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Semiologia cardiovascular

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Semiologia Cardiovascular, tabela de auscultas Lucas Z. Marchesan, T24 
FMBM 
1 
 
Som Ausculta Ictus Cordis Sintomas Patologia 
Estenose mitral 
diastólica 
B1 hiperfonética, 
mais audível em decúbito 
lateral esquerdo (DLE) 
Não altera Astenia, falta de ar 
a noite, tontura, 
angina, face rosada 
Sequela de febre 
reumática, calcificação senil, 
anomalia congênita 
Insuficiência mitral 
sistólica 
Regurgitação; B1 
hipofonética, 
mascara B1, irradia para 
axila. *Pode haver B3 
(ritmo de galope 
em taquicardia) 
Desviado 
lateralmente 
Falta de ar, fadiga, 
tontura, palpitação 
Endocardite infecciosa, prolapso 
mitral, IAM 
 
 
 
Estenose aórtica 
sistólica 
Desdobramento paradoxal 
de B2, pode haver B4 e 
ritmo de galope em 
hipertrofia. Irradia pra 
carótida direita 
Propulsivo, 
pode estar 
deslocado 
Síncope, fadiga, 
dilatação cardíaca, 
falta de ar, 
‘’pressão no peito’’ 
Sequela de febre reumática, 
calcificação senil, anomalia 
congênita 
Insuficiência aórtica 
diastólica 
Em Regurgitação; no foco 
aórtico, irradia para ápice 
cardíaco; em decrescendo, 
pulso em martelo d’agua 
Deslocado pra 
baixo e para 
esquerda 
 
Tosse, pressão 
divergente, fadiga, 
astenia, ortopneia, 
edema periférico 
Endocardite infecciosa, IAM, 
dissecção aórtica 
Insuficiência da 
tricúspide 
Área tricúspide. Aumenta 
com Inspiração profunda 
Não altera Não há sintomas Hipertensão da artéria pulmonar 
Insuficiência cardíaca 
esquerda; valvas 
Aórtica e Mitral 
Ausência de achados Não altera Dispneia aos 
esforços, DPN, 
ortopneia, tosse, 
sibilância, fadiga, 
síncope 
Pós IAM, 
hipertensão descontrolada. 
Insuficiência ventricular 
esquerda que leva à congestão 
pulmonar 
Insuficiência cardíaca 
direita; valvas 
Pulmonar e Tricúspide 
Ausência de achados Não altera Fadiga intensa, 
edema, turgência 
jugular, 
hepatomegalia 
dolorosa, ascite, 
derrame pleural 
Pós IAM, hipertensão 
descontrolada. Insuficiência 
ventricular direita 
Desdobramento de B2 
Patológico ou 
Paradoxal 
Na expiração Não altera Não há Bloqueio do ramo do feixe de 
His, como estenose aórtica 
Desdobramento de B2 
Fisiológico 
Na inspiração Não altera Não há Inspiração gera diminuição da 
pressão intratorácica, traz mais 
sangue para ventrículo direito e 
retarda fechamento da valva 
pulmonar 
Terceira Bulha (B3) Representada por “TU”. 
Ruído protodiastólico de 
baixa frequência. Início da 
diástole. Mais audível em 
foco mitral em DLE. 
*Som de galope quando 
patológica 
Não altera Não há Vibração por choque de sangue 
na parede ventricular no 
enchimento rápido 
Quarta Bulha (B4) Final da diástole. Som de 
galope 
Não altera taquicardia Lesões estenóticas 
das valvas Aórtica e Pulmonar, 
miocardiopatias 
hipertróficas. Auscultada 
raramente em crianças e adultos 
jovens saudáveis. Originada pelo 
choque de coluna sanguínea em 
câmaras 
Semiologia Cardiovascular, tabela de auscultas Lucas Z. Marchesan, T24 
FMBM 
2 
 
Desvios de Ictus Cordis 
Causados por: 
 Insuficiência mitral: desviado lateralmente. 
 Estenose aórtica: propulsivo, pode estar dilatado. 
 Insuficiência aórtica: desviado para baixo e para a esquerda 
 
Conceitos 
 Estenose: limitação na abertura de valvas; valvas mitral ou aórtica. 
 Insuficiência: limitação no fechamento de valvas; valvas aórtica, mitral ou tricúspide. 
 Sopros: ruídos gerados por vibrações produzidas por alteração do fluxo sanguíneo normal 
(lamelar) para turbilhonar. 
 
