doutrina de há muito preconizava, tal qual o filósofo e 
jurista Paulo Gusmão Dourado, que prelecionava: "há os prejuízos anormais produzido pelo uso anormal 
do direito. Tal ocorre, de modo muito amplo, quando o titular usa o direito com o fim exclusivo de causar 
prejuízo a outrem, sem obter qualquer vantagem ou utilidade, bem como quando o exerce de má-fé". 
Diversos exemplos de abuso de direito podem ser encontrados na legislação pátria, autorizando o 
ofendido a buscar indenização a título de responsabilidade civil, ou a obtenção de medida que obrigue o 
desfazimento de ato e de coisas. 
No direito processual civil, tais práticas são mais visíveis e, até por pedagógico, é importante trazer à 
colação, palavras de De Plácido e Silva, sobre um dos mais sérios problema ocorrentes no direito 
processual civil, a chamada "chicana" que mereceu a seguinte definição: "É expressão vulgarizada na 
linguagem forense, para indicar os meios cavilosos de que se utiliza o advogado para protelar ou criar 
embaraços ao andamento do processo ajuizado. Caracteriza-se a chicana, que se revela em abuso de 
direito, nos ardis postos em prática pelo advogado de uma das partes litigantes, seja pela apresentação 
ou provocação de incidentes inúteis, seja pelo engenho com que arquiteta outros meios protelatórios ou 
embaraçosos ao andamento da ação, criando figura jurídicas que não encontram amparo em lei ou na 
jurisprudência, ou tramando toda espécie de obstáculos para o pronunciamento célere da justiça. 
Qualquer embaraço ao andamento do processo, seja por que meio for, mostra-se chicana, que ela se 
integra, segundo a técnica de nossa lei processual, em qualquer manejo protelatório da ação, ou da 
resistência injustificada a seu regular andamento". 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
 
(TRT /1ª REGIÃO/ 2013) - O motorista de um automóvel de passeio 
trafegava na contra-mão de direção de uma avenida quando colidiu com uma 
ambulância estadual que transitava na mão regular da via, em alta 
velocidade porque acionada a atender uma ocorrência. A responsabilidade 
civil do acidente deve ser imputada: 
 
 
 
ao Estado, uma vez que um veículo estadual (ambulância) estava envolvido no acidente, o que 
enseja a responsabilidade objetiva 
 
ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo 
nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. 
 
 
ao civil que conduzia o veículo, que responde sob a modalidade objetiva no que concerne aos 
danos apurados na viatura estadual 
 
 
tanto ao civil quanto ao Estado, sob a responsabilidade subjetiva, em razão de culpa 
concorrente. 
 
 
ao Estado, sob a modalidade subjetiva, devendo ser comprovada a culpa do motorista da 
ambulância. 
 
 
 
Explicação: 
ao civil que conduzia o veículo e invadiu a contramão, dando causa ao acidente, não havendo 
nexo de causalidade para ensejar a responsabilidade do Estado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
 
Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma 
manobra e atinge o muro de uma casa, causando um grave 
prejuízo. 
Em relação à situação acima, é correto afirmar que Ricardo: 
 
 
 nenhuma das alternativas anteriores. 
 
 responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade. 
 
 não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade 
 
 responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa 
 
 praticou um ato ilícito e deverá reparar o dano. 
 
 
 
Explicação: 
GABARITO: B 
 
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular de um 
direito reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a 
pessoa, a fim de remover perigo iminente. (estado de 
necessidade) 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente 
quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, 
não excedendo os limites do indispensável para a remoção do 
perigo. 
Porém, quando a pessoa que agiu acobertado por uma das 
excludentes de ilicitude atinge um terceiro, que nada tem a 
ver com a situação, mesmo o ato sendo considerado lícito 
pela lei, o dever de indenizar irá persistir porque os artigos 929 e 
930 do CC permitem tal possibilidade. É o que se chama de 
indenização pela prática de ato lícito. 
 
Art. 929. Se a pessoa lesada, ou o dono da coisa, no caso 
do inciso II do art. 188, não forem culpados do perigo, assistir-
lhes-á direito à indenização do prejuízo que sofreram. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
São excludentes de ilicitude:Caso fortuito, força maior e culpa exclusiva da vítima; 
 
 Nexo de causalidade, 
 
 Legítima defesa, exercício regular de um direito e estado de necessidade 
 
 Culpa exclusiva da vítima, culpa concorrente e nexo de causalidade; 
 
 Conduta do agente 
 
 
 
Explicação: 
Letra D 
Art. 188. Não constituem atos ilícitos: 
I - os praticados em legítima defesa ou no exercício regular 
de um direito reconhecido; 
II - a deterioração ou destruição da coisa alheia, ou a lesão a 
pessoa, a fim de remover perigo iminente. (estado de 
necessidade) 
Parágrafo único. No caso do inciso II, o ato será legítimo somente 
quando as circunstâncias o tornarem absolutamente necessário, 
não excedendo os limites do indispensável para a remoção do 
perigo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
(TST/2012/FCC) - Segundo o Código Civil, 
 
 
 
a deterioração ou a destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo 
iminente, constitui ilícito. 
 
 o vício resultante do estado de perigo gera a ineficácia do negócio jurídico. 
 
 
o negócio jurídico simulado, com subsistência do ato dissimulado, se for eficaz na substância e 
na forma, é anulável. 
 
 o negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. 
 
 
o abuso do direito é um ato ilícito, cometido por quem, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
 
 
Explicação: 
Francisco Amaral (2003, p. 550) ensina que:"¿O abuso de direito consiste no uso imoderado do direito 
subjetivo, de modo a causar dano a outrem. Em princípio, aquele que age dentre do seu direito a 
ninguém prejudica (neminemlaeditquiiure suo utitur). No entanto, o titular do direito subjetivo, no uso 
desse direito, pode prejudicar terceiros, configurando ato ilícito e sendo obrigado a reparar o dano¿. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
 
(PREF. TERESINA/PI 2010 - FCC) - Para o legislador civil, o abuso do direito é um ato: 
 
 
 ilícito, necessitado da prova de má-fé do agente para sua caracterização. 
 
 
ilícito objetivo, caracterizado pelo desvio de sua finalidade social ou econômica ou contrário à 
boa-fé e aos bons costumes. 
 
 lícito, embora possa gerar a nulidade de cláusulas contratuais em relações consumeristas. 
 
 lícito, embora ilegal na aparência. 
 
 ilícito abstratamente, mas que não implica dever indenizatório moral. 
 
 
 
Explicação: 
Silvio de Salvo Venosa ensina que juridicamente, abuso de direito pode ser entendido como fato de usar 
de um poder, de uma faculdade, de um direito ou mesmo de uma coisa, além do razoavelmente o Direito 
e a Sociedade permitem. O titular de prerrogativa jurídica, de direito subjetivo, que atua de modo tal que 
sua conduta contraria a boa-fé, a moral, os bons costumes, os fins econômicos e sociais da norma, 
incorre no ato abusivo. Nesta situação, o ato é contrário ao direito e ocasiona responsabilidade¿ 
(VENOSA, 2003, p. 603 e 604). 
 O Código Civil de 2002 inovou o instituto do abuso de direito na medida em que trouxe à baila a tutela do 
abuso de direito como tratamento da matéria em um dispositivo autônomo, no artigo 187 (Oliveira et al. 
2010). Tal artigo afirma que: ¿Também comete ato ilícito o titular de um direito que, ao exercê-lo, excede 
manifestamente os limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons 
costumes¿ (CAHALI, 2007). 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
(TST/2012) - Segundo o Código Civil, 
 
 
 
o negócio jurídico simulado, com subsistência do ato dissimulado, se for eficaz na substância e na 
forma, é anulável. 
 
 
o abuso do direito é um ato ilícito, cometido por quem, ao exercê-lo, excede manifestamente os 
limites impostos pelo seu fim econômico ou social, pela boa-fé ou pelos bons costumes. 
 
 o vício resultante do estado de perigo gera a ineficácia do negócio jurídico. 
 
 o negócio jurídico nulo pode ser confirmado pelas partes, salvo direito de terceiro. 
 
 
a deterioração ou a destruição da coisa alheia, ou a lesão a pessoa, a fim de remover perigo 
iminente, constitui ilícito. 
 
 
 
Explicação: 
Francisco Amaral (2003, p. 550) ensina que: "O abuso de direito consiste no uso imoderado do direito 
subjetivo, de modo a causar dano a outrem. Em princípio, aquele que age dentre do seu direito a 
ninguém prejudica (neminemlaeditquiiure suo utitur). No entanto, o titular do direito subjetivo, no uso 
desse direito, pode prejudicar terceiros, configurando ato ilícito e sendo obrigado a reparar o dano". 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
 
(TJ/PE 2013 - FCC) - O abuso de direito acarreta: 
 
 
 
indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 
 
consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado. 
 
 
indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. 
 
 
somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz. 
 
apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, 
independentemente de decisão judicial. 
 
