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Casos Integradores 
1º semestre 
 
 
 
 
Anemia Falciforme 
Definição 
- É uma doença genética, com herança autossômica recessiva, na qual 
ocorre uma alteração em um gene estrutural, resultando em uma 
hemoglobina variante (HbS) com “formato de foice”, caracterizando o 
nome Falciforme. 
Fisiopatologia 
- Alteração na hemoglobina, que perde a forma arredondada e elástica, adquirindo o aspecto de uma foice 
endurecida, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e, consequentemente, a 
oxigenação dos tecidos. 
- As células morrem prematuramente, causando uma escassez de glóbulos vermelhos saudáveis (a 
anemia), e podendo obstruir o fluxo sanguíneo, causando dor. 
- Função da hemoglobina: captar e transportar oxigênio dos pulmões para todas as células 
- Hemoglobina normal no adulto: HbA 
- Hemoglobina fetal (HbF) 
 Produzida durante a vida intra-uterina. 
 Constitui cerca de 80% da hemoglobina do recém-nascido. 
 A partir do nascimento, até por volta do 6º mês de vida, a HbF vai sendo gradativamente 
substituída pelas Hb produzidas pela criança, a partir da sua própria herança genética. 
Causas 
- A mutação determinante do gene da HbS é 
decorrente da substituição de uma base nitrogenada, a 
adenina (A), por outra, a timina (T), no sexto códon do 
gene beta. Assim, de GAG passa para GTG, provocando 
a substituição do ácido glutâmico pela valina na cadeia 
beta. A substituição de um único aminoácido na cadeia 
beta leva a hemoglobina S a assumir uma configuração 
diferente, que altera a forma redonda das hemácias. 
@futura.dra.minghe
- Alterações nos resíduos de aminoácidos na hemoglobina: 
1. Nucleação, polimerização de HbS insolúvel, falcização das hemácias 
2. Após falcização, formação de radicais radicais livres que podem danificar membrana e causar 
hemólise 
3. Hemólise libera HbS (polimerizada ou livre) 
4. HbS livre sequestra óxido nítrico (NO) da circulação 
5. Diminuição de NO causa vasoconstrição 
6. Vasoconstrição favorece novas hemólises (ciclo vicioso) 
Sequestro Esplênico 
- Trata-se de um quadro agudo decorrente do aumento da funcionalidade do baço (na tentativa de eliminar 
o excesso de células falcizadas), da hemólise acentuada e da quantidade de sangue que o órgão retira de 
circulação. Isso faz com que o baço aumente rapidamente de volume e ocorra queda súbita do nível de 
hemoglobina, além de diminuição do volume de sangue circulante, com risco de choque hipovolêmico e morte. 
Doenças Falciformes 
- Doença Falciforme é o nome utilizado para as doenças causadas pela presença de uma Hemoglobina 
anômala, a Hemoglobina S presente nos glóbulos vermelhos. 
- Inclui a Anemia Falciforme (HbSS), as duplas heterozigoses, ou seja, as associações de HbS com outras 
variantes de hemoglobinas, tais como, HbD, HbC, e as interações com talassemias. 
Curiosidades 
- A anemia falciforme atinge cerca de 3.500 casos por ano, no Brasil. 
- É predominante em negros, mas pode manifestar-se também nos brancos. 
- A presença de apenas um alelo da globina beta A, combinado com 
outro alelo da globina beta S, apresenta um padrão genético AS 
(heterozigose) que não produz manifestações da doença falciforme, 
sendo o indivíduo caracterizado como portador de traço falciforme (TF). 
A identificação da condição de portador de traço falciforme é 
importante para sua orientação genética e de sua família. 
- RESISTÊNCIA À MALÁRIA: Normalmente o protozoário Plasmodium usa uma proteína chamada adesina 
para chegar à parte externa dos glóbulos vermelhos, indo em direção às paredes dos vasos sanguíneos. 
A partir daí, provocam os problemas neurológicos e circulatórios ligados à malária. Nas pessoas que 
têm anemia falciforme, esse mecanismo é bloqueado, pois ocorre elevação da concentração de ferril 
hemoglobina nas hemácias e esta substância desestabiliza as moléculas de actina, impossibilitando a 
expressão das adesinas do parasita na superfície da hemácia. 
@futura.dra.minghe
 
