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ALELOS MÚLTIPLOS6 Mais de dois pares de genes que controlam uma característica Alelos são uma das diversas formas de um certo gene, ocupando uma posição específica em cromossomos homólogos e essa posição é conhecida por lócus Definição: Já os genes alelos múltiplos (polialelia) ocorre quando um determinado gene (genótipo) apresenta três ou mais alelos, e não apenas dois, para um mesmo locus cromossômico (endereço do gene), determinando uma característica (fenótipo) ➢ Os alelos múltiplos são representados pela mesma letra, acompanhada de um expoente, para serem diferenciados. Assim, uma série alélica de um gene pode ser representada por A1 , A2 , A3 ... Am alelos desse gene. Existem por conta de mutações sucessivas que ocorrem em genes de determinados locus e cada gene mutante vai estabelecer uma determinada condição para que ocorra a expressão fenotípica de um determinado caráter em uma espécie. Mutação: mudanças que ocorrem nos genes Exemplos clássicos: ● Coelhos - Tipo de pelagem condicionados por 4 alelos O alelo C é dominante sobre todos os outros - Aguti/Selvagem O alelo Cch é dominante em relação ao alelos c e Ch - Chinchila O alelo Ch é dominante em relação a c - Himalaia O alelo c é recessivo em relação a todos os alelos - Albino ● No cão, por exemplo, a cor da pelagem de certas raças é explicada pela presença de 5 alelos do gene C. O alelo C é responsável por uma intensa pigmentação; c de cor de intensidade reduzida de vermelho passando para amarelo; c d nesse caso, o pelo é branco com pele e olhos escuros; ch pelos cinzas e olhos azuis escuros; c cor albina, nariz rosa, olhos azuis e pelos brancos. Como a série responsável pela cor da pelagem é composta de cinco alelos, nas populações de cachorros são possíveis 15 genótipos diferentes, sendo 5 genótipos homozigóticos e 10 genótipos heterozigóticos. A ● Sistema ABO, RH e MN (Não usual na veterinária) Os alelos multiplos são responsáveis pela herança genética do sistema ABO, RH e MN Ia é dominante Ib é dominante ii recessivo Questões 1. Ao acasalar coelhos aguti com indivíduos himalaia qual será a proporção fenotípica na geração F1? MUTAÇÃO Definição: ● Alteração herdável no material genético ● Alterações que ocorrem na estrutura do DNA, provocando alterações genicas que influenciam no fenótipo e que são passadas em cada geração. ● Um alelo mutante é criado quando um alelo existente passa a um novo estado genético Esse processo sempre implica uma alteração da composição física do gene (ver Capítulo 13) e, às vezes, produz um alelo que tem efeito fenotípico detectável ● Mutação é uma alteração que ocorre no material genético dos indivíduos. Podem originar-se de forma natural, durante os processos de mitose, meiose ou síntese proteica, ou ser decorrente da ação de algum agente mutagênico 1. As mutações podem ser germinativas e somáticas, assim elucide 3 processos semelhantes e diferentes entre esses tipos de mutação. As mutações somáticas são aquelas que ocorrem em células responsáveis pela formação de tecidos e órgãos (células somáticas) e, portanto, normalmente, não são transmitidas. As germinativas, por sua vez, ocorrem em células que originam gametas, sendo, portanto, mutações que podem ser transmitidas à geração seguinte. 2. Diferencie as mutações: a) Espontânea e induzida De forma espontânea, ocorre devido a erros na replicação do DNA. E de forma induzida, quando o organismo é exposto a um agente mutagênico, como a radiação. b) Recessiva e deletéria Uma mutação recessiva é aquela em que é necessário que o par de genes responsável por determinada característica seja constituído por dois genes iguais, para que o pássaro possa mostrar no seu fenótipo essa mesma característica. As mutações deletérias ocorrem por adição ou subtração de bases, altera o código genético, definindo uma nova sequência de bases, que consequentemente poderá alterar o tipo de aminoácido incluído na cadeia proteica, tendo a proteína outra função ou mesmo inativação da expressão fenotípica. c) Direta e reversa Uma mutação direta resulta de qualquer alteração que inative um gene, enquanto uma mutação reversa restaura a função de uma proteína danificada por uma determinada mutação direta 3. Explique os mecanismos envolvidos no processo de mutação gênica através do reparo de DNA. Tanto lesões no DNA como a incorporação de nucleotídeos errados durante sua síntese são erros que precisam ser rapidamente reparados para que não levem a