Buscar

artigo suplementos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 3, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 6, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você viu 9, do total de 14 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Prévia do material em texto

Revista Brasileira de
Brazilian Journal of Functional Nutrition
NUTRIÇÃO
FUNCIONAL
ano 18. edição 73
www.vponline.com.br
ISSN 2176-4522
Prevenção e tratamento da
esteatose hepática pelos alimentos
Efeitos do exercício nas respostas 
moleculares e hormonais que induzem a lipólise
Série Agroecologia - Parte IV 
Água: Recurso finito vital à sobrevivência das populações e do planeta 
RECEITA
Bolinho assado de 
grão-de-bico e especiarias
2
Re
vi
st
a 
Br
as
ile
ir
a 
de
 N
ut
ri
çã
o 
Fu
nc
io
na
l
Editorial
Iniciando mais um ano de atualizações científicas, esta edição conta com temas 
relevantes para agregar mais conhecimento à prática clínica de nossos leitores. 
A esteatose hepática é um desequilíbrio que acomete centenas de pessoas todos 
os anos e está associada ao aumento da obesidade a estilos de vida não saudáveis. 
Trazemos, assim, uma importante revisão sobre o papel da nutrição nessa doença, 
ressaltando que por meio de alimentos ricos em vitaminas, minerais e compostos 
bioativos, é possível reduzir os riscos e auxiliar no seu tratamento. 
Os alimentos são as principais fontes dos nutrientes essenciais para a modulação e 
equilíbrio das funções orgânicas, sendo o principal objeto de trabalho do nutricionista. 
Na prática clínica, em alguns casos, de acordo com a individualidade bioquímica, a 
suplementação nutricional pode ser uma ferramenta complementar. Nesse contexto, 
apresentamos um artigo esclarecedor sobre os fatores que podem influenciar a efetividade 
da suplementação, reforçando a importância da prescrição de forma ética, responsável e segura. 
Na área de nutrição esportiva, apresentamos atualizações sobre a aplicação da dieta de FODMAPs 
em atletas e seus efeitos no sistema gastrointestinal e sobre os efeitos do exercício nas respostas 
moleculares e hormonais que induzem a lipólise, que trazem informações relevantes para o tratamento 
nutricional de atletas e praticantes de atividade física que buscam saúde e rendimento.
No âmbito da agroecologia e sustentabilidade, trazemos dados importantes 
para o entendimento do papel do estresse ambiental no metabolismo secundário 
das plantas e como os sistemas de produção convencionais e naturais podem 
impactar na qualidade nutricional dos alimentos. Ainda nesse aspecto, nossa 
série de Agroecologia vem ao encontro do 8° Fórum Mundial da Água, 
fortalecendo o conceito da água como recurso finito vital à sobrevivência das 
populações e do planeta. 
Na gastronomia, uma nutritiva receita de bolinho assado de grão-de-bico 
e especiarias para dar mais sabor e vitalidade positiva à alimentação. 
Boa leitura!
Dra. Valéria Paschoal
Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional
Dra. Paula Gandin
Presidente do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional
3
 w
w
w
.v
po
nl
in
e.
co
m
.b
r
Expediente
Conselho Editorial
Ana Cláudia Poletto 
Nutricionista pela Universidade Estadual do Centro-Oeste (2002) e mestre em Ciências, com ênfase em 
Fisiologia Humana pela Universidade de São Paulo (2006). Pesquisadora (doutoranda, desde 2007) do 
programa de Fisiologia Humana da Universidade de São Paulo. Tem experiência na área de Fisiologia 
Endócrina, atuando nos temas: mecanismos transcricionais envolvidos na regulação da expressão do gene 
SLC2A4, sensibilidade à insulina, metabolismo lipídico, obesidade e diabetes mellitus. 
Ana Vládia Bandeira Moreira 
Nutricionista graduada pela Universidade Estadual do Ceará (1996), mestre em Ciências dos Alimentos pela 
Universidade de São Paulo (1999) e doutora em Ciências dos Alimentos pela Universidade de São Paulo (2003). 
Atualmente é professora adjunta da Universidade Federal de Viçosa (MG). Coordenadora do Laboratório 
de Análise de alimentos e coordenadora do Projeto de extensão pró-celíaco. Ministra as disciplinas de 
Técnica Dietética na Graduação e Dietética Aplicada no Mestrado e Doutorado e Gastronomia Funcional na 
especialização na UFV. 
Andréia Naves 
Nutricionista e Educadora Física. Diplomada pelo The Institute for Functional Medicine (USA) em 2007. Editora 
Científica da Revista Brasileira de Nutrição Funcional. Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional. Docente 
convidada dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da VP 
Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Autora dos Livros “Nutrição 
Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica”, “Nutrição Clínica Funcional: Obesidade”, “Nutrição Clínica 
Funcional: Modulação Hormonal” e “Tratado de Nutrição Esportiva Funcional”. Colaboradora do livro 
“Suplementação Funcional Magistral: dos Nutrientes aos Compostos Bioativos”. Membro do The Institute 
for Functional Medicine – USA. Coordenadora científica dos cursos de pós-graduação em Nutrição Esportiva 
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. 
Revista Brasileira de Nutrição Funcional - 2018 - edição 73
Indexação: Sumários (www.sumarios.org) e ESALQ (http://dibd.esalq.usp.br)
Diretoras Responsáveis
Valéria Paschoal e Andréia Naves
Coordenação Científica
Ana Beatriz Baptistella
consultoriacientifica@vponline.com.br
Neiva dos Santos Souza
neiva.souza@vponline.com.br
Jornalista Responsável
José Maria M. Filho
MTB – 19.852 - josemaria@vponline.com.br
Revisão Ortográfica
Lemuel Cintra
lcintra@gmail.com
Capa, Ilustrações e Editoração
Bárbara Feracin Meira
Ctp e Impressão
A.R. Fernandez Pré-Impressão e Gráfica
www.arfernandez.com.br
comercial@arfernandez.com.br
Redação, Publicidade e Administração
VP Centro de Nutrição Funcional
Associação
Atendimento ao Associado
Paula Gimenez - contato@vponline.com.br
Fone/ Fax: (11)3582-5600
As condutas nutricionais preconizadas na
Revista Brasileira de Nutrição Funcional
devem ser supervisionadas exclusivamente
por nutricionistas ou médicos especializados.
Os editores não se responsabilizam pelo
conteúdo dos anúncios, matérias e artigos
assinados. A reprodução total ou parcial
desta publicação só será permitida mediante
autorização prévia.
VP Centro de Nutrição Funcional
Fone/ Fax: (11)3582-5600
contato@vponline.com.br
www.vponline.com.br
Revi
sta B
rasil
eira 
de
Braz
ilian 
Jour
nal o
f Fun
ction
al Nu
tritio
nNUT
RIÇÃ
O
FUN
CION
AL
ano 1
7. ed
ição 7
0
www
.vpon
line.c
om.b
rISSN 
2176
-452
2
O efe
ito d
a car
quej
a (Ba
ccha
ris tr
imer
a)
na sí
ndro
me m
etab
ólica
: estu
do d
e cas
o
Enve
lheci
men
to sa
udáv
el, ex
ercíc
io fís
ico,
nutri
ente
s est
imul
ante
s e a 
biog
ênes
e mit
ocon
drial
Dieta
 Ceto
gênic
a :
como
 colo
car e
m pr
ática
?
