Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 2 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 3 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 3 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Núcleo de Educação a Distância R. Maria Matos, nº 345 - Loja 05 Centro, Cel. Fabriciano - MG, 35170-111 www.graduacao.faculdadeunica.com.br | 0800 724 2300 GRUPO PROMINAS DE EDUCAÇÃO. Material Didático: Ayeska Machado Processo Criativo: Pedro Henrique Coelho Fernandes Diagramação: Heitor Gomes Andrade PRESIDENTE: Valdir Valério, Diretor Executivo: Dr. Willian Ferreira, Gerente Geral: Riane Lopes, Gerente de Expansão: Ribana Reis, Gerente Comercial e Marketing: João Victor Nogueira O Grupo Educacional Prominas é uma referência no cenário educacional e com ações voltadas para a formação de profi ssionais capazes de se destacar no mercado de trabalho. O Grupo Prominas investe em tecnologia, inovação e conhecimento. Tudo isso é responsável por fomentar a expansão e consolidar a responsabilidade de promover a aprendizagem. 4 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 4 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Prezado(a) Pós-Graduando(a), Seja muito bem-vindo(a) ao nosso Grupo Educacional! Inicialmente, gostaríamos de agradecê-lo(a) pela confi ança em nós depositada. Temos a convicção absoluta que você não irá se decepcionar pela sua escolha, pois nos comprometemos a superar as suas expectativas. A educação deve ser sempre o pilar para consolidação de uma nação soberana, democrática, crítica, refl exiva, acolhedora e integra- dora. Além disso, a educação é a maneira mais nobre de promover a ascensão social e econômica da população de um país. Durante o seu curso de graduação você teve a oportunida- de de conhecer e estudar uma grande diversidade de conteúdos. Foi um momento de consolidação e amadurecimento de suas escolhas pessoais e profi ssionais. Agora, na Pós-Graduação, as expectativas e objetivos são outros. É o momento de você complementar a sua formação acadêmi- ca, se atualizar, incorporar novas competências e técnicas, desenvolver um novo perfi l profi ssional, objetivando o aprimoramento para sua atua- ção no concorrido mercado do trabalho. E, certamente, será um passo importante para quem deseja ingressar como docente no ensino supe- rior e se qualifi car ainda mais para o magistério nos demais níveis de ensino. E o propósito do nosso Grupo Educacional é ajudá-lo(a) nessa jornada! Conte conosco, pois nós acreditamos em seu potencial. Vamos juntos nessa maravilhosa viagem que é a construção de novos conhecimentos. Um abraço, Grupo Prominas - Educação e Tecnologia Olá, acadêmico(a) do ensino a distância do Grupo Prominas! . É um prazer tê-lo em nossa instituição! Saiba que sua escolha é sinal de prestígio e consideração. Quero lhe parabenizar pela dispo- sição ao aprendizado e autodesenvolvimento. No ensino a distância é você quem administra o tempo de estudo. Por isso, ele exige perseve- rança, disciplina e organização. Este material, bem como as outras ferramentas do curso (como as aulas em vídeo, atividades, fóruns, etc.), foi projetado visando a sua preparação nessa jornada rumo ao sucesso profi ssional. Todo conteúdo foi elaborado para auxiliá-lo nessa tarefa, proporcionado um estudo de qualidade e com foco nas exigências do mercado de trabalho. Estude bastante e um grande abraço! Professora Anaïs Eulálio Brasileiro O texto abaixo das tags são informações de apoio para você ao longo dos seus estudos. Cada conteúdo é preprarado focando em téc- nicas de aprendizagem que contribuem no seu processo de busca pela conhecimento. Cada uma dessas tags, é focada especifi cadamente em partes importantes dos materiais aqui apresentados. Lembre-se que, cada in- formação obtida atráves do seu curso, será o ponto de partida rumo ao seu sucesso profi sisional. Este estudo tem como objetivo abordar os fundamentos da organiza- ção escolar como disciplina científi ca e revelar sua importância para a gestão das instituições de ensino e os recursos didáticos na educação. A Organização Escolar é a Ciência da Educação que estuda, integral- mente, todos os aspectos concernentes aos centros educativos consi- derados nas múltiplas dimensões das empresas educacionais, dos me- canismos de controle e poder social, em sua dimensão estrutural, em seus aspectos ocultos, em sua possibilidade de intervenção e na sua necessidade de melhoria. Veremos, também, a respeito da relevância da avaliação de conteúdo digital educacional como uma demonstração através da competição na informação e uma ferramenta para o conhe- cimento é exposto, de modo que um modelo de critérios de avaliação, utilizando objetos de aprendizagem é proposto, expondo uma aplicação como meios para desenvolver programas de alfabetização informacio- nal baseados no uso competente de objetos de aprendizagem. Organização; Aprendizagem; Recursos Didáticos. 9 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 9 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S CAPÍTULO 01 AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA DIDÁTICA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO A Presença das Tendências atuais no Processo Educacional________ Apresentação do módulo __________________________________ 12 10 Educação Administrativa: Planejamento e Organização_________ 33 CAPÍTULO 02 PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO NO CONTEXTO ESCOLAR CAPÍTULO 03 OS AMBIENTES EDUCATIVOS DIFERENCIADOS: ESTILOS DE APRENDIZAGEM Organização______________________________________________ 42 Recapitulando_____________________________________________ 68 Os Estilos de Aprendizagem e os Ambientes Educativos_________ 53 76Fechando a Unidade_______________________________________ 80Referências_______________________________________________ Teoria dos L.S. Vigosky, uma Abordagem Interativa no Processo de Aprendizagem de Ensino____________________________________ 23 Recapitulando_____________________________________________ 28 Recapitulando_____________________________________________ 48 74Considerações Finais_______________________________________ 10 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Os movimentos inovadores fecundosnos últimos anos no cam- po das escolas, visam arrancar, principalmente, da falta de equação, cada vez mais ostensiva entre os fenômenos sociais que ocorrem no ambiente em que essas instituições-escolas, faculdades, universidades vivem e os fenômenos característicos do seu próprio desenvolvimento. Tudo o que é feito para moldar a vida escolar, em todas as suas manifes- tações. As soluções propostas ou problemas econômicos da vida social garantirão, claramente, a marcha progressiva de escolas, faculdades e universidades, sem violência e explosões revolucionárias para resolver, como eles devem ser de qualquer forma, as antinomias existentes. Com esta abordagem, apenas que medita sobre a questão da educação, deve ser acordado que a noção e uso atual de trabalho da escola deve ser substancialmente modifi cado, de modo a seu conceito e sua origem, respondendo às mudanças, fundamentos que, em ambas as ordens, o trabalho sofreu em geral e, em particular, no trabalho in- dustrial. Por um lado, o trabalho, inicialmente considerado como o resul- tado de uma necessidade dolorosa, impôs como revestimento de uma forma degradante e servil, foi gradualmente transformando em algo a desejar e realizar por si próprio, real e de autoestima, independente- mente, considerado de seus efeitos e seu caráter específi co como pro- dutor de riqueza, e entendido no seu sentido fi losófi co mais amplo como a tradução em ação de suas próprias energias espirituais. O princípio do trabalho coincidiu cada vez mais com o princípio da personalidade que se sente como uma obrigação imperiosa a necessidade de se afi rmar no concreto. Por outro lado, mudanças nas formas de organização do tra- balho, para evitar enorme desperdício de energia e esforço e, portanto, valor, um resultado que não seria alcançado mesmo com boa fé no propósito e compromisso com a realização. Pensou-se que, em vez de estar sujeito à aparência providencial de homens competentes, a forma- ção desses homens deveria ser iniciada com uma cooperação comum sistemática. No futuro, no entanto, entende-se que os principais homens podem ser naturalmente predispostos, mas, também, podem ser forma- dos e nenhum grande homem pode, com o antigo sistema de educação pessoal, competir com um grupo de homens, organizado para cooperar efi cazmente. No passado, antes do homem, no futuro, antes do sistema vir; sem este montante para estabelecer que, o homem superior é des- necessário, sendo ao contrário, o melhor fi m de um bom sistema para valorizar homens de maiores condições porque, com uma organização sistemática, os melhores se levantam mais facilmente e seguramente 11 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S que antes. Desse modo, um bom sistema de trabalho deve garantir a eliminação dos fatores de desperdício de material e energia por parte dos trabalhadores, para a luta contra o empirismo e a consideração científi ca dos elementos e modos de trabalho. 