mutações. Para isso as células dispõem de inúmeros mecanismos de reparo do DNA especializados na correção de diferentes tipos de alteração do DNA graças a extraordinária eficiência destes mecanismos de correção menos de uma em cada 100 mil alterações de bases no DNA têm chance de se perpetuar causando mutação Os mecanismos de reparo dependem fundamentalmente da estrutura dupla da molécula de DNA no sentido de que a cadeia correta define os nucleotídeos que devem ser introduzidos em lugar dos incorretos na cadeia lesada É assim o mecanismo básico de reparo é a remoção dos nucleotídeos incorretos e a síntese de uma nova porção de DNA tendo como molde a cadeia complementar correta o que não é possível nos genomas constituídos por uma cadeia simples de ácido nucleico https://www.biologianet.com/biologia-celular/mitose.htm https://www.biologianet.com/biologia-celular/meiose.htm como de certos vírus.Muitas ações em genes envolvidos no reparo podem ser bastante graves temos como exemplo a doença conhecida como xeroderma pigmentosa em que o indivíduo ele possui uma deficiência no sistema de reparo e a pessoa afetada não consegue eliminar eficientemente os dímeros de pirimidina os que se formam nas células expostas a radiações ultravioletas presentes na luz solar 4. Porque a mutação foi importante no processo de evolução das espécies e como atua nos processos evolutivos? As mutações são consideradas um ponto importante para o processo de evolução dos seres vivos. É por meio delas que características adaptativas importantes surgem, o que garante a seleção de espécies mais adaptadas. 5. Como é possível verificar se uma mutação é dominante ou recessiva? Uma ampla variação de técnicas são utilizadas para a identificação de doenças genéticas. No caso da PCR pode ser usada para rastreamento de mutações, pois ela faz detecção de variação de seqüências no DNA, é importante para a identificação de mutações que causam doenças em um determinado gene, bem como para a detecção de polimorfismos de DNA. Uma vez que uma grande fração das variações genéticas são devido às diferenças produzidas pela mudança de base única na seqüência de DNA, o uso de técnicas capazes de detectar substituições de uma única base quando se procura mutações e seqüências polimórficas foi um avanço tecnológico para a pesquisa destas variações. Alguns destas técnicas de rastreamento são: DGGE, SSCP, DHPLC. 6. Qual a importância de detectar alguns genes mutantes em animais? A mutação pode ser benéfica aos animais? Em caso afirmativo exemplifique. Explique 2 técnicas para detecção de mutações em animais. Os genes mutantes podem causar algum grau de doenças, de diminuição de viabilidade de fertilidade e de adaptação dos animais, por isso é importante sua detecção. Houve uma descoberta pelos pesquisadores da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia e da Embrapa Tabuleiros Costeiros em que foi identificado uma mutação genética natural em ovelhas da raça Santa Inês que está fortemente relacionada ao aumento da ovulação e da prolificidade A detecção de portadores de genes deletérios pode ter consequências totalmente diferentes, Análise de pedigree que consiste em exigir informações precisas do pedigree, anotações de ocorrências e rigorosa escrituração zootécnica, conhecimento da ação gênica e estudo criterioso do aparecimento dos casos e providências para controle e/ou eliminação dos genes Também pode ser usado marcadores ligados aos genes que causam as doenças, identificando com precisão, a presença dos genes, facilitando a identificação dos portadores. Assim, propiciamdiagnósticos precisos e precoces com custos decrescentes e pode ser uma grande ferramenta complementar nos processos de seleção. 48:00 Questão de mutação reversa sobre o tipo de prole que pode ser produzido através do acasalemento de um indivíduo selvagem e um mutante HERANÇAS RELACIONADAS AO SEXO Heranças autossômicas: não ligadas ao cromossomo sexual Heranças não autossômicas: ligadas ao cromossomo sexual O sexo é importante para reprodução e perpetuação da espécie, promoção de evolução, aumentando a variabilidade genética, viabilizando o melhoramento de caracteristicas de animais, tornando indivíduos mais adaptados ao meio ou o meio selecionando os indivíduos mais adaptados através da segregação (separação dos cromossomos em gametas que serão repassadas para individuos) e a recombinação desses genes na formação de novos individuos. Tipos de herança Os pares de cromossomos sexuais alem