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Linfoma de Hodking

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O linfoma de Hodking (LH) é um tipo de 
neoplasia linfoide. A palavra linfoma se remete ao 
acometimento de linfócitos (T ou B), produzindo 
tumor em massas tumorais dentro dos linfonodos, 
principalmente, e em outros tecidos (sangue ou 
baço). No caso de Hodking, o acometimento 
ocorre nos linfócitos B do centro germinativo, 
havendo aspecto inflamatório. 
 
 
Em geral, as neoplasias linfoides correspondem a 
7,5% de câncer em homens e 6,4% em mulheres. 
O linfoma de Hodking corresponde a 33% dos 
casos de linfoma na população. Isso corresponde a 
uma menor incidência em relação aos outros tipos 
de linfoma, havendo 1,5% de incidência em 
comparação. 
 
 
 Célula patognomônica: Célula de Reed-
Stenberg (RS), o olho de coruja, é uma 
célula neoplásica com múltiplos núcleos 
ou um único núcleo com vários lobos 
nucleares. 
 A RS tem duas variantes: 
 Célula lacunar 
 Célula linfocítica – histiocítica 
(popcorn cel – aspecto de 
“pipoca”) 
 O LH possui dois subtipos em geral: 
 Clássico (tem células RS com 
imunofenótipo similar): 
- Esclerose nodular 
- Celularidade mista 
- Depleção linfocítica 
- Rico em linfócitos 
 Predomínio linfocitário nodular 
 
 
 
 
O EBV (vírus de Epstein – Barr), em boa parte, 
pode estar envolvido na patogênese do linfoma de 
Hodking. Geralmente, no subtipo da esclerose 
nodular ou da celularidade mista. 
Sua origem é em um linfonodo único ou em 
cadeias de linfonodos, ou seja, a sua 
disseminação é de modo contíguo 
 
Vale lembrar que os linfócitos B se originam e 
parte do seu amadurecimento ocorrem na MO. 
Assim, a célula pré- B se amadurece em célula B 
madura virgem que cai na circulação sanguínea 
em direção ao linfonodo (órgão/folículo linfoide 
secundário). 
 
MEDICINA NOVE DE JULHO 
Introdução 
Epidemiologia 
Visão geral 
Patogênese 
Os linfonodos contêm tecidos linfoides, que nada 
mais são que agregados de linfócitos T e B. Esses 
tecidos linfoides contém o centro germinativo 
em que os linfócitos B iniciam seu 
amadurecimento. O centro germinativo é dividido 
em: 
 Zona escura/centroblasto 
 Os linfócitos B virgens são 
expostos a grande quantidade de 
antígenos. Assim, as células B 
sofrem (a) expansão clonal; (b) 
hipermutação somática (c) 
rearranjo em cadeia V de Ig. Isso 
tudo propicia o aumento de 
produção de anticorpos. 
 Também é possível observar 
macrófagos com corpos tingíveis. 
que nada mais são que corpos 
apópticos. 
 Zona clara/centrócito 
 Aqui, o linfócito B irá se converter 
ou em linfócito B de memória ou 
plasmócito. 
A neoplasia ocorre no momento de transição entre 
o centroblasto e o centrócito, em especial, nas 
etapas de hipermutação e rearranjo. 
Considerando a infecção por EBV, esse irá fazer 
alterações nas expressões gênicas e morfológicas, 
produzindo células tumorais EBV- positivas que 
expressam LMP-1 (proteína latente de 
membrana 1). Isso é identificado no exame de 
imuno-histoquímica, diagnosticando infecção de 
EBV. 
A infecção ativa o fator de transcrição NF- 
[kappa] B através do LMP-1. Esse fator está 
relacionado à promoção da inflamação no 
organismo, ativando os genes que promovem a 
sobrevida e proliferação dos linfócitos, ou seja, 
regulando a proliferação celular, apoptose, 
morfogênese e diferenciação. E, além disso, 
promove mutações que colaboram à produção das 
células RS. 
As células RS liberam fatores inflamatórios que 
levam ao acúmulo de linfócitos, macrófagos e 
granulócitos reativos, ou seja, resposta 
inflamatória não neoplásica. Essas células liberam 
citocinas pró-inflamatórias - IL-5 (infiltrado 
eosinofílico), IL-10 e IL-13 (por mecanismo 
autócrino pode ativar mais RS) -, quimiocinas e 
fatores de crescimento -, TGF – β (ativa 
fibroblastos) - que irão fazer que células 
inflamatórias fiquem em volta da RS = Células 
inflamatórias reacionais (linfócitos, 
plasmócitos, neutrófilos, eosinófilos, 
macrófagos e mastócitos). 
O mais importante ainda, é que mesmo que RS 
seja proveniente de mutações promovidas pelo 
NF- [kappa] B, essa célula também contribui para 
o aumento da atividade desse fator de transcrição. 
A célula neoplásica RS faz mutações nas vias: 
 NF- [kappa] B 
 Jak-STAT 
 p53 
 BCL-6 
LMP-1 em EBV 
 
