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Câncer de ovário

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Câncer de ovário 
Medcel 2020 
Neoplasias ovarianas benignas: 
Cistos ovarianos são lesões com aspecto arredondado e anecoico (a imagem fica 
toda preta no USG), é uma coleção de liquido no ovário; é comum em mulheres 
ovulando (no menacme), e só investiga se for maior que 8cm. 
Teratomas são tumores benignos dos ovários, possuem comportamento benigno, 
são tumores de células germinativas que passam por transformação neoplásica benigna 
e se transformam em estruturas que a ectoderme da origem, como unha, cabelo, dente e 
glândula sebácea. Esses tumores surgem de ovócitos pluripotentes que sogrem uma 
transformação ectodérmica, por isso podem produzir tudo que a ectoderme produz. No 
USG simula uma lesão suspeita de câncer, mas no momento da cirurgia você vê que é 
benigno. 
Fibromas são tumores benignos que acontecem no tecido conjuntivo do ovário, 
eles crescem muito e causam a tríade de Meigs (tumor ovariano + ascite + derrame 
pleural). Síndrome de Meigs é típico de fibroma. 
 
Neoplasias ovarianas malignas: 
Geralmente ocorre em mulheres pós menopausa (sexta/sétima década de vida). 
O ovário tem ruptura o ovário todo mês quando a mulher ovula, então essas células 
possuem um turn over muio grande; nesse processo de romper e reparar o epitélio pode 
surgir algum câncer. Diante disso, tem mais chance de desenvolver isso, quem mais 
ovulou (quem menstruou mais cedo e menopausou mais tarde). 
Fator de risco para câncer de ovário: menarca precoce e menopausa tardia, 
nuligestação, mutação no BRCA 1 e 2 (são genes supressores tumorais), raça branca, 
nível socioeconômico elevado, endometriose. 
Fatores de proteção para ca de ovário: usar anticoncepcional que bloqueou 
ovulação; várias gestações; síndrome dos ovários policísticos (SOP). 
A apresentação clínica do câncer de ovário é silenciosa, o diagnóstico é tardio, 
na maioria das vezes. A paciente começa a perceber algo de errado quando já está um 
tumor avançado, pois repara aumento do volume abdominal, percebe-se uma massa 
sólida de limites imprecisos. 
O tumor de ovário em si não é biologicamente agressivo, é apenas diagnosticado 
tardiamente. 
Para diagnóstico utiliza-se USG transvaginal, pode-se encontrar uma lesão 
sólida, um cisto (que só investiga se for maior que 8cm, ou com cápsula espessa, ou for 
multilobulado, ou apresentar vegetações, ou septos, ou ascite). 
Tratamento: faz uma laparotomia mediana, retira o ovário com a lesão suspeita 
(ooforectomia) e faz um exame transoperatório de congelação – ooforectomia com 
congelação- já coleta líquido peritoneal para fazer citologia. Vai descobrir se é maligno 
ou não durante a cirurgia. 
Se não for câncer, encerra a cirurgia e explica para a paciente que era benigno. 
Se for câncer, faz cirurgia citorredutora - histerectomia com salpingooforectomia 
contralateral e linfadenectomia pélvica, com omentectomia, e procura na cavidade 
abdominal e pélvica a procura de implantes tumorais. Deixa partes de doença só se tiver 
menos de 1cm. 
Então assim, se no momento da cirurgia deixou partes com a doença maiores 
que 1cm, considera-se que não realizou a cirurgia citorredutora. 
Cirurgia citorredutora = histerectomia + salpingooforectomia contralateral + 
linfadenectomia pélvica + omentectomia + procurar na cavidade abdominal focos de 
doença macroscópica e apenas deixar focos menores de 1cm. (claro que o ideal é não 
deixar nenhum foco, mas se tiver em uma região difícil tentar ressecar até deixar o foco 
menor que 1cm) 
Se for uma paciente jovem, que ainda não tem filho, com tumor restrito ao 
ovário, pode fazer apenas a salpingooforectomia unilateral e orienta a paciente a 
engravidar. Após a gravidez completa a cirurgia, faz a citorredução. 
Em casos duvidosos ao USG, podemos pedir USG Doppler (avalia a 
vascularização da lesão, e no câncer ocorre a formação de neovasos sem túnica média, 
de modo que terão baixa resistência no Doppler e você pode pensar em ca de ovário), 
outra possibilidade é medir o CA-125 (o ca de ovário aumenta esse marcador, o grande 
problema é que outras afecções benignas podem também aumentar esse indicador, então 
no ca de ovário o CA-125 serve mais para seguimento do que para diagnóstico). 
Estadiamento é cirúrgico: 
1 – restrito a um ou ambos os ovários 
1 a – tumor em 1 ovário 
1 b – tumor nos 2 ovários 
1 c – o tumor rompeu a cápsula do ovário, mas ainda está restrito 
2 a – espalhou para tuba e útero 
2 b – espalhou para superfícies vizinhas (intestino, bexiga) 
3 – tumor em cadeia linfática 
Tipos histológicos: a maioria dos tumores de ovário é epitelial – 80% - (isso se 
explica pela própria patologia do tumor, uma vez que ao romper o epitélio várias vezes 
pode ter alguma alteração, esses epiteliais acomentem em geral mulheres pós 
menopausa), também existem tumores de células germinativas, que acometem mulheres 
jovens e até crianças, e também existem tumores do estroma e cordão sexual. 
O tumor epitelial, que é 80% dos casos, é dividido em adenocarcinoma seroso e 
mucinoso. O seroso é quando uma célula epitelial sofre transformação maligna e passa a 
se parecer uma célula da tuba uterina; o mucinoso é quando a célula se parece uma 
célula glandular do colo do útero. O adenocarcioma mucinoso não costuma alterar CA-
125, pode alterar o CEA (o que altera no carcinoma colorretal), é possível que se rompa 
e o muco espalhe pela cavidade gerando um caso de pseudomixoma peritoneal. 
Quando descobre, no exame transoperatório, que é um adenocarcinoma 
mucinoso, além de toda citorredução faz também apendicectomia. 
Existe ainda o tumor tipo borderline, é um câncer, mas sem comportamento tão 
invasico como os tumores clássicos. É um tumor com baixo potencial de malignidade, 
quando aparece esses casos, 1/3 das pacientes é jovem, aí faz uma cirurgia conservadora 
e depois de prole completa finaliza o tratamento, em pacientes mais velhas 
histerectomia com omentectomia sem necessidade de lindafenectomia. 
Tumores de origem germinativa são típicos de pacientes jovens (possível 
inclusive em crianças), são bilaterais e costuma alterar alfafetoproteina e HCG. 
Tumor de Krukenberg é um tumor de estômago que faz metástase em ovário. 
Depois da cirurgia, inicia o tratamento adjuvante com quimioterapia, usa 
Cisplatina. Não faz radioterapia. 
TEM COMO FAZER RASTREIO?? O exame que pega o ca de ovário é o usg 
transvaginal, só que esse exame da muito falso positivo, aí gera salpingooforectomia 
desnecessária, logo, o ministério da saúde não recomenta rastreio para ca de ovário. 
 
USG 
LESÃO SUGESTIVA DE ANOMALIA 
 CIRURGIA 
EXAME CITOPATOLÓGICO INTRAOP 
 
SE CÂNCER = CIRURGIA CITORREDUTORA///SE BENIGNO = SÓ 
SALPINGOOFORECTOMIA

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