de determinar o sexo, também impactam sobre a formação de uma determinada característica. Gene de herança ligada ao sexo Quando o gene alterado está no cromossomo X. Esse tipo de herança tem o padrão recessivo. É a herança materna. Nesse caso, os filhos homens herdam genes do cromossomo X apenas da mãe. Enquanto, as filhas mulheres herdam um do pai e outro da mãe. As manifestações vão estar presentes nos machos pois apresentam apenas um cromossomo X, ou seja, não apresentam nenhum gene normal para aquela característica. Gene de herança restrita ao sexo Esse tipo de herança corresponde aos poucos genes localizados no cromossomo Y, denominados de genes holândricos. Esses genes são herdados de pai para filho. Gene de herança parcialmente ligada ao sexo Esse tipo de herança ocorre quando alguns genes expressam-se em ambos os sexos, mas comportam-se de modo diferente em homens e mulheres. Um exemplo dessa herança é a calvície. O gene que condiciona essa característica encontra-se em um alelo autossômico e comporta-se como dominante no homem e recessivo nas mulheres. Para a mulher ser calva é necessário que seja homozigota recessiva. Enquanto, o homem precisa de apenas um alelo dominante. Essa diferença de comportamento é devido ao ambiente hormonal de cada indivíduo. Determinação sexual 3 sistemas de determinação sexual: XY, XO, ZW Sistema XY ● Ocorre em mamíferos, alguns invertebrados e insetos ● Fêmeas são homogaméticas (XX) uma herança de cromossomos iguais ● Machos heterogaméticos (XY) cromossomos diferentes ● Macho determina o sexo pois ele tem os dois crmossomos que vao determinar o sexo no novo individuo, o gameta que a femea dispoe é sempre X pois sao homogaméticas ● O cromossomo Y determina o sexo masculino em mamiferos por portar um gene SRY que codifica um fator de transcrição que faz com q a gonoda se torne um testiculo. Sistema xy em bovinos ● 58 cromossomos autossômicos e 2 sexuais = 60 cromossomos ● Gametas formados possuem 29 cromossomos autossômicos e um sexual O sexo nos adrosófilos se dá pelo balançamento entre cromossomos sexuais e autossomicos, pois são vários cromossomos sexuais entre X e Y. São 8 cromossomos no total para cada indivíduo diplóide (2n); Proporção de genes sexuais e autossomicos varia determinando assim o sexo fêmeas tetraploides de 4 cromossomo sexuais (XXXX) intersexo = hemafrodita Sistema XO ● Ocorre em insetos pertencentes à ordem de hemípteros (como os percevejos), ortópteros (como baratas e gafanhotos) e coleópteros (besouros), além de nematóides. ● O macho, é heterogamético, apresenta um cromossomo X e nenhuma Y, pois não existe. Nesse caso, apenas possuindo cromossomos autossômicos. Possui número ímpar de cromossomos. ● Fêmeas são homogaméticas (XX) Ex.: gafanhoto cruzamento macho 22 + X + fêmea 22 + XX gametas machos : 11+X e 11+0 gametas fêmeas: 11+X e 11+X filhotes macho: 11+X (da fêmea) e 11+0 (do macho) filhotes fêmeas: 11+X (da fêmea) + 11+X (do macho) gene P, autossômico, controla presença ou ausencia de chifres (mochos) em caprinos (determinação XY) PP e Pp mocho - cruzamento entre macho e femea mocho causa masculinização nas femea: femeas intersexo (exteriormente masculina e feminina) e falso macho pode acasalar dois aspados ou macho aspado com femea mocha. não pode macho mocho com femea asparda (pp) MACHO TEM QUE SER CHIFRUDO Sistema ZW - ocorre em algumas aves, alguns peixe e alguns insetos como borboletas e mariposas - fêmea heterogamética (ZW) determina o sexo nos indivíduos. - macho homogamético (ZZ) EXCESSÃO DAS GALINHAS DOMESTICAS QUE A FÊMEA NÃO POSSUI CROMOSSOMO SEXUAL (ZO) E MACHO (ZZ) Genes masculinizantes e feminilizantes - presentes em cromossomos autossômicos - caso de galinha fertil que apresentou problemas ovarianos (hormonais) e virou galo fertil existem rações que auxiliam a reversão sexual, que ativam genes autossômicos para desenvolver a gônada masculina (piscicultura) genes masculinizantes e feminilizantes em CAPRINOS - sexo determinado pelo XY - hERANÇA CRUZADA em zig zag acasalamento de femea clara com macho escuro (p), machos herdarão coloração da femea e o contrário (f1). cruzando F1, a F2 terá 50% femeas pretas, 50% claras, machos 50% escuros e 50% claros. quem determina são genes ligados ao gene Z (macho). (pelagem branca para gatos está em outro gene) Em gatos gene que determina cor preta ou laranja está no X, femeas tem XX (gatos laranja e preto serão smpre femeas) dessa forma, gatos (XY) nunca terão duas cores em bovinos da raça Ayrshire