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Fichamento - Caos nas contas e políticas públicas. PINTO, Élida Graziane.

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Discente :Larissa Magalhães Miranda 
Disciplina :Direito Financeiro 
Turno :Matutino 
Atividade :Ficha de resenhas – Texto 1 
Data :31/03/2021 
 
PINTO, Élida Graziane. Caos nas contas e políticas públicas: é o Direito Financeiro, estúpido! 
Consultor Jurídico, 20 jun. 2017. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2017-jun-
20/contas-vista-caos-contas-politicas-publicas-direito-financeiro-estupido. Acesso em: 28 mar. 
2021. 
 
O texto inicia contextualizando com a vitória de Bill Clinton nas eleições norte-
americanas de 1992, momento em que o candidato direcionou sua campanha para assuntos 
econômicos. Nessa perspectiva, a autora destaca a deliberada estupidez da nossa falta de estudo 
do Direito Financeiro, tendo em vista os impasses fiscais pelos quais o Brasil tem passado. 
A autora salienta o desconhecimento das relações receitas e despesas públicas no nosso 
pacto federativo por parte dos cursos de direito (salvo raras exceções), o exame da OAB, a 
avassaladora maioria dos concursos para as carreiras jurídicas e praticamente quase todas as 
atividades que lhe concernem no âmbito judicial e extrajudicial, os quais ignoram o modo como 
o estado administra o endividamento público. 
Ressalta ainda sobre a saturação do Judiciário com demandas a posteriori por serviços 
públicos de qualidade e com questionamentos individuais pela eficácia dos direitos sociais, 
sendo necessário direcionar o foco para a “macrojustiça”, isto é, pensar no coletivo ao invés do 
individual. 
Dessa forma, o planejamento governamental deixaria de se ocupar da árdua e 
politicamente onerosa tarefa de fazer escolhas trágicas, para universalizar uma resposta 
inicialmente conferida judicialmente para o campo da política pública ordinária. 
Assim, não seria necessário se recorrer às liminares para se conseguir um direito 
fundamental de forma individual, como por exemplo, o recorrente litígio por leitos de UTI do 
Sistema Único de Saúde. 
Além disso, a autora entende que sem um estudo efetivo do Direito Financeiro, não há 
clareza de como reger o fluxo de receitas, sua repartição no território federativo, as despesas 
diretamente realizadas pelo Estado ou fomentadas por ele, o endividamento e a prestação de 
contas. 
Sendo assim, nenhum avanço teremos se não nos ocuparmos de exigir que os planos 
plurianuais, as leis de diretrizes orçamentárias e os orçamentos anuais sejam aderentes às 
obrigações previstas na Constituição. 
É cediço que o Direito Financeiro não seja estudado pelas carreiras jurídicas, por esse 
e outros motivos, ainda não sabemos, de fato, gerir e fiscalizar o percurso das finanças públicas 
em toda a sua amplitude, sendo necessário multiplicar conhecimento, ampliar a transparência 
dos dados e fomentar a eterna vigilância de todos os cidadãos afetados, de forma a abolir 
práticas de má gestão do dinheiro público da realidade brasileira. 
 
De acordo do a Constituição Federal, art. 5.º, inciso XXXIII, e Lei de Acesso à 
Informação o cidadão tem direito a acessar informações públicas, bem como a lei 8.666/93 
garante que qualquer cidadão possa até mesmo impugnar um edital licitatório. Isto posto, o 
importante ensino do Direito Financeiro deveria se restringir somente aos cursos de Direito e 
carreiras jurídicas, ou de mesma forma, deveria se estender para a população em geral, visto a 
necessidade do cidadão, no papel de contribuinte, como forma de combater a corrupção, os 
contratos fraudulentos e a má gestão financeira, iniciar a cultura de fiscalizar as contas públicas?

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