RECE
ITA
Barra
 de ce
real f
uncio
nal 
Rev
ista
 Bra
sile
ira 
de
Bra
zilia
n Jo
urn
al o
f Fu
nct
ion
al N
utr
itio
n
NU
TR
IÇÃ
O
FUN
CIO
NA
L
ano
 17.
 edi
ção
 71
ww
w.v
pon
line
.com
.br
ISS
N 2
176
-45
22
Inte
rpr
eta
ndo
 a
dos
age
m d
a vi
tam
ina
 B12
Nit
rato
: su
ple
me
nta
ção
, 
fon
tes
 die
téti
cas
 e e
feit
os n
a pe
rfo
rma
nce
Sér
ie A
gro
eco
log
ia: P
arte
 II 
A im
por
tân
cia 
das
 abe
lhas
 par
a a 
agr
oec
olo
gia
REC
EIT
A
Tor
tinh
a de
 Leg
um
es c
om
 
Taio
ba 
Coordenação e Autores
4
Re
vi
st
a 
Br
as
ile
ir
a 
de
 N
ut
ri
çã
o 
Fu
nc
io
na
l
Coordenação e Autores
Anna Cecília Queiroz de Medeiros
Nutricionista pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Mestre em Ciências da Saúde pela 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Docente da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
Experiência na área de Nutrição, com ênfase em Nutrição e metabolismo de nutrientes nos diversos estados 
fisiológicos. 
Fátima Aparecida Arantes Sardinha 
Nutricionista. Doutora em Ciência dos Alimentos pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas/USP. Mestre em 
Ciências Aplicadas à Pediatria pela UNIFESP/EPM. Especialista em Nutrição e Saúde Pública pela UNIFESP/
EPM. Docente convidada do curso de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição 
Funcional em parceriacom a Universidade Cruzeiro do Sul. 
Fernanda Serpa 
Diretora e Docente da Empresa Nutconsult. Nutricionista pela Universidade do Estado do RJ/UERJ. Título de 
residência em Clínica Médica no Hospital Universitário Pedro Ernesto/UERJ. Pós-graduada em Nutrição Clínica 
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade Cruzeiro do Sul. Docente 
convidada dos cursos de pós-graduação e extensão da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com 
a Universidade Cruzeiro do Sul. Mestre em Clínica Médica - IPPMG/UFRJ. Nutricionista Militar do Corpo de 
Bombeiros do RJ. Nutricionista Municipal do Hospital Souza Aguiar. 
Gilberti Hübscher 
Nutricionista. Mestre e Doutora em Fisiologia Cardiovascular pela UFRGS. Especialista em Gestão e Saúde 
pela PUC-RS, Gestão em UAN pela UNISINOS e em Saúde da Família pela ULBRA (RS). Docente convidada 
dos cursos de pós-graduação em Nutrição Clínica Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria 
com a Universidade Cruzeiro do Sul e dos cursos de graduação em Nutrição e pós-graduação em Saúde e 
Trabalho da Feevale (RS). Membro do Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). 
Márcia Cristina Paiva
Nutricionista, graduada na Universidade de Passo Fundo - RS. Pós-graduada em Nutrição Clínica Funcional e 
pós-graduanda em Fitoterapia Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a Universidade 
Cruzeiro do Sul. Educadora em diabetes certificada pela empresa Medtronic Brasil de equipamentos médicos 
(Bombas de infusão de insulina). Atua em atendimento clínico em clínica de gastroenterologia em São José 
dos Campos - SP.
Rosangela Passos de Jesus 
Professora Adjunta da Escola de Nutrição da UFBA (ENUFBA). Doutora em Ciências da Saúde pela Faculdade 
de Medicina da USP. Mestre em Nutrição pela Universidade Federal de São Paulo. Especialista em Nutrição 
Clínica Funcional, coordenadora do Ambulatório de Nutrição e Hepatologia do Hospital Universitário Prof 
Edgard Santos. 
Sandra Matsudo 
Médica Especializada em Medicina Esportiva pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. Doutorado e pós-
doutorado em Ciências pela Escola Paulista de Medicina - UNIFESP. Diretora Geral do Centro de Estudos do 
Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul - CELAFISCS. Coordenadora geral do Projeto Longitudinal 
de Envelhecimento e Aptidão Física de São Caetano do Sul. Coordenadora pela IUHPE dos Cursos de Atividade 
Física e Saúde Pública - Agita Mundo. Professora Titular do Curso de Educação Física do Centro Universitário 
FMU. Editora Executiva da Revista Brasileira de Ciência e Movimento. Autora dos Livros: “Avaliação do Idoso 
- Física e Funcional”, “Envelhecimento e Atividade Física” e “Obesidade e Atividade Física”. 
Valéria Paschoal 
Nutricionista. Mestre na área de Nutrição e Pediatria pela UNIFESP – EPM. Editora Científica da Revista 
Brasileira de Nutrição Funcional. Coordenadora científica e docente convidada dos cursos de Nutrição 
Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional em parceria com a 
Universidade Cruzeiro do Sul. Diretora da VP Centro de Nutrição Funcional. Autora dos Livros “Nutrição 
Clínica Funcional: dos Princípios à Prática Clínica”, “Suplementação Funcional Magistral: dos Nutrientes aos 
Compostos Bioativos”, “Nutrição Clínica Funcional: câncer” "Tratado de Nutrição Esportiva Funcional" e 
"Nutrição & Sustentabilidade: alimentando um mundo saudável". Coordenadora da Comissão Científica do 
Instituto Brasileiro de Nutrição Funcional (IBNF). Membro do The Institute for Functional Medicine – USA. 
Nutricionista do CSA Brasil (Community Supported Agriculture - Agricultura Sustentada pela Comunidade). 
Membro do conselho consultivo da CNTU (Confederação Nacional dos Trabalhadores Liberais Universitários 
Regulamentados).
5
 w
w
w
.v
po
nl
in
e.
co
m
.b
r
Coordenação e Autores
Lista de Autores
Elisa de Almeida Jackix
Nutricionista graduada pela PUC Campinas. Doutora em Nutrição Experimental Aplicada à Tecnologia dos 
Alimentos - UNICAMP. Mestre em Nutrição Experimental Aplicada à Tecnologia dos Alimentos - UNICAMP. 
Docente do curso de graduação da PUC-Campinas. Docente e supervisora de estágio na área de Nutrição 
Social e Educação Física da FAM, UNIMEP, METROCAMP. Docente convidada dos cursos de pós-graduação 
em Nutrição Clínica Funcional e Nutrição Esportiva Funcional da Universidade Cruzeiro do Sul em parceria 
com a VP Centro de Nutrição Funcional. 