Tais células inflamatórias responsivas, como os 
eosinófilos e linfócitos T, produzem ligantes para 
CD30 e CD40. Os receptores CD30 e CD40 são 
encontrados nas células RS e, em especial o 
CD30, auxilia no crescimento e sobrevida das RS, 
o que contribui ainda mais à reação tecidual. 
 
 
 
Célula de RS – olho de coruja 
 Célula muito grande 
 Núcleo multilobulado 
enorme/multinucleado 
 Citoplasma levemente eosinofílico 
 Nucléolos proeminentes e abundantes 
 Expressa CD15 e CD30 
 
 
 
Esclero nodular 
 Comum; frequente em homens e mulheres 
 Propensão em envolver os linfonodos 
cervical inferior, supraclaviculares e do 
mediastino 
 
Radiografia do tórax com alargamento do 
mediastino devido a massa linfonodal 
 
 Morfologicamente: 
 Célula grande 
 1 núcleo multilobulado 
 Nucléolos pequenos múltiplos 
 Citoplasma abudante pálido 
 Deposição de colágeno em faixas 
que dividem os linfonodos em 
nódulos circunscritos 
 Fibrose pode ser escassa ou 
abundante; infiltrado celular com 
várias proporções de linfócitos, 
eosinófilos, células lacunares e 
histiócitos 
 Positividade para PAX5, CD15 e 
CD30. 
 
 
 
Morfologia 
 
 
Celularidade mista 
 Comum em pacientes maiores de 50 anos 
 Maior tendência de disseminação 
 Morfologicamente: 
 Célula RS clássica e células de 
Rodking (nucléolo proeminente 
igual ao RS, mas é mononucleado) 
 Associado ao EBV: infiltrado 
inflamatório heterogêneo com 
linfócitos pequenos, plasmócitos, 
eosinófilos e macrófagos. 
 
 
 
 
Rico em linfócitos 
 Histologicamente: prliferação nodular ou 
difusa de linfócitos pequenos em meio às 
células RS 
 Possui célula RS clássicas 
 Positividade CD15 
 
 
 
 
Depleção linfocítica 
 Incomum 
 Escassez de linfócitos (depleção) 
 Muitas células de RS pleomórficas 
 Padrão de fibrose difusa 
 
 
Predominância de Linfócitos 
 5% dos linfomas 
 Variante: célula RS linfo-histiocítica: 
popcorn cell 
 Núcleo multilobulado e delicado 
 CD20 
 Pacientes: linfadenopatia cervical isolada 
ou axilar 
 
 
 
 
 
 
O LH pode ter acometimento extra-nodal, como: 
fígado, baço e MO, com nódulos irregulares. 
Porém, isso indica estágio mais avançado do 
câncer. 
Em geral, os órgãos mais comprometidos são os 
linfonodos cervicais que têm aumento do volume 
progressivamente. Também têm aumento da 
consistência da palpação, diminuição ou ausência 
de dor e sensibilidade à manipulação e redução da 
mobilidade. 
 
Manifestações clínicas 
Sintomas B – pode indicar prognóstico menos 
favorável 
 Febre > 38 graus Celsius 
 Abundante sudorese noturna 
 Perda de 10% do peso em menos de 6 
meses sem causa evidente 
 Pode ter prurido 
 Cansaço 
 
Sintomas A – quando não apresenta sintomas B 
Considerações finais

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