Sinais e Sintomas 
- Crises agudas de dor 
- Dores articulares 
- Fadiga intensa 
- Palidez e icterícia 
- Tendência a infecções 
- Feridas nas pernas 
- Problemas cardiovasculares, pulmonares e renais 
- Priapismo 
- Problemas no baço 
 
CRISES DE DOR: provocadas pelo bloqueio do fluxo sanguíneo e pela falta de oxigenação nos tecidos. A dor 
é o resultado da obstrução da microcirculação causada pelo afoiçamento das hemácias. Este é o mais 
dramático quadro da doença, pois as crises álgicas ocorrem inesperadamente, muitas vezes sem 
pródromos (surgimento da doença) e impactam diretamente a qualidade de vida do paciente. A crise 
dolorosa ocorre, às vezes, após episódio infeccioso, sugerindo que febre, desidratação e acidose podem 
desencadear a vasoclusão. A dor também pode se instalar após o resfriamento súbito da pele ou exposição 
à estresse físico ou emocional. 
 
FEBRE: O baço é o maior órgão do sistema linfático com função imunológica e hematológica, 
desempenhados por duas polpas, uma branca, formada por tecido linfoide que produz e armazena os 
linfócitos (células de defesa do corpo), e outra vermelha, que destrói as hemácias defeituosas e idosas e 
armazena células de defesa, liberando-as na circulação quando necessário. Com o seu comprometimento, 
faz com que o organismo da pessoa com a doença fique mais sujeito às infecções. 
OSTEONECROSE AVASCULAR DA CABEÇA DO FÊMUR: Resulta de infartos com isquemia em articulações 
e epífises de ossos longos. A cabeça do fêmur é o local mais comum de ocorrência, seguida de cabeça 
do úmero e joelho. É mais frequente no final da adolescência e nos adultos jovens. 
 Artéria que irriga a cabeça do fêmur: circunflexa femoral medial. É derivada da artéria femoral 
profunda 
 Artéria que irriga a cabeça do úmero: circunflexa umeral 
 
 
@futura.dra.minghe
Diagnóstico 
- Diagnóstico precoce: teste do pezinho – Programa Nacional de 
Triagem Neonatal (PNTN) – Hospital Santa Marcelina e APAE 
- Diagnóstico tardio: eletroforese de hemoglobina – a partir dos 4 
meses de vida; doação de sangue; rede cegonha/mãe paulistana. 
IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DA ANEMIA FALCIFORME 
- O diagnóstico precoce é diretamente relacionado à redução da morbidade e à mortalidade dos portadores da doença. 
Aconselhamento Genético 
- O objetivo básico do aconselhamento genético é o de permitir a indivíduos ou famílias a tomada de decisões 
conscientes e equilibradas a respeito da procriação. 
- Diagnóstico preciso - Habilidade de comunicação - Aspectos sociais e psicológicos - Aspectos éticos e legais 
Tratamento 
- O tratamento tem como principal objetivo minimizar as crises de dor e trazer uma qualidade de vida melhor ao 
portador da doença. 
 Medicamentos 
 Acompanhamento médico constante 
 Raramente, transfusões de sangue e transplante de medula óssea 
- Durante a crise falcêmica de um paciente, deve-se colocá-lo no soro e acrescentar um vasodilatador 
- Tratamento com hidróxiureia: gera o aumento de óxido nítrico, impedindo a vasoconstrição, amenizando as crises de 
dor. 
1. A hemólise das células libera HbS 
2. HbS sequestra NO da corrente sanguínea 
3. O NO é responsável pela vasodilatação, por isso, seu sequestro causa ainda mais hemólises, já que há uma 
vasoconstrição 
4. Uma maior síntese da subunidade aumenta a quantidade de HbF em relação à HbS, pois há uma menor nucleação 
de HbS 
5. A metabolização de hidroxiuréia gera NO 
6. A diminuição da degradação de Arg também gera NO 
7. Gerando NO, há aumento das taxas na corrente sanguínea, o que está relacionado a um melhor prognóstico 
 
- Princípios do SUS que garantem o tratamento desta doença: 
 Universalidade 
 Equidade 
 Integralidade 
@futura.dra.minghe
Distrofia Muscular de Duchenne 
Definição 
- Distúrbio hereditário de fraqueza muscular progressiva, que geralmente acomete meninos. 
 
- A DMD é doença genética ligada ao cromossomo X. 
 