Fernando Oliveira Catanho da Silva
Bacharel em Treinamento Esportivo pela UNICAMP. Licenciado em Educação Física pela UNICAMP. Especialista 
em Bioquímica e Fisiologia do Exercício pela UNICAMP. Doutor em Biologia Funcional e Molecular pela 
UNICAMP. Professor Titular do Centro Universitário Adtalem/Devry/Metrocamp, Campinas/SP. Docente 
convidado no curso de pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul.
Isabela Pereira Gouveia
Graduanda em Nutrição pelo Centro Universitário São Camilo. Estagiária em Nutrição no departamento 
científico da VP Centro de Nutrição Funcional.
Luis Gustavo Patricio Nunes Pinto
Graduando em Ciências Biológicas pela Universidade Estadual Paulista “Julio de Mesquita Filho” (Unesp) de 
Bauru, integrante da Articulação Regional de Agroecologia (ARA); principais temas de pesquisa: Agroecologia, 
produção orgânica e biodinâmica, Agricultura familiar, sustentabilidade rural e ambiental.
Maiara Cristina de Lima
Nutricionista. Especialista em Nutrição Esportiva. Membro da Academia Brasileira de Nutrição Funcional. 
Docente convidada no curso de pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional pela Universidade Cruzeiro 
do Sul em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional.
Márcio Leandro Ribeiro de Souza 
Nutricionista. Doutorando e mestre em Saúde do Adulto pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal 
de Minas Gerais (UFMG). Pós-graduado em Nutrição Clínica Funcional, em Nutrição Esportiva Funcional e em 
Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul em parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional. 
Pós-graduado em Treinamento Desportivo. Docente convidado nos cursos de pós-graduação em Nutrição 
Clínica Funcional, Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela Universidade Cruzeiro do Sul em 
parceria com a VP Centro de Nutrição Funcional.
Wagner Alessandro dos Reis
Nutricionista formado pelo Centro Universitário Newton Paiva/BH. Especialista em Formação Pedagógica 
para Profissionais de Saúde pela Escola de Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 
Pós-graduado em Nutrição Esportiva Funcional e Fitoterapia Funcional pela VP Centro de Nutrição Funcional 
(UNICSUL). Docente convidado dos cursos de pós-graduação em Nutrição Esportiva Funcional e em Fitoterapia 
Funcional da VP Centro de Nutrição Funcional (UNICSUL). Nutricionista e diretor do Espaço Wagner dos Reis. 
Personal Nutrition Funcional. Ministra palestras e cursos de atualização em Nutrição Funcional. 
6
Re
vi
st
a 
Br
as
ile
ir
a 
de
 N
ut
ri
çã
o 
Fu
nc
io
na
l
Índice
7
17
35
45
12
26
43
O papel do estresse ambiental no metabolismo secundário das plantas correlacionado 
aos sistemas convencionais e naturais de produção de alimentos
Fatores que influenciam a efetividade dos suplementos nutricionais
Série Agroecologia: Parte IV - Água: Recurso finito vital à sobrevivência das 
populações e do planeta 
Prevenção e tratamento da esteatose hepática pelos alimentos
Receita: Bolinho assado de grão-de-bico e especiarias
Short Communication: aplicação da dieta de FODMAPs em atletas e efeitos no 
sistema gastrointestinal
Efeitos do exercício nas respostas moleculares e hormonais que induzem a lipólise
35
 w
w
w
.v
po
nl
in
e.
co
m
.b
r
Márcio Leandro Ribeiro de Souza
Fatores que inf uenciam a efetividade dos 
suplementos nutricionais
Resumo
O uso de suplementos alimentares vem crescendo bastante na atualidade, porém esse uso muitas vezes é feito de forma inadequada e sem 
orientação profissional.Os benefícios de uma suplementação não estão relacionados apenas com a sua ingestão. Diversos fatores podem 
interferir na biodisponibilidade e no aproveitamento de um nutriente e precisam ser levados em consideração quando um profissional de 
saúde prescreve uma suplementação. Fatores como formas químicas dos nutrientes, doses inadequadas, saúde gastrointestinal, sobrecarga 
de órgãos como fígado e rins, risco de contaminação e adulteração podem estar associados com a efetividade de uma suplementação. 
Sendo assim, a presente revisão bibliográfica pretende investigar e discutir fatores e situações clínicas que podem influenciar a efetividade 
de um suplemento alimentar. O uso dos suplementos alimentares é mais uma ferramenta que o nutricionista pode utilizar em sua prática 
clínica, desde que esse uso seja feito de forma ética, segura e responsável.
Palavras-chave: Suplemento alimentar, riscos, contaminação, biodisponibilidade.
Abstract
The modern environment is replete with “clues” associated with foods that encourage people to eat, even in the absence of metabolic 
needs, which can result in overweight and obesity. This article intends to show how the environmental clues, such as food vision, smell, 
places where certain foods were consumed, specific food components (sugar and fat), as well as interceptive clues, like hunger, are able 
to guide the search for food and can trigger a motivational state resulting in the compulsive desire to eat. In this context, according to 
some authors, these clues can evoke craving for specific foods in a way that can be considered analogous to that provoked by craving in 
psychoactive drug addicts. In parallel, the article will provide information on what neurochemical changes occur in the reward system 
of those individuals and how they can be reversed by physical activity.
Keywords: Dietary supplement, risks, contamination, bioavailability.
Factors inf uencing the effectiveness of nutritional supplements
l
l
36
Re
vi
st
a 
Br
as
ile
ir
a 
de
 N
ut
ri
çã
o 
Fu
nc
io
na
l
Márcio Leandro Ribeiro de Souza
O
Introdução
O uso de suplementos alimentares (SA) 
ganha destaque atualmente e vem crescendo 
em números expressivos. Com o propósito de 
complementar o que uma dieta habitual não 
forneceu, esse aumento do uso de suplementos 
tem como objetivo: saúde e bem-estar, energia, 
fortalecimento de sistema imunológico, 
prevenção de envelhecimento, saúde óssea 
e cardiovascular, estética, controle de peso e 
emagrecimento, performance no exercício, entre 
outros1.
É um mercado lucrativo. Nos EUA, em 2013, 
esse mercado movimentou US$ 104 bilhões 
de dólares. Os suplementos mais consumidos 
são polivitamínicos e poliminerais, vitamina C, 
proteínas, aminoácidos, carboidratos, bebidas 
energéticas e fitoterápicos1,2. A prevalência 
de uso e o tipo de SA variam de acordo com 
a população estudada, sexo, idade, profissão, 
condições patológicas, indicação de um 
profissional ou prescrição por conta própria. 
Estima-se o uso de pelo menos um tipo de SA 
por aproximadamente 60% das pessoas3, valor 
percentual bem expressivo. Segundo Dwyer et al.4, 
aproximadamente 37% das crianças americanas 
consomem algum tipo de SA. Entre os atletas, 
a prevalência de uso também fica em torno de 
60%, sendo esse consumo mais frequente entre 
atletas de elite do que não-elite e com pequena 
variação entre homens e mulheres2,3. 
