Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Subdivide-se em duas espécies: É punível a tentativa de crimes. (art. 14, II, CP.); Os crimes podem ser dolosos ou culposos. (art. 18, CP.); Aos crimes aplicam-se os princípios do erro de tipo e de proibição. (arts. 20 e 21, CP.); A Lei Penal Brasileira se aplica tanto aos crimes praticados no Brasil (art. 5°, CP.), como aqueles cometidos no exterior (art. 7°, CP.); O limite de cumprimento das penas privativas de liberdade decorrente de crime é de 40 anos. (art. 75, CP.); Os crimes podem ser de ação penal pública, condicionada ou incondicionada, ou de ação penal privada. (art. 100, Código Penal); Sob o aspecto material: crime é toda ação humana que lesa ou expõe perigo um bem jurídico de terceiro, que por sua relevância, merece a proteção; Sob o aspecto legal ou formal: crime é toda infração penal a que a lei comina pena de reclusão ou detenção (art. 1°, Lei de Introdução ao Código Penal); Sob o aspecto analítico: divide o crime em partes, de forma a estruturar seu conceito. Acerca do conceito analítico de crime entende que este é o fato típico e ilícito, sendo a culpabilidade mero pressuposto de aplicação da pena. É adotado a Teoria Tripartida, o crime é composto de fato típico, ilicitude e culpabilidade. Infração penal: A conduta, em regra, praticada por uma pessoa que ofende um bem jurídico penalmente tutelado, para o qual estabelece uma pena, seja ela de reclusão, detenção, prisão simples e multa. O crime pode ser entendido sob 3 aspectos: material, legal e analítico. e Conceito de Crime Crime delito Contravenção Penal pena simples ou multa Fato Típico e seus elementos Conduta Humana Teoria causal-naturalista (ou clássica): A conduta é a ação humana. Assim, basta que haja movimento corporal para que exista conduta. Praticamente extinta, defende que qualquer conduta pode ser considerada, pois não leva em consideração o dolo e a culpa. Nesse caso, se analisa a intenção do sujeito, se for um fim criminoso, diretamente está ligado a ideia de dolo, vontade. Se o sujeito pratica uma conduta, mas o fim não era praticar o crime, estamos diante de uma conduta culposa. Essa é a teoria adotada pelo nosso Código Penal. Se divide em: Teoria finalista de Hans Welzel: Entende que o dolo e a culpa estão presente no fato típico. A conduta nada mais é que uma vontade mais ação. Teoria Social: A conduta é uma ação humana voluntária, que é dotada de alguma relevância social. Também não foi adotada pelo Brasil. Resultado naturalístico A partir da conduta, ocorre a modificação do mundo real, seja a conduta através de uma ação ou de uma omissão A conduta humana pode ser uma ação ou uma omissão. Ex.: Art. 121, Código Penal - Matar alguém - conduta criminosa por meio de uma ação. Como também pode haver crimes na sua forma omissiva: Ex.: Art. 135, CP. - Omissão de socorro. Somente o crime material exige o resultado naturalístico. Há uma previsão de um resultado e o crime só ocorre se o resultado de fato ocorrer. Ex.: Art. 121, Homicídio. Para existir o crime de homicídio consumado, é necessário que o sujeito venha a óbito. O crime formal tem a previsão de um resultado, mas independente que esse resultado ocorra se tem crime configurado. Ex.: Crime de extorsão mediante sequestro. Se o sujeito sequestrar alguém com o objetivo de extorquir, lucrar, e mesmo que não venha a receber, o crime já resta configurado. O crime de mera conduta não tem a previsão de um resultado. A conduta aconteceu, o crime se consumou. Ex.: Invasão de domicílio. O sujeito ingressa na residência de outrem sem a autorização do proprietário ou autorização legal, este comete o crime de invasão, mesmo que venha a cometer outros crimes no âmbito da residência. Artigo 13, Código Penal. Nexo de causalidade É o elo de ligação da conduta e o resultado Só se aplica aos crimes materiais. Teoria da Equivalência dos antecedentes: é considerada a causa do crime toda conduta sem a qual o resultado não teria ocorrido. Essa teoria traz um processo hipotético, sendo muito criticada. Criou- se então um filtro, chamado de dolo, a vontade consciente, a intenção do sujeito. Nesse caso, só será considerado causa, a conduta que é indispensável ao resultado que foi querido pelo agente. Nesse sentido: Teoria da Causalidade Adequada: também é dotada pelo Código Penal, porém somente em algumas situações, que são as chamadas "concausas" CAUSA= Conduta indispensável ao resultado, que tenha sido prevista e querida por quem a praticou, ou seja, a filtragem, o dolo. Circunstâncias que se agregam à conduta do agente, contribuindo para a produção do resultado. Podem ser: CONCAUSAS= Preexistentes- existia antes da conduta; Concomitantes- surgiram durante a conduta; Supervenientes- surgiram após a conduta. Absolutamente independentes o agente responde somente pelos atos praticados, não respondendo pelos resultados decorrentes das concausas; responderá pelo crime na sua modalidade tentada e não consumada. Preexistentes Concomitantes Superveniente Relativamente independentes Produzem por si só o resultado: o agente responde somente pelos atos praticados, não pelo crime consumado. Não produzem por si só o resultado: o agente responde pelo crime consumado, não apenas pelos atos praticados. Teoria da imputação objetiva: a imputação só poderia ocorrer quando o agente tivesse dado causa ao fato (causalidade física) mas, ao mesmo tempo, houvesse relação de causalidade normativa, assim compreendida como a criação de um risco não permitido para o bem jurídico que se pretende tutelas. Para essa teoria, a conduta deve: Criar ou aumentar um risco: Se a conduta do agente não aumentou nem criou um risco, não há crime. O risco deve ser proibido pelo Direito: aquele que cria um risco de lesão para alguém, em tese não comete crime, a menos que esse risco seja proibido pelo Direito. Obs.: Princípios da Anterioridade precisa de uma lei que regulamente a matéria. O risco deve ser criado ou aumentado no resultado: o crime não pode ser imputado àquele que não criou o risco para aquela ocorrência. Tipicidade É a adequação da conduta do agente a uma previsão legal; a conduta de quem praticou ou está praticando tem uma previsão legal de que aquela conduta é criminosa. Artigo. 121, Código Penal, se o indivíduo se adequar a essa conduta, estamos diante da tipicidade Obs.: nem sempre a conduta praticada pelo agente se amolda perfeitamente ao tipo penal. Nem sempre vai haver uma adequação imediata. Ex.: art. 121, CP.- Matar alguém. Mas se o sujeito tentar matar alguém, não há adequação imediata ao tipo penal. Precisa-se então da junção de dispositivos: art. 121 + art. 12, II, a conduta prevista mais a possibilidade do crime na sua modalidade tentada.
Compartilhar