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Keyse Sabrina Santos de Matos Patrick Pablo Pereira Alves Thiago Pessoa Adaid Castro Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI – Design de interiores FLEX2572 – Prática do Modulo III - 03/12/20 A Gestão do Design de Interiores e suas Metodologias Estratégias Keyse Sabrina Santos de Matos Patrick Pablo Pereira Alves Thiago Pessoa Adaid Castro RESUMO A metodologia científica possibilita a capacidade de proporcionar uma elevada compreensão e análise do mundo por meio da estruturação do conhecimento, sendo que este apenas ocorre quando o estudante circula entre os caminhos do saber, possuindo como protagonismo deste processo a conjunção entre ensino/aprendizagem, relacionando-se com a metodologia e o “caminho de estudo a ser percorrido” e ciência com “o saber alcançado”. Este trabalho foi realizado através de experiências e levantamentos bibliográficos de autores que falam sobre o tema proposto onde foi buscou adquirir informações e explicações para solucionar dúvidas que sugiram diante da escolha do tema, para a realização da pesquisa em questão onde foi utilizado como metodologia o enfoque qualitativo e descritivo, através da pesquisa bibliográfica para a fundamentação teórica e a pesquisa de campo. O campo do design é caracterizado como sendo uma sub área da atividade humana, composta por diversos aspectos que possuem uma certa multidisciplinaridade. A elaboração do projeto foi realizada visando proporcionar aos moradores uma maior otimização do ambiente, de maneira a proporcionar uma melhor utilidade para todo o espaço que o local proporciona. Ao observar o presente trabalho observa-se que a faculdade possui uma grande influência sobre as questões científicas que os alunos desempenham, com o intuito de aumentar sua compreensão e assim seu conhecimento. Além disto perante a questão científica as universidades possuem uma grande influência sobre a fomentação deste conhecimento, para isto a universidade faz com que sejam instigados por meio de matérias e conteúdo. Palavras-chave: gestão, design, planejamento. 1. INTRODUÇÃO As artes decorativas já eram vistas em território brasileiro no século XIX, contudo, pesquisadores acreditavam que, assim como a Arquitetura, esta arte refere-se a tempos mais antigos, sendo que neste já podia observar a preocupação com a forma com a qual se organizava os espaços internos. A origem do design é provinda de estudiosos aos antigos egípcios, sendo que estes realizavam a decoração de suas casas humildes com mobília. Uma gestão do design interiores é de suma necessidade para conseguir satisfazer as inovações que o mercado vem exigindo. Um designer, não é somente um artista que realiza a criação, mas este também necessita possuir a capacidade de solucionar problemas por meio de metodologias estratégicas. Além disto este auxilia para melhorar os processos e na aquisição de novos clientes, de maneira que o profissional busque não somente a melhora na estética do 2 ambiente, mas também em toda a sua complexidade de gerenciamento. Valle et al.(2010) diz que a gestão consiste em aplicar conhecimentos, para cumprir os objetivos estabelecidos, dos produtos ou serviços que a empresa desenvolve ou realiza. Para tentar superar as dificuldades os designers precisam que os processos sejam capazes de superar os problemas e assim conseguir uma elevada satisfação para com seus clientes, além de toda a sua estrutura de composição. Para PMBOK (2008), o gerenciamento de projetos consiste em planejar e controlar atividades com o propósito de se fazer cumprir as metas de um determinado projeto. O projeto de interiores busca o planejamento da decoração com o intuito de sanar problemas estéticos e técnicos, otimizando a qualidade e conforto do ambiente. Tal projeto tende a estudar o homem e os seus aspectos específicos e socioculturais, de maneira que deve ser projetar de acordo com a forma que as pessoas vivem, com o intuito de elaborar um projeto de interiores deve-se fazer uma análise bem específica, considerando os fatores objetivos e subjetivos. Tendo em vista isto o presente trabalho possui o intuito de relacionar as ferramentas usadas com os conceitos de processos da gestão de projetos, realizando a criação de um projeto com o intuito de modificar um ambiente tornando-o mais funcional. 