Porém, o aproveitamento dos benefícios de um 
SA depende de alguns fatores e situações clínicas. 
De nada adianta fornecer um suplemento se o 
profissional prescritor não tiver certeza de que 
aquele nutriente vai chegar em seu alvo e exercer 
sua função. Assim, a presente revisão pretende 
descrever e exemplificar os principais fatores 
que influenciam na efetividade dos suplementos 
alimentares e que precisam receber atenção do 
profissional de saúde ao elaborar uma prescrição. 
Metodologia
O presente estudo é uma revisão bibliográfica, 
realizada no período de setembro de 2017 a 
janeiro de 2018, com consulta às bases de dados 
LILACS, MEDLINE e SciELO. Utilizou-se 
como critério de busca o formulário básico 
com os seguintes descritores: suplemento 
alimentar, suplemento dietético, fitoterapia, 
prevalência, riscos, contaminação, adulteração, 
hepatotoxicidade. Foram selecionadas pesquisas 
em português, inglês e espanhol, prevalecendo 
publicações dos últimos 10 anos (2007 a 2017). 
Algumas publicações anteriores a 2007 foram 
utilizadas quando representavam estudos 
importantes sobre os temas.
Eixo estômago-intestino e a biodisponi-
bilidade dos nutrientes 
Aproveitar um suplemento não se restringe 
a apenas ingeri-lo. Nesse aspecto apresenta-se 
o conceito de biodisponibilidade do nutriente, 
ou seja, a fração de qualquer nutriente ingerido 
que tem o potencial para suprir demandas 
fisiológicas em tecidos-alvos. Nem tudo que 
é ingerido é utilizado: um nutriente ingerido 
vai ser ainda digerido, absorvido, transportado, 
chegar em seu órgão-alvo e exercer sua função, 
e o que não for aproveitado será excretado5. A 
chance de perdas de um nutriente ao longo desse 
trajeto é enorme, e o profissional que se propõe 
indicar um suplemento precisa conhecer todos os 
aspectos que podem influenciar essa utilização e 
esse aproveitamento. 
Alguns fatores influenciam a 
biodisponibilidade, como o tipo de nutriente, 
o tipo de ligação molecular, a quantidade 
consumida, a matriz onde ele é incorporado, 
fatores que atenuam ou favorecem a absorção e 
bioconversão, o estado nutricional do hospedeiro, 
fatores genéticos e interações entre nutrientes, 
entre nutrientes e medicamentos, ou mesmo entre 
nutrientes e excipientes das formulações5. 
Estômago e intestino são órgãos que 
influenciam muito a biodisponibilidade de um 
nutriente, e, portanto, um profissional de saúde 
precisa garantir uma integridade e saúde do 
trato gastrointestinal para aproveitar melhor os 
benefícios da suplementação proposta. Esses dois 
órgãos participam do processo de absorção tanto 
de macronutrientes quanto micronutrientes6. 
Pensando na absorção dos macronutrientes 
37
 w
w
w
.v
po
nl
in
e.
co
m
.b
r
Fatores que inf uenciam a efetividade dos suplementos nutricionaisl
(carboidratos, proteínas e lipídios), sabe-se que, 
de uma maneira geral, a absorção é mínima da 
boca até o estômago, sendo a maior parte desses 
nutrientes absorvida no duodeno e nas partes 
superiores do jejuno, e, em menores quantidades, 
nas partes inferiores do jejuno, e, menos ainda, no 
íleo. Curiosamente, essa absorção é praticamente 
inversa e proporcional à quantidade de 
bactérias presentes na região, o que é explicado 
fisiologicamente e evolutivamente, afinal grandes 
quantidades de bactérias iriam competir pelos 
nutrientes naquela região6.
Esse controle bacteriano tem, normalmente, 
duas barreiras importantes.
A primeira é a produção de ácido clorídrico no 
estômago, que ajuda no controle do crescimento 
bacteriano, mas que, dentre outras funções, é 
importante para a digestão de nutrientes, como, 
por exemplo, proteínas6. A redução da produção 
desse ácido pelas células parietais no estômago 
vai comprometer a digestão e a absorção de 
nutrientes como os minerais, principalmente nas 
formas de sais orgânicos e inorgânicos, vitamina 
B12, entre outros, que dependem da acidez para 
a ionização das suas formas. Nessa situação, 
algumas situações clínicas precisam ser levadas 
em consideração ao indicar um suplemento, 
como quadros de hipocloridria, gastrite ou 
infecção por Helicobacter pylori, indivíduos 
submetidos a cirurgia bariátrica ou em uso de 
medicamentos que reduzem a liberação de ácido, 
como os inibidores de bombas de prótons, além 
de pacientes idosos, que apresentam atrofia 
das células parietais do estômago7,8,9. Todos 
esses fatores relacionados ao estômago podem 
comprometer a efetividade de um SA.
E o intestino também tem um destaque nesse 
processo. A segunda barreira para o controle 
do crescimento bacteriano descontrolado é o 
peristaltismointestinal, que é mais vigoroso nas 
porções superiores do intestino delgado e que 
vai ficando menos vigoroso na porção final do 
íleo – com isso, a quantidade de bactérias cresce. 
O problema é que, além da falta de ácido no 
estômago, se o peristaltismo estiver reduzido nas 
porções superiores do intestino pode ocorrer o 
que conhecemos como SIBO (supercrescimento 
bacteriano no intestino delgado), que vai 
comprometer ainda mais a absorção dos 
nutrientes na região6.
Com isso, percebe-se que a indicação de um 
SA precisa ser feita com cautela, principalmente 
para indivíduos com alterações gastrointestinais. 
Um exemplo disso é a L-carnitina, aminoácido 
bastante utilizando para o emagrecimento em 
função da sua ação mitocondrial, contribuindo 
para a entrada de ácido graxo dentro da 
mitocôndria para sofrer beta-oxidação. Alguns 
autores discutem que o uso de L-carnitina, 
principalmente por indivíduos com disbiose 
intestinal, deve ser feito com cautela, uma vez 
que a microbiota patogênica metaboliza essa 
L-carnitina em trimetilamina, que no fígado sofre 
ação da flavina monoxidase, formando o óxido 
de trimetilamina (TMAO), que pode ter relação 
com aterosclerose, doenças cardiovasculares, 
obesidade, trombose, inflamação, acidente 
vascular cerebral e diabetes10,11. Garantir uma 
saúde intestinal é, portanto, fundamental antes 
de indicar a suplementação com L-carnitina. 
Observa-se, com esse exemplo, que uma 
atenção também será necessária com outros 
suplementos que dependem do funcionamento 
correto desse eixo estômago-intestino para o seu 
aproveitamento. 