 
Fisiopatologia 
- Há uma mutação no gene DMD, gerando a incapacidade de produzir a distrofina(importante proteína responsável para 
a membrana das células musculares). Com isso, há o acúmulo de substâncias tóxicas, como o cálcio, causando a fraqueza 
muscular. Sua inexistência também pode levar a uma perda das fibras musculares, com necrose e substituição do músculo 
por tecido adiposo. 
 A distrofina é uma proteína de membrana da fibra muscular, responsável pela sua estrutura e permeabilidade. 
A sua ausência desregula a entrada de Cálcio na fibra, desencadeando o quadro de degeneração muscular 
através da ativação de proteases e fosfolipases. 
 Ao fim de alguns anos a regeneração eficiente vai diminuindo e o músculo gradualmente é substituído por 
tecido fibroadiposo. 
 Na DMD, as fibras musculares são frágeis devido a anormalidades genéticas em proteínas que dão suporte 
estrutural ao sarcolema. Em consequência, as fibras sofrem rupturas do sarcolema e, portanto, necrose, já 
com o uso normal do músculo. 
 A mutação presente na proteína da distrofina provoca instabilidade e pequenos rompimentos nos sarcolemas, 
permitindo a entrada de cálcio para o meio intracelular, Resultando em uma necrose segmentar da fibra 
muscular e consequentemente, a perda de sua propriedade retrátil. 
 
 
Causas 
- É causada por mutações no gene da distrofina, levando à acentuada ou completa ausência 
da proteína distrofina, que, presente no sarcolema das fibras musculares, é essencial na 
função contrátil e na proteção da fibra muscular em relação aos danos causados pela 
contração e consequente necrose. 
 
 
Curiosidades 
- Estima-se que afeta 1 a cada 3.600-6.000 nascidos vivos. 
- É uma das distrofias musculares mais comuns 
- Os fatores de risco são os antecedentes familiares e ser do sexo masculino 
- Em cerca de 2/3 é herdada por via materna. 
- Cada mulher portadora tem um risco de 50% em cada gravidez de ter um filho com a doença. 
 
@futura.dra.minghe
Sinais e Sintomas 
- As manifestações clínicas normalmente começam na infância, geralmente nos três primeiros anos de vida. 
 Atraso na aquisição da marcha 
 Marcha instável 
 Quedas frequentes 
 Incapacidade de correr 
 Andar nas pontas dos pés 
 Panturrilha aumentada 
 Escoliose 
 Dificuldade de se levantar do chão = Sinal de 
Gowers (essencial para o diagnóstico) 
 
- O quadro de distrofia de Duchenne vai se agravando até o comprometimento atingir toda a musculatura esquelética e 
surgirem problemas cardíacos e respiratórios, estes últimos em virtude das alterações ocorridas no músculo diafragma. 
- Durante a progressão da doença, surge insuficiência respiratória com dificuldade na ventilação, falta de força para 
tossir, ocasionando infecções respiratórias de repetição, que na maioria dos casos, levam o paciente ao óbito. 
- O músculo cardíaco também é afetado em praticamente todos os pacientes que sobrevivem por maior tempo. 
- O óbito ocorre por volta dos 18 aos 25 anos por comprometimento cardíaco ou insuficiência respiratória. 
 
Diagnóstico 
- Teste genético molecular (base do diagnóstico) 
- Exame clínico através de história familiar 
- Sinal de Gowers 
- Dosagem de creatinofosfoquinase (CK): encontra-se em valores extremamente 
elevados 
- Exame do DNA para pesquisa da deleção no gene da distrofina 
- Biópsia muscular realizada para a pesquisa qualitativa e quantitativa da 
distrofina, especialmente útil nos pacientes que não apresentam deleção. 
 
Tratamento 
- Corticoterapia 
- Aconselhamento genético 
- Densitometria óssea e radiografia anuais 
- Vigilância oftalmológica anual (risco de catarata) 
- Acompanhamento multidisciplinar 
 Fisioterapeuta 
 Ortopedista 
 Nutricionista 
 Terapeuta ocupacional 
 Psicólogo (foco não somente no paciente, mas também família) 
 
 
 
@futura.dra.minghe
https://drauziovarella.uol.com.br/corpo-humano/diafragma/
Osteoporose 
- Doença sistêmica caracterizada por baixa massa óssea e deterioração da microarquitetura do tecido, diminuindo a 
resistência óssea e aumentando, consequentemente, a suscetibilidade às fraturas. 
 
