Buscar

Legislação Federal - A Educação Inclusiva como um direito da pessoa com deficiência

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

Legislação Federal: A Educação Inclusiva como 
um direito da pessoa com deficiência 
 
 
Estudar em uma escola, conviver com crianças da mesma idade, conhecer a cultura e os 
conhecimentos acumulados pela humanidade ao longo da história são direitos de todas as 
crianças. Mas alcançar esse ideal é um grande desafio, principalmente quando falamos de 
crianças com algum tipo de deficiência. 
 
Durante muitos anos, nossas escolas não podiam oferecer vagas a todas as crianças. Nos 
anos 1980, o grande desafio da educação pública no Brasil era oferecer vagas a todas as 
crianças em idade escolar. Atualmente, o nosso desafio é oferecer vagas a todas as 
crianças, com ou sem deficiência, com ou sem problemas sociais. Estamos em busca de 
construir uma escola inclusiva, onde todas as crianças tenham o direito de estudar e 
aprender. 
 
As leis sobre Educação Especial e Educação Inclusiva foram se desenvolvendo, 
crescendo e ampliando seu campo de atuação e regulamentação. Porém, nosso objetivo 
não é decorar leis e decretos, e sim compreender os objetivos e as propostas 
apresentados. 
 
 
• O que é a Declaração de Salamanca, afinal? 
 
A Declaração de Salamanca (1994) é uma resolução das Nações Unidas que trata dos 
princípios, da política e da prática na área das Necessidades Educativas Especiais. Nela, 
destaca-se a EDUCAÇÃO PARA TODOS, considerando que 
 
1. Toda criança tem direito fundamental à educação e deve ser dada a oportunidade 
de atingir e manter o nível adequado de aprendizagem; 
 
2. Toda criança possui características, interesses, habilidades e necessidades de 
aprendizagem que são únicas; 
 
3. Sistemas educacionais deveriam ser designados e programas educacionais 
deveriam ser implementados no sentido de se levar em conta a vasta diversidade de 
tais características e necessidades; 
 
4. Aqueles com necessidades educacionais especiais devem ter acesso à escola 
regular, que deveria acomodá-los dentro de uma Pedagogia centrada na criança, 
capaz de satisfazer a tais necessidades; 
 
5. Escolas regulares que possuam tal orientação inclusiva constituem os meios mais 
eficazes de combater atitudes discriminatórias criando-se comunidades 
acolhedoras, construindo uma sociedade inclusiva e alcançando educação para 
todos; além disso, tais escolas proveem uma educação efetiva à maioria das crianças 
e aprimoram a eficiência e, em última instância, o custo da eficácia de todo o sistema 
educacional. 
 
 
• Legislação 
 
Decreto 3.298/1999 - Direitos da Pessoa com Deficiência: 
 
De forma geral, a proposição dessa lei busca garantir os direitos individuais e sociais das 
pessoas portadoras de deficiência. O objetivo, portanto, é sustentar que as pessoas com 
deficiência possuam os mesmos direitos que as pessoas que não possuem tais 
deficiências, tendo acesso à educação, saúde, trabalho, lazer, entre outros, sem 
diferenciação. 
 
O Estado e a sociedade civil precisam garantir a integração da pessoa com deficiência. 
Os dois, em conjunto, devem procurar ações que produzam mudanças no contexto social, 
para evitar a segregação histórica desses indivíduos em nossa sociedade. O foco principal 
é fornecer igualdade de oportunidades em nossa sociedade, sem privilégios ou 
paternalismo. 
 
A inclusão é a diretriz dessa legislação, é o objetivo que precisa ser alcançado. Destaca-
se, nela, que as pessoas com deficiência precisam ser respeitadas em suas peculiaridades; 
ou seja, compreendidas em suas diferenças e necessidades especiais, sem 
assistencialismo. Garantir o acesso à profissionalização também é parte do processo de 
inclusão. 
 
Um ponto importante da garantia ao direito à educação é o direito à matrícula. Por muitos 
anos, as crianças com deficiência não conseguiam matricular-se em escolas públicas ou 
particulares. Hoje é garantido por lei o acesso e a continuidade dos estudos. Esse ponto 
precisa ser discutido por todos os estudantes e profissionais de educação. O objetivo 
principal é que a criança com deficiência tem o direito de participar do ensino regular. O 
artigo discute ainda a Educação Especial que deve ser oferecida a todas as crianças com 
deficiência, garantindo o atendimento com equipe especializada. 
 
A Educação Especial possui diferentes maneiras de organização, de acordo com a 
necessidade da criança, podendo ser apresentado de maneira exclusiva ou com apoio ao 
ensino regular, com atuação transitória ou permanente. 
 
Alguns anos após o Decreto em questão, foram organizadas as Diretrizes Curriculares 
para a Educação Especial, que busca, por sua vez, detalhar como o Decreto n°3298/1999, 
aqui discutido, pode ser concretizado em nossas escolas. 
 
 
A legislação é parte importante da disciplina de Educação Inclusiva. Muitas 
pessoas não aceitam a inclusão de crianças com deficiência na escola. Alguns 
dizem que esse não é o espaço para "essas" crianças, que a escola não está 
preparada, que não tem estrutura, e outras frases que demonstram resistência. 
Mas a inclusão é real, é lei válida em todo o território nacional. Então, na 
formação de professores, precisamos estudar e saber os porquês que 
fundamentam a inclusão. 
 
 
o Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Especial, de 2001 
 
Neste documento, o Governo Federal organiza o texto em dois temas: 
 
1. A organização dos sistemas de ensino - A legislação considera que existe a 
necessidade de adequar as escolas e as práticas pedagógicas para receber os alunos 
com necessidades especiais; 
 
2. A formação de professores. 
 
 
Os princípios das Diretrizes Curriculares para Educação Especial são: 
 
1. Preservação da dignidade humana; 
2. A busca da identidade; 
3. O exercício da cidadania. 
 
 
O objetivo das Diretrizes Curriculares é a busca da garantia de dignidade humana, ou 
seja, o reconhecimento da pessoa com deficiência com direitos, como todos os seres 
humanos. Assim, o texto explica o contexto social que justifica a criação dessa lei: 
 
Se historicamente são conhecidas as práticas que levam inclusive 
à extinção e à exclusão social de seres humanos, considerados não 
produtivos, é urgente que tais práticas sejam definitivamente 
banidas na sociedade humana. E bani-las não significa apenas não 
as praticar. Exige a adoção de práticas fundadas nos princípios da 
dignidade e dos direitos humanos” (DC, p. 24) 
 
Os focos das ações descritas nas Diretrizes Curriculares para a Educação Especial 
apresentam um conjunto de ações para que a inclusão possa ser efetivada em nossas 
escolas. Essas ações sugerem um conjunto de mudanças no sistema de ensino brasileiro. 
São elas: 
 
1. No âmbito político: garantia de vagas; 
2. No âmbito técnico-cientifico: formação de professores para perceber as necessidades, 
flexibilizar ações, avaliar e atuar em equipe; 
3. No âmbito pedagógico: focar no ensino e na escola, nas formas e condições de 
aprendizagem; 
4. No âmbito administrativo: criar uma infraestrutura que favoreça a inclusão. 
 
 
Diretrizes da política nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação 
Inclusiva: 
 
O Atendimento Educacional Especializado identifica, elabora e 
organiza recursos pedagógicos e de acessibilidade, que eliminem 
as barreiras para a plena participação dos alunos, considerando as 
suas necessidades específicas. As atividades desenvolvidas no 
atendimento educacional especializado diferenciam-se daquelas 
realizadas na sala de aula comum, não sendo substitutivas à 
escolarização. Esse atendimento complementa e/ou suplementa a 
formação dos alunos com vistas à autonomia e independência na 
escola e fora dela. 
 
Como podemos perceber, esse artigo explica que o Atendimento Educacional 
Especializado (AEE) é a assistência pedagógica que buscará compreender e remover as 
barreiras que existem na aprendizagem, propiciando o melhor desenvolvimento 
pedagógico possível paracada criança. O AEE funciona como complemento do ensino 
regular. 
 
Alguns anos depois, foi publicado o Decreto n°6949/2009, que regulamenta os Direitos 
da Pessoa com Deficiência. O documento tem como propósito promover, proteger e 
assegurar o exercício pleno e equitativo de todos os direitos humanos e as liberdades 
fundamentais de todas as pessoas com deficiência, e promover o respeito pela sua 
dignidade inerente; Define que pessoas com deficiência são aquelas que tem 
impedimentos em longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, os 
quais, em interação com diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena 
e efetiva na sociedade em igualdades de condições com as demais pessoas. 
 
Esse documento foi assinado num encontro que reuniu mais de 40 países do mundo, numa 
ação conjunta em busca de promover uma educação inclusiva, diminuindo a segregação 
e a exclusão na sociedade, destacado assim o interesse em promover a dignidade e o 
acesso a cidadania. Seus princípios gerais são: 
 
A. O respeito à dignidade inerente, à autonomia individual, à liberdade de fazer 
as próprias escolhas e a independência das pessoas; 
B. A não-discriminação; 
C. A plena e efetiva participação e inclusão na sociedade; 
D. O respeito pela diferença e pela aceitação das pessoas com deficiência como 
parte da diversidade humana e da humanidade; 
E. A igualdade de oportunidades; 
F. A acessibilidade; 
G. A igualdade entre o homem e a mulher; 
H. O respeito pelo desenvolvimento das capacidades das crianças com 
deficiência e pelo direito das crianças com deficiência de preservar sua 
identidade.

Outros materiais