Composição do produto
Entender a composição do produto que será 
indicado ao paciente é uma etapa importante 
na prescrição nutricional. Ler corretamente 
um rótulo é dever do profissional de saúde 
que se propõe a indicar um suplemento e deve 
fazer parte de uma educação nutricional com 
os seus clientes/pacientes. A forma química do 
nutriente e os aditivos alimentares presentes 
em um suplemento interferem diretamente no 
aproveitamento nutricional. 
Os nutrientes estão presentes em formas 
químicas diversas. Os minerais, por exemplo, 
são encontrados como sais inorgânicos, 
sais orgânicos e como minerais quelados, 
normalmente quelados com aminoácidos. Essa 
forma química está diretamente relacionada com 
a biodisponibilidade, sendo os minerais quelados 
mais biodisponíveis que os sais, uma vez que não 
38
Re
vi
st
a 
Br
as
ile
ir
a 
de
 N
ut
ri
çã
o 
Fu
nc
io
na
l
Márcio Leandro Ribeiro de Souza
dependem de ácido clorídrico no estômago para 
fazer a dissociação ou ionização e não competem 
com outros minerais por receptores no intestino 
quando pelo menos um deles está nessa forma 
química. Já os sais orgânicos e inorgânicos 
dependem dessa saúde gastrointestinal para seu 
aproveitamento e, portanto, são um pouco menos 
biodisponíveis que os quelados5.
Assim, pensando na biodisponibilidade, 
reforça-se a importância de ler rótulos e 
trabalhar com o paciente a composição dos 
produtos. Suplementos com nutrientes nas 
formas inorgânicas podem não ser adequados 
para qualquer paciente, como, por exemplo, um 
paciente submetido a uma cirurgia bariátrica. Para 
avaliar o impacto da diferença na forma química 
em suplementos, o estudo de Rabovsky et al.12 
comparou dois polivitamínicos e poliminerais 
produzidos com os mesmos excipientes e as 
mesmas doses de todos os nutrientes, sendo a 
forma química dos minerais (quelados ou sais 
inorgânicos) a única diferença entre os grupos 
avaliados. O objetivo do estudo era avaliar se 
a presença de metais de transição, como cobre 
e ferro, como sais inorgânicos aumentaria a 
oxidação de compostos antioxidantes. Como 
resultado, os autores observaram que a taxa de 
oxidação e a formação de radicais livres foram 
maiores quando os minerais estavam presentes 
como sais inorgânicos, reforçando a importância 
de escolher formas químicas adequadas12. 
As pessoas consomem esses suplementos 
polivitamínicos e poliminerais para compensar a 
falta de alguns alimentos na alimentação, como 
frutas e vegetais, mas nem sempre isso corrige 
uma deficiência, e uma das causas pode estar 
associada com o fato de que, ao consumir esse 
tipo de suplemento, algumas pessoas se permitem 
reduzir o consumo de alimentos importantes, 
tanto que alguns estudos13,14 demonstraram que 
o consumo desses suplementos pode diminuir 
a prevalência de inadequação de consumo para 
alguns nutrientes que normalmente apresentam 
consumo alimentar baixo, como vitaminas D e 
E, mas, para a maioria dos nutrientes, a redução 
na inadequação é muito pequena em valores 
percentuais13,14. 
Interpretar um rótulo também não se restringe 
a observar apenas essas formas químicas dos 
nutrientes. Os aditivos alimentares que são 
incorporados aos suplementos também podem 
impactar negativamente a eficácia de um produto. 
Hoje em dia, o uso de aditivos, como corantes, 
edulcorantes, aromatizantes, emulsificantes, 
conservantes, entre outros, cresce muito, pois a 
indústria busca formas de melhorar a estabilidade 
e a palatabilidade de um produto. Mas nem 
sempre isso pode ser benéfico para o consumidor 
de um suplemento alimentar: é comum observar 
suplementos polivitamínicos e poliminerais 
repletos de croscarmelose sódica, corante 
inorgânico dióxido de titânio, corante artificial 
amarelo crepúsculo, emulsificante polissorbato 
80, como alguns exemplos. Ou, então, encontrar 
suplementos de proteína do leite com farinha de 
trigo, açúcar invertido, edulcorantes e corantes 
sintéticos. E o impacto desses xenobióticos na 
saúde do consumidor, na eficácia do suplemento 
e no aproveitamento dos nutrientes?
O uso, por exemplo, de agentes emulsificantes 
como o polissorbato 80 pode contribuir para a 
obesidade relacionada à inflamação intestinal 
e a progressão de disfunção hepática, além de 
causar alteração da microbiota15. Já foi discutida 
anteriormente a importância do intestino para a 
eficácia dos SA, e na sequência será abordado 
o fígado. Essa interferência intestinal não é 
restrita aos emulsificantes: xenobióticos podem 
comprometer o funcionamento intestinal, o 
sistema imunológico e prejudicar também a 
cascata de hormônios. Como exemplos de 
xenobióticos com essas propriedades temos 
antibióticos, metais pesados, pesticidas, 
migrantes de embalagens, fitalatos, melamina, 
álcool e, claro, também os aditivos alimentares, 
como corantes, edulcorantes, emulsificantes15–20.
Risco de contaminação e adulteração
Outro fator a ser considerado na prescrição 
nutricional é buscar marcas e empresas 
comprometidas com a qualidade e a saúde, uma 
vez que o risco de contaminação em alguns 
suplementos é grande, o que irá diminuir 
sua efetividade e pode, ainda, trazer sérias 
consequências para o paciente, cliente ou atleta. 
39
 w
w
w
.v
po
nl
in
e.
co
m
.b
r
Fatores que inf uenciam a efetividade dos suplementos nutricionaisl
No estudo de Neves e Caldas21 foram 
analisadas 213 amostras de 52 suplementos 
que não são registrados no Brasil e que foram 
apreendidos pela Polícia Federal. Dessas 
amostras, 109 declaravam no rótulo a quantidade 
de cafeína no produto. Ao analisá-las, perceberam 
que 26,6% dessas amostras continham mais 
de 120% da quantidade declarada. Além disso, 
nesses suplementos termogênicos foram 
encontrados medicamentos como sibutramina, 
fenolftaleína, anfepramona e Femproporex, 
medicamentos com ação laxativa, anorexígena, 
inibidora de apetite, entre outros21. Outro estudo22 
dessas mesmas autoras avaliou a presença de 
esteroides anabolizantes em suplementos. Em 
29,4% desses suplementos foram encontrados 
esteroides anabólicos não declarados, e alguns 
deles continham metandrostenolona em níveis 
semelhantes aos medicamentos22. Em um 
indivíduo normal, isso pode trazer consequências 
como desregulação hormonal e sobrecarga 
hepática, que será discutida na sequência. Em um 
atleta, isso pode representar doping. 
As principais adulterações observadas nos 
SA foram a presença de drogasnão declaradas, 
como esteroides nos moduladores hormonais ou 
anorexígenos em termogênicos, a presença de 
drogas de outras classes terapêuticas, formulações 
incompletas, ausência de ingredientes ativos, 
como aminoácidos que só continham amido, e, 
ainda, troca de uma substância declarada por 
substâncias estruturalmente semelhantes23. 
