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CIRCULAÇÃO FETAL Professor MV MSc Alexandre Hyppolito Barnabe A placenta é responsável pela oxigenação do feto pois aproxima o sangue materno ao fetal por meio do cordão umbilical que é um conjunto de artérias e veias que possuem o sangue da mãe e que permite que este passe o mais próximo possível do sangue do feto para trocas gasosas, excreção e nutrição. CIRCULAÇÃO FETAL • Na circulação fetal há algumas diferenças entre a circulação normal. Existem três estruturas que contribuem para isso: o ducto arterioso, o ducto venoso e o forame oval. Como os pulmões do feto estão colabados, não tem como fazer a troca de gases –hematose- C02 por O2 ou O2 por CO2 assim são necessários outros mecanismos de funcionamento. CIRCULAÇÃO FETAL • O sangue oxigenado chega pela placenta pela veia umbilical e perto do fígado é desviado pelo ducto venoso em direção a veia cava inferior ao átrio direito e a outra parte segue pelo fígado para depois ir pela veia cava inferior. Uma parte desse sangue que chega ao átrio direito passa direto para o átrio esquerdo pelo forame oval e uma pequena parte para o ventrículo direito. CIRCULAÇÃO FETAL • Do ventrículo direito eles vão pela artéria pulmonar (AP) para o pulmão, porém, antes de chegar até eles, grande quantidade é desviada pelo Canal Arterial ou ducto arterioso direto para a Aorta descendente, a outra parte vai para os pulmões e como estes ainda estão colabados, apenas oxigena-os e retorna para o átrio esquerdo pelas veias pulmonares. O ducto arterioso mais tarde nos adultos se tornará o ligamento arterioso que liga a artéria pulmonar a artéria aorta. CIRCULAÇÃO FETAL • O sangue do átrio esquerdo, proveniente das veias pulmonares e do átrio direito é bombeado para o ventrículo esquerdo de onde parte para a aorta e irriga o resto do corpo do feto. • O forame oval normalmente se fecha no recém nascido, ou horas antes do parto (dependendo da espécie): há uma variação entre espécies e sem explicação lógica; nos potros se fecha em algumas horas pós-parto enquanto que nos ovinos pode demorar até uma semana para fechamento total. Figura 1 CIRCULAÇÃO FETAL • O forame oval permite a passagem da maioria do sangue do átrio direito, direto para o esquerdo, sem precisar ir aos pulmões que ainda não tem utilidade e recebem sangue apenas o suficiente para mantê-los. Ainda antes de chegar aos pulmões, o pequeno débito sanguíneo é desviado por uma bifurcação do tronco pulmonar que desemboca direto na artéria aorta, o ducto arterioso. CIRCULAÇÃO FETAL • Após o nascimento ocorrem modificações na circulação devido principalmente, ao funcionamento dos pulmões e a oclusão do forame oval e oclusão de outros vasos fetais que resultam em vários ligamentos. Exemplos: -ligamento redondo da bexiga (obliteração das artérias umbilicais) -ligamento redondo do fígado (oclusão da veia umbilical) A-Cordão umbilical(formado pela veia umbilical, as 2 artérias umbilicais e o úraco), B-úraco, C- artéria umbilical. CIRCULAÇÃO NEONATAL • Circulação neonatal de transição (Figura 2): após o nascimento o ducto arterial, o ducto venoso, o forame oval e os vasos umbilicais não são mais necessários. Vale ressaltar que a mudança do padrão circulatório fetal para o padrão adulto não ocorre repentinamente. Algumas alterações ocorrem com a primeira respiração e outras após horas e dias. Figura 2
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