Primária: É a forma mais comum, diagnosticada na ausência 
de doenças ou relacionada a outras condições que levam à 
diminuição da massa óssea. 
Secundária: é diagnosticada quando a diminuição de massa 
óssea é atribuída a outra doença. Ex: hipertireoidismo, lúpus 
eritematoso, transplante de órgãos, etc. 
 
Fisiopatologia da Doença 
- A osteoporose é causada por uma perda da matriz mineral óssea, diminuindo a densidade óssea. 
- Essa perda pode ser gerada pela deficiência no estrógeno, que regula a atividade do paratormônio (PTH), responsável 
por controlar os osteoclastos (realizam a reabsorção óssea). Por esse motivo, a menopausa, com a diminuição do 
hormônio estrógeno, é um dos fatores de risco mais comuns para a osteoporose. 
 
Fatores de risco para Osteoporose 
• Menopausa 
• Uso de glicocorticoides 
• Tabagismo 
• Dieta 
• Ingestão de álcool 
• Idade 
• Diabetes 
• História familiar 
• Artrite Reumatoide 
@futura.dra.minghe
Dados sobre a Osteoporose 
- A osteoporose afeta cerca de 200 milhões de mulheres, causando quase nove milhões de fraturas por ano, em todo 
o mundo. 
- Em âmbito mundial, uma a cada três mulheres e um a cada cinco homens com idade superior a 50 anos 
experimentará uma fratura devido à osteoporose. 
- Em 2050, a incidência mundial de fratura de quadril projetada deve aumentar 240% em mulheres e 310% em 
homens. 
- 10 milhões de pessoas tem osteoporose no Brasil. 
- 80% das pessoas acometidas são mulheres. 
- 75% de mulheres americanas entre 45 e 75, jamais tinham discutido sobre osteoporose com seu médico. 
- Nos EUA, anualmente, ocorrem mais de dois milhões de fraturas relacionadas à osteoporose, especialmente em 
mulheres (70%), com elevada taxa de morbimortalidade. 
- Os custos gerais anuais do tratamento desses eventos superam os 25 bilhões de dólares. 
 
Osteopenia 
- Diminuição da densidade mineral, precursora da 
osteoporose. Classifica-se osteopenia quando a massa óssea 
é de 10% a 25% menor que a considerada normal. Mais do 
que isso, classifica-se como osteoporose. 
- O termo Osteopenia pode ser utilizado, mas “baixa massa 
óssea” ou “baixa densidade óssea” são preferíveis. 
 
Diagnóstico 
- Radiografia: a perda de massa óssea na radiografia é aparente apenas quando a massa óssea diminuiu cerca de 30-
50% (visualizando imagens radiográficas, é possível identificar a densidade do tecido ósseo). 
- Densitometria óssea: é um método diagnóstico não invasivo, que tem por objetivo quantificar o grau de mineração 
óssea do esqueleto ou parte dele. Os seus resultados são comparados com a densidade mineral óssea (DMO) da média 
populacional. 
NORMAL: desvio padrão até -1,00 
OSTEOPENIA: desvio padrão entre -1,00 e -2,50 
OSTEOPOROSE: desvio padrão menor ou igual a -2,50 
 
@futura.dra.minghe
Densitometria Óssea 
INDICAÇÃO 
 Mulheres: A densitometria óssea é indicada para mulheres que se encontram na pré-menopausa, menopausa, 
pós-menopausa, em tratamento hormonal, ou de estrógenos ou tireoidianos, bem como que estão sob 
tratamento com corticosteroides e fármacos anticonvulsivantes. 
 Crianças: este exame é indicado quando é necessário acompanhamento do desenvolvimento ósseo, em certos 
casos de regime dietético para perda de peso. 
PREPARO 
 Não se faz necessário nenhuma 
preparação prévia para o exame, 
como mudanças na dieta, ingestão de 
fármacos, entre outras, com exceção 
da ingestão de medicamentos que 
contenham cálcio. 
 Nos casos de suspeita de gravidez, a 
paciente deve comunicar ao médico. 
 