Conforme citado anteriormente, estima-se 
que 60% dos atletas consumam suplementos 
alimentares, embora esse número possa ser 
ainda maior. Segundo Deldicque et al.2, 90% 
dos suplementos esportivos em seu estudo 
apresentaram traços de disruptores endócrinos 
estrogênicos, sendo 25% deles com alta atividade 
estrogênica. Além disso, 50% dos suplementos 
estavam contaminados com melamina, que 
é uma multi-amina usada como adulterante, 
pois é uma fonte não-proteica de nitrogênio, 
o que aumentaria falsamente a quantidade de 
proteína do produto2,24. Infelizmente não foram 
encontrados estudos no Brasil avaliando se a 
melamina está sendo usada para essas falsificações 
no país, mas uma atenção maior ao produto que 
um profissional indica ao seu cliente/paciente 
precisa ser dada. Essa melamina é associada com 
doenças renais e prejuízo da fertilidade, pois gera 
estresse oxidativo e inflamação24.
 O objetivo deste artigo não é desencorajar 
o uso desses suplementos, mas apenas reforçar a 
importância de que suplementar não é só indicar 
um produto ou ingeri-lo. O uso inadequado de 
um suplemento pode trazer consequências mais 
sérias para um paciente do que o benefício 
proposto.
Risco de sobrecarga de órgãos
Conforme discutido, a presença de 
contaminantes e adulterantes pode sobrecarregar 
alguns órgãos como os rins, porém, nesse 
sentido, pode-se incluir nesta revisão também 
uma discussão sobre o fígado, órgão importante 
no processo de metabolização e que pode 
sofrer danos a partir de uma suplementação 
inadequada. Segundo Navarro et al.25, o dano 
hepático causado por suplementos herbais e 
dietéticos quase triplicou entre 2004 e 2014. 
Aproximadamente 20% dos casos de danos 
hepáticos em 2014 foram induzidos pelo uso de 
suplementos. Dentre os grupos de suplementos 
relacionados com o dano hepático incluem-se os 
suplementos usados no bodybuilding, focados 
no ganho de massa muscular, que muitas vezes 
são produtos que contêm esteroides como 
contaminação ou adicionados propositalmente. 
Na sequência encontram-se os suplementos para 
perda de peso, como os termogênicos, seguidos 
de suplementos para depressão, performance 
sexual, transtornos gastrointestinais, suporte 
imunológico, problemas articulares, plantas 
chinesas, entre outros25.
É necessário investigar as causas desse dano 
hepático antes de afirmar que essa sobrecarga 
foi provocada pelo uso de suplementos, já que 
situações como hepatite viral, dano causado pelo 
álcool, doenças hepáticas autoimunes, câncer ou 
uso de medicamentos, entre outros, podem estar 
associados com essa situação25. Quando o dano 
é provocado pelo uso de suplementos herbais 
e nutricionais, os principais fatores causais 
são adulteração do produto, ingredientes não 
40
Re
vi
st
a 
Br
as
ile
ir
a 
de
 N
ut
ri
çã
o 
Fu
nc
io
na
l
Márcio Leandro Ribeiro de Souza
descritos na embalagem e os contaminantes, já 
discutidos25,26. Porém pode ter relação também 
com doses excessivas observadas em alguns 
produtos ou prescritas por profissionais de 
saúde, ou, ainda, com a combinação de diversos 
suplementos ao mesmo tempo, o que contribui 
para aumentar essa sobrecarga hepática27.
Doses excessivas
Em relação às dosagens, o profissional de 
saúde que indica um suplemento precisa estar 
atento às doses de cada nutriente presente em um 
suplemento. Alguns produtos podem ter doses 
muito baixas, em função do registro em órgãos 
reguladores como a Anvisa, mas também são 
encontrados produtos com doses aumentadas 
para alguns nutrientes ou ingeridos de forma 
inadequada, o que pode impactar a efetividade do 
suplemento e o resultado pretendido, conforme 
exemplos a seguir. 
Para exemplificar essa questão, pode-se citar 
a leucina, bastante discutida e utilizada devido à 
sua ação no estímulo de síntese proteica, embora 
o seu uso isolado para hipertrofia seja discutível 
atualmente28. Porém, na prática, o consumo de 
leucina é muito grande. Além do uso próximo 
da atividade física, suplementos contendo 
leucina acabam sendo utilizados em preparações 
alimentares, como bolos, mousses, biscoitos, 
o que contribui para um consumo exagerado 
desse nutriente, e é nesse excesso que pode estar 
o problema. Existem evidências mostrando que 
o excesso de leucina pode causar esteatose29, 
diabetes e resistência à insulina30, ou, ainda, 
aumento do colesterol31, portanto seu uso precisa 
ser feito com orientação profissional. 
Em Nutrição, deficiências nutricionais não 
são recomendadas, assim como excesso de 
um nutriente pode não ser interessante para 
uma pessoa. O mineral cobre em excesso, por 
exemplo, pode estar associado com melasma32, 
descontrole da pressão arterial na gestação33 
e com distúrbios de cognição34,35. O estudo de 
Meramat et al.34 feito com 317 indivíduos com 
mais de 60 anos observou que níveis altos de 
cobre e chumbo podem aumentar o estresse 
oxidativo e são associados com danos ao DNA, 
o que pode, por sua vez, estar associado com 
déficit cognitivo. O estudo de Morris et al.35 
feito com 3.718 participantes também observou 
que alta ingestão de cobre associada com uma 
dieta rica em gorduras saturadas e trans também 
pode estar associada com declínio da cognição. 
Esses autores perceberam essa relação com 
doses acima de 1,6 mg por dia, e hoje em dia 
é possível encontrar, por exemplo, suplementos 
polivitamínicos e poliminerais para gestantes 
com doses de 2 mg de cobre por comprimido. 
Isso reforça ainda mais a importância de avaliar 
bem a indicação de um suplemento, levando em 
conta o quanto de um nutriente está presente no 
produto e o quanto o indivíduo receberá através 
da alimentação. Uma suplementação não deve 
ser feita de forma isolada, pois deve estar inserida 
em um planejamento alimentar. 
E isso também acontece com outros nutrientes, 
como o excesso de ferro causando aumento de 
estresse oxidativo e peroxidação lipídica36; o 
excesso de ácido fólico reduzindo a absorção de 
zinco e sendo associado com neurotoxicidade 
e reações de hipersensibilidades37; ou, então, 
o excesso de cálcio como carbonato de cálcio 
reduzindo em 83% a biodisponibilidade do 
licopeno em humanos38. O equilíbrio de doses 
e possíveis interações precisam ser levados em 
consideração quando o objetivo é a eficácia de 
um suplemento alimentar.
Ainda em doses altas, existem estudos que 
demonstraram que o excesso de um nutriente pode 
comprometer diferentes situações, como, por 
exemplo, interferência em exames bioquímicos. 