 
 
Explicação: 
indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 
1. 
 
 
O caso fortuito é uma das causas excludentes da 
responsabilidade civil, previsto no artigo 393, do Código Civil : O 
devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso 
fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por 
eles responsabilizado. Parágrafo único. O caso fortuito ou de 
força maior verifica-se no fato necessário, cujos efeitos não era 
possível evitar ou impedir ¿ Caso fortuito como excludente de 
responsabilidade ¿ mais especificamente como excludente do 
nexo causal; - Com a crescente importância da responsabilidade 
objetiva, a definição em torno do esclarecimento mais preciso do 
caso fortuito vem alimentando a doutrina. No campo das 
definições, em relação ao caso fortuito uma trata de fato 
imprevisível e, por isso, inevitável, que se liga à atividade da 
entidade; - a este fato denominamos de: 
 
 
 Fato exclusivo da vítima. 
 
 Fortuito interno. 
 
 Força maior. 
 
 Fortuito externo. 
 
 Fato de terceiro. 
 
 
 
Explicação: 
Caso fortuito. 
Tradicionalmente causo forfuito são cláusulas de exoneração devidas a atos humanos (revolução, 
guerras, greve). - Evento imprevisível. Entende-se a imprevisibilidade específica, relativa a um fato 
concreto, e não a genérica ou abstrata de que poderão ocorrer assaltos, acidentes, atropelamentos 
etc., porque se assim não for tudo passará a ser previsível. O caso fortuito se subdivide em fortuito 
interno e externo. 
Fortuito interno- não afasta a responsabilidade civil, pois está no risco da atividade. 
Fortuito externo- afasta a responsabilidade civil, pois imprevisível inclusive para o fornecedor, não 
estando no risco da atividade. 
 
De acordo com o professor Pablo Stolze, a diferença entre caso fortuito interno e externo é aplicável, 
especialmente, nas relações de consumo. O caso fortuito interno incide durante o processo de 
elaboração do produto ou execução do serviço, não eximindo a responsabilidade civil do fornecedor. 
Já o caso fortuito externo é alheio ou estranho ao processo de elaboração do produto ou execução 
do serviço, excluindo a responsabilidade civil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
O nexo causal é um elemento indispensável para 
a caracterização da responsabilidade civil, 
porém, existem situações excludentes deste 
nexo causal. Uma destas excludentes se 
manifesta quando qualquer pessoa e do 
responsável, alguém que não tem nenhuma 
ligação com o causador aparente do dano e o 
lesado. A esta excludente chamamos de: 
 
 
 Caso Fortuito. 
 
 Fortuito externo. 
 
 Força maior. 
 
 Fato de terceiro. 
 
 Fato exclusivo da vítima. 
 
 
 
Explicação: 
Causas de exclusão de nexo de causalidade são as 
impossibilidades supervenientes do cumprimento da obrigação que 
não pode ser imputável ao devedor ou ao agente. Fato de terceiro 
- O terceiro é, segundo definiçãode Aguiar Dias, qualquer pessoa 
além da vítima e do responsável, alguém que não tem nenhuma 
ligação com o causador aparente do dano e o lesado. Pois, não 
raro acontece que o ato de terceiro é a causa exclusiva do evento, 
afastando qualquer relação de causalidade entre a conduta do 
autor aparente e a vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
No estudo da Responsabilidade Civil, o nexo 
causal cumpre duas funções básicas: permite 
determinar a quem se deve atribuir um resultado 
danoso e é indispensável na verificação do dano 
a se indenizar. Esse dever de indenizar ocorre 
caso haja um dano e uma ação causadora desse 
mesmo dano. A responsabilidade de indenizar 
nunca dispensará o nexo causal, mas pode 
dispensar o instituto da: 
 
 
 Causa superveniente. 
 
 Causa preexistente. 
 
 Culpa. 
 
 Dano. 
 
 Causa concomitante. 
 
 
 
Explicação: 
Sendo assim, para que ocorra obrigação de indenizar, é preciso 
que se demonstre a relação entre a ação (ou omissão) do agente e 
o dano. Sem que se estabeleça esse vínculo de causa e efeito, o 
Estado Juiz não pode julgar um pedido procedente em sede de 
uma ação de responsabilidade civil. A responsabilidade dispensa 
a culpa, mas nunca dispensará o nexo causal. Se a vítima do 
dano não identificar o nexo causal que leva o ato danoso ao 
responsável, não há com ser indenizada. 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
No estudo da Responsabilidade Civil do Estado em caso de 
omissão é um dos tópicos mais discutidos sobre este tema. Os 
elementos definidores da Responsabilidade Civil do Estado em 
caso de omissão tem razão direta ligada a seus agentes, 
exemplificada por este comportamento omisso, o dano, o nexo 
de causalidade e, repetindo, a culpa do servidor público. Neste 
sentido, o resultado da omissão será relevante: 
 
 
 É diferencial se por si só for capaz de mudar o nexo causal. 
 
 Se o evento danoso já existia. 
 
Quando o agente tiver o dever legal de agir e assim mesmo 
não o faz. 
 
 Isenção da responsabilidade do autor. 
 
 É capaz de acarretar o resultado. 
 
 
 
Explicação: 
Causalidade na omissão 
A relevância do instituto encontra sua justificativa, conforme Sérgio Cavalieri Filho.Progama 
de Responsabilidade Civil, (fl. 63) que: (...embora a omissão não dê causa a nenhum 
resultado, não desencadeie qualquer nexo causal, pode ser causa para não impedir o 
resultado.). 
A omissão não gera o dano propriamente dito. Mas, é relevante se considerarmos a conduta 
do agente causador no que tange o seu comportamento. Pois, a omissão somente será 
relevante quando o agente tiver o dever legal de agir e assim mesmo não o fizer. Fora isso, se 
não há o já citado dever legal não haverá implicância no nexo de causalidade. 
Para a doutrina majoritária que não existe nexo causal entre a omissão e o resultado, ou 
seja, não existiria liame entre a conduta omissiva e o resultado causado por esta conduta. 
Neste sentido Bitencourt (BITENCOURT: 2004) pontua: ¿ Na doutrina predomina o 
entendimento de que na omissão não existe causalidade, considerada sob o aspecto 
naturalístico, pois do nada não pode vir nada¿. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
Ricardo, buscando evitar um atropelamento, realiza uma manobra e atinge o 
muro de uma csa, causando grave prejuízo. Em relação a situação acima, é 
correto afirmar que Ricardo: 
 
 
 
Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em estado de necessidade. 
 
 
Não responderá pela reparação do dano, pois agiu em estado de necessidade 
 
 
Pratico um ato ilícito e deverá reparar o dano 
 
 
Responderá pela reparação do dano, apesar de ter agido em legítima defesa 
 
 
 
Explicação: 
o estado de necessidade exclui a responsabilidade penal, mas não exclui a responsabilidade civil, desta 
forma o dano causado pelo autor do ato deve se reparado por este 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
 
(FGV/VIII Exame de Ordem Unificado/2012 - adaptada) - João dirigia seu 
veículo respeitando todas as normas de trânsito, com velocidade inferior à 
permitida para o local, quando um bêbado atravessou a rua, sem observar as 
condições de tráfego. João não teve condições de frear o veículo ou 
desviar‐se dele, atingindo‐o e causando‐lhe graves ferimentos. 
 
A partir do caso apresentado, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
Faltou um dos elementos da responsabilidade civil, qual seja, a conduta humana, não ficando 
configurada a responsabilidade civil. 
 
 
Houve rompimento do nexo de causalidade, em razão da conduta da vítima, não restando 
configurada a responsabilidade civil. 
 
 
No caso está presente um dos requisitos essenciais para caracterizar a responsabilidade civil: o 
dano indenizável e, por isso, deve ser responsabilizado. 
 
 Houve responsabilidade civil, devendo João ser considerado culpado por sua conduta. 
 
 
Inexistiu um dos requisitos essenciais para caracterizar a responsabilidade civil: o dano 
indenizável e, por isso, não deve ser responsabilizado. 
 