Focos clássicos de ausculta cardíaca 
 
 
Manobras 
 Handgrip: paciente fecha as mãos e as pressiona, o que leva ao aumento da 
resistência vascular periférica, aumentando a regurgitação mitral e reduzindo o fluxo 
aórtico. Insuficiência aórtica ou insuficiência mitral. 
Observação: sopros da insuficiência aórtica e estenose aórtica podem ficar mais 
nítidos com o paciente sentado com o tórax fletido para frente. 
 Rivero-Carvallo: diferencia sopro por insuficiência mitral de insuficiência tricúspide; 
paciente em decúbito dorsal, com estetoscópio sob o foco tricúspide, paciente realiza 
uma inspiração profunda. Se o sopro tiver sua intensidade aumentada, a manobra de 
Rivero-Carvallo é positiva, e o sopro é proveniente da valva tricúspide. 
 
 
Semiologia Cardiovascular, tabela de auscultas Lucas Z. Marchesan, T24 
FMBM 
3 
 
FISIOPATOLOGIA 
 B3: na fase de enchimento ventricular rápido a parede vibra com o choque desta com 
coluna sanguínea ejetada e pode ser audível. 
 B4: ventrículo está quase cheio, ocorre diástole e ejeta 20% de sangue. Pode ocorrer 
choque entre esses 20% e a coluna que já está no ventrículo, gerando uma desaceleração do 
sangue e choque entre colunas sanguíneas. 
 Desdobramento de B1: 50% em saudáveis por assincronismo discreto. Patológico: o 
ramo direito é bloqueado, retarda contração e fechamento das valvas. 
 Desdobramento de B2 fisiológico: na expiração há o fechamento sincronizado das 
valvas. Na inspiração ocorre a diminuição da pressão intratorácica, aumentando o tempo de 
sístole por maior volume sanguíneo admitido a ser ejetado no ventrículo direito. 
 Desdobramento de B2 paradoxal: na inspiração há o retardo fisiológico da sístole 
no ventrículo direito, e o desdobramento desaparece. Na expiração, o retorno venoso do VD 
diminui, e a valva aórtica se fecha após a pulmonar. 
 Estenose Aórtica de ejeção: o espaço entra válvulas está reduzido por abertura 
deficitária, ocasionando no turbilhonamento do sangue durante a sístole. Inicia em B1 e 
termina antes de B2. Cresce e decresce. 
 Insuficiência Mitral de regurgitação: na sístole as valvas deveriam estar fechadas 
totalmente, porém não estão. Na contração o sangue volta para os átrios e mascara B1 por se 
iniciar desde a contração isovolumétrica. 
 Estenose Mitral: valvas não estão totalmente abertas no enchimento ventricular 
direito, gerando turbilhonamento de sangue. Inicia-se depois de B2 e termina antes da B1 
(mesodiastólico). 
 Insuficiência Aórtica: Início da diástole (protodiastólico). Presença de Pulso de 
Corrigan (pulso em martelo d’água), o qual é rápido e com pico forte. 
 Insuficiência da Tricúspide: Sinal de Rivero-Carvallo (diferencia sopro mitral e 
tricúspide); se na inspiração profunda aumentar a intensidade, tem-se o sinal positivo, 
estando o sopro em foco tricúspide. Se diminuir, é mitral. 
 Insuficiência Cardíaca Esquerda (valvas mitral e aórtica): dificuldade miocárdica de 
bombear ou relaxar. Aumento da pressão da câmara esquerda, aumento de pressão em veias 
pulmonares e capilares; extravasa plasma e hemácias para alvéolos, leva à congestão 
pulmonar. 
 Insuficiência Cardíaca Direita (valvas tricúspide e pulmonar): dificuldade de retorno 
venoso do corpo para o coração direito. 
 Congestão Pulmonar (Edema, disfunção do VE): aumento da pressão diastólica do VE, 
aumento da pressão do AE e veias pulmonares, extravasando líquido nos alvéolos com 
consequente dispneia.

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