Isso é o que acontece com a biotina, por exemplo. 
Altas doses desse nutriente, comumente usadas 
no tratamento de alopecia, podem prejudicar 
imunoensaios da tireoide, causando variações 
falsamente positivas ou negativas de TSH, T4, 
T3, cortisol e outros hormônios. Isso pode levar 
a um falso diagnóstico de doença de Graves 
ou outra doença da tireoide, e, com isso, a um 
tratamento desnecessário39. Outros estudos40,41 
também demonstraram essa interferência nos 
exames. Vale reforçar que não é um prejuízo 
da tireoide, e, sim, um prejuízo no resultado 
do exame, uma vez que a biotina se liga a um 
anticorpo específico para o que está sendo 
41
 w
w
w
.v
po
nl
in
e.
co
m
.b
r
Fatores que inf uenciam a efetividade dos suplementos nutricionaisl
testado, e a retirada por 24h-48h antes do exame 
já é suficiente para evitar essa interferência39-41. 
Forma de utilização do SA
Dentre os fatores que podem influenciar 
a efetividade de um SA, é preciso levar 
em consideração a forma de utilização 
desse suplemento. Já foram discutidos 
biodisponibilidade, formas químicas e possíveis 
interações, porém os nutrientes podem, ainda, 
sofrer interferência de fatores ambientais,como 
temperatura, luz e umidade. Baseado nisso, é 
importante entender qual nutriente está presente 
em um suplemento e como deve ser a forma 
farmacêutica a ser administrada. Nutrientes 
fotossensíveis, como vitamina C, riboflavina, 
fitoquímicos e outros antioxidantes42, podem 
se perder quando colocados em cápsulas 
transparentes, por exemplo. O mesmo acontece 
com a temperatura: suplementos armazenados e 
transportados de forma inadequada podem não 
apresentar a quantidade descrita do nutriente. 
Para exemplificar, sabe-se, hoje em dia, que 
a atividade antioxidante de antocianinas reduz-
se muito quando submetidas a um tratamento 
isotérmico a 90 graus Celsius43. Em alguns 
alimentos, como o açaí ou a uva, cujo teor 
de antocianinas é elevado, mesmo com essa 
perda devido ao aquecimento a quantidade de 
antocianinas restantes pode ser consideravelmente 
boa. Porém, em suplementos que apresentam 
doses menores, essa perda nutricional pode 
representar um prejuízo na eficácia esperada e 
proposta, reforçando a importância de entender 
a suplementação como algo complexo e que 
precisa ser feita de forma orientada e segura. 
 
Considerações Finais 
A utilização de suplementos alimentares pode 
trazer benefícios para os pacientes quando é feita 
de maneira adequada. Esta revisão não pretende 
desencorajar o uso desses suplementos, mas, sim, 
destacar, por meio dos exemplos apresentados, 
algumas situações e condições que precisam ser 
levadas em consideração para que a eficácia e 
a efetividade desses produtos sejam garantidas. 
Atitudes simples como a leitura criteriosa de 
um rótulo ou garantir um estômago e intestino 
saudáveis podem representar um melhor 
aproveitamento dos benefícios da suplementação. 
É importante reforçar que o alimento é a 
fonte primária dos nutrientes, e uma dieta bem 
elaborada pelo profissional nutricionista já pode 
suprir várias demandas do organismo, usando os 
suplementos apenas para complementar o que a 
dieta não supriu. Os suplementos alimentares são 
ferramentas que podem contribuir bastante para 
a prática do profissional nutricionista, desde que 
o seu uso seja realizado de forma séria, ética e 
segura.
Referências
1. BROWN, A.C. An overview of herb and dietary supplement efficacy, safety and government regulations in the United States with 
suggested improvements. Part 1 of 5 series. Food Chem Toxicol; 107 (Pt A): 449-471, 2017. 
2. DELDICQUE, L.; FRANCAUX, M. Potential harmful effects of dietary supplements in sports medicine. Curr Opin Clin Nutr Metab 
Care; 19 (6): 439-445, 2016. 
3. KNAPIK, J.J.; STEELMAN, R.A.; HOEDEBECKE, S.S. et al. Prevalence of Dietary Supplement Use by Athletes: Systematic Review and 
Meta-Analysis. Sports Med; 46 (1): 103-123, 2016.
4. DWYER, J.; NAHIN, R.L.; ROGERS, G.T. et al. Prevalence and predictors of children's dietary supplement use: the 2007 National 
Health Interview Survey. Am J Clin Nutr; 97(6): 1331-1337, 2013.
5. COZZOLINO, S.M.F. Biodisponibilidade de nutrientes. 5ª ed. Barueri: Ed. Manole, 2016. 1478 p.
6. SARKER, S.A.; AHMED, T.; BRUSSOW, H. Hunger and microbiology: is a low gastric acid-induced bacterial overgrowth in the small 
intestine a contributor to malnutrition in developing countries? Microb Biotechnol; 10 (5): 1025-1030, 2017.
7. SAID, H.M. Intestinal absorption of water-soluble vitamins in health and disease. Biochem J; 437 (3): 357-372, 2011.
8. SAWAYA, R.A.; JAFFE, J.; FRIEDENBERG, L.; FRIENDENBERG, FK. Vitamin, mineral, and drug absorption following bariatric surgery. 
Curr Drug Metab; 13 (9): 1345-1355, 2012.
9. SCHUCHARDT, J.P.; HAHN, A. Intestinal Absorption and Factors Influencing Bioavailability of Magnesium – An Update. Curr Nutr 
Food Sci; 13 (4): 260-278, 2017.
10. SUBRAMANIAM, S.; FLETCHER, C. Trimethylamine N-oxide: breathe new life. Br J Pharmacol; 2017 Jul 26. [epub ahead of print].
11. CHHIBBER-GOEL, J.; SINGHAL, V.; PARAKH, N. et al. The Metabolite Trimethylamine-N-Oxide is an Emergent Biomarker of Human 
Health. Curr Med Chem; 24 (36): 3942-3953, 2017.
12. RABOVSKY, A.B.; BUETTNER, G.R.; FINK, B. In vivo imaging of free radicals produced by multivitamin-mineral supplements. BMC 
Nutr; 1. pii: 32, 2015.
42
Re
vi
st
a 
Br
as
ile
ir
a 
de
 N
ut
ri
çã
o 
Fu
nc
io
na
l
Márcio Leandro Ribeiro de Souza
13. WALLACE, T.C.; McBURNEY, M.; FULGONI, V.L. Multivitamin/mineral supplement contribution to micronutrient intakes in the 
United States, 2007-2010. J Am Coll Nutr; 33 (2): 94-102, 2014.
14. BLUMBERG, J.B.; FREI, B.; FULGONI, V.L. et al. Vitamin and Mineral Intake Is Inadequate for Most Americans: What Should We 
Advise Patients About Supplements? J Fam Pract; 65 (9 Suppl): S1-S8, 2016.