 
 
 
Explicação: 
A responsabilidade pode ser excluída quando: o agente tiver agido sob uma excludente de ilicitude, ou 
quando não houver nexo causal entre a conduta do agente e o dano sofrido pela vítima. 
Portanto, quando ausente o nexo causal, não há que se falar em responsabilidade do agente. "Causas de 
exclusão do nexo causal são, pois, casos de impossibilidade superveniente do cumprimento da obrigação 
não imputáveis ao devedor ou agente" (CAVALIERI, Sérgio. Programa de responsabilidade civil, 2006, 
pág. 89). 
Na hipótese de fato da vítima o agente causador do dano o é apenas na aparência, porque efetivamente 
quem propiciou o evento danoso foi o próprio lesado. Exemplo clássico é o suicida que de inopino se lança 
sobre a via pública, impossibilitando ao veículo atropelador evitar o resultado dano. 
A doutrina corriqueiramente fala em fato exclusivo da vítima, porque mesmo no exemplo acima citado, se 
o automóvel estivesse em alta velocidade e tal condição fosse a causa para o dano, mesmo havendo fato 
da vítima, seria possível invocar a responsabilização do agente por excesso de velocidade, ainda que 
atenuada. 
De todo adequada a expressão fato da vítima ¿ mais ampla ¿ e não culpa da vítima, mais estrita. Nesta 
matéria não se está a perquirir culpabilidade. Caso uma criança infortunadamente se precipite sobre um 
automóvel que trafega normalmente, não cabe falar-se em culpa, mas em fato da vítima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
O nexo de causalidade é a relação necessária 
entre o evento danoso e a ação que o produziu. 
Não há como confundir nexo de causalidade e 
imputabilidade. A imputabilidade diz respeito a 
elementos subjetivos, e o nexo de causalidade, 
a elementos objetivos. Dentre os motivos abaixo 
relacionado, qual não é uma excludente de nexo 
de causalidade: 
 
 
 Culpa exclusiva da vítima 
 
 Culpa de terceiro 
 
 Fato de terceiro 
 
 Força maior ou caso fortuito. 
 
 Culpa não concorrente 
 
 
 
Explicação: 
LETRA B 
São excludentes do nexo de causalidade: 
- fato exclusivo da vítima 
- caso fortuito e força maior 
- fato/culpa de terceiro 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
 
Considere a seguinte proposição: Caminhando pelo calçamento, pedestre é 
atacado por cão feroz que escapou por buraco no muro da residência de seu 
dono. O dono do cão será responsabilizado, salvo se provar: 
 
 
 
Ser diligente nos cuidados com o cão 
 
 
Desconhecer que o cão era feroz 
 
 
Que o pedestre estava próximo ao muro. 
 
 
Motivo de força maior. 
 
 
Não ter tido condições financeiras para reparar o buraco. 
 
 
 
Explicação: 
Motivo de força maior. 
 
1. 
 
(Ano: 2015, Banca: CETAP, Órgão: MPCM, Prova: Analista - Direito) Um navio da empresa X deixou vazar substancia química em 
águas onde a pesca era regularmente autorizada. Em decorrência da poluição das águas provocadas pelo vazamento, a pesca na 
região foi proibida pelos órgãos municipais e ambientais por um mês. Por conta disso, João, pescador profissional, ficou privado de 
exercer suasatividades nesse período. Neste caso, de acordo com a jurisprudência consolidada do STJ, João tem direito a ser 
indenizado pela empresa X: 
 
 
 
apenas pelos danos emergentes e lucros cessantes. O termo inicial dos juros moratórios e a data 
do evento danoso. 
 
 
pelos danos materiais e morais. O termo inicial dos juros moratórios e a data do evento danoso. 
 
 
apenas pelos danos emergentes. O termo inicial dos juros moratórios e a data da citação da 
empresa. 
 
 
pelos danos materiais e morais. O termo inicial dos juros moratórios e a data da citação da 
empresa. 
 
 
apenas pelos danos emergentes e lucros cessantes. O termo inicial dos juros moratórios e a data 
da citação da empresa. 
 
 
 
Explicação: 
Art. 402. Salvo as exceções expressamente previstas em lei, as perdas e danos devidas ao credor 
abrangem, além do que ele efetivamente perdeu, o que razoavelmente deixou de lucrar. 
O dano emergente envolve efetivamente a repação pelo dano acusado. Já o lucro cessante está ligado ao 
período que ficará sem poder atuar em suas atividades e deve ser contadao da data em que sofreu um 
dano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
Sobre dano moral, é correto afirmar: 
 
 
 
O descumprimento de um contrato não gera dano moral, ainda que envolvido valor fundamental 
protegido pela Constituição Federal de 1988. 
 
 
A quantificação por danos morais está sujeita a tabelamento e a valores fixos. 
 
 
Como indenização por dano moral, não é possível, por exemplo, que uma vítima obtenha direito 
de resposta em caso de atentado contra honra praticado por veículo de comunicação, sendo 
possível apenas o recebimento de quantia em dinheiro. 
 
 
A natureza de reparação dos danos morais, e não de ressarcimento, é o que justifica a não 
incidência de imposto de renda sobre o valor recebido a título de compensação por tal espécie de 
dano. 
 
 
O dano moral indenizável pressupõe necessariamente a verificação de sentimentos humanos 
desagradáveis, como dor ou sofrimento, por isso não se pode falar em dano moral da pessoa 
jurídica. 
 
 
 
Explicação: 
A natureza de reparação dos danos morais, e não de ressarcimento, é o que justifica a não incidência de imposto de renda sobre o valor recebido a título de 
compensação por tal espécie de dano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
(Ano: 2015; Banca: FGV; Órgão: DPE-MT; Prova: Advogado). Maria, famosa 
atriz, foi contratada pela sociedade empresária XPTO Bebidas S.A., em junho 
de 2012, para ser ¿garota- propaganda¿ da marca de refrigerante Oba. Pelo 
contrato, obrigou-se Maria a ceder, de forma remunerada e 
temporariamente, o uso e a exploração de sua imagem para a representação 
da marca Oba. Em janeiro de 2013, Maria depara com um anúncio 
publicitário em uma revista em que é retratada segurando uma cerveja, a 
Shiva, também fabricada por XPTO Bebidas S.A. Sobre os fatos descritos, 
assinale a afirmativa CORRETA: 
 
 
 
A XPTO Bebidas S.A. ofendeu a boa-fé objetiva contratual ao violar o direito à privacidade de 
Maria. 
 
 
Houve descumprimento contratual por parte de XPTO Bebidas S.A. e Maria sofreu violação em 
seu direito de imagem, sendo legítima a reparação por danos morais e patrimoniais. 
 
 
Não houve descumprimento contratual por parte da Sociedade XPTO Bebidas S.A., pois Maria 
cedeu o uso e a exploração de sua imagem à sociedade empresária em questão. 
 
 
Houve descumprimento contratual por parte da XPTO Bebidas S.A. e Maria sofreu violação em 
seu direito de imagem, sendo legítima a reparação por danos morais, somente. 
 
 
A XPTO Bebidas S.A. violou a função social do contrato ao explorar indevidamente imagem de 
pessoa sem a sua autorização. 
 
 
 
Explicação: 
A lesão não se limita a gerar prejuízo material à vítima. Mesmo que seja atriz ou 
qualquer categoria de pessoa notória, a utilização indevida da imagem atinge a pessoa 
na sua dignidade, lesando sua esfera existencial. Não se trata, portanto, de apenas reparar o 
prejuízo patrimonial sofrido pela falta de cachê, é necessário indenizar o dano moral sofrido, conforme 
o enunciado de súmula n. 403 do STJ. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. Juliana, por meio de contrato de compra e venda, adquiriu de 
Ricardo, profissional liberal, um carro seminovo (30.000km) da 
marca Y pelo preço de R$ 24.000,00. Ficou acertado que 
Ricardo faria a revisão de 30.000km no veículo antes de 
entregá-lo para Juliana no dia 23 de janeiro de 2017. Ricardo, 
porém, não realizou a revisão e omitiu tal fato de Juliana, pois 
acreditava que não haveria qualquer problema, já que, 
aparentemente, o carro funcionava bem. 
No dia 23 de fevereiro de 2017, Juliana sofreu acidente em 
razão de defeito no freio do carro, com a perda total do 
veículo. A perícia demostrou que a causa do acidente foi falha 
na conservação do bem, tendo em vista que as pastilhas do 
freio não tinham sido trocadas na revisão de 30.000km, o que 
era essencial para a manutenção do carro. 
Considerando os fatos, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
Nenhuma das alternativas anteriores. 
 
 
Ricardo deverá ressarcir o valor das pastilhas de freio, nada tendo a ver com o acidente sofrido 
por Juliana. 
 
 
Ricardo não tem nenhuma responsabilidade pelo dano sofrido por Juliana (perda total do carro), 
tendo em vista que o carro estava aparentemente funcionando bem no momento da tradição 
 
 
Ricardo é responsável por todo o dano sofrido por Juliana, 
com a perda total do carro, tendo em vista que o 
perecimento do bem foi devido a vício oculto já existente ao 
tempo da tradição. 
 