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Uma gestão de projeto bem elaborada é necessária para uma execução projetual de qualidade, para que se possa diferenciar dos demais profissionais do mercado. Para se dar início a um projeto de design de interiores é preciso conhecer as etapas de todo o processo. Basicamente existem três etapas, compreendendo-se entre o estudo preliminar, o anteprojeto e o projeto executivo. Em cada uma desta etapas é preciso ter um acompanhamento através de um checklist. “A montagem do checklist é muito importante para que cada fase projetual, desde o atendimento, o detalhamento, o acompanhamento do projeto até a fase final, seja executada de forma impecável” (IPOG, 2016). Sendo assim pode se concluir que sem este acompanhando de checklist, o processo pode dar errado ou não sair com o esperado pelo cliente. [...]"o designer de interiores é uma pessoa qualificada por formação e/ou experiência a identificar, pesquisar e resolver criativamente os problemas relativos às funções e à qualidade em que vive o homem, devendo favorecer com sua obra a melhoria do padrão social estético do habitar". Alinhado a esse argumento, o design de interiores não se limita apenas a estética. Consiste em encontrar soluções criativas para ambientes internos, com base em metodologias, compreendendo investigações, análises e conhecimentos sobre o processo criativo. [...] (ABD, 2014 apud MORAIS; BERNARDES; VAN DER LINDEN, 2015, p.14) 3 Valle et al. (2010) explica que a gestão de projetos tende a se expandir e se adaptar as necessidades do mercado, pensando nisso, surgem cada vez mais a necessidade de o profissional se adaptar as novas culturas e tecnologias, para assim permanecer competitivos. Existe a necessidade de todas empresas ou profissionais do ramo de design de interiores, se aperfeiçoarem em gestão de projetos, decidindo quais sistemas e métodos irão utilizar, para que se tenha qualidade e sucesso em seus trabalhos. 3. MATERIAIS E MÉTODOS Nesta pesquisa foi utilizado o método qualitativo descritivo, através de leituras bibliográficas e artigos publicados em sites de referência que abordam as etapas do processo de design. Por meio desta pesquisa aprofundamos nosso conhecimento nas características do estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo; respaldados por meio de uma análise descritiva. O trabalho foi realizado utilizando como base uma imagem obtida por meio de pesquisas online, de maneira que ela é relatada como sendo de São Paulo- SP, e a partir desta objetivou-se a criação do projeto a ser apresentado. A realização do presente trabalho ocorreu entre o mês de novembro e dezembro de 2020. Para realizar o desenho do projeto realizou-se no programa denominado de Revit, sendo que este é tido como sendo uma plataforma da Autodesk segundo guia do usuário REVIT (2011). Para Cervo, Bervian e Silva (2006, p. 67): Todas as informações reunidas nos passos anteriores devem ser comparadas entre si e analisadas. A análise, a partir da classificação ordenada dos dados, do confronto dos resultados das tabelas e das provas estatísticas, quando empregadas, procura verificar a comprovação ou não das hipóteses de estudo. A figura 1, demonstra o local utilizado como para base para a realização do projeto, de maneira a ficar aqui estabelecido que o projeto não é uma cópia fiel das imagens, de maneira a fazer uso da liberdade de criação. 4 Figura 1 - Apartamento utilizado como base. FONTE: Disponível em: <https://www.quintoandar.com.br/imovel/893075446/comprar/fotos?foto=1>.Acessado em 14 de novembro de 2020. Figura 2 - Apartamento utilizado como base em outro angulo. FONTE: Disponível em: <https://www.quintoandar.com.br/imovel/893075446/comprar/fotos?foto=1>. Acessado em 14 de novembro de 2020. As fotos do apartamento foram obtidas por meio de pesquisa realizada em site de alugel de apartamento, sendo que este foi devidamente citado na fonte da imagem. 4. RESULTADOS E DISCUSSÃO O campo do design é caracterizado como sendo uma sub área da atividade humana, composta por diversos aspectos que possuem uma certa multidisciplinaridade. “Tal caráter se apresenta imbricando questões culturais, aspectos semiológicos, semânticos, cognitivos, 5 psicológicos e tecnológicos, associados à arte, à sociologia, à antropometria, à ergonomia, à antropologia e à filosofia” (Esquef, 2011, p. 11). Brooker e Stone (2014, p. 12) relata que o design de interiores consiste como sendo uma atividade que abrange a criação de ambientes internos e esta realiza a articulação existente entre o clima e a identidade através do uso de manipulação dos volumes espaciais, da inserção de elementos específicos e mobiliário, além de fazer uso de materiais já existentes. “Em geral, descreve projetos