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ARGAMASSA DE CAL

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ARGAMASSA DE CAL
Origem da cal: queima do calcário (carbonato de 
cálcio – CaCO3) sob a forma de rochas, conchas, 
corais etc.;
Na argamassa de cal, a areia tem dupla
função: aumenta a porosidade (facilitando a 
carbonatação) e diminui a retração na fase de 
secagem (eliminando as fissuras na superfície);
Traço da argamassa: varia (ex.: 1:2 ou 1:3)
Vantagens 
- Diminui o custo da argamassa;
- Endurece lentamente no contato com o ar, 
reduzindo as fissuras e com isso retardando a 
degradação da argamassa;
- A mistura da cal com outras argamassas (ex.: 
adobes) incrementa a sua plasticidade e às 
vezes também a resistência mecânica (testar!);
- Cal hidráulica: uso em climas úmidos;
- Caldas de injeção de cal: uso no reparo de 
fendas, preenchimento de fissuras e colagem do
reboco solto.
Desvantagens 
- A dependência do CO2 implica numa cura 
muito mais lenta (exemplo: ponte romana de 2 
mil anos);
- Cal aérea (mais comum) não se adapta a 
condições de extrema umidade (exemplo: 
peças submersas, como pilares de pontes);
- Necessidade de uma mão-de-obra experiente, 
que saiba alcançar uma boa trabalhabilidade 
(volume de água) sem sacrificar a resistência;
- O caldeamento (calor) na fase da mistura 
requer um cuidado extra com a segurança.
Histórico 
- Argamassas “bastardas” (solo-cal); cuidado  
com o uso das argilas;
- Aditivos históricos (óleo de baleia, açúcar, 
 cinzas etc.): alguma vantagem?
NTPR – Pesquisas da argamassa de cal com 
melaço de cana-de-açúcar e óleo de baleia.
Cal Aérea
- Introdução 
Aglomerante quimicamente ativo, que endurece 
exposto ao ar;
Material de baixo custo e de larga utilização na 
construção civil;
Utilizada sob a forma de pasta ou argamassa (de 
assentamento, de revestimento) ou mesmo para 
a pintura de muros/alvenarias;
Matéria prima: calcário (carbonato de cálcio = 
“cal gorda” ou carbonato de magnésio = “cal 
magra”, produzida com calcário com 
impurezas).
 
- Fabricação 
Calcinação: O carbonato de cálcio, com a 
queima, libera CO2 (até 44% do peso!) e se 
transforma no óxido de cálcio (CaO), também 
denominado “cal virgem”, “cal viva” ou “cal 
cáustica” (pois libera calor quando recebe a 
água).
 
 CaCO3 + calor (850 a 900°C) = CaO + CO2
Extinção: Durante a extinção (mistura com a 
água), há uma forte liberação de calor 
(caldeamento) e um aumento no volume da cal 
(2 a 3 vezes). O hidróxido de cal (Ca(OH)2) é 
denominado “cal extinta”, “cal hidratada” ou 
simplesmente “cal aérea”.
CaO + H2O = Ca(OH)2 + calor
Observação: Após a extinção, aguarda-se um 
tempo com a argamassa em repouso e dentro 
d’água. Recomenda-se no mínimo 14 dias, mas
quanto maior o tempo com a cal imersa na 
água, melhor o produto final.
- Produção da Pasta
Na etapa de produção da pasta (argamassa), o 
papel da água agora é apenas garantir a 
plasticidade (trabalhabilidade) do material, 
sem qualquer novo tipo de ação química sobre o 
processo;
A quantidade exata de água é difícil de avaliar 
previamente; a água deve garantir a produção 
de uma argamassa homogênea e plástica, mas 
também com boa resistência;
Valor “estimado” = (+/-) 15% da massa.
- Carbonatação 
Na fase de pega e endurecimento 
(carbonatação), a cal reage com o CO2 do ar e 
converte-se novamente em carbonato de cálcio 
(CaCO3), mas dessa vez com uma aparência 
diferente do material original;
Observação: esta reação é lenta, pois o gás
carbônico representa apenas 0,04% do ar!
Ca(OH)2 + CO2 = CaCO3 + H2O
Uso de Cal 
- Procedimentos 
Armazenagem em local seco e longe das 
crianças;
Cuidado com queimaduras na fase de   
hidratação em função do calor;
Manter a cal extinta em repouso por no 
mínimo 14 dias (quanto mais tempo melhor);
Antes de aplicação, remover poeira, óleos,
graxas etc.;
Esperar    alguns    dias    entre    diferentes    
camadas  superpostas;
Pintura com a cal – ver apostila do IPHAN.
Técnicas de Restauração das Argamassas de Cal
Falhas no exterior de argamassa de 
assentamento: Fazemos a escarificação, o 
embrechamento e depois a aplicação de nova 
argamassa (rejuntamento).
Reintegração de antigos rebocos - Começamos 
com a definição dos critérios teórico-críticos da 
reintegração: 
(a) quanto do material original é 
possível preservar? 
(b) existe algum elemento pictórico relevante 
sobre o reboco? 
(c) é conveniente manter este registro 
artístico no mesmo local (exposto)? 
(d) como recompor a alvenaria caso seja 
removida a camada pictórica?
Reintegração de antigos rebocos: análise de 
critérios práticos e econômicos;
O importante é substituir o antigo reboco por 
uma argamassa o mais parecida possível com a 
original (desde que ela seja resistente);
Ensaios: presença de sais solúveis, 
granulometria, composição do antigo reboco 
etc.
Colagem de argamassas de revestimento 
(reboco) no substrato: solução adotada quando 
a parte “solta” é proporcionalmente pequena e/
ou quando existe um importante registro 
pictórico;
Podemos usar principalmente as injeções de 
cal, ou resinas (PVA, Mowilith 50);
Testes: percussão e aderência.

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