 
Ricardo deverá ressarcir o valor da revisão de 30.000km do carro, tendo em vista que ela não foi 
realizada conforme previsto no contrato 
 
 
 
Explicação: 
QUESTÃO RECUSADA. 
Motivo: não foi apresentada a explicação referente a opção correta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
(PGE/SC 2009) Assinale a alternativa incorreta. 
 
 
 
O fato exclusivo da vítima e o caso fortuito e de força maior são excludentes da causalidade. 
 
 
A indenização mede-se pela extensão do dano. 
 
 
De acordo com o Novo Código Civil, o grau de culpa do agente nunca poderá influenciar na 
quantificação do prejuízo. 
 
 
De acordo com o Novo Código Civil, a responsabilidade civil dos pais pelos atos dos filhos é 
regulada pela teoria da responsabilidade objetiva. 
 
 
A teoria do dano direto e imediato é aplicável ao sistema de responsabilidade civil brasileiro. 
 
 
 
Explicação: 
De acordo com o Novo Código Civil, o grau de culpa do agente nunca poderá influenciar na quantificação 
do prejuízo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
(TJ/PE 2013 - FCC - JUIZ SUBSTITUTO) - O abuso de direito acarreta: 
 
 
 
indenização apenas em hipóteses previstas expressamente em lei. 
 
 
consequências jurídicas apenas se decorrente de coação, ou de negócio fraudulento ou simulado 
 
 
somente a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pelo juiz. 
 
 
apenas a ineficácia dos atos praticados e considerados abusivos pela parte prejudicada, 
independentemente de decisão judicial 
 
 
indenização a favor daquele que sofrer prejuízo em razão dele. 
 
 
 
Explicação: 
Francisco Amaral (2003, p. 550) preleciona que: “O abuso de direito consiste no uso imoderado do direito 
subjetivo, de modo a causar dano a outrem. Em princípio, aquele que age dentre do seu direito a 
ninguém prejudica (neminemlaeditquiiure suo utitur). No entanto, o titular do direito subjetivo, no uso 
desse direito, pode prejudicar terceiros, configurando ato ilícito e sendo obrigado a reparar o dano”. 
Caio Mário da Silva Pereira (2007, p. 673) esclarece que: “Não se pode, na atualidade, admitir que o 
indivíduo conduza a utilização de seu direito até o ponto de transformá-lo em causa de prejuízo alheio. 
Não é que o exercício do direito, feito com toda regularidade, não seja razão de um mal a outrem. Às 
vezes é, e mesmo com freqüência. Não será inócua a ação de cobrança de uma dívida, o protesto de um 
título cambial, o interdito possessório que desaloja da gleba um ocupante.Em todos esses casos, o 
exercício do direito, regular, normal, é gerador de um dano, mas nem por isso deixa de ser lícito o 
comportamento do titular, além de moralmente defensável. Não pode, portanto caracterizar o abuso de 
direito no fato de seu exercício causar eventualmente um dano ou motivá-lo normalmente, porque o dano 
pode ser o resultado inevitável do exercício, a tal ponto que este se esvaziaria de conteúdo se a sua 
utilização tivesse de fazer-se dentro do critério da inocuidade”. 
É por isso que todas as teorias que tentam explicar e fundamentar a teoria do abuso de direito têm 
necessidade de desenhar um outro fator, que com qualquer nome que se apresente estará no propósito 
de causar o dano, sem qualquer outra vantagem. Abusa, pois, de seu direito o titular que dele se utiliza 
levando um malefício a outrem, inspirado na intenção de fazer mal, e sem proveito próprio. O fundamento 
ético da teoria pode, pois, assentar em que a lei não deve permitir que alguém se sirva de seu direito 
exclusivamente para causar dano a outrem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
Sobre o dano moral, é correto afirmar: 
 
 
 
Não é possível cumular indenizaçãopor dano material com indenização por dano moral, 
decorrentes de um mesmo evento. 
 
 
Lucros cessantes são uma espécie de dano moral. 
 
 
Pessoa jurídica não sofre dano moral. 
 
 
Pessoa jurídica é detentora de honra subjetiva. 
 
 
Pessoa jurídica é detentora de honra objetiva. 
 
 
 
Explicação: 
Pessoa jurídica é detentora de honra objetiva. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
Veja a assertiva e, em seguida, marque a alternativa de acordo com o direcionamento 
abaixo descrito. 
A indenização por perda de uma chance, segundo entendimento doutrinário e pretoriano dominante, é 
devida quando: 
 
 
 
a pessoa veja frustrada uma vitória judicial ou uma cura médica por qualquer erro do 
profissional. 
 
 
possa importar na mitigação do nexo de causalidade. 
 
 
a pessoa veja frustrada uma oportunidade, mesmo em tempo distante, que ocorreria se as coisas 
seguissem normalmente. 
 
 
a pessoa tenha de sofrer um dano imediato e concreto. 
 
 
a pessoa veja frustrada uma oportunidade, em futuro próximo, que ocorreria se as coisas 
seguissem normalmente. 
 
 
 
Explicação: 
a pessoa veja frustrada uma oportunidade, em futuro próximo, que ocorreria se as coisas 
seguissem normalmente. 
 
1. 
 
 
(2015 - Banca: FGV - Órgão: TJ-PI) Helena dirige-se ao Centro Hospitalar K LTDA para realizar uma 
consulta emergencial. Após ser atendida por um médico plantonista do hospital, ela retorna à casa 
com as devidas recomendações médicas e prescrições de medicamentos. Seu estado de saúde se 
agrava e ocorre o óbito. O laudo cadavérico atesta erro médico quanto ao tratamento aplicado a 
Helena. Sobre o ocorrido: 
 
 
 
verifica-se uma relação de consumo, e o médico responderá objetivamente como fornecedor do 
serviço viciado; 
 
 
não se verifica uma relação de consumo, e o Centro Hospitalar não responderá pelo erro do seu 
preposto médico; 
 
 
verifica-se uma relação de consumo, e o Centro Hospitalar, como fornecedor, responderá 
subjetivamente pelo vício do serviço prestado; 
 
verifica-se uma relação de consumo, e o Centro Hospitalar responderá objetivamente pelo fato 
do serviço; 
 
 
não se verifica uma relação de consumo, mas o Centro Hospitalar responderá subjetivamente 
pelo dano causado por seu preposto médico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
 
(TJDFT ¿ 2011 ¿ TJDFT ¿ JUIZ) Consoante dicção da lei civil vigente, ¿aquele que, por ação ou 
omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que 
exclusivamente moral, comete ato ilícito¿. Sendo assim, considere as proposições abaixo e assinale a 
CORRETA: 
 
 
 
Em decorrência da própria condição de incapacidade, o menor incapaz não pode responder pelos 
prejuízos que causar a terceiros. 
 
 
Não são acumuláveis as indenizações por dano material e dano moral oriundos do mesmo fato, 
dado que uma exclui a outra; 
 
 
A pessoa jurídica jamais pode sofrer dano moral; 
 
A instituição bancária pode recusar-se ao pagamento de título que lhe fora apresentado. 
Entretanto, a simples devolução indevida de cheque caracteriza dano moral. 
 
 
Não caracteriza dano moral a apresentação antecipada de cheque pré-datado, muito mais 
quando o cheque é de pequeno valor; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
 
A Responsabilidade do Estado é objetiva, mas pode ser excluída, nos casos de: 
 
 
 
força maior, culpa exclusiva da vítima e ato de terceiro; 
 
 
somente por força maior a ato de terceiro; 
 
 
força maior, caso fortuito e ato de terceiro; 
 
 
força maior, caso fortuito, culpa exclusiva da vítima e ato de terceiro; 
 
 
força maior, caso fortuito e culpa exclusiva da vítima. 
 
 
 
Explicação: Hipóteses de exclusão de responsabilidade do Estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
 
Haverá responsabilidade civil objetiva: 
 
 
quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, 
risco para os direitos de outrem. 
 
 
apenas quando o dano tiver sido causado por servidor público no exercício de suas funções. 
 
 
sempre que o causador do dano for incapaz. 
 
 
somente quando a lei expressamente dispensar a comprovação de culpa do causador do dano. 
 
 
sempre que a lei não exigir expressamente a comprovação de culpa ou o reconhecimento da 
ilicitude do ato causador do dano. 
 
 
 
Explicação: A responsabilidade objetiva é a responsabilidade advinda da prática de um ilícito ou de uma 
violação ao direito de outrem que, para ser provada e questionada em juízo, independe da aferição de 
culpa, ou de gradação de envolvimento, do agente causador do dano 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
 
( FGV - 2012 - OAB - IX Exame da Ordem Unificado- adaptada) - No dia 23 
de junho de 2012, Alfredo, produtor rural, contratou a sociedade Simões 
Aviação Agrícola Ltda., com a finalidade de pulverizar, por via aérea, sua 
plantação de soja. Ocorre que a pulverização se deu de forma incorreta, 
ocasionando a perda integral da safra de abóbora pertencente a Nilson, 
vizinho lindeiro de Alfredo. Considerando a situação hipotética e as regras de 
responsabilidade civil, assinale a afirmativa correta. 
 