12 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A PRESENÇA DAS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS ATUAIS NO PRO- CESSO EDUCACIONAL O tema da aprendizagem é um dos referenciais teóricos que apresentam a maior polêmica no processo de aprendizagem. Como resultado desse crescente interesse, diferentes autores estudaram a aprendizagem incorporando-a em diferentes esquemas conceituais que defi nem uma e outra modalidade instrucional à qual diferentes vanta- gens são atribuídas e uma certa desvantagem é reconhecida a partir de sua implementação prática. Com essa intenção, neste material, reunimos algumas das questões mais populares e transcendentes das diferentes tendências pedagógicas. No entanto, nosso interesse básico em escrever este tex- to não é aumentar a cultura acadêmica dos professores sobre o as- sunto, mas oferecer apenas alguns fundamentos teóricos a partir de AS TENDÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA DIDÁTICA E ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S 13 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S várias referências que serão úteis, pois, servirão para se encontrar na perspectiva da prática e da experiência próprias, as noções teórico-me- todológicas que se constituem como os determinantes psicológicos do processo de instrução que se desenvolve. Atualmente, um grande número de tendências educacionais defi nem o que são as mais úteis e bem-sucedida em circulação no pro- cesso educativo é uma tarefa muito complexa, porque só recapitular as defi nições de lhes ter dado pode ser mais do que a razão para um tratado completo. Não há autor que se refi ra a esta análise e não se refi ra a mais de dez tendências, e na literatura pedagógica em espanhol é possível ter várias classifi cações delas. O principal problema, quando entramos nas principais tendên- cias de busca, é que, quando você limita o campo e postulados concei- tuais que defi nem, torna-se necessário para resolver bom número de elementos que complicam de referência inteira sobre o que tem de ser estas tendências para o processo de ensino educacional. Em nosso tra- balho, tentamos sistematizar essa classifi cação em termos do eixo con- ceitual e unifi cador dos componentes subjacentes a essas tendências. Nesse sentido, estabelecemos uma síntese das características funda- mentais dessas tendências, que podem servir de referência para muitos pesquisadores interessados em melhorar o processo educacional. Figura 1 – Processo educacional Fonte: Elaborado pela autora (2019) Qualidade • Ensino Tradição • Inovação 14 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S É necessário distinguir a esses modelos alguns pressupostos básicos, não na base de atribuir postulados ou rejeitar propostas de po- sições pragmáticas e ecléticas, mas com o único propósito de melhorar as práticas de ensino, a partir da identifi cação das variáveis envolvidas, aproximando-se uma abordagem multidisciplinar e global da realidade socioeducativa. Para este propósito, uma revisão crítica das principais tendências que foram defi nidas na abordagem da aprendizagem e o que elas representam para a prática educacional é apresentada abaixo. O fenômeno da aprendizagem se aproxima a oscilar entre dois pólos: o behaviorismo e cognitivismo, incluindo posições ecléticas que mostram que o modelo behaviorista não leva em conta o aluno, mas, sim, as condições externas que favorecem a aprendizagem, o que é fundamental é a resposta e o reforço daqueles que visam a alcançar o resultado esperado. Pelo contrário, no outro pólo, o fundamental é o aprendiz com todo o seu campo vital, sua estrutura cognitiva e suas expectativas. Devemos, também, ressaltar o fato de que os modelos de en- sino e aprendizagem que são reconhecidos não foram construídos com a fi nalidade de explicar todos os dias ou na escola comum, mas para ser reconhecido em um contexto de pesquisa e intervenção específi ca, como a modifi cabilidade cognitiva. Alémdisso, o contexto escolar em que o ensino e a aprendi- zagem são parte possuem características diferentes que se tornam in- sufi cientes e pouco estéril sobre as intenções de extrapolar performan- ces de modifi cabilidade cognitiva para a formação de aprendizagem e da escola. Na educação comum, é claro, esses objetivos de melhorar a capacidade cognitiva são assumidos, mas não são particularizados, porém fazem parte de um quadro muito mais amplo, como a educação global da pessoa. Portanto, nenhum desses modelos por si só pode ser consi- derado como um paradigma de intervenção educacional. No entanto, a própria existência de diferentes modelos confi rma a possibilidade de sistematizar certas atividades, que estimulem a atividade do estudante destinado a realizações específi cas de natureza cognitiva. Como ilustraremos abaixo, cada modelo explicita alguma teoria do funcionamento mental, que serve de base para atividades de ensino e aprendizagem. Análise de todas as informações podem ser tiradas so- bre a natureza deste processo, e, essencialmente, é interessante para desenhar a partir desta análise as principais difi culdades que podem ser encontradas no ensino, para tentar introduzir esses princípios e manei- ras de neutralizar práticas. 15 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Modelos Comportamentais: Behaviorismo: no processo de ensino-aprendizagem. Os re- presentantes dessas tendências concentraram sua atenção no compor- tamento real, baseando suas conclusões na observação de manifesta- ções externas, na ânsia de estabelecer leis gerais de aprendizagem. É um movimento que se desenvolve, principalmente, na Amé- rica do Norte. É inegável que é um dos sistemas psicológicos que mais infl uenciou concepções sobre educação e, em particular, sobre o ensino de aprendizagem no contexto escolar, que tem como categoria básica a ação. Teorias do Modelo Comportamental: Apenas Estímulo - Resposta O modelo comportamental pode ser analisado a partir de duas teorias associacionistas caracterizada por dois modelos fundamentais: O modelo clássico e o modelo compotamental. Modelo Experimental Clássico Modelo Experimental clássico ou condicionamento clássico, que tem representantes em (Pavlov, 1849-1936, 1949 Thornidike, Lei do Efeito de 1874 Watson, 1978-1958), aparece nos anos 30, ao con- siderar o uso de experimentação em nível de laboratório e está ligado à pesquisa educacional do positivismo. Consideram que, uma vez co- nhecidos os estímulos e suas relações com as respostas, pode-se sa- ber como são adquiridos, modifi cados ou desaparecidos sem levar em conta a mediação do homem como sujeito ativo. Behaviorismo no processo de ensino-aprendizagem. Os repre- sentantes dessas tendências concentraram sua atenção no comporta- mento real, baseando suas conclusões na observação de manifesta- ções externas, na ânsia de estabelecer leis gerais de aprendizagem. Nesta etapa, surge a Lei da Disposição, em que o sujeito é orientado na busca de respostas complexas a situações específi cas para que o objeto de intervenção educativa seja motivação. Skinner (1954), defi ne a aprendizagem como uma mudança 16 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S observável e permanente no comportamento e no ensino, como uma provisão de contingência para reforço que permite a aceleração da aprendizagem. Em relação à sua aprendizagem, o aluno tem um papel pas- sivo, apesar de interagir constantemente com o ambiente. Enquanto isso, o professor é responsável pela concepção, controlar e prever o processo de instrução, através da realização de reforço seletivo (o re- forço é visto como uma recompensa ou reconhecimento de que o aluno tenha executado algo com sucesso, através da atividade deste, provoca uma ação reforçadora das contingências ambientais) com o objetivo de modifi car as respostas existentes na aprendizagem do que dependerá de seu sucesso. O processo de instrução é dado por meio de programação ins- trucional, na qual o que está disponível é aprendido em uma série de etapas ou etapas previamente projetadas. A avaliação deste processo concentra-se no produto (resposta) que pode ser quantifi cado.Os as- pectos positivos da teoria de programação e reforço são: Complementar uma série de princípios usados em sala de aula, derivados das teorias de estímulo-resposta anteriores. Demonstrar a importância e a singularidade do padrão de aprendizado de cada aluno e convida os professores a agirem e pensa- rem de acordo com a instrução individualizada. O uso da teoria do reforço supera o fato de que as teorias de estímulo-resposta formuladas para explicar o comportamento de apren- dizagem em estudantes individuais são aplicadas a grupos de estudan- tes em situações práticas. Este modelo, representado por Thorndike (1998), apresenta como limitante: A visão sobre a aprendizagem e o contexto educacional, que pouco tem a ver com a dimensão real do processo de ensino e aprendi- zagem e os processos interativos que ocorrem no grupo. Sua ânsia pela análise, controle e avaliação de respostas (em termos de comportamento) atribuem um caráter passivo na recepção do conhecimento ao aluno, enfocando o papel do professor a partir de seu ensino. Modelo Comportamental - Experimental Entre os anos 40 e 60, surge o Modelo Comportamental - Ex- perimental (Skinner 1957, Bijow 1978, Bandura 1985). Os postulados, a 17 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S partir dos quais este modelo parte, têm aspectos que coincidem com o modelo anterior, uma vez que também pressupõe que a aprendizagem é o resultado da associação entre estímulos e respostas. No entanto, existem algumas diferenças devido às seguintes informações: As respostas devem sempre ser estabelecidas em termos de objetivos operacionais e de aprendizado. Será necessário analisar e decompor todo o repertório comportamental em relação às tarefas que você deseja estudar e aprender. Uma vez que as habilidades necessá- rias são conhecidas, as tarefas serão propostas de acordo com o reper- tório comportamental disponível. Proceda à variação de contingências de reforçamento para que o comportamento desejável venha a ser instalado de forma intrín- seca, isto é, torna-se mais um elemento do repertório comportamental que se deseja adquirir. É necessário organizar, de forma sequencial e em um gradiente de difi culdade, todo o repertório estimulante e esforços que garantam a aquisição das respostas desejáveis (comportamentos). Figura 2 – Habilidades educativas Fonte: Elaborado pela autora (2019) Em resumo, os representantes deste modelo pretendem esta- belecer as leis gerais de aprendizagem; explicar e controlar o compor- tamento através da manipulação de estímulos. Portanto, as principais restrições dos modelos ao tentar abordar o processo de ensino e apren- dizagem consistem em: Behavioristas, tanto quanto experimentalistas, retomam o pro- cesso daquelas variáveis de manipulação externa de aprendizagem, ou seja, que, a partir do próprio processo de ensino e uma vez conhecida Repertório Comportamento Aquisição 18 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S e controlada entrada de informação, destina-se a modifi car ou terminar determinadas respostas (outputs) em estudantes . Nas duas tendências, o envolvimento ativo do aluno no proces- so de aprendizagem é negligenciado e, de maneira geral, são destaca- dos os elementos relacionados aopróprio processo de ensino. Teoria mediacional Neste tipo de aprendizagem observacional, a aquisição e re- produção de padrões de resposta específi cas para situações específi - cas são dadas através das respostas evolutivas comportamentais espe- radas. De acordo com isso, a gênese e direção do comportamento não devem ser buscadas dentro do indivíduo, mas no meio. A característica de estimulação que favorece a aprendizagem social pela observação está associada à possibilidade de que os aspectos relevantes do com- portamento do modelo sejam facilmente descobertos e que o comporta- mento do modelo seja exposto de maneira real. O sujeito adquire uma representação simbólica do comporta- mento modelado, a representação cognitiva orienta o desempenho. En- volve uma participação ativa do observador na reprodução do modelo: esta cópia seletivamente entre as consequências de tal comportamento e elabora leis gerais de ação baseadas na observação de vários modelos. Este modelo introduz o tema da necessidade de motivação para aprender, mas resolve-o através do uso de contingências de esfor- ço e defende o caráter ativo e participante do aluno. Pode-se notar que não é preciso um aspecto para focalizar as diferenças individuais, mas aponta para sua ação quando afi rma que o aluno tem que progredir no seu próprio ritmo, mas permanecendo dentro dos objetivos previamente programados para responder favoravelmente ou desfavoravelmente a qualquer fator que possa funcionar como estímulo, sendo esta uma li- mitação essencial desse postulado, uma vez que o aluno é um receptor passivo que aceita os determinantes do meio. A instrução cognitiva foi introduzida por mudanças fundamen- tais no modelo comportamental de aprendizagem, processo enfatizan- do, o postulado do fator mediacional representante, que, por sua vez, é a origem do comportamento que os emite. No mesmo papel atribuído ao professor é um mérito, porque suas funções não se limitam ao ensino de conteúdo, mas, também, devem ensinar o pensamento. Defi nir o ensino como um esforço do professor para ensinar aos alunos a processarem as informações de maneira signifi cativa, tornando-os independentes, o professor atuando 19 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S como conselheiro, estrategista, especialista e mediador da experiência do aluno, também, deve servir como um modelo para sua aprendiza- gem; comportamento pode ser observado e imitado pelos alunos. Deve ser uma ajuda para o estudante. Se levarmos em conta a afi rmação do princípio de que não se pode improvisar na sala de aula, não está relacionado com a criativida- de do educador ou do aluno. As contribuições básicas que este modelo nos oferece, parte de uma consolidação científi ca para o estudo dos princípios de aprendizagem, permitem o desenho da instrução por meio de objetivos operacionais cuja utilização exige defi nir rigorosamente o que você quer ensinar. A instrução cognitiva foi introduzida por mudanças fundamen- tais no modelo comportamental de aprendizagem, processo enfatizan- do, o postulado do fator mediacional representante, que, por sua vez, é a origem do comportamento que os emite. Refl exões sobre aspectos negativos e positivos do Behaviorismo Como elementos positivos do behaviorismo na educação, po- demos propor: Enfatiza o desenvolvimento da tecnologia educacional, desper- tando o interesse pela pesquisa educacional; Oferece estratégias para realizar uma sequência programada de eventos educacionais; O behaviorismo dá a possibilidade de planejar, organizar e re- gular o comportamento humano. Apresentou defeitos, incluindo: Eles analisaram o comportamento, mas levaram em conta o estudo da psique, uma vez que a via como algo inacessível dentro do assunto. Extrapolaram os resultados da experiência animal para a aná- lise do comportamento humano. Eles não consideraram o caráter qualitativo-emocional do com- portamento humano. 20 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Os modelos educacionais que são regidos pelo método com- portamental estão diretamente relacionados às defi ciências menciona- das acima. Modelos cognitivistas Os cognitivistas representaram uma nova abordagem ao abor- dar os processos cognitivos e, com eles, o aprendizado escolar. Entre os tópicos de maior aplicação estão os responsáveis pelas estratégias de aprendizagem dos alunos. A Abordagem Cognitivista: Aspectos mais representativos Não se pode afi rmar que exista uma única corrente psicológica que concentre seus esforços na compreensão dos processos e estrutu- ras mentais das memórias humanas, a fi m de compreender o comporta- mento humano, isto é, cognitivo. Abaixo apresentamos as contribuições de algumas das teorias cognitivas mais representativas. Abordagem ao Processamento de Informação No fi nal dos anos 50, sob a infl uência da revolução cibernéti- ca e da crise da análise de modelos comportamentais do processo de aprendizagem começou a ser concebido em termos de processamento de informação, estabelecendo uma semelhança entre programas e es- truturas de computador cognitivo que o homem usa. Os teóricos dessa abordagem enfatizam a existência de variá- veis de entrada, defi nidas como a própria instrução; construir variáveis defi nidas pelos diferentes processos de codifi cação, elaboração e ar- mazenamento dos referidos elementos informativos e, fi nalmente, as variáveis de saída defi nidas pela execução ou resposta como conse- quência da entrada de informação e sua elaboração. Como visto nesta abordagem envolve novos elementos de va- lor para explicar escola aprendendo conceitos mais básicos que vão juntos com os processos de entrada, processamento e saída de infor- mações e que estão relacionados com a interação que ocorre ainda é ausente em o processo de aprendizagem do sujeito com os professores e demais parceiros, as nuances afetivas e as condições externas do contexto educacional, entre outras. Esses elementos, que podem parecer estranhos ao processo de ensino e aprendizado, se olharmos desse lado cognitivista, são, sem dúvida, variáveis de interesse quando nos propomos a cobrir o proces- so em profundidade. 21 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Figura 3 – Processo de ensino Fonte: Elaborado pela autora (2019) Aspectos signifi cativos da Concepção Gestáltica Por volta de 1912 e 1925, apareceram na Alemanha obras de Kurt Koff ka, Max Wertheimer (1880 - 1943), que faziam parte da escola Gestáltica. Entre os aspectos importantes que levaram em conta essa imagem e as leis de proximidade e fechamento. Esta teoria consegue reestruturar a forma que uma pessoa tem de seu ambiente, conformada por seu presente, passado e futuro, tendo uma realidade completa e outra imaginária. O eixo central desta abordagem é a percepção, que é relativa, específi ca para cada pessoa, apesar do fato de que uma realidade obje- tiva específi ca é inerente a cada pessoa. Eles valorizam como aspectos signifi cativos: a generalização ou transferência de aprendizagem, moti- vação pessoal e a relevância do conteúdo a ser aprendido. Consideram que os professores são os que lideram o aprendi- zado e devem fazê-lo de forma relevante para estimular os aprendizes nos ambientes interativos estimulando a motivação pessoal de cada um. Teoria de campo À luz desta teoria, modelos interbehavioral que relacionam critérios irregularidades de comportamento (extrapsicologica) estão ex- postos, estes modelos são reconhecidos como o campo que tem como representante Kurt Lewin (1890-1947), a parte considerada atividadeda realidade do indivíduo, repercutindo em fatores externos como estímu- los de campo que são responsáveis pela aprendizagem. Aluno Professor Família 22 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Em 1953, Lewin considerou em seus estudos que “a descober- ta depende da estruturação do campo, pois se abre para a observação daquele que está aprendendo”. (LEWIN, 1965) Sendo a aprendizagem ministrada para reorganizar as expe- riências de forma sistemática e signifi cativa, gerando, assim, a reestru- turação do campo de forças pela diferenciação e extensão específi ca dos novos signifi cados. A pessoa defi ne seus objetivos com base em seu conhecimento do signifi cado da situação. Não é o esforço que ex- plica a orientação do comportamento, é a compreensão das situações e as expectativas de que o sujeito é formado ao fechar o campo situa- cional, com base nas indicações que ele descobre, não cega e automa- ticamente relacionadas aos estímulos e pressões que recebe do meio objetivo, reage à totalidade à medida que a percebe subjetivamente. Seu comportamento responde à sua compreensão das situações ao signifi cado que ele dá aos estímulos que moldam seu campo de vida em cada momento específi co. Pode-se considerar que essa teoria manifesta a tendência de interpretar a aprendizagem em termos de percepção e recepção signi- fi cativa, permitindo explicar os tipos de aprendizagens mais complexas e superiores, exigindo a intervenção de mediadores de estruturas cog- nitivas, implicando nessa operação de compreensão signifi cativa das situações. Também, possui as leis de aprendizagem mais difusas e im- precisas para esquecer atividades e comunicações, ações e operações subjetivas que oferecem argumentos, quando se considera a necessi- dade de uma interpretação holística e a sistematicidade do comporta- mento. Em resumo, ajuda a entender os processos de aprendizagem como intenções mediadas. O hunismo não-diretivo de C. Rogers Um dos representantes da Psicologia Humanista é Carl R. Ro- gers (1902-1987). Ele desenvolveu uma educação que permite o cres- cimento humano, onde a autenticidade é reforçada, o acadêmico é acei- to incondicionalmente e uma relação empática se manifesta entre os membros de uma classe e o professor. A contribuição de Rogers para a educação é extraordinária, embora não tenha sido assimilada em todos os círculos educacionais, e sua abordagem centrada na pessoa é a base de uma educação personalizada e libertadora. 23 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S TEORIA DOS L.S. VIGOSKY, UMA ABORDAGEM INTERATIVA NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM DE ENSINO A partir dessa concepção, a aprendizagem é o instrumento uti- lizado pela instituição para alcançar crescimento educacional individual/ social relacionado à formação de um profi ssional que atenda à ordem social. Assim, a instituição deve desencadear uma série de atividades destinadas a assegurar que os componentes que compõem a cultura se tornem um material estruturante da personalidade de cada um dos jovens membros de um determinado grupo social. No contexto educacional, a aprendizagem implica sempre a aquisição de conhecimento e a construção de signifi cados. O principal protagonista é sempre o aluno. Pode-se afi rmar, no entanto, que ele não é o único. Aprendizagem, como inevitavelmente envolve a atividade cognitiva e este é inseparável do meio cultural, sempre ocorre em um sistema interpessoal, de modo que, por meio de interações estabeleci- das com o seu professor, e entre eles, aprenda instrumentos cognitivos e comunicativos a sua cultura. A situação educacional consiste na cria- ção intencional de três elementos-chave do processo de ensino-apren- dizagem que estão em constante interação: o professor, os conteúdos e os alunos. Essa situação educacional é resolvida ao longo de um período de tempo em circunstâncias ambientais específi cas, mediando ações e aprendendo atividades bem defi nidas. As situações educacio- nais, também, constituem situações sociais de desenvolvimento que permitem estimular e criar zonas de potencial desenvolvimento. O ensino-aprendizagem representa alcance das metas e obje- tivos, planejamento de processos, interações pessoais, compras (pro- cessos) e monitorização e avaliação. Voltando à ideia de que o aluno desempenha o papel fundamental no processo, podemos dizer que sua atividade deve estar em função da construção de signifi cados por meio de experiências compartilhadas e construídas previamente. Esta ativi- dade deve ocorrer por assunto e irá estabelecer a relação entre o novo conteúdo e itens disponíveis na estrutura cognitiva, além de ser auto- construtivo, deve ser autodirigido e autoavaliado, que será dado pelas características de cada um de acordo com seus interesses, motivações e expectativas. Saiba mais: Filme sobre o assunto: Pro dia nascer feliz (2006) Acesse o link: https://youtu.be/74jokEl7RQ4 Observação: Sobre a temática, é importante que o aluno note a rele- vância do assunto dentro do seu campo de atuação. 24 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Se levarmos em conta que a educação deve estimular o po- tencial de diferentes indivíduos, é necessário personalizar o processo de ensino, no qual o professor deve direcionar suas ações com base nas características de cada um de seus alunos para desenvolver a au- tonomia e a criatividade deles. O papel do professor não é mais o de dirigir o processo e orientar a solução dos problemas levantados para investigar. O mais importante, agora, é desenvolver nos alunos as habili- dades que permitem uma melhor assimilação e tratamento do conheci- mento, que eles adquirem para poder usá-los na solução das diferentes situações-problema. Você também deve desenvolver habilidades que facilitem a autoavaliação do aluno para participar ativamente, conscien- temente e criativamente antes de cada situação apresentada. Converter o professor em aprender implica que o objetivo das avaliações concentra em processos, em vez de produtos derivados, para a qual deve estabelecer as ações e reivindicações que apresentam ao estudante o alcance do desenvolvimento. Avaliar o que os alunos aprendem e como aprendem, leva o professor a criar novas opções para avaliar o aprendizado. A qualidade do processo de ensino-aprendizagem é melhor avaliada nas situações em que os alunos são apresentados a demandas que lhes permitam utilizar procedimentos nos quais eles precisam exibir suas habilidades e conhecimentos adquiridos e também permitir feedback. Isso ajuda o professor a determinar em que nível cada um de seus alunos está e, além disso, traçar a nova estratégia. Por outro lado, o aluno terá conhecimento do que realizou e em que aspectos suas difi culdades estão centradas e, em função dis- so, reestruturar suas estratégias e estruturas cognitivas. Na base dessa mediatização da atividade cognitiva do aluno estão as teses vygotskia- nas, conhecidas como abordagem histórico-cultural. Para explicar como a aprendizagem ocorre Vygotsky propõe uma psicologia com base na atividade em que não é de responder sem mais estímulos, é necessário transformar agindo de forma intencional, utilizando ferramentas media- doras ele chamou de ferramentas e sinais/símbolos. As ferramentas são os instrumentos mediadores que atuam di- retamente nos estímulos, modifi cando-os. Assim, o sujeito não agir me- canicamente em relação a eles e sem o seu conhecimento, experiên- cia, expectativas, crenças, memória ou da linguagem, mas usa esses recursos para o contrário, para infl uenciar estímulos.Em outras pala- vras, é fazer do que chamamos de cultura o instrumento que possibilita ações e atividades de mediação entre o estímulo (conteúdo informativo de entrada) e o sujeito que atua. A cultura, então, fornece ao indivíduo 25 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S as ferramentas necessárias para modifi car seu ambiente, adaptando-se ativamente a ele. Os signos modifi cam o próprio sujeito e, através dele, os estí- mulos. A cultura é constituída, fundamentalmente, por sistemas de sig- nos e símbolos que medeiam nossas ações e são usados com mais frequência por meio da linguagem falada. Pesquisa Vygotsky na apren- dizagem é integrada em uma teoria capaz de contabilidade para esses mecanismos psicológicos que ocorrem no momento em que o assunto vem à incorporação de dados e novas informações para a aplicação e transferência a situações diferentes. Para entender qualquer fenômeno, será necessário determinar o nível alcançado em termos de experiências anteriores, o que implica determinar o grau de complexidade também alcançado pelas estruturas funcionais. “O aprendizado gera uma área de desenvolvimento poten- cial, estimula e ativa os processos internos dentro da estrutura das inter- -relações que se tornam então aquisições internas (Vygotsky, 1973). O objetivo desta teoria é descobrir e estimular a área potencial de desen- volvimento em cada estudante. A ideia de que o assunto não se limita a responder a estímulos modo reativo/passivo diante dele ou meramente refl exa ou mecanicamente, mas age sobre eles. Os signos modifi cam o próprio sujeito e, através dele, os estí- mulos. A cultura é constituída, fundamentalmente, por sistemas de sig- nos e símbolos que medeiam nossas ações e são usados com mais frequência por meio da linguagem falada. A atividade de Vygotsky surge como um processo de transfor- mação do meio através do uso de mediadores que são de dois tipos: ferramentas e símbolos/sinais. Alguns atuam diretamente sobre os es- tímulos e outros sobre o próprio sujeito, modifi cando-os. Do exposto, segue-se que os mediadores são os instrumentos que transformam a realidade de maneira intencional e intencional. Sua função não é adap- tar-se passivamente às condições ambientais, mas modifi cá-las ativa- mente. Para entender a teoria da aprendizagem, queremos enfatizar que a cultura é o primeiro elemento ou ferramenta-chave no processo de aprendizagem. E são os signos, como mediadores que modifi cam o 26 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S sujeito e, através dele, os objetos que têm maior interesse pelo apren- dizado. Essa aprendizagem enfatiza os sistemas de signos constituídos por conceitos e estruturas organizadas de conceitos e que, para sua aquisição e assimilação, o aluno deve apresentar um tipo de atividade interna. Vygotsky expõe sua teoria da atividade como um diferencial e necessário, para áreas de potencial desenvolvimento são criados ele- mentos, referem-se a um tipo de atividade interna, decorrente do pró- prio sujeito, para estabelecer relações entre o novo conteúdo e elemen- tos de aprendizagem já disponível na estrutura cognitiva que o próprio sujeito possui. Este autor sustenta que os signifi cados vêm do ambiente social externo, mas devem ser assimilados e internalizados por cada aluno específi co. Considera que os signos são elaborados em interação com o ambiente, compostos por objetos e pessoas que mediam a interação do aluno em seu contexto natural. Para ele, o vetor do desenvolvimento e da aprendizagem iria de fora do sujeito para o interior: seria um proces- so de internacionalização ou transformação de ações externas (sociais) em ações internas (intrapsicológicas). O conhecimento começa sempre a ser objeto de trocas sociais, passa a ser interpessoal e depois se torna intrapessoal. Postula-se que o que o estudante é capaz de fazer em um dado momento e com a ajuda do professor, só poderá fazê-lo depois. O importante é tentar saber o que o aluno já sabe fazer (nível efetivo de aprendizado) e, a partir daí, o que ele pode realizar sozinho (potencial zona de desenvolvimento). Esse nível efetivo é determinado pelo que o sujeito consegue fazer de forma autônoma, sem a ajuda de outras pes- soas ou de mediadores externos que podem ser fornecidos. Este nível representa os mediadores já internalizados pelo sujeito. O nível ou zona de desenvolvimento potencial seria constituído pelo que o sujeito seria capaz de fazer com a ajuda de outras pessoas ou de instrumentos me- diadores fornecidos externamente. Ele tentará determinar os mediado- res que o sujeito pode usar externamente, mas ainda não internalizou. O aluno, em uma situação educacional, irá construir novos sig- nifi cados quando integrar e assimilar o novo material de aprendizagem nos esquemas que já possui, o que ele adquiriu em si mesmo em sua compreensão da realidade. O professor é o mediador, não apenas entre o conteúdo e o aluno, mas, também, troca sua experiência com a que o último está adquirindo. Promove a assimilação dos conteúdos, motiva o aluno apresentando o material de maneira mais rica e efi caz, incentiva a participação de experiências intersubjetivas entre os alunos e orienta e direciona todas as atividades de sala de aula voltadas à construção 27 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S do aluno signifi cados de forma signifi cativa, não tanto no acúmulo de informações, mas na aquisição de experiências para utilizá-lo. A metodologia de ensino baseia-se na criação da zona de de- senvolvimento proximal. Tenha em mente que a criação disso está sem- pre em um contexto de inter-relações professor-aluno. O professor deve transferir aos alunos dos níveis inferiores para os superiores da zona de desenvolvimento proximal, orientando-os a partir das performances que estão alcançando, passando, assim, das formas regulamentadas para a autorregulação do comportamento. Esse entendimento tem um modelo de avaliação centrado no processo e não nos produtos, uma vez que é essencial partir do conhe- cimento das particularidades dos alunos ou da amplitude da zona de desenvolvimento proximal, deixando a clareza nos moldes das ações educativas que eles serão capazes em função do desenvolvimento do estudante. As teses essenciais dessa abordagem foram adotadas pelos chamados modelos construtivistas e se referem às seguintes afi rma- ções: A aprendizagem escolar é um processo que envolve o uso de estratégias de ensino e aprendizagem que determinam a maneira como os novos conhecimentos são transmitidos, adquiridos, organizados e armazenados, bem como os níveis de atenção e motivação do aluno na construção de seus conhecimentos. É um processo ativo em que se desenvolve uma série de mecanismos psicológicos que lhe permitem ativar seus próprios processos cognitivos com base na aquisição de conhecimento, de forma signifi cativa, o que implica pelo menos a intenção de adquiri-los e a relação de suas estruturas cognitivas com os novos dados. A aprendizagem escolar envolve construção e atribuição de signifi cados, o que implica não apenas adquirir conhecimentos, mas, também, integrá-los de forma não arbitrária aos já existentes, para os quais é necessário estimar fatores afetivos e relacionais. Deste modo, é um processo socialmente mediado, basta ocu- par as anotações de Vygotsky sobre a área do desenvolvimento e o que é derivado da consideração do papel mediador dos professores e outros na assimilação de novos conhecimentos; onde não apenas variáveis de natureza interna intervêm, mas, também, osfatores do contexto históri- co-social em que o processo em questão ocorre. 28 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S QUESTÕES DE CONCURSOS QUESTÃO 1 Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: SESI Prova: Analista Pedagógico Nível: Superior A avaliação é parte do processo de ensino e aprendizagem, e o modo de avaliar está atrelado à concepção de ensino dos atores que estão envolvidos nesse processo. A partir dessa premissa, as- sinale a opção correta. A) Na visão tradicional, a avaliação de aprendizagem é encarada como um processo em que o aluno deve devolver ao professor o que dele recebeu, exatamente como recebeu; B) A perspectiva construtivista propõe uma nova relação entre o profes- sor, o aluno e o conhecimento. Nessa perspectiva, a avaliação é consi- derada um momento de acerto de contas; C) A prova escrita é o único instrumento de avaliação por meio do qual se pode medir a efi cácia dos conhecimentos adquiridos; D) A avaliação deve ser pensada de acordo com o contexto de ensino. Nesse sentido, as respostas do aluno independem da clareza e da pre- cisão das questões; QUESTÃO 2 Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: SESI Prova: Analista Pedagógico Nível: Superior O autor Vasco Pedro Moreto apresenta várias características mar- cantes de provas que sinalizam a visão pedagógica da escola. En- tre essas características, o autor classifi ca como característica das provas, na perspectiva construtivista, a: I. Contextualização. II. Exploração exagerada da memorização. III. Exploração da capacidade de leitura e escrita do aluno. IV. Proposição de questões operatórias e não apenas transcritó- rias. V. Falta de parâmetros para a correção. VI. Utilização de palavra de comando sem precisão de sentido no contexto. Estão certos apenas os itens (A) I, II e V. (B) I, III e IV. (C) II, IV e VI. (D) III, V e VI. 29 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO 3 Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: SESI Prova: Analista Pedagógico Nível: Superior Vigotsky buscou elaborar uma teoria que superasse as tendências antagônicas presentes na psicologia de sua época. Nesse sentido, estabeleceu as teses que se encontram presentes em sua obra. Assinale a opção correta com relação às ideias de Vigotsky. (A) As características tipicamente humanas estão presentes no indiví- duo desde o seu nascimento e, à medida que o homem transforma o seu meio, transforma-se a si mesmo; (B) O cérebro é um sistema fechado, e sua estrutura e seu sistema de funcionamento foram moldados ao longo da história humana; (C) A relação do homem com o mundo é direta, inexistindo mediação entre pensamento e ações humanas; (D) As funções psicológicas humanas se originam nas relações do indi- víduo com seu contexto social e cultural; QUESTÃO 4 Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: SESI Prova: Analista Pedagógico Nível: Superior Vigotsky, em seus estudos, dedica especial atenção à questão da linguagem, que, para ele, é um sistema simbólico fundamental em todos os grupos humanos e, por isso, exerce importante papel na formação das características psicológicas humanas. À luz dessas ideias, assinale a opção correta. (A) A linguagem humana é a representação da evolução da linguagem animal. Um indício disso é que os animais não-humanos emitem sons que expressam seus estados e contagiam seus semelhantes. Nesse sentido, a linguagem humana e a dos outros animais não diferem do ponto de vista qualitativo; (B) Para Vigotsky, a linguagem é uma ferramenta que o homem utiliza com a fi nalidade de passar conhecimento de uma geração para outra. Nesse sentido, a linguagem humana tem como fi m primordial a trans- missão dos conhecimentos acumulados pelas gerações anteriores; (C) O surgimento da linguagem imprime mudanças essenciais nos pro- cessos psíquicos do homem, tais como: permite lidar com objetos do mundo exterior, mesmo quando eles estão distantes; possibilita a con- ceituação, a ordenação e a classifi cação dos objetos; designa coisas, ações e signifi cados precisos. (D) Para Vigotsky, a linguagem humana é, primeiro, interior, depois, egocêntrica e, por último, exterior. Dessa forma, para conseguir uma fala social ou cultural, o indivíduo inicia o processo de dentro para fora; 30 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S QUESTÃO 5 Ano: 2014 Banca: CESPE Órgão: SESI Prova: Analista Pedagógico Nível: Superior Os pressupostos fi losófi cos e as implicações educacionais do pen- samento vigotskiano têm como fundamentos uma nova concepção no campo da psicologia. Ainda com relação às ideias de Vigotsky, assi- nale a opção que apresenta uma defi nição correta de uma corrente de pensamento defendida por esse pensador. (A) O espontaneísmo é uma perspectiva pedagógica que deixa a esco- la desvalorizada e isenta de cumprir seu papel, embasada nas teorias fi losófi cas que reforçam a incapacidade do homem em transformar sua vida por acreditar em um determinismo preexistente; (B) A concepção ambientalista é inspirada nas fi losofi as empirista e po- sitivista e atribui exclusivamente ao ambiente as características huma- nas e privilegia a experiência como fonte de conhecimento e de forma- ção de hábitos de comportamento; (C) Desde o nascimento, há uma interação do ser humano com o meio social e cultural no qual está inserido. Essa concepção se fundamen- ta no materialismo dialético, que acredita que o conhecimento envolve sempre um fazer e um atuar do homem; (D) Inspirada nas premissas das fi losofi as racionalista e idealista, a abordagem inatista se baseia na crença de que as capacidades básicas de cada ser humano já se encontram, praticamente, prontas no momen- to do nascimento; QUESTÃO DISSERTATIVA – DISSERTANDO A UNIDADE No que tange os estudos quanto a organização do trabalho escolar, ex- plique a percepção defendida por Paulo Freire (1921-1997), quanto ao fato da educação assumir a característica de transferência. TREINO INÉDITO Assunto: Processo de construção educacional. Quanto aos aspectos infl uenciadores nas mudanças históricas da área educacional, principalmente, quanto às metodologias de ensino, é IN- CORRETO AFIRMAR: a. As necessidades políticas, pois cada método de ensino precisa se adaptar ao status quo da ideologia política corrente; b. As modifi cações culturais, considerando a inserção das infl uências culturais no ideário formador; c. As ações governamentais, tendo em vista que o governo vigente é 31 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S capaz de inserir métodos e sanções que modifi cam a estrutura base da escola; d. O processo de evolução, considerando o processo natural criado pe- los alunos/professores; e. N.D.A. NA MÍDIA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO CICLO DE ALFABETIZAÇÃO: AS VOZES DOS PROFESSORES Este artigo é um recorte da monografi a do Curso de Especialização em Gestão Educacional da Universidade Federal de Santa Maria. O objetivo do estudo foi compreender como a organização do trabalho pedagógico implica no desenvolvimento das ações de incentivo à leitu- ra e à escrita no ciclo de alfabetização. A aprendizagem da leitura e da escrita nos primeiros anos de escolarização do ensino fundamental de nove anos tem repercutido em várias discussões nacionais a respeito das práticas pedagógicas direcionadas à alfabetização no Brasil. Diante disso o governo tem investido em diversas ações e programas de apoio, buscando novas alternativas para superar as difi culdades e desafi os da atividade docente no ciclode alfabetização. Nesta direção as instituições de ensino têm se articulado para promover ações de incentivo à leitura e à escrita, à fi m de dar conta das exigências e difi culdades relacionas à alfabetização neste primeiro ciclo. Assim, consideramos imprescindível compreender como que estas iniciativas governamentais têm repercuti- do na organização do trabalho pedagógico no ciclo de alfabetização. Do mesmo modo, buscamos compreender como a organização do trabalho pedagógico implica no desenvolvimento das ações de incentivo à leitura e à escrita no ciclo de alfabetização. A partir dessas considerações, foi realizada uma pesquisa qualitativa de cunho sociocultural, tendo como instrumento de pesquisa a entrevista semiestruturada com o coorde- nador pedagógico e três professores do ciclo de alfabetização de uma escola da rede municipal de Santa Maria, bem como análise documen- tal do projeto políticopedagógico - PPP - e do plano de estudos do 1º ao 3º ano do ensino fundamental. Para o referencial teórico e análise desta pesquisa buscamos o embasamento necessário nos estudos de autores como Ferreiro (1989, 1999, 2007, 2011), Mortatti (2004), Lück (2008a, 2008b, 2014), Libâneo; Oliveira e Toschi (2012), Bolzan (2007, 2009, 2010, 2011) e Freire (2011). 32 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S Disponível em: http://dx.doi.org/10.5902/2318133822386Regae: Rev. Gest. Aval. Educ. Santa Maria v. 5 n. 10 Jul./dez. 2016 p. 73-94 NA PRÁTICA A alfabetização aos seis anos e a organização do trabalho peda- gógico, Por Cristiane Lumertz Klein Domingues, Síntia Lúcia Faé Ebert Aprovou-se, em 6 de fevereiro de 2006, a lei nº: 11.274 que ampliou o ensino para nove anos, e o ingresso da criança com 6 anos de idade na escola. A aprovação da lei foi um passo importante para motivar a escola básica a melhorar no quesito qualidade, quanto à proposta pedagógica, à formação dos educadores e à necessária estrutura e re- cursos didático-pedagógicos para o atendimento. A entrada da criança mais jovem na escola transforma-se em oportunidade para mudanças signifi cativas na estrutura e na organização escolar. As individualidades infantis passariam a ser consideradas para serem atendidas as crianças nas suas diferentes especifi cidades, assim como o aspecto lúdico nas aulas e o jogo visto como uma forma da criança ressignifi car o mundo externo, a partir dos conteúdos simbólicos que a brincadeira oportuniza. Através desse artigo, de cunho bibliográfi co, procura-se demonstrar a importância de proporcionar estímulos variados de leitura e de escrita, através da exploração de gêneros textuais diversifi cados e de estraté- gias lúdicas. Os gêneros textuais são excelentes ferramentas de ensino apresentando-se como um meio de articulação entre as práticas sociais e os objetos escolares, mais particularmente no ensino da produção de textos orais e escritos. Disponível em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/porescrito/article/ view/15879 PARA SABER MAIS Filme sobre o assunto: Escritores da Liberdade (2007) Acesse o link: https://www.youtube.com/watch?v=pOoC7pUdJA8 33 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S EDUCAÇÃO ADMINISTRATIVA: PLANEJAMENTO E ORGANIZAÇÃO Planejamento e Organização são processos não evitáveis ou fi xos que possibilitam a existência e o bom funcionamento de uma em- presa, organização ou instituição. Ambos os termos levam a colocar cada atividade em seu lugar, de uma maneira dinâmica, que pode cum- prir diferentes propósitos; o que indica que eles são altamente correla- cionados.No entanto, é claro que, para que haja uma organização sa- tisfatória, deve haver um bom trabalho de planejamento anteriormente. Porque o último “implica o que fazer?”, e primeiro, “como fazer isso?”. Portanto, no Planejamento e Organização os objetivos e ações são fundamentados, respectivamente. Planejamento envolve metas, objetivos, estratégias e planos; elementos que, posteriormente, são refl etidos pela organização na estrutura da instituição. Na educação, esses dois aspectos têm um uso muito amplo desde que a mesma ins- tituição, como o Ministério da Educação, aplica-os nos níveis nacional, PLANEJAMENTO PARTICIPATIVO NO CONTEXTO ESCOLAR 34 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S regional, local e presencial, repousando nos dois termos o sucesso da qualidade educacional em qualquer nível. Em geral, esse processo representa a primeira e fundamen- tal etapa em qualquer processo de administração ou gerenciamento organizacional. Na educação, o planejamento pode ser de dois tipos: educacional e escolar. O primeiro refere-se ao planejamento global da educação em nível nacional, regional ou local; e o segundo, constitui o planejamento do centro escolar, para qualquer uma de suas áreas, e o objeto de estudo do presente ensaio. O planejamento no campo educacional, dos anos 40, emergiu como uma das principais contribuições para o crescimento econômi- co, o desenvolvimento social e cultural, por isso, considerou-se que um planejamento educacional baseado na racionalidade e objetividade das ações foi sufi ciente para alcançar grandes mudanças na educação dos países. O Planeamento Escolar, como a Gestão, é realizado em todas as áreas ou áreas do centro educacional: Área Diretiva, Área Pedagó- gica/Acadêmica, Área Comunitária e Área Administrativa/Financeira. E todos esses planos são combinados no instrumento escolar fi nal cha- mado de Plano Operativo Anual ou Plano Anual Anual Geral. Entre os planejamentos mais relevantes (instrumentos) do centro está o esforço: - Projeto Político Pedagógico (PPP); - Projeto Centro Educacional ou Projeto Educacional Institucio- nal (PEC ou PEI); - Projeto Currículo Central (PCC); - Planos de aula (jornadas, planos de aula, etc.). Vale destacar que o planejamento concorda em prevenir, ante- cipar, futurizar, o que é desejado e o que deve ser feito. Planejamento é projetar o futuro desejado e os meios efetivos para alcançá-lo, é um instrumento que o homem sábio usa. O termo planejamento deve ser interpretado como o desenvolvimento de uma amplitude devidamente organizada e, muitas vezes, grande para um plano geral comfi nalida- de específi ca”, ou como “um conjunto de procedimentos pelos quais uma racionalização e organização é introduzida com ações e atividades planeadas. (LIBÂNEO, 2001) Já no campo da educação, o planejamento é defi nido como “um exercício de previsão para determinar políticas, prioridades e cus- tos do sistema de educação, levando em conta as realidades políticas e econômicas, as possibilidades do sistema das necessidades do país ea alunos. O planejamento torna-se uma ferramenta que serve como um roteiro para o sistema educacional, ao mesmo tempo em que está 35 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S totalmente inserido de maneira informada às necessidades da comu- nidade escolar, permitindo que a educação se torne em um poderoso instrumento de mobilidade social. Em suma, o Planejamento é um instrumento que dá sentido e direção a qualquer nível educacional, portanto a seguinte defi nição atualizada parece a mais indicada para este estudo, de acordo com Libâneo (2001): O planejamento é o desenvolvimento de uma série de documentos científi cos e organizados, que indicam o funcionamento efi ciente da escola para alcançar os objetivos estabelecidos pela comu- nidade educativa. O planejamento é essencialem qualquer organização e em qualquer um dos seus níveis ou áreas, pelas seguintes razões: - É aplicável a qualquer atividade humana. Figura 4 – Planejamento Fonte: Elaborado pela autora (2019) - É o primeiro instrumento das organizações; - Aborda problemas específi cos; - Traduz conhecimento em ação; - Reduz a dispersão de esforços, portanto o desperdício de recursos; - Gera conhecimentos, conceitos, informações, experiências, Aplicável Essencial Organizado 36 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S etc; - Garante muito sucesso. Em se tratando dos princípios, características e processo de planejamento, destacamos, de acordo com Libâneo (2001): Princípios O planejamento mantém preceitos ou princípios que devem estar presentes no momento de seu projeto e desenvolvimento. Entre eles estão: - Constituir um instrumento escolar fundamental; - Melhorar a vida escolar; - Conceder certo grau de autonomia e identidade à escola; - Promover a participação de membros da comunidade; - Concentrar atenção e ação no alcance dos objetivos defi ni- dos; - Reduzir incertezas no funcionamento da escola; - Prever possíveis erros e difi culdades em tal operação; - Distribuir/delegar funções técnicas; - Permitir sua inovação (fl exibilidade); - Procurar o maior benefício com o menor custo. Características O planejamento tem qualidades que permitem identifi cá-lo den- tro do conjunto de processos que ocorrem em qualquer organização ou empresa. Aqui, estão as características fundamentais do planejamento: - É participativo e sujeito a avaliação, pois permite corrigir erros e omissões; - Apoia a aplicação do PEC e outros projetos e instrumentos educacionais; - É dinâmico, porque não termina com o estabelecimento de um plano, mas implica um reajuste constante entre meios e fi ns; - É um facilitador, pois prepara um conjunto de decisões que devem ser aprovadas e executadas pelos setores envolvidos; - É integral ou sistêmico, pois relaciona todos os elementos de maneira sistemática e interdependente. 37 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S O planejamento tem qualidades que permitem identifi cá-lo dentro do conjunto de processos que ocorrem em qualquer organização ou empresa. - É prático, porque, basicamente, leva à ação; - É antecipatório, porque tenta prever o futuro para acomodar a ação; - É instrumental, pois é um meio destinado a alcançar os obje- tivos. Processo Anteriormente, ele indicou que o planejamento escolar é feito em todos os níveis de ensino (nacional, regional e institucional ou local), e que é realizado em todas as áreas da escola (gerencial, administrativa e fi nanceira, pedagógica ou acadêmica e comunidade). Em todos os ca- sos, o planejamento segue um processo ordenado e consiste em vários elementos e estágios, como segue: a. Elementos de Planejamento: - Missão ou propósito. Defi ne a organização: o que é e o que aspira ser. - Objetivos. Quem espera obter a instituição em um horário específi co. - Estratégias. Eles são a chave para a adaptação dos meios aos fi ns; mostram a direção dos recursos e esforços para alcançar os objetivos. - Políticas. Referido aos guias para orientar a ação; elas são diretrizes gerais na tomada de decisões sobre problemas que são repe- tidos dentro de uma instituição. - Programas. Indica os esquemas em que as atividades es- pecífi cas são estabelecidas para atingir os objetivos e o tempo para realizar cada um deles. - Orçamentos. Alocação dos recursos necessários para reali- zar as atividades necessárias para alcançar os objetivos desejados. 38 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S - Previsões. São informações numéricas sobre premissas vá- lidas, como custos, vendas, utilidades, etc., e projetadas para o futuro com base em experiências. - Pesquisa. É a determinação de todos os fatores que infl uen- ciam a realização dos propósitos. O funcionamento da organização é investigado para realizar um diagnóstico que defi na os pontos fortes, capacidades, pontos fracos, falhas ou erros que a organização pode colocar em uma situação de insufi ciência para o alcance de um deter- minado objetivo. É uma pesquisa aplicada e planejada. Já em relação aos Estágios do Planejamento, destaca-se que o planejamento envolve defi nir os objetivos institucionais e os meios para alcançá-los. Através dele, os objetivos e ações são antecipados. Geralmente, é planejado para defi nir o rumo ou rota da organização, identifi car e alocar recursos para o alcance dos objetivos e metas e es- tabelecer as respectivas atividades. Esta é feita através de etapas e na seguinte sequência: - Diagnóstico; - Previsão; - Análise de alternativas; - Objetivos e metas; - Programação do plano; - Execução; - Controle; - Avaliação. Em relação aos níveis de planejamento educacional e escolar, destaca-se que o Planejamento Educacional é composto, basicamente, por três níveis, chamados de “dimensões espaciais de planejamento”: planejamento nacional, planejamento regional e planejamento institu- cional ou escolar (escola, instituto, etc.). Vejamos, de acordo com Libâ- neo (2001): Planejamento nacional- Seu objetivo é obter uma visão abran- gente e integrada dos problemas e necessidades de um país no campo da educação, o que leva ao projeto educacional (PEC), que possibilita a consecução dos postulados da política educacional em nível nacional. Este nível de planejamento corresponde ao Ministério da Edu- cação de cada país, que fornece as diretrizes gerais para o desenvolvi- mento do setor de educação, e também as diretrizes básicas, ou seja, a 39 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S visão/missão, os valores e princípios nos quais se baseia, bem como a estrutura do sistema nacional de educação. Panejamento Regional- É realizado com base no projeto nacional e adaptado às características socioeconômicas e culturais da região natural e/ou política (Departamento ou província). Uma propos- ta é construída com ênfase nas estratégias específi cas para o desen- volvimento educacional regional, o que se refl ete no Plano da Direção Regional de Educação (Departamento de Educação), que é formulado com base nas diretrizes fornecidas pelo Plano Setorial, adaptando as suas estratégias às condições particulares do âmbito regional. Planejamento Institucional- É o que corresponde ao centro escolar. Aqui o planejamento tem um caráter participativo, enquanto a comunidade educacional completa é necessária para defi nir os propósitos e estratégias para sua realização. Da mesma forma, tem caráter estratégico na medida em que é orientado pelo seu Projeto Educacional Institucional Estratégico ou PEC. Figura 5 – Planejamento instrucional Fonte: Elaborado pela autora (2019) O Planejamento Institucional, também chamado de Planeja- mento Escolar, é realizado em todas as áreas do centro educacional (escola, instituto ou faculdade), portanto, existe uma Diretiva de Pla- nejamento; Administrativo e fi nanceiro; e Pedagógica ou Acadêmica. O planejamento escolar não deve ser confundido com o planejamento do professor ou da sala de aula. Aqui está a descrição desses planos, segundo Libâneo (2001): - Planejamento de Diretivas. Isto se refere à projeção e partici- pação da instituição, sistemas de comunicação, regulação, desenvolvi- mento do clima organizacional, para promover a participação dos pais, autoridades e comunidade. - Planejamento Administrativo-Financeiro.Indica o planeja- mento da administração dos recursos e o apoio aos demais planos. Orientado Organizado Sistematizado 40 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S - Planejamento Pedagógico ou Acadêmico. Consolida e põe em prática os planos de estudo, a articulação dos cursos ou graus, ní- veis e áreas. Estipula que é ensinado, como é ensinado, quando é en- sinado, para o que é ensinado e como é avaliado; Aqui estão previstos instrumentos como o Projeto Educacional do Centro (PEC), o Projeto Curricular do Centro (PCC), as jornadas, os planos de aula, etc. O Planejamento Pedagógico constitui o eixo do centro esco- lar, pois possui os projetos educativos que imprimem a identidade à instituição, e inclui, fundamentalmente, o planejamento curricular e o planejamento didático ou do professor ou da sala de aula. Neste último planejamento, o processo de ensino e aprendizagem toma forma, prin- cipalmente, os objetivos e atividades que devem ser realizados dia a dia em sala de aula. Por outro lado, os modelos de planejamento educacional rela- cionam os parágrafos anteriores com o presente, ressaltando-se, nova- mente, que o planejamento educacional pode ocorrer em vários níveis: nacional, regional e institucional. E, no nível institucional ou do centro escolar, o planejamento é realizado em 4 áreas: Executiva, Administra- tiva-fi nanceira, Pedagógica ou Acadêmica e Comunitária. Diante do exposto, existem diferentes tipos de planejamento que podem ser utilizados, em um grau diferente, nos níveis e áreas descritos acima, a saber: planejamento estratégico, planejamento táti- co e planejamento operacional. E dentro destes casos existem vários modelos de planejamento. Agora, é hora de descrever esses tipos de planejamento, segundo Dalmas (2003): Planifi cação estratégica - É aquele realizado pelas adminis- trações educacionais e que estabelece as bases para a concretização em outros níveis de planejamento mais contextualizados. Planejamento tático - São programas específi cos dentro do planejamento estratégico. É responsabilidade dos atores educacionais, e sua função é especifi car o planejamento estratégico através dos Pro- jetos Educacionais e Curriculares do centro. Planejamento operacional- É feito pelo professor no nível da sala de aula, e sua função é especifi car em curto prazo as ações a serem executadas na aula. Parece que, também, é conhecido como planejamento didático. O planejamento estratégico é baseado em: fazer o que precisa ser feito; estabelecer as possibilidades reais que estão disponíveis para resolver um problema da escola; não resolve tudo de uma vez; prioriza 41 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S os problemas; e depois atua dependendo desse planejamento tentando orientar a educação do centro escolar para a transformação, por isso, precisa de recursos humanos com criatividade sufi ciente para criar no- vas estratégias, de acordo com os problemas que aparecem. O planejamento operacional, em geral, é utilizado pelo profes- sor, que faz uso de determinados modelos, como: a. Planejamento de acordo com o tempo investido: como o plano anual, plano por unidade de ensino e plano de aula para classe. Planejamento tático - São programas específi cos dentro do planejamento estratégico. É responsabilidade dos atores educacionais. b. Planejamento de acordo com o modelo pedagógico: plano em T, plano em savana, plano heurístico, plano de itinerário, etc. A seu modo, destacamos a respeito dos documentos a serem planejados no centro educacional. Em um centro educacional, uma va- riedade de documentos de trabalho chamados de instrumentos esco- lares é planejada, cuja importância máxima é apreciada ao atingir os objetivos e metas institucionais. Basicamente, no centro escolar, estão previstos os seguintes instrumentos: Plano Operativo Anual ou Plano Geral Anual (POA), Projeto do Centro Educacional (PEC), Projeto Curri- cular Central (PCC), estatutos/regulamentos internos, memória, progra- mas e planos de aula. Aqui está o detalhe deles, de acordo com Dalmas (2003): POA - Ordena as atividades do centro para um ano escolástico ou escolar, é de natureza organizacional, contém horários, atividades escolares e extracurriculares, adaptações de outros documentos, etc. É preparado pela equipe de professores. PEC - Contém ações globais consolidadas que visam melhorar a vida dos centros, sua natureza é ideológica e organizacional, contém princípios de identidade, objetivos institucionais e organograma geral. É elaborado por toda a comunidade educacional. 42 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S PCC - Seu objetivo é delimitar as estratégias de intervenção educativa, sua natureza é de natureza técnica e didática, contém ob- jetivos e conteúdos por área e/ou ciclos e critérios metodológicos e de avaliação. É elaborado pelo corpo docente. Este instrumento contém as decisões dos professores sobre o que, como e quando ensinar e o que, como e quando avaliar. Estatutos / regulamentos - Constituem um conjunto de regras destinadas a alcançar o bom funcionamento do centro, sua natureza é de natureza normativa e organizacional, contém organograma deta- lhado, uso de recursos, direitos e deveres e procedimentos. Eles são elaborados pela comunidade educacional. Memória - É o relatório de avaliação do POA, de natureza orga- nizacional, contém avaliações, propostas de melhoria. É elaborado pela comunidade educacional. Programas/ - Classifi ca as atividades no nível da sala de aula, de natureza didática e organizacional, contém objetivos, conteúdos, es- tratégias metodológicas e avaliação. É preparado pela equipe de pro- fessores. O POA, o PEC, o PCC, os estatutos/regulamentos, a memória e os planos, juntamente com outros instrumentos de planejamento (o orçamento) e controle (a memória), relacionados entre si, constituem os instrumentos básicos da assistência gerencial e administração do centro educacional. ORGANIZAÇÃO Este termo evoca a ideia de ordem, método ou sistema e, como tal, tem certas características, nomeadamente: objetivos e objeti- vos bem defi nidos, estruturas esclarecidas, papéis, tarefas e responsa- bilidades bem defi nidos, atividades coordenadas e agendamento. Em seguida, ele é planejado, é necessário organizar e distribuir o trabalho, autoridade e recursos entre membros da escola a fi m de alcançar os objetivos e metas planejadas, atividades dentro do processo chamado de organização. No âmbito da educação, a organização visa especifi camente o ensino escolar, através do processo de ensino-aprendizagem, que uma adaptação bem sucedida dos elementos da escola, isto é, o centro edu- cacional, constitui uma estrutura para o desenvolvimento do currículo, a aprendizagem dos alunos e a atividade de ensino. E esta estrutura é constituída por vários elementos, como um todo, gerar condições orga- nizacionais que foram levadas a cabo de currículo e ensino, processos que infl uenciam o ensinamento e aaprendizagem dos estudantes. 43 A O R G A N IZ A Ç Ã O D O T R A B A LH O E SC O LA R E O S R EC U R SO S D ID ÁT IC O S N A A LF A B ET IZ A Ç Ã O - G R U P O P R O M IN A S A organização escolar tem a ver com elementos como: a atri- buição deresponsabilidades, comissões de ensino, funcionamento do Conselho Técnico da Escola e outros órgãos de apoio, acordos e acor- dos estabelecidos para regular a convivência dentro do campus, em que os recursos humanos, materiais fi nanceiros e diversos são organizados, controlados e avaliados, a administração
Compartilhar