M1M1: marron M2M2 : vermelho M1M2: macho marron M1M2: femea vermelha ESTRUTURA DOS ÁCIDOS NUCLEICOS - Replicação do DNA caracteristicas basicas: replicação no processo de mitose finalidade de constante formação de células no organismo - O processo de replicação pelo maquinário celular responsável deve ocorrer o mais breve possível para evitar erros na fita molde de DNA. - A fidelidade da replicação do DNA é extraordinária, com média de um erro por bilhões de nucleotídeos incorporados; - Síntese de um novo filamento de DNA ocorre na velocidade de 3.000 nucleotídeos/minuto; - em bactérias é 30.000 /minuto; replicação semiconservativa - filamentos da dupla hélice se desenrolam (desenovelamento), separam-se e cada uma guia a síntese de um novo filamento complementar - É chamado dessa forma pois há a conservação de metade da fita molde inicial (molécula parietal); - envolvimento de enzimas para a formação do novo molde (enzimas dna polimerase, dna ligase e dna - restrições de pareamento de bases na dupla hélice determinam a sequência de bases no filamento recém sintetizado; - Adenina no filamento parental serve de molde, graças a seu potencial de ligação hidrogênio, para a incorporação de timina no filamento complementar; - Para que a síntese de DNA ocorra, são necessários dois substratos fundamentais: desoxinucleotídeos trifosfatados e uma junção iniciador: molde. - A fita molde irá orientar qual dos quatro nucleosídeos trifosfatados será adicionado. As duas fitas possuem uma orientação antiparalela, o que significa que a fita molde para a síntese de DNA tem orientação oposta à fita de DNA que está sendo sintetizada. - ligações de hidrogênio entre nucleotídeos; - ligaçoes entre grupamento fosfato e o açúcar do nucleotídeo seguinte será ligação covalente - replicação ocorre no sentido 3’ - 5’ modos de replicação - Para que a síntese de DNA ocorra, são necessários dois substratos fundamentais: desoxinucleosídeos trifosfatados e uma junção - semiconservativo: filamento da dupla hélice parental é conservado e guia a sintese de uma nova hélice complementar. (segunda geração é 75% igual a primeira geração de DNA-filho, sendo 50% identica a nova fita formada na primeira geração) - conservativo: dupla hélice parental é conservada guia a formação de uma outra dupla hélice (segunda geração é 75% igual a nova fita da primeira geração de DNA-filho - dispersivo: segmentos de cada filamento parental são conservados e guiam a síntese de novos segmentos complementares. (intercala partes das fitas; segunda geração é 100% igual a fita formada da primeira geraçãode DNA-filho) - origem das replicaçoes - em procariontes, o início da replicação na bactéria E. coli; ocorre em um só lugar do cromossomo circular. (origem de replicação é chamada de oriC) OriC tem 245 pares de nucleotídeos de comprimento contem 2 sequencias repetidas conservadas diferentes 3 repetições são ricass em pares de bases A:T essa origem é chamada de bolha de replicação - em procariontes existem multiplas origens e em vários cromossomos. - cada origem controla a replicação de uma unidade de DNA chama réplicon (1 em procariontes, vários em procariontes) - Aspectos específicos da replicação - A replicação é semelhante em procariontes e eucariontes - A síntese de DNA, ocorre apenas em um pequeno momento do ciclo celular em eucariontes. -Nos eucariontes existem duas ou mais polimerases diferentes para a replicação -O DNA do eucariontes é organizado em nucleossomos, que são responsáveis pelo enovelamento da fita de DNA, o qual vai conter as histonas que são as h1,h3,h4, h2a e h2 - Aspectos específicos da replicação em eucariotos -A síntese de DNA em eucariontes será extremamente rápida devido ao fato de que terá várias origens de replicação, ela será mais intensa durante o desenvolvimento embrionário. -Essa síntese de DNA ocorre em 3 a 4 minutos - Essa rapidez na replicação irá ocorrer quando os maiores cromossomos do genoma ativam algumas milhares de origens de replicação ao mesmo tempo -A replicação bidirecional em eucariotos: A partir de cada origem de replicação formam-se duas forquilhas que permitem a replicação bidirecional. As proteínas que participam da replicação afastam progressivamente as fitas de DNA, a partir do espaço criado na origem de replicação. Outra origem de replicação forma forquilhas até que ela se alcancem seus pontos de termino, assim, por abrir diversos pontos de origem as fitas se separam. - Polimerase na forquilha de replicação -A replicação do DNA requer 3 atividades de diferentes polimerases, essas são Polimerase A (Pol a), Polimerase D (Pol D), Polimerase E (Pol E). -A Pol A, é necessária no inicio da replicação e existem em um complexo estável com a primase. A primase é responsável por sintetizar os iniciadores de RNA. - Mecanismos de replicação -A helicase é uma enzima que age dentro dos pontos de origem, fazendo com que ocorra a abertura da fita e rompendo as pontes de hidrogênio. -A primase vai acrescentar os nucleotídeos de RNA, no sentido 5’ para 3’ -Os fragmentos de Okazaki são os fragmentos de DNA que compõem a fita de DNA com replicação descontínua. -Para cada fragmento, há necessidade de uma primase para fazer o ligamento de cada fragmento na fita retardatária. -DNA polimerase faz a correção dos nucleotídeos. -Exonuclease repara uma última vez o DNA -DNA ligase conecta os fragmentos de DNA TRANSCRIÇÃO E TRADUÇÃO Dogma central Esse modelo mostra principalmente que uma sequência de um ácido nucleico pode formar uma proteína, entretanto o contrário não é possível. Segundo esse dogma, o fluxo da informação genética segue o seguinte sentido: DNA → RNA→ PROTEÍNAS. Observa-se, portanto, que esse dogma demonstra todos os processos pelos quais os ácidos nucleicos podem passar. Temos o DNA, onde está contida a informação genética, que pode ser transcrito em moléculas de RNA. No processo de transcrição, uma molécula de DNA serve como molde para a criação de uma molécula de RNA. É nessa molécula de RNA que é encontrado o código usado para organizar a sequência de aminoácidos e formar as proteínas no processo de tradução. Esse processo consiste na união de aminoácidos, obedecendo à ordem de códons apresentados em um RNA mensageiro. Transcrição e tradução Produtos transcritos RNA Produtos transdutos desempenham função na célula, as proteínas. Proteínas são a união de aminoácidos, com funções nas células ou como biosinalizador, anticorpos DNA transcrito em RNAs (mensageiro, ribossômico, transportador e pequenos nucleases) eletroforese e espectometria de massa Transcrição é o processo pelo qual uma molécula de RNA é sintetizada a partir da informação contida na sequência de nucleotídeos de uma molécula de DNA de fita dupla. pontos chaves na transcrição início das transcrições, biomoléculas envolvidas ou fatores de transcrição, onde termina e as substâncias envolvidas. PONTOS ESSENCIAIS da transcrição A molécula de RNA é sintetizada por um gene Sintetiza todos os RNAs da célula Refletindo no estado fisiológico da célula e consequentemente do ser vivo O conjunto de genes expressos depende do clima, alimentação, bem estar, interação com meio ambiente, patógenos > se caracterizando como uma situação variável, pois vários fatores podem interferir O processo é catalisado principalmente por RNAs polimerases Controle ou regulação da expressão de genes Processos que afetam a concentração de um produto gênico A expressão pode ser constitutiva e induzida: A expressão pode ser constitutiva (corretamente expressa através de condições externas apropriadas como manejo e alimentação correta para que ocorra a manutenção; epigenética) e induzida (expressa quando necessária; adquire um microorganismo e organismo tenta eliminá-lo, manutenção de feto ) inclui elementos reguladores (manutenção da transcrição), promotores (início da transcrição) e o terminador (finaliza transcrição, provendo desacoplamento) FASES PARA A TRANSCRIÇÃO Início: ocorre reconhecimento de domínios específicos da molécula de DNA Alongamento: Ribonucleotídeos são sucessivamente incorporados (adenina - uracila, timina no dna - adenina; citosina no dna - guanina) Terminação: Sequência do DNA são reconhecidas e em que a síntese é interrompida ESTRUTURA DO GENE transcrição ocorre no sentido 5’-3’ da fita superior exons: sequências de nucleotídeos de bases transcritas e traduzidas de um gene introns: sequências de nucleotídeos de um gene, as partes removidas pelo RNA que serão transcritas e não traduzidas. a diferença entre exons e introns é o tamanho da sequência de nucleotídeos. Regiões reguladoras no início e no final da fita com as regiões iniciadora e finalizadora, segmento de DNA onde as proteínas de união do DNA denominadas de fatores de transcrição irão se ligar preferencialmente. Promotores início da processo de transcrição pelo acoplamento desses promotores proteínas acessórias, também denominadas fatores de transcrição basais gerais, eles ligam-se primeiro a um promotor, auxiliando o RNA polimerase a obter um ponto de apoio no DNA muitos promotores possuem uma sequência denominada TATA box (denominação devida as sequencias de timina e adenina) A e T do TATA box torna a separação das fitas de DNA mais fácil Permitindo outros fatores de transcrição e eventualmente o RNA polimerase se liguem. RNA polimerase II: principal enzima catalisadora do processo de transcrição em eucarionte 80 : - pois está na posição antiparalela promotores indispensáveis para a estabilidade da RNA polimerase enzimas envolvidas no processo de replicação: helicase, polimerase, ligase, primase e endonucleases Inicio da regulação Um processo complexo em eucariotos, envolvendo grande número de promotores e fatores de transcrição responsáveis pela abertura da fita de DNA (desenovelamento) e ruptura de pontes de hidrogênio( ligação forte/fraca?). Assim, os nucleotídeos de um filamento ficam disponíveis para o novo emparelhamento. RNA polimerase auxilia da formação da bolha de transcrição Na célula o RNA é formado de outra maneira. Em primeiro lugar, porque somente uma das cadeias do DNA é copiada, a que corre na direção 3' →5'. Isso torna possível antecipar a síntese de RNA a partir de sua extremidade 5' até sua extremidade 3' (Figura 14.1). Em segundo lugar, porque os ribonucleotídios são agregados de um em um, o que torna desnecessária a separação das cadeias de DNA em toda a sua extensão. É apenas separado um segmento de cerca de 10 pares de nucleotídios, o qual, como mostrado na Figura 14.2, forma no DNA uma bolha de transcrição que se desloca conforme são “lidos” seus nucleotídios. Ainda que a cadeia sejatranscrita na direção 3' →5' do gene, convencionalmente se diz que a transcrição segue na direção 5' →3', pois o RNA sintetizado corresponde – em sua polaridade e na sequência de seus nucleotídios (substituindo o U por T) – à cadeia não transcrita do DNA. Além disso, a sequência do gene é definida pela sua cadeia 5' →3' (Figura 14.2). Transcrição 1. Abertura da fita de DNA no ponto de início da transcrição. Seguido do acoplamento de outros fatores de transcrição como oTFIID sendo o ligante o TATA box. 2. TFIIA unindo-se ao complexo de iniciação 3. TFIIB unindo- se ao complexo para que então ocorra a ligação do TFIIF, atividade de desenovelamento. A polimerase II deve se ligar tbm 4. TFIIE se liga ao complexo de iniciação 5. RNA polimerase exerça sua função desde o local de iniciação até a de terminação SPLICING - Tradução Consiste na transformação da mensagem contida no mRNA, através do RNA transportador, na sequência de aminoácidos que constituem a proteína. -A tradução envolve "decodificar" um RNA mensageiro (RNAm) e usar sua informação para produzir um peptídeo, polipeptídeo, cadeia de aminoácidos ou proteínas. -No mRNA, contém as informações para a síntese de polipeptídeos/peptídeos/proteinas, que vem em 3 grupos de nucleotídeos chamados de códons. -Para se produzir um aminoácido, existem 61 códons diferente. -Essas relações entre os códons do RNAm e os aminoácidos são conhecidas como código genético. -Na tradução, os códons de um RNAm são lidos por ordem (da extremidade 5' para a extremidade 3') por moléculas chamadas de RNAs transportador ou RNAt.Cada RNAt possui um anticódon, um conjunto de três nucleotídeos que se liga ao códon correspondente no RNAm através do pareamento de bases. A outra extremidade do RNAt traz o aminoácido especificado pelo códon. -Os RNAt se ligam aos RNAm dentro de uma estrutura de RNA e proteína chamada ribossomo. À medida que os RNAt preenchem os compartimentos do ribossomo e se ligam aos códons, seus aminoácidos são adicionados à cadeia crescente de polipeptídeos em uma reação química. O produto final é um polipeptídeo cuja sequência de aminoácidos reflete a sequência de códons no RNAm. - Tradução: começo, meio e fim -Iniciação ("começo"): nesta etapa, o ribossomo se junta ao RNAm e ao primeiro RNAt para que a tradução possa ter início. -Para termos a iniciação é necessário um ribossomo, um mRNA Com as instruções para a proteína que será construída, e um Um RNAt "iniciador" transportando o primeiro aminoácido da proteína, que quase sempre é a metionina (Met).Juntas, elas formam o complexo de iniciação, a configuração molecular necessária para começar a fazer uma nova proteína. -A iniciação da tradução acontece assim: primeiro o RNAt transportando a metionina se liga a subunidade ribossômica pequena. Juntos, se ligam à extremidade 5' do RNAm através do reconhecimento do cap 5' GTP (adicionado durante o processamento no núcleo). Em seguida, eles "caminham" ao longo do RNAm na direção 3' e param quando alcançam o códon de iniciação -Alongamento ("meio"): nesta etapa, os aminoácidos são trazidos ao ribossomo pelos RNAt e são ligados entre si para formar uma cadeia. -alongamento é quando o polipeptídeo se torna mais longo. - O primeiro RNAt transportador de metionina começa no compartimento do meio no ribossomo, chamado de sítio P. Ao lado, um novo códon é exposto em outro compartimento, chamado de sítio A. O sítio A será o "desembarque" para o próximo RNAt, aquele cujo anticódon é o correspondente perfeito (complementar) do códon em exposição. - Depois que a ligação peptídica é formada, o RNAm é puxado para frente no ribossomo por exatamente um códon. Esse deslocamento permite que o primeiro RNAt, agora vazio, saia através do sítio E (do inglês "exit"). Isso também faz com que um novo códon fique exposto no sítio A, para que todo ciclo se repita. -Terminação ("fim"): na última etapa, o polipeptídeo final é liberado para que possa cumprir sua função na célula. -A terminação acontece quando um códon de parada no RNAm (UAA, UAG ou UGA) entra no sítio A. -Códons de parada são reconhecidos por proteínas chamadas de fatores de liberação, os quais se adaptam perfeitamente no sítio P (embora não sejam RNAt). Fatores de liberação confundem a enzima que normalmente forma as ligações peptídicas: fazem-na adicionar uma molécula de água ao último aminoácido da cadeia. Essa reação separa a cadeia do RNAt, assim a proteína recém-produzida é liberada. MOLÉCULAS DE ÁCIDOS NUCLEICOS DOIS TIPOS: ● DNA: ácido desoxirribonucleico ● RNA: ácido ribonucleico LOCALIZAÇÃO: ● DNA: no núcleo da célula e na mitocôndria ● RNA: no núcleo, nucléolo, ribossomos, citosol, mitocôndrias e citoplastos; e se for em células vegetais, podem estar localizados nos cloroplastos Obs: É possível encontrar DNA e RNA no meio extracelular. FUNÇÃO DOS ÁCIDOS NUCLEICOS ● Atua como componentes na estrutura de coenzimas importantes no metabolismo celular e ainda como ativadores e inibidores importantes em várias vias do metabolismo intermediário. COMPOSIÇÃO QUÍMICA: ● DNA e RNA são formados por moléculas menores chamadas nucleotídeos, compostos por: 1. Uma base nitrogenada 2. Um monossacarídeo do grupo das pentoses que pode ser ribose, no caso do RNA ou desoxirribose, no caso do DNA. 3. Um grupo fosfato CINCO TIPOS DE BASES NITROGENADAS CONHECIDAS: ● Adenina ● Guanina ● Timina ● Citosina ● Uracila CLASSIFICAÇÃO DAS BASES NITROGENADAS: ● Púricas ou purinas: adenina e guanina ● Pirimídicas ou pirimidinas: citosina, timina e uracila NUCLEOTÍDEO ● Estruturas que vai compor o DNA, nela se tem um grupo fosfato, ligado a um açúcar do grupo das pentoses (que pode ser uma ribose ou desoxirribose) e uma base nitrogenada (adenina, timina, uracila, citosina ou guanina). ESTRUTURA DO ÁCIDO NUCLEICO ● Os nucleotídeos são unidos por ligações fosfodiéster ● Unem-se entre a posição 5'P de um resíduo com a 3'OH do resíduo seguinte para formarem os ácidos nucléicos ● As bases nitrogenadas são pouco solúveis em água em pH 7,0 > Para se ter as estruturações das moléculas acima, é preciso ter: Interações entre os anéis cíclicos levam a um empilhamento das bases em uma conformação planar. E o empilhamento das bases é mantido por interações eletrônicas (forças de Van der Waals, dipolo-dipolo). Fazendo com aconteça a redução do contato com a água e o espaço entre as bases. Todo esse processo é importante e necessário para que haja a estabilidade da estrutura tridimensional dos ácidos nucleicos. Obs: A porção interna onde ficam as bases nitrogenadas, são as porções hidrofóbicas, e a parte que fica para fora, é a porção hidrofílica. A comunicação entre os nucleotídeos, ocorre através de ligações fortes, as chamadas pontes de hidrogênio, as quais são ligações químicas caracterizadas por uma ligação covalente entre o hidrogênio e uma ligação covalente entre as moléculas de nitrogênio, oxigênio ou flúor, e uma interação do tipo dipolo-dipolo entre o átomo de hidrogênio e oxigênio, nitrogênio ou flúor. ESTRUTURA DO DNA ● Fita dupla antiparalela; (ou seja, quando se tem uma fita crescente de modo contínuo, a outra que fita que vai se liga, será no sentido antiparalelo) ● Estrutura enrolada, o qual se dá através de dois tipo de proteínas estruturais que estão ao longo de toda molécula do DNA, que são as proteínas histonas e protaminas ● Dupla hélice ou alfa hélice: composta por cadeias que se dobram em torno de um eixo comum; ● Açucares e fosfatos, compõem a porção hidrofílica, ficam na porção exterior da dupla hélice. > BASES NITROGENADAS PRESENTES NA ESTRUTURA DO DNA: ● 4 nucleotídeos, os quais são as bases de Adenina se ligando com Timina, por meio de duas pontes de hidrogênio, e a Guanina se ligando com Citosina, por meio de uma ponte de hidrogênio. > EXISTEM TRÊS FORMAS ESTRUTURAIS DO DNA: ● Forma “B”: é a mais comum, possui a hélice voltada para a direita e possui 10 resíduos em cada volta. ● Forma “A”: estrutura mais desidratada, com isso mais fina que da forma“B”, hélice voltada para a direita e possui 11 resíduos por volta. ● Forma “Z”: é a hélice voltada para a esquerda e possui 12 resíduos em cada volta. PROPRIEDADES QUÍMICAS DO DNA ● O DNA pode sofrer processos de desnaturação e renaturação, um dos fatores que faz com a molécula sofra esses processos, são os processos de calor e resfriamento. E quando acontece a desnaturação se tem o processo de separação dos nucleotídeos, ou seja, o rompimento da porção hidrofóbica, dessa forma, se tem a separação total das fitas de DNA por conta do aquecimento, depois, o DNA se renatura com o resfriamento. Esse processo de aquecimento da fita de DNA é essencial para o início do teste PCR. ÁCIDO RIBONUCLÉICO (RNA) ● A molécula de RNA (acido ribonucléico), é sintetizada pela transcrição a partir da molécula de DNA (ácido desoxirribonucléico), é formada por um único filamento de nucleotídeos, ou seja, uma fita simples, cujas bases nitrogenadas são: adenina e guanina (bases purinas) e citosina e uracila (bases pirimidinas). FUNÇÕES DO RNA ● Síntese de proteínas, pois elas são o produto final do processo de transcrição celular e elas atuam no organismo de várias formas, como, moldando diversos fenótipos e participam de vias metabólicas ● Expressão da informação genética, que vai aparecer como proteína, as quais serão marcadores moleculares, que vão atuar no organismo do indivíduo e outras serão apenas sinalizadoras de processos biomoleculares. ● Síntese de uma molécula de RNA a partir de um molde de DNA – processo de transcrição; ● Estrutura: ribose, nucleotídeo e fosfato ESTRUTURA DO RNA ● Bases nitrogenada presentes na estrutura do RNA: Adenina se liga a Uracila, e a Guanina se liga a Citosina. ● Possui fita simples em formato helicoidal, onde se tem o e esqueleto de açúcares fosfatos ligados ao açúcar ribose, e bases nitrogenadas que formando o nucleotídeo. TIPOS DE RNA O RNA se subdivide em 4 tipos mais estudados, os quais são: ● RNA mensageiro (RNAm): é o responsável por codificar as proteínas, tem seus códons ( sequência de três bases nitrogenadas que codifica um aminoácido) lidos no momento da tradução. É a classe mais heterogênea, e pode apresentar estruturas que variam de 500 até mais de 6000 nucleotídeos. É o primeiro a ser formado no processo de transcrição celular, ele repassa a mensagem do DNA para a célula produzir determinadas proteínas. Possui formato de fita única e simples, e carreia a informação do DNA para a célula. ● RNA transportador (RNAt): ele faz o transporte de um aminoácido específico para a síntese de proteína. Essa classe de RNA, é semelhante em procariontes e eucariontes, e se apresenta com formato de um trevo de quatro folhas, pois a estrutura da molécula apresenta-se dobrada em quatro alças. Uma dessas alças é o anticódon, região responsável por reconhecer o códon que complementa a molécula do RNAm (dessa forma, enquanto o RNAm capta a informação do DNA durante o processo, o RNAt pega a informação do RNAm para que possa produzir nucleotídeos, os quais depois vão se aclopar no RNAr e cada sequência de três nucleotídeos, formará um determinado aminoácido para sintetizar uma proteína). Existe ainda uma região denominada de eixo aceptor, local onde o aminoácido liga-se e é levado para que ocorra a síntese proteica. ● RNA ribossômico (RNAr): é também chamado de RNA ribossomal, ele constitui o ribossomo. Assim que são sintetizados, os RNAr acumulam-se, formando regiões conhecidas como nucléolos. Nesses locais, o RNAr combina-se com proteínas e começa a originar os ribossomos. Possui formato arredondadopara receber o aclopamento do RNA transportador. ● Pequenos RNA nucleares: estão envolvidos em vários processos como o splicing de RNA, e atuam na regulação dos fatores de transcrição ou da ação da RNA polimerase, e são também muito importantes para a manutenção dos telômeros.
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