 
Alfredo e a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. responderão objetiva e solidariamente pelos 
danos causados a Nilson. 
 
 
Não há lugar para a responsabilidade civil solidária entre Alfredo e a sociedade Simões Aviação 
Agrícola Ltda. pelos danos causados a Nilson, dada a inexistência da relação de preposição. 
 
 
Trata-se de responsabilidade civil objetiva, em que a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. é o 
responsável principal pela reparação dos danos, enquanto Alfredo é responsável subsidiário. 
 
 
Com base no direito brasileiro, Alfredo responderá objetivamente e criminalmente pelos danos 
causados a Nilson e a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. será responsabilizada de forma 
subsidiária. 
 
Com base no direito brasileiro, Alfredo responderá subjetivamente pelos danos causados a Nilson 
e a sociedade Simões Aviação Agrícola Ltda. será responsabilizada de forma subsidiária. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
 
(OAB/MG/2207/ADAPTADA) -O Sr. José Pedro adquiriu um automóvel do Sr. 
Martins, pagando integralmente o preço ajustado, no valor de R$ 20.000,00. 
Já na posse do bem, e antes de proceder ao registro do veículo em seu nome 
perante o DETRAN, o Sr. José Pedro envolveu-se, culposamente, em uma 
colisão, danificando o carro de um terceiro, de nome Joaquim.Considerando 
estes dados, assinale a alternativa CORRETA. 
 
 
 
Não há que se falar em Responsabilidade Civil pois houve culpa exclusiva da vítima. 
 
 
A indenização será devida pelos dois , em razão da solidariedade existente entre eles. 
 
O Sr. José Pedro é o responsável pela indenização, na condição de proprietário, em razão da 
tradição ocorrida em seu favor. 
 
 
O Sr. José Pedro e o Sr. Martins serão responsáveispela indenização, em razão da posse e do 
registro, respectivamente; 
 
 
O Sr. Martins é o responsável pela indenização, na condição de proprietário, já que o veículo 
ainda se encontra registrado em seu nome, perante o Detran. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
 
((XXI Exame Unificado/27/11/2016 - ADAPTADA) - Tomás e Vinícius 
trabalham em uma empresa de assistência técnica de informática. Após 
diversas reclamações de seu chefe, Adilson, os dois funcionários decidem se 
vingar dele, criando um perfil falso em seu nome, em uma rede social. Tomás 
cria o referido perfil, inserindo no sistema os dados pessoais, fotografias e 
informações diversas sobre Adilson. Vinícius, a seu turno, alimenta o perfil 
durante duas semanas com postagens ofensivas, até que os dois são 
descobertos por um terceiro colega, que os denuncia ao chefe. Ofendido, 
Adilson ajuíza ação indenizatória por danos morais em face de Tomás e 
Vinícius. A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
 
 
Tomás e Vinícius são corresponsáveis pelo dano moral sofrido por Adilson e devem responder 
solidariamente pelo dever de indenizar. 
 
 
Adilson sofreu danos morais distintos: um causado por Tomás e outro por Vinícius, devendo, 
portanto, receber duas indenizações autônomas. 
 
Tomás e Vinícius apenas poderão responder, cada um, por metade do valor fixado a título de 
indenização, pois cada um poderá alegar a culpa concorrente do outro para limitar sua 
responsabilidade. 
 
 
Adilson sofreu apenas danos morais que foi causado por Tomás, devendo, portanto, receber duas 
indenizações:uma do Estado e outra do causador do dano. 
 
 
Tomás e Vinícius devem responder pelo dano moral sofrido por Adilson, sendo a obrigação de 
indenizar, nesse caso, fracionária, diante da pluralidade de causadores do dano. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
 
A responsabilidade extracontratual, delitual ou 
aquilana é a lesão de um direito subjetivo ou da 
prática de um ato ilícito, em que haja nenhum 
vínculo contratual, resultando da inobservância 
da norma jurídica ou de infração ao dever 
jurídico geral de abstenção atinente aos direitos 
reais ou de personalidade. Dentre as afirmativas 
abaixo, assinale aquela que se manifesta como 
cláusula geral no sistema jurídico para 
responsabilidade extracontratual: 
 
 
 O dano causado for apenas moral. 
 
 Mora e inadimplemento absoluto. 
 
 Cessação da Mora. 
 
 Mora do devedor. 
 
 Purgação da Mora. 
 
 
 
Explicação: 
Responsabilidades Contratual e Extracontratual - Existe uma 
distinção tradicional entre a responsabilidade contratual, que 
decorre do inadimplemento de obrigação assumida no 
contrato, e a responsabilidade extracontratual(delitual 
ou aquilana) que deflui da violação de obrigação emanada da 
lei. Responsabilidade Extracontratual - Nelson Nery Junior e 
Rosa Maria de Andrade Nery identificam as seguintes 
cláusulas gerais na responsabilidade extracontratual: "Pode-
se dizer que há algumas cláusulas gerais extraídas do sistema 
jurídico civil para a responsabilidade extracontratual". Há o 
direito de o prejudicado ser indenizado e o dever de o ofensor 
indenizar quando: 
a) a ofensa se der a qualquer direito (patrimonial, material ou 
imaterial- como o moral, à imagem, da personalidade etc); b) a 
ofensa ocorrer em desrespeito a norma de ordem pública 
imperativa (v.g. abuso de direito - C.C. artigo 187); direito 
protegido por norma imperativa constitucional (penal, 
administrativa etc); c) o dano causado for apenas moral; d) 
por expressa especificação legal, ou quando a atividade 
normalmente desenvolvidas pelo autor do dano implicar, por 
sua natureza, risco para os direitos de outrem, 
independentemente de dolo ou culpa (responsabilidade 
objetiva - C.C. artigo 927 parágrafo único); e) a ofensa se der 
por desatendimento não especificados da boa-fé e dos bons 
costumes. 
 
1. 
 
2015 - Banca: FCC - Órgão: TJ-PI - Prova: Juiz Substituto. O incapaz 
 
 
 
não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, devendo suportá-los somente seus 
responsáveis. 
 
 
apenas responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem 
obrigação de fazê-lo. 
 
 
apenas responde com seus bens pelos prejuízos que causar, se a incapacidade cessar, ficando 
até esse momento suspenso o prazo prescricional. 
 
 
responde pelos prejuízos que causar, se as pessoas por ele responsáveis não tiverem obrigação 
de fazê-lo ou não dispuserem de meios suficientes. 
 
 
não responde com seus bens pelos prejuízos que causar, em nenhuma hipótese, se a 
incapacidade for absoluta. 
 
 
 
Explicação: 
Verificar o art. 928 do CC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
Gisele, quinze anos de idade, modelo e atriz de sucesso, com ótima condição 
econômica, após se aborrecer com o vizinho de seu pai, pegou um 
paralelepípedo e quebrou o vidro do para-brisa dianteiro de um veículo AUDI 
ano 2016, que se encontrava estacionado em frente a sua residência. 
Considerando que Gisele reside com seu pai, que é separado judicialmente de 
sua mãe, e que nenhum dos dois genitores dispõe de meios para ressarcir os 
danos causados, é correto afirmar que: 
 
 
 
a responsabilidade civil será exclusivamente do pai de Gisele; 
 
 
a responsabilidade civil será dos pais de Gisele; 
 
 
a responsabilidade civil será exclusivamente da mãe de Gisele; 
 
 
Gisele deverá ser responsabilizada civilmente pelos danos causados; 
 
 
não há responsabilidade civil, já que Gisele é menor de idade, sendo civilmente incapaz. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
João, empresário, é dono de um 
estabelecimento comercial que funciona em loja 
alugada em um shopping center movimentado. 
No estabelecimento, trabalham o próprio João, 
como gerente, sua esposa, como caixa, e 
Márcia, uma funcionária contratada para atuar 
como vendedora. 
Certo dia, Miguel, um fornecedor de produtos da 
loja, quando da entrega de uma encomenda 
feita por João, foi recebido por Márcia e sentiu-
se ofendido por comentários preconceituosos e 
discriminatórios realizados pela vendedora. 
Assim, Miguel ingressou com ação indenizatória 
por danos morais em face de João. 
A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa 
correta. 
 
 
 
João pode responder apenas por parte da compensação por 
danos morais diante da verificação de culpa concorrente de 
terceiro. 
 
 
João deve responder pelos danos causados, não lhe 
assistindo alegar culpa exclusiva de terceiro. 
 
 
Nenhuma das anteriores 
 
 
João não deve responder pelo dano moral, uma vez que não foi causado direta e imediatamente 
por conduta sua 
 
 
João pode responder apenas pelo dano moral, caso reste 
comprovada sua culpa in vigilando em relação à conduta de 
Márcia. 
 
 
 
Explicação: 
LETRA D 
Art. 932. São também responsáveis pela reparação civil: 
inciso III - o empregador ou comitente, por seus empregados, 
serviçais e prepostos, no exercício do trabalho que lhes competir, 
ou em razão dele; 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
( FGV - 2013 - OAB - XII Exame da Ordem Unificado - ADAPTADA) - Pedro, 
dezessete anos de idade, mora com seus pais no edifício Clareira do Bosque 
e, certa manhã, se desentendeu com seu vizinho Manoel, dezoito anos. O 
desentendimento ocorreu logo após Manoel, por equívoco do porteiro, ter 
recebido e lido o jornal pertencente aos pais do adolescente. Manoel, 
percebido o equívoco, promoveu a imediata devolução do periódico, momento 
no qual foi surpreendido com atitude inesperada de Pedro que, revoltado com 
o desalinho das páginas, o agrediu com um soco no rosto, provocando a 
quebra de três dentes. Como Manoel é modelo profissional, pretende ser 
indenizado pelos custos com implantes dentários, bem como pelo 
cancelamento de sua participação em um comercial de televisão. Tendo em 
conta o regramento da responsabilidade civil por fato de outrem, assinale a 
afirmativa correta. 
 
 
 
Pedro responderá solidariamente com seus pais pelos danos causados a Manoel, inclusive com 
indenização pela perda de umachance, decorrente do cancelamento da participação da vítima no 
comercial de televisão. 
 
 
Se os pais de Pedro não dispuserem de recursos suficientes para pagar a indenização, e Pedro 
tiver recursos, este responderá subsidiária e equitativamente pelos danos causados a Manoel. 
 
 
Os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva e subsidiária pelos danos causados pelo filho a 
Manoel, devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando e o dolo dos genitores 
 
 
Os pais de Pedro terão responsabilidade subjetiva pelos danos causados pelo filho a Manoel, 
devendo, para tanto, ser comprovada a culpa in vigilando dos genitores 
 
 
Somente os pais de Pedro terão responsabilidade objetiva pelos danos causados pelo filho, mas 
detêm o direito de reaver de Pedro, posteriormente, os danos indenizáveis a Manoel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
(TRT 6ª 2012 - FCC - TÉCNICO JUDICIÁRIO) - Sendo o patrão 
responsável pela reparação civil dos danos causados 
culposamente por seus empregados no exercício do trabalho que 
lhes competir, ou em razão dele, 
 
 
 
só será obrigado a indenizar se o patrão também tiver culpa. 
 
 
a obrigação de indenizar é subsidiária à do empregado que causou o dano. 
 
 
não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo mesmo ato, em processo 
criminal, por insuficiência de prova. 
 
 
é obrigado a indenizar ainda que o patrão não tenha culpa. 
 
 
só será obrigado a indenizar se o ato também constituir crime e se o empregado for condenado 
no processo criminal. 
 
 
 
Explicação: 
O empregador é civilmente responsável pela segurança daqueles que compõem a sua força de trabalho. 
Tal responsabilidade decorre do dever de zelo que o empregador possui face aos seus empregados, posto 
que a manutenção constante do ambiente do trabalho é obrigação inerente ao contrato de trabalho 
firmado entre os polos financeiro e profissional. 
Quando o Direito trata da responsabilidade, induz de imediato a circunstância de que alguém, o 
responsável, deve responder perante a ordem jurídica de algum fato precedente. Esses dois pontos - o 
fato e a sua imputabilidade a alguém - constituem pressupostos inafastáveis do instituto da 
responsabilidade. De um lado, a ocorrência do fato é indispensável, seja ele de caráter comissivo ou 
omissivo, por ser ele o verdadeiro ferrador dessa situação jurídica. Não pode haver responsabilidade sem 
que haja um elemento impulsionador prévio. De outro, é necessário que o indivíduo a que se impute 
responsabilidade tenha aptidão jurídica de efetivamente responder perante a ordem jurídica pela 
ocorrência do fato. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
João decidiu comprar um veículo e para tanto foi até uma loja de veículos 
usados e escolheu um modelo. O vendedor, muito atencioso, propôs a João 
uma volta pelo centro da cidade gratuitamente, a fim de que o comprador 
pudesse averiguar as qualidades do automóvel. O vendedor conduziu João 
pelo centro e, na volta do passeio, o veículo colidiu contra um caminhão em 
virtude de buracos existentes na pista. João teve a perna quebrada. Cabe a 
João indenização pelos danos sofridos a ser paga pela loja revendedora de 
automóveis? 
 
 
 
Não, porque o passeio foi à título gratuito e João assumiu os riscos do mesmo. 
 
 
Não, pois estamos diante de caso fortuito. 
 
 
Sim, pois o passeio não configura contrato a título gratuito e deve, portanto, ser regido pelo Dec. 
n.º 2.681/1912. 
 
 
Não, pois a culpa foi exclusiva do condutor do caminhão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
XVI EXAME DE ORDEM UNIFICADO Daniel, morador do Condomínio Raio de 
Luz, após consultar a convenção do condomínio e constatar a permissão de 
animais de estimação, realizou um sonho antigo e adquiriu um cachorro da 
raça Beagle. Ocorre que o animal, muito travesso, precisou dos serviços de 
um adestrador, pois estava destruindo móveis e sapatos do dono. Assim, 
Daniel contratou Cleber, adestrador renomado, para um pacote de seis meses 
de sessões. Findo o período do treinamento, Daniel, satisfeito com o 
resultado, resolve levar o cachorro para se exercitar na área de lazer do 
condomínio e, encontrando-a vazia, solta a coleira e a guia para que o Beagle 
possa correr livremente. Minutos depois, a moradora Diana, com 80 (oitenta) 
anos de idade, chega à área de lazer com seu neto Theo. Ao perceber a 
presença da octogenária, o cachorro pula em suas pernas, Diana perde o 
equilíbrio, cai e fratura o fêmur. Diana pretende ser indenizada pelos danos 
materiais e compensada pelos danos estéticos. Com base no caso narrado, 
assinale a opção correta. 
 
 
 
Há responsabilidade valorada pelo critério subjetivo e contratual apenas de Daniel em relação aos 
danos sofridos por Diana; subjetiva, em razão da evidente culpa na custódia do animal; e 
contratual, por serem ambos moradores do Condomínio Raio de Luz. 
 
 
O dono do cachorro não pode ser responsabilizado pelos danos causados por seu animal. 
 
 
Não há responsabilidade civil de Daniel valorada pelo critério subjetivo, em razão da ocorrência 
de força maior, isto é, da chegada inesperada da moradora Diana, caracterizando a 
inevitabilidade do ocorrido, com rompimento do nexo de causalidade. 
 
 
Há responsabilidade civil valorada pelo critério objetivo e extracontratual de Daniel, havendo 
obrigação de indenizar e compensar os danos causados, haja vista a ausência de prova de 
alguma das causas legais excludentes do nexo causal, quais sejam, força maior ou culpa 
exclusiva da vítima 
 
 
Há responsabilidade civil valorada pelo critério subjetivo e solidária de Daniel e Cleber, aquele 
por culpa na vigilância do animal e este por imperícia no adestramento do Beagle, pelo fato de 
não evitarem que o cachorro avançasse em terceiros 
 
 
 
Explicação: 
É importante a observância do art. 936 do CC. Nele há a determinação que a responsabilidade civil 
somente pode ser afastada se houver alguma excludente de responsabilidade. Dessa forma, estamos 
diante da responsabilidade civil objetiva. 
Também trata-se de responsabilidade civil extracontratual porque não há qualquer vínculo contratual 
entre o dono do animal e a pessoa que sofreu o dano. 
OBS: Trata-se de uma questão adaptada porque foi inserida a quinta opção de resposta. 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
(TRT 6ª 2012 - FCC - Técnico Judiciário ¿ Administrativa) Sendo o patrão 
responsável pela reparação civil dos danos causados culposamente por seus 
empregados no exercício do trabalho que lhes competir, ou em razão dele, É 
CORRETO AFIRMAR QUE: 
 
 
 
não será obrigado a indenizar, se o empregado for absolvido pelo mesmo ato, em processo 
criminal, por insuficiência de prova. 
 
 
só será obrigado a indenizar se o ato também constituir crime e se o empregado for condenado 
no processo criminal. 
 
 
a obrigação de indenizar é subsidiária à do empregado que causou o dano. 
 
 
só será obrigado a indenizar se o patrão também tiver culpa. 
 
 
é obrigado a indenizar ainda que o patrão não tenha culpa. 
 
 
 
Explicação: 
Conforme determina o art. 933 do CC a responsabilidade civil do empredor é objetiva, ou seja, não há 
necessidade de analisar culpa. 
 
1. 
 
(CESGRANRIO/Petrobras /2017) - De acordo com a Lei no 9.656/1998 e posteriores alterações, cabe 
às operadoras de plano de assistência à saúde oferecer qualquer modalidade de produto, serviço e 
contrato que apresente, além da garantia de cobertura financeira de riscos de assistência médica, 
hospitalar e odontológica, outras características que o diferencie de atividade exclusivamente 
financeira, tais como: custeio de despesas; oferecimento de rede credenciada ou referenciada; 
reembolso de despesas; mecanismos de regulação; qualquer restrição contratual, técnica ou 
operacional para a cobertura de procedimentos solicitados por prestador escolhido pelo consumidor; e 
vinculação de cobertura financeira à aplicação de conceitos ou critérios médico- -assistenciais. 
O ente público competente para normatizar e fiscalizar o cumprimento dodispositivo legal é o(a): 
 
 
 
Conselho federal de medicina 
 
 
Associação dos agentes nacionais de saúde 
 
 
Agência nacional de vigilância sanitária 
 
 
Sindicato dos trabalhadores da categoria 
 
 
Agência nacional de saúde suplementar 
 
 
 
Explicação: 
A Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) é a agência reguladora vinculada ao Ministério da 
Saúde responsável pelo setor de planos de saúde no Brasil. 
Promover a defesa do interesse público na assistência suplementar à saúde, regular 
as operadoras setoriais - inclusive quanto às suas relações com prestadores e consumidores - e 
contribuir para o desenvolvimento das ações de saúde no país. 
A ANS tem por valores institucionais a transparência e ética dos atos, o conhecimento como fundamento 
da regulação, o estímulo à inovação para busca de soluções e sustentabilidade setorial e o foco no 
compromisso social. 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. 
 
(CESGRANRIO/Petrobras 2017) - 
Ao requerer autorização de funcionamento junto ao órgão competente, uma 
determinada operadora de planos privados de assistência à saúde omitiu-se 
em informar a descrição pormenorizada de suas instalações, os equipamentos 
destinados à prestação de serviços e a especificação dos recursos humanos 
qualificados e habilitados, inclusive com responsabilidade técnica de acordo 
com as leis que regem a matéria. 
Assim sendo, e de acordo com a Lei no 9.656/1998 e posteriores alterações, 
fica a referida operadora: 
 
 
 
autorizada a funcionar, desde que apresente a documentação pendente no prazo de 15 dias. 
 
 
impedida de proceder a internações e cirurgias eletivas. 
 
 
impedida de proceder a atendimentos emergenciais. 
 
 
autorizada a funcionar parcialmente, até que complemente o restante da documentação. 
 
 
impedida de funcionar até que apresente a documentação pendente, no prazo estabelecido pela 
autoridade competente. 
 
 
 
Explicação: 
No caso de empresas que pretendem ingressar no setor de saúde suplementar, primeiro deve-se solicitar 
o Registro de Operadora (1ª etapa) e após a concessão deste Registro, apresentar o pedido de registro de 
produto(s) (2ª etapa). Após a concessão do registro de operadora, a empresa deve enviar uma 
correspondência para a Diretoria de Desenvolvimento Setorial ¿ DIDES solicitando a concessão de senha 
¿TXT¿ que permitirá o acesso aos aplicativos da ANS e assim solicitar o registro de produto(s). As 
operadoras que possuem registro provisório junto à ANS, podem solicitar o registro de operadora e o 
registro de produto(s) simultaneamente. 
Na conferência da documentação enviada pela empresa, a ANS verifica se estão presentes os documentos 
mínimos necessários constantes da lista para o início do processo de solicitação de registro de operadora. 
Caso não seja constatada a pertinência de algum(ns) documento(s) ou de toda a documentação, a ANS 
expedirá ofício à empresa solicitante restituindo a documentação que não está em conformidade com as 
normas que regulamentam a matéria. 
Verificação pela ANS se a documentação está completa: Documentação incompleta: ANS envia 
ofício informando que documentação não foi aceita. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3. 
 
A ANS define uma lista de consultas, exames e tratamentos, denominada Rol 
de Procedimentos e Eventos em Saúde, que os planos de saúde são 
obrigados a oferecer, conforme cada tipo de plano - ambulatorial, hospitalar 
com ou sem obstetrícia, referência ou odontológico. Com relação ao plano-
referência de assistência à saúde, previsto no art. 10 da Lei 9656/98, assinale 
a única opção que apresenta uma exigência mínima: 
 
 
 
Cobertura para tratamento clínico ou cirúrgico experimental 
 
 
Fornecimento de medicamentos importados não nacionalizados 
 
 
Cobertura para inseminação artificial 
 
 
Cobertura de serviços de apoio diagnóstico, tratamentos e demais procedimentos ambulatoriais, 
solicitados pelo médico assistente, quando incluir atendimento ambulatorial 
 
 
Cobertura de internações hospitalares com limitação de prazo, quando incluir internação 
hospitalar 
 
 
 
Explicação: 
Art. 10 e incisos c/c art. 12, incisos e alíneas da Lei 9656/98 
 
 
 
 
 
 
 
 
4. 
 
Se um plano de saúde colocar à venda um novo plano de saúde que inclue 
um tratamento novo desenvolvido pela empresa, que promete 
emagrecimento instantâneo e cura para a diabetes. Indaga-se caso esse 
produto ainda estiver em teste, ter-se-á, qual forma de responsabilidade no 
caso de dano ao paciente? 
 
 
 
responsabilidade objetiva fundada na teoria das causas diretas e imediatas 
 
 
responsabilidade subjetiva fundada na teoria risco-proveito. 
 
 
responsabilidade objetiva fundada na teoria risco-proveito. 
 
 
responsabilidade subjetiva fundada na teoria da causalidade adequada 
 
 
responsabilidade objetiva fundada na teoria da causalidade adequada 
 
 
 
Explicação: 
responsabilidade objetiva fundada na teoria risco-proveito, pois não há a necessidade de comprovação de 
culpa e eles são responsáveis por eventuais danos, uma vez que lucram com os produtos desevolvidos, e 
esta responsabilidade visa equilibrar o risco e o lucro no mercado 
 
 
 
 
 
 
 
 
5. 
 
(FUNESP/2017/TJ/SP- adaptada) - Vítima de acidente automobilístico, Joana 
fica hospitalizada durante 90 (noventa) dias. Joana é contratante individual 
de plano de assistência médica e hospitalar. A administradora do plano de 
saúde se recusa a cobrir a totalidade dos custos da internação, alegando que 
o contrato limita a obrigação a 30 (trinta) dias. Durante o período de 
hospitalização, Joana deixa de efetuar o pagamento das prestações mensais 
do plano de saúde. Após se recuperar, Joana propõe ação requerendo seja o 
plano de saúde condenado ao pagamento das despesas referentes a todo o 
período de internação. Por sua vez, a administradora do plano de saúde 
apresenta contestação e propõe reconvenção pleiteando a condenação de 
Joana ao pagamento das prestações em atraso, acrescido da multa contratual 
de 10% (dez por cento). É correto afirmar que a ação de Joana deve ser 
julgada 
 
 
 
parcialmente procedente, devendo as partes dividirem equitativamente os custos da internação 
hospitalar que ultrapassaram o limite de 30 (trinta) dias, como forma de não gerar desequilíbrio 
contratual; a reconvenção é improcedente, pois ao plano de saúde não é lícito, enquanto não 
cumprir sua obrigação, exigir o cumprimento daquela atribuída a Joana. 
 
 
procedente, pois é abusiva a cláusula contratual que limita o tempo de internação hospitalar; a 
reconvenção é parcialmente procedente, pois Joana está obrigada ao pagamento das 
mensalidades do plano de saúde, mesmo diante da recusa de cobertura, mas a multa contratual 
não pode exceder 2% (dois por cento). 
 
 
Nenhuma das respostas acima. 
 
 
procedente, pois a limitação temporal da internação hospitalar é admitida somente nos contratos 
coletivos de assistência médica; a reconvenção é improcedente, pois a conduta abusiva da 
administradora do plano de saúde exclui a obrigação de Joana efetuar o pagamento das 
mensalidades referentes ao período de hospitalização. 
 
 
improcedente, pois não há abusividade na cláusula contratual que limita o tempo de internação 
hospitalar; a reconvenção é procedente, pois o ilícito contratual foi praticado por Joana, que está 
obrigada ao pagamento das mensalidades do plano de saúde, com acréscimo da multa contratual 
de mora. 
 