 
CONTRA-INDICAÇÕES 
 Uso de cálcio nas 24 h (?) anteriores ao exame 
 Contraste com Iodo ou baritado na semana anterior 
 Impossibilidade de permanecer deitado imóvel por alguns minutos (doença de Parkinson) 
 O paciente não deve passar por exame de Medicina Nuclear por um período prévio de 72 horas e não poderá 
ter sido submetido a exame radiológico com uso de contraste, devendo esperar pelo menos 5 dias nesses 
casos 
SÍTIOS PARA REALIZAÇÃO DO EXAME1) Coluna Lombar L1-L4 
2) Fêmur 
3) Antebraço 
4) Corpo inteiro 
5) Perfil de coluna 
• Coluna centralizada e alinhada 
• Ver topo de Cristas Ilíacas 
• Ver costelas flutuantes e 1/3 de T12 
• Leitura de no mínimo 2 vértebras 
• Selecionar ROI’s e ajustar (alinhar ROI’s nos espaços intervertebrais) 
• Girar, movimentar, incluir, excluir vértebras. 
@futura.dra.minghe
 
Ferramenta FRAX 
- Foi desenvolvida em 2008 para avaliar o risco de 
fratura OSTEOPORÓTICAS em pacientes. 
- Baseia-se em modelos de pacientes individuais que 
integram os riscos associados aos fatores de risco 
clínicos, bem como a densidade mineral óssea (DMO) no 
colo do fêmur. 
 
Trabecular Score Bone (TBS) 
- É um índice de textura que avalia o nível de cinza de cada pixel formador da imagem da coluna lombar. Indiretamente 
fornece uma correlação da microarquitetura trabecular. Uma imagem de uma estrutura trabecular porosa produz uma 
imagem com um baixo número de pixel com tons de cinza. 
- TBS auxilia a identificar pacientes em alto risco para fraturas mas que não foram identificados pela densitometria 
- TBS é independente da densidade minera óssea (DMO), fatores de risco clínicos e do FRAX. 
 
 Aumenta a capacidade diagnóstica da densitometria óssea 
 Aumenta a capacidade de predição de fraturas 
 Auxilia o monitoramento ósseo frente ao tratamento, ao longo 
do tempo 
 Alto TBS = Forte microarquitetura óssea 
 Baixo TBS = Fraca microarquitetura óssea 
 
Prevenção 
- Ingestão de alimentos com cálcio e vitamina D 
- Exposição solar moderada 
- Prática regular de atividade física 
 
@futura.dra.minghe
Miastenia Gravis 
Definição 
- Doença autoimune que afeta a comunicação entre neurônios e músculos. 
- Ela pode ser: 
 Autoimune ou adquirida: a resposta imunológica se volta contra os componentes 
da placa motora responsável pela transmissão do estímulo nervoso que faz o 
músculo contrair. 
 Congênita: os anticorpos produzidos pela mãe passam pela placenta e atingem o 
feto. 
 
Fisiopatologia da Doença 
- A deficiência no receptor de acetilcolina, devido à produção de um anticorpo anti-receptor de acetilcolina, prejudica a 
sinapse entre os neurônios e os músculos, dificultando o funcionamento normal da musculatura estriada esquelética. 
- A presença do anticorpo anti-receptor de acetilcolina interfere nos sintomas do paciente pois, quando a acetilcolina é 
liberada, fisiologicamente, ela deve se ligar com seu receptor específico para gerar a contração. Entretanto, há 
anticorpos anti-receptores de acetilcolina que interferem nesse processo. Sendo assim, a acetilcolina não se ligará com 
seu receptor e não haverá despolarização da célula pós sinóptica e, consequentemente, não haverá contração muscular. 
 
 
 
Causas 
- A Miastenia Gravis é causada por uma falha de comunicação entre os nervos e os músculos. 
- Presença de anticorpos anti – RnACh 
 Por apresentar a positividade para anticorpo anti-receptor de acetilcolina, a paciente tem deficiência nos 
receptores de acetilcolina (presentes na célula muscular). Com isso, a acetilcolina não se liga a esses receptores 
e não consegue induzir a abertura dos canais de sódio para a despolarização da membrana da célula muscular, 
impedindo, posteriormente, que o cálcio saia do retículo sarcoplasmático e vá para o citosol para realizar a 
contração muscular. Tal fato acarreta a impossibilidade de contração muscular, havendo, então, a fraqueza 
generalizada e os outros sintomas. 
 
- Acredita-se que exista uma relação do transtorno com o timo, uma glândula localizada entre os pulmões e à frente do 
coração, que exerce papel no sistema imunológico. Normalmente, o timo vai diminuindo de tamanho com o passar dos 
anos, mas, nos portadores da miastenia, