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ECG – CARDIOPATIA ISQUEMICA E SOBRECARGAS CARDIOPATIA ISQUEMICA 1 – Isquemia. 2 – Lesão. 3 – Necrose. 4 – Arritmias. 5 – Perturbações da condução. Sem correlação com achados anatomopatológicos. ISQUEMIA Alterações na onda T. Forma: pontiaguda, simétrica. Amplitude: aumentada. Direção: o vetor foge da área isquêmica para a área sã. LESÃO Alterações do segmento ST. Forma: convexa. Posição: desnivelado em relação à linha-base. Direção: o vetor se dirige à área da lesão. Lesão subendocárdica – infradesnível do segmento ST. Lesão transmural – supradesnível do segmento ST. EVOLUÇÃO A – Ondas T hiperagudas (primeiros minutos). B – Supradesnível do ponto J e do segmento ST (mais ou menos 30min). C – Surgimento de ondas Q (aproximadamente 6h). D – Inversão da onda T (cerca de 24h). E – Regressão do supradesnivelamento (menos de 1 semana). A onda Q aumenta a partir de 6h de evolução, enquanto o supradesnivelamento de ST diminui progressivamente; a onda T, muito ampla e positiva no início, torna-se achatada e depois negativa, e a profundidade aumenta. NECROSE Alterações no QRS. Desaparecimento total ou parcial da onda R. Aparecimento de complexo QRS tipo QS ou com onda Q patológica. Predomínio do vetor da parede oposta. IAM – ECG Diagnóstico factual – existe infarto? Diagnóstico topográfico – em que parede? Diagnóstico evolutivo – quando ocorreu? Diagnóstico diferencial – se não for infarto, o que pode ser? DIAGNÓSTICO EVOLUTIVO FASE HIPERAGUDA – 6h iniciais. Onda R preservada (QRS normal). Segmento ST supradesnivelado. Onda T positiva alta (padrão monofásico). FASE AGUDA – Até 3sem de evolução. QRS tipo QS ou com onda Q patológica. Segmento ST supradesnivelado/convexo. Onda T negativa / sim ética / pontiaguda. Infarto com evolução. FASE CRÔNICA – >3sem. Permanece QS ou Q patológica. ST e T normais ou padrão anterior. Infarto antigo. Esquema das três principais manifestações do IAM com supra de ST: EIXO ELÉTRICO Determinação do eixo elétrico: Varia entre -30 a 90 (normal). Desvio para direita entre 90 e 180. Desvio para esquerda entre -30 e -90. Normal: D1+ e aVF +. Desvio para esquerda: D1+ e aVF -. Desvio para direita: D1 – e aVF+. Em casos extremos: D1 e aVF -. SOBRECARGAS ATRIAIS Na configuração da onda P, a inscrição do ramo inicial ascendente deve-se à despolarização isolada do AD, a 1ª câmara atrial a se ativar. O ramo intermediário ou ápice da onda deve-se à despolarização simultânea dos 2 átrios. O ramo final descendente corresponde à ativação isolada do AE. Assim, os crescimentos das câmaras atriais traduzir-se-ão por modificações nos ramos correspondentes da onda P. SOBRECARGA ATRIAL ESQUERDA – SAE O crescimento do AE produz alterações no ápice e no ramo descendente da onda P, aumentando sua duração e modificando sua configuração, tornando-a larga e bífida. Mantém-se com amplitude normal. Critérios diagnósticos: Onda P>120ms. Onda P com entalhe de configuração bimodal ou bífida. Predomínio da fase negativa, normalmente de pequena amplitude, sobre a positiva na onda P em V1 e V2. Desvio do eixo da onda P para esquerda. SOBRECARGA ATRIAL DIREITA – SAD O crescimento do AD produz alterações no ramo ascendente e no ápice da onda P, modificando sua configuração, tornando-a ampla e pontiaguda. Mantém-se com duração normal. Critérios diagnósticos: Onda P com duração normal e amplitude aumentada > 2,5mm. Onda P de forma pontiaguda ou apiculada. SOBRECARGAS VENTRICULARES SOBRECARGA VENTRÍCULO DIREITO Desvio do eixo elétrico do complexo QRS para a direita > 90° em adultos e >110° em crianças. Rotação do eixo elétrico para a direita em sentido horário. Alterações do complexo QRS em V1: onda R ampla (padrões qR, rR e rsR’). Complexos RS (padrões Rs ou Rsr’). Complexos rS (rS ou rsr’). Aumento da voltagem do complexo QRS: Onda R em V1>0,7mV. Onda S em V1<0,2mV. rsr’ em V1>1mV. Onda R em V1+ onda S em V5 ou V6 > 1,05mV. Onda R em aVR>0,5mV e onda R em V5 e V6 < 0,5mV. Complexos RS ou rS em derivações precordiais esquerdas. Aumento do tempo de ativação ventricular em derivações orientadas para a direita. Alterações da repolarização ventricular em derivações precordiais direitas. R ampla (qR, rR, rsR’). RS (Rs/Rsr’). rS Atraso da condução no ramo direito – graus variáveis. qR – mais específico, SVD sistólica: rSR – SVD diastólica: Alteração na repolarização ventricular em derivações precordiais. SOBRECARGA VD Baixa sensibilidade e moderada especificidade. Padrão típico: eixo elétrico desviado frente e direita (ex: valvulopatias). Atraso na condução do ramo direito e feixe de His leve a moderado (ex: cardiopatias congênitas). Desvio elétrico do eixo para trás e para a direita (ex: pneumopata crônicos e DPOC). SOBRECARGA VENTRICULAR ESQUERDA Alterações do complexo QRS: Aumento da voltagem do complemento. R de V5 ou V6 + S de V1=35mm. S de V1>20mm. R de V6>20mm. R de V6>R de V5. R de D1>15mm. R de aVL>15mm. R de D1 + S de D3>25mm. Atenuação da onda “Q” das derivações precordiais esquerdas. Aumento do tempo de ativação ventricular em derivações precordiais esquerdas. Desvio do eixo elétrico médio do complexo QRS para a esquerda. Alterações do segmento ST e da onda T. Inversão da onda U em derivações precordiais esquerdas. Índice de Cornell > 28mm em homens – sugestivo SVE. R de aVL + S de V3 > 20mm em mulheres – sugestivo SVE. Desvio em direções opostas do complexo QRS e onda T. T negativa V5, V6, D1 e aVL. T positiva em V1, V2 e aVR.
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