 
 
Explicação: 
A Súmula 302 do Superior Tribunal de Justiça considera abusiva a cláusula contratual de plano de saúde 
que limita o tempo de internação do consumidor/paciente. 
Ao adotar esse posicionamento, o STJ reconhece como sendo inválidas as cláusulas nesse sentido, 
presentes em contratos de plano de saúde, mesmo que estejam expressas ou constem de contratos 
firmados anteriormente à Lei 9.656/98, que disciplinou o setor. 
A publicação da Súmula, além de representar a consolidação do entendimento do Tribunal na matéria, 
significa o reconhecimento da vulnerabilidadedo paciente/consumidor, a prevalência do princípio da boa-
fé objetiva e opção por uma solução humanista para o problema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
6. 
 
Em janeiro de 2018 Anna Maria Silva e Silva compareceu a um hospital 
credenciado a seu plano de saúde Vida Saudável para a realização de uma 
consulta previamente agendada com o médico cardiologista Rodolfo Coração. 
Ocorre que a consulta não foi permitida por falta de autorização do referido 
plano de saúde. Em razão desta conduta e do não atendimento, Anna não 
teve o devido acompanhamento de sua cardiopatia e veio a sofrer um infarto 
ficando impedida de trabalhar por 55 dias. Diante disso indaga-se se há dever 
de inedenizar por parte do plano de saúde e qual a indenização que deve ser 
prestada. 
 
 
 
Não há o dever de indenizar pois não há dano 
 
 
Há o dever de indenizar mas a indenização se dará apenas por dano moral, situação vexatória de 
não ser atendida 
 
 
Não há o dever de indenizar uma vez que não há nexo de causalidade 
 
 
há o dever de indenizar por dano material, incluindo o que gastou no tratamento e o que deixou 
de auferir como renda devido ao tempo que não pode trabalhar 
 
 
Há o dever de indenizar, desde que se demonstre que a cardiopatia não era anterior a consulta 
 
 
 
Explicação: 
Na presente questão há o dever de indenizar posto que o não autorização de atendimento imotivado por 
parte do plano de saúde fez com que as condições de saúde da paciente não fosse acompanhada e com 
isso houveso um agravamento da mesma com a consequente necessidade desta gastar com o 
tratamento do infarto e deixasse de tabalhar por diversos dias diminuindo sua renda 
 
 
 
 
 
 
 
 
7. 
 
(ESAF/2012) - Sobre o Plano de Saúde é correto afirmar: 
 
 
 
 
tem como bases legais para sua elaboração a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei 
Orçamentária Anual. 
 
 
é instrumento referencial no qual devem estar refl etidas as necessidades e peculiaridades 
próprias de cada esfera, configurando-se como a base para a execução, o acompanhamento, a 
avaliação e a gestão do sistema de saúde. 
 
 
 
 sua estrutura formal deve explicitar a análise dos resultados obtidos na execução (física, 
orçamentária e financeir(A) de cada programa apresentado. 
 
 
 
é o instrumento que regula os repasses e transferências financeiras do Fundo Nacional de Saúde 
para os estados e municípios. 
 
 
 
 define as ações que, em seu período de vigência, irão garantir o alcance dos objetivos e o 
cumprimento das metas do Relatório Anual de Gestão. 
 
 
 
Explicação: 
Os recursos alocados junto ao FNS destinam-se ainda às transferências para os Estados, o Distrito Federal 
e os municípios, a fim de que esses entes federativos realizem, de forma descentralizada, ações e 
serviços de saúde, bem como investimentos na rede de serviços e na cobertura assistencial e hospitalar, 
no âmbito do SUS. Essas transferências são realizadas nas seguintes modalidades: Fundo a Fundo, 
Convênios, Contratos de Repasses e Termos de Cooperação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8. 
 
Doença ou lesão preexistente é a patologia que o consumidor 
que deseja contratar um plano de saúde tem conhecimento 
de ser portador ou sofredor à época de ingresso no plano. A 
terminologia: doença preexistente não é um conceito médico 
mas apenas um conceito que visa atender à necessidade dos 
planos de saúde no tocante à atualização do cálculo atuarial. 
Desta forma indaga-se, caso o associado não tenha declarado 
sua doença, nem o plano realizado exames prévios, se o 
atendimento for negado com esta base oque você orientaria ao 
seu cliente? 
 
 
 
o plano de saúde não pode ser juridicamente obrigado a realizar o atendimento, mas pode haver 
um eventual dano e o respectivo dever de indenizar, desta forma a orientação deveria ser apenas 
uma eventual ação de indenização 
 
 
Deve ser intentada uma ação juducial, pois devido a negligência do plano de saúde ele não pode 
alegar esta excludente, doença pré-existente, para o não atendimento, e deve o plano de saúde 
prestar o serviço para o qual foi contratado, devendo inclusive indenizar eventuais prejuízos. 
 
 
deve ser intentada apenas uma obrigação de fazer do plano de saude e não mais, pois não é caso 
de responsabilidade civil, pois não há dano com o simples não atendimento. 
 
 
Nada deve ser feito, pois o cliente é que agiu com dolo ao não declarar a sua doença, sendo este 
dolo excludente da culpabilidade do plano de saúde 
 
 
Nada deve ser feito, pois o associado deve ou declarar a doença pré-existente e pagar o valor 
correspondente fixado pelo plano de saúde, ou aguardar o período de carência, como ele não 
realizou nehuma das duas ações, não possui direito a ser juridicamente reivindicado. 
 
 
 
Explicação: 
A orientação deve ser no sentido de que o plano de saúde não pode negar o antendimento pois, ele foi 
negligente ao não realizar os exames que são suas responsabilidades. Desta forma deve ser judiciamente 
compelido a realizar a ação de atendimento, bem como indenização por eventuais danos sofridos pelo 
cliente. 
1. 
 
(FGV/XXI Exame de Ordem Unificado/2016 - adaptada) - Tomás e Vinícius trabalham em uma 
empresa de assistência técnica de informática. Após diversas reclamações de seu chefe, Adilson, os 
dois funcionários decidem se vingar dele, criando um perfil falso em seu nome, em uma rede social. 
Tomás cria o referido perfil, inserindo no sistema os dados pessoais, fotografias e informações 
diversas sobre Adilson. Vinícius, a seu turno, alimenta o perfil durante duas semanas com postagens 
ofensivas, até que os dois são descobertos por um terceiro colega, que os denuncia ao chefe. 
Ofendido, Adilson ajuíza ação indenizatória por danos morais em face de Tomás e Vinícius. 
 
A respeito do caso narrado, assinale a afirmativa correta. 
 
 
 
Tomás e Vinícius são corresponsáveis pelo dano moral sofrido por Adilson e devem responder 
solidariamente pelo dever de indenizar. 
 
 
Tomás e Vinícius devem responder pelo dano moral sofrido por Adilson, sendo a obrigação de 
indenizar, nesse caso, fracionária, diante da pluralidade de causadores do dano. 
 
 
Tomás e Vinícius apenas poderão responder, cada um, por metade do valor fixado a título de 
indenização, pois cada um poderá alegar a culpa concorrente do outro para limitar sua 
responsabilidade. 
 
 
Adilson sofreu danos morais distintos: um causado por Tomás e outro por Vinícius, devendo, 
portanto, receber duas indenizações autônomas. 
 
 
Vinícuis sofreu danos morais distintos: um causado por Tomás e outro por Adilson, devendo, 
portanto, receber duas indenizações autônomas. 
 
 
 
Explicação: 
O ordenamento jurídico tem como finalidade a proteção do que é lícito ao indivíduo, bem como cercear o 
ilícito, ou seja, o direito procura amparar a conduta com a lei, a moral e os bons costumes, tal como 
refuta, concomitantemente, a conduta daquele que o contraria. 
As redes sociais também transformaram o relacionamento entre as pessoas e a sociedade com tamanha 
diversidade de informações instantâneas e demandas imediatas, assim como trouxe muitos problemas, 
cabendo ao direito a árdua tarefa de acompanhar e proteger a sociedade daqueles que a utilizam para 
causar prejuízo a terceiros, praticando atos como postagens com conteúdo injurioso, difamatório, 
calunioso ou inverídico e que causam grave lesão ao direito do indivíduo, muitas vezes com dezenas ou 
centenas de compartilhamentos, violando os direitos básicos previstos no Art. 5º da Constituição Federal. 
Elencado no inciso X, da Constituição Federal de 1988, o ordenamento prevê que são invioláveis ¿a 
intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano 
material ou moral decorrente de sua violação¿. 
Em caso de violação de direitos e lesões aos prejudicados, através de atos praticados nas redes sociais, o 
causador do dano ou seus responsáveis legais poderão ser chamados a reparar o dano moral e material 
causado,

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