que requerem poucas mudanças estruturais - ou nenhuma – na construção já existente, embora haja muitas exceções”. Primeiramente observa-se que a atitude a tomar é o levantamento do que necessita ser melhorado ou otimizado, com o intuito de realizar a compreensão do problema. Isto pode ser realizado por meio de observação, entrevista entre outros meios, além de realizar a estruturação de checklist contendo os elementos, e a partir disto criar esboço e desenhos, utilizando como base trabalho e imagens observados anteriormente. Posteriormente a esta etapa observa-se o diagnóstico, esta etapa compreende no aprofundamento do assunto abrangendo maior compreensão acerca do tema a ser elucidados com o projeto de interiores, realizar uma análise de ambiente no qual será executado o trabalho; realizar a análise da tarefa, estabelecer conceitos para o projeto e levantar os orçamentos iniciais para elaboração da planilha de custo primária de execução do projeto. A análise global do ambiente é uma etapa que se inspira no método MEAC de análise do ambiente construído. Para avaliar o ambiente tende a realizar uma verificação das informações acerca do ambiente, assim como: dimensionamento, iluminação, ventilação, ruído, temperatura, fluxos, layout, deslocamentos, materiais de revestimento e condições de acessibilidade. O levantamento é feito por meio de anotação, análise, ferramentas de medição e registro fotográfico. A análise da tarefa cuida da observação do ambiente em uso visando identificar a usabilidade, ou seja, o quanto o espaço em uso atualmente é um facilitador ou dificultador ao desenvolvimento das atividades que nele se abrigam. A elaboração de conceitos faz parte da etapa criativa que deve ser trabalhada nesta fase, imediatamente após a definição do problema e a realização das análises. Faz-se necessário que o designer de interiores planeje qual conceito projetual pretende implantar na sua proposta e de que forma esse aspecto identifica-se com o usuário. 6 Figura 3 – Projeto elaborado no Revit FONTE: o autor A elaboração do projeto foi realizada visando proporcionar aos moradores uma maior otimização do ambiente, de maneira a proporcionar uma melhor utilidade para todo o espaço que o local proporciona. Desta maneira objetivou-se com o projeto a criação de um loft sendo que este conceito, segundo Zdrojewski (2014) refere-se a uma forma de projeto que realizam a interligação espacial entre seus ambientes, exceto ao banheiro. Desta forma observa-se frequentemente que os ambientes são delimitados por meio da disposição da mobília e pela diferenciação do pé-direito. A falta de divisórias demonstra uma maior sensação de amplitude, contendo maior praticidade na execução de ações cotidianas. Além disto realiza-se a instalação de amplas janelas de vidro, aproveitando da iluminação e ventilação natural. Entretanto, nem todos os ambientes da residência possuem a possibilidade de aplicar todos estes conceitos. REFERÊNCIAS BROOKER, G. & STONE, S. O que é design de interiores. Tradução: André Botelho. São Paulo: Senac, 2014. CERVO, Amado Luiz; BERVIAN, Pedro Alcino; SILVA, Roberto da. Metodologia científica. São Paulo: Ed. Pearson, 2006. 7 CRIZEL, Lori. O gerenciamento de Projeto é o segredo de um bom designer. IPOG, 2016. Disponível em: https://blog.ipog.edu.br/engenharia-e-arquitetura/o-gerenciamento-de-projeto-e-o- segredo-de-um-bom-designer/. Acesso em: 22 nov. 2020. ESQUEF, M. Desenho Industrial e desenvolvimento. As relações de produção do design no Brasil. Rio de Janeiro: Synergia, 2011. GUIA DE USUARIO. Autodesk. Revit Architecture. Abril, 2010. Disponivel em http://images.autodesk.com/adsk/files/revit_architecture_2011_user_guide_ptb.pdf. Acesso em: 28 nov. 2020. MORAIS, Vânia Baptista; BERNARDES, Maurício Moreira e Silva; VAN DER LINDEN, Júlio Carlos de Souza. Análise de matrizes curriculares de cursos de design de interiores no Brasil focalizando conteúdos de gestão de projetos. Revista D.: Design, Educação, Sociedade e Sustentabilidade, v.7, n. 1, 2015. PMI. A guide to the project management body of knowledge (PMBOK Guide), Project Management Institute, 4th ed., Newton Square, PA, 2008. VALLE, A.B. do; SOARES, C. A. P.; FINOCCHIO, J. J.; SILVA, L. S. F. Fundamentos do gerenciamento de projetos. Ed. FGV, Rio de Janeiro, 2010. ZDROJEWSKI, Carolina Thaís. Influência do individualismo na arquitetura de interior residencial contemporânea brasileira. Revista eletrônica Especialize IPOG. Goiânia, 8.ed. n.9, v.1, p. 1-16, 2014.
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