15. SINGH, R.K.; WHEILDON, N.; ISHIKAWA, S. Food Additive P-80 Impacts Mouse Gut Microbiota Promoting Intestinal Inflammation, 
Obesity and Liver Dysfunction. SOJ Microbiol Infect Dis; 4 (1): 2016.
16. JIN, Y.; WU, S.; ZENG, F.; FU, Z. Effects of environmental pollutants on gut microbiota. Environ Pollut; 222: 1-9, 2017.
17. GROH, K.J.; GEUEKE, B.; MUNCKE, J. Food contact materials and gut health: Implications for toxicity assessment and relevance of 
high molecular weight migrants. Food Chem Toxicol; 109 (Pt 1): 1-18, 2017.
18. BIAN, X.; CHI, L.; GAO, B. et al. The artificial sweetener acesulfame potassium affects the gut microbiome and body weight gain in 
CD-1 mice. PLoS One; 12 (6): e0178426, 2017.
19. ROCA-SAAVEDRA, P.; MENDEZ-VILABRILLE, V.; MIRANDA, J.M. et al. Food additives, contaminants and other minor components: 
effects on human gut microbiota-a review. J Physiol Biochem; May 9, 2017. [epub ahead of print].
20. UEBANSO, T.; OHNISHI, A.; KITAYAMA, R. et al. Effects of Low-Dose Non-Caloric Sweetener Consumption on Gut Microbiota in 
Mice. Nutrients; 9 (6). pii: E560, 2017.
21. NEVES, D.B.J.; CALDAS, E.D. Determination of caffeine and identification of undeclared substances in dietary supplements and 
caffeine dietary exposure assessment. Food Chem Toxicol; 105: 194-202, 2017.
22. NEVES, D.B.J.; CALDAS, E.D. GC-MS quantitative analysis of black market pharmaceutical products containing anabolic androgenic 
steroids seized by the Brazilian Federal Police. Forensic Sci Int; 275: 272-281, 2017.
23. NEVES, D.B.J.; CALDAS, E.D. Dietary supplements: International legal framework and adulteration profiles, and characteristics of 
products on the Brazilian clandestine market. Regul Toxicol Pharmacol; 73 (1): 93-104, 2015.
24. GABRIELS, G.; LAMBERT, M.; SMITH, P. et al. Melamine contamination in nutritional supplements--Is it an alarm bell for the general 
consumer, athletes, and 'Weekend Warriors'? Nutr J; 14: 69, 2015.
25. NAVARRO, V.J.; KHAN, I.; BJORNSSON, E. et al. Liver injury from herbal and dietary supplements. Hepatology; 65 (1): 363-373, 
2017.
26. MEDINA-CALIZ, I.; GARCIA-CORTES, M.; GONZALEZ-JIMENEZ, A. et al. Herbal and Dietary Supplement-induced Liver Injuries in the 
Spanish DILI Registry. Clin Gastroenterol Hepatol; Jan 4, 2018 [epub ahead of print].
27. DE BOER, Y.S.; SHERKER, A.H. Herbal and Dietary Supplement-Induced Liver Injury. Clin Liver Dis; 21 (1): 135-149, 2017.
28. AGUIAR, A.F.; GRALA, A.P.; DA SILVA, R.A. et al. Free leucine supplementation during an 8-week resistance training program does 
not increase muscle mass and strength in untrained young adult subjects. Amino Acids; 49 (7): 1255-1262, 2017.
29. ZARFESHANI, A.; NGO, S.; SHEPPARD, A.M. Leucine alters hepatic glucose/lipid homeostasis via the myostatin-AMP-activated 
protein kinase pathway - potential implications for nonalcoholic fatty liver disease. Clin Epigenetics; 6 (1): 27, 2014.
30. MELNIK, B.C. Leucine signaling in the pathogenesis of type 2 diabetes and obesity. World J Diabetes; 3 (3): 38-53, 2012.
31. HALAMA, A.; HORSCH, M.; KASTENMULLER, G. et al. Metabolic switch during adipogenesis: From branched chain amino acid 
catabolism to lipid synthesis. Arch Biochem Biophys; 589: 93-107, 2016.
32. ITO, S.; SUZUKI, N.; TAKEBAYASHI, S. et al. Neutral pH and copper ions promote eumelanogenesis afterthe dopachrome stage. 
Pigment Cell Melanoma Res; 26 (6): 817-825, 2013.
33. FAN, Y.; KANG, Y.; ZHANG, M. A meta-analysis of copper level and risk of preeclampsia: evidence from 12 publications. Biosci Rep; 
36 (4). pii: e00370, 2016.
34. MERAMAT, A.; RAJAB, N.F.; SHAHAR, S.; SHARIF, R.A. DNA Damage, Copper and Lead Associates with Cognitive Function among 
Older Adults. J Nutr Health Aging; 21 (5): 539-545, 2017.
35. MORRIS, M.C.; EVANS, D.A.; TANGNEY, C.C. et al. Dietary copper and high saturated and trans fat intakes associated with cognitive 
decline. Arch Neurol; 63 (8): 1085-1088, 2006.
36. PEDRUZZI, L.M.; CARDOSO, L.F.; MEDEIROS, R.F. et al. Association between serum ferritin and lipid peroxidation in hemodialysis 
patients. J Bras Nefrol; 37 (2): 171-176, 2015.
37. TAYLOR, C.M.; ATKINSON, C.; PENFOLD, C. et al. Folic acid in pregnancy and mortality from cancer and cardiovascular disease: 
further follow-up of the Aberdeen folic acid supplementation trial. J Epidemiol Community Health; 69 (8): 789-794, 2015.
38. BOREL, P.; DESMARCHELIER, C.; DUMONT, U. et al. Dietary calcium impairs tomato lycopene bioavailability in healthy humans. Br 
J Nutr; 116 (12): 2091-2096, 2016.
39. SHARMA, A.; BAUMANN, N.A.; SHAH, P. Biotin-Induced Biochemical Graves Disease: A Teachable Moment. JAMA Intern Med; 177 
(4): 571-572, 2017.
40. ARYA, V.B.; AJZENSZTEJN, M.; APPLEBY, G. et al. High-dose biotin in infants mimics biochemical hyperthyroidism with some 
commercial assays. Clin Endocrinol (Oxf); Jan 5, 2018. [epub ahead of print].
41. LI, D.; RADULESCU, A.; SHRESTHA, R.T. et al. Association of Biotin Ingestion With Performance of Hormone and Nonhormone 
Assays in Healthy Adults. JAMA; 318 (12): 1150-1160, 2017.
42. LU, B.; ZHAO, Y. Photooxidation of phytochemicals in food and control: a review. Ann N Y Acad Sci; 1398 (1): 72-82, 2017.
43. PERON, D.V.; FRAGA, S.; ANTELO, F. Thermal degradation kinetics of anthocyanins extracted from juçara (Euterpe edulis Martius) 
and "Italia" grapes (Vitis vinifera L.), and the effect of heating on the antioxidant capacity. Food Chem; 232: 836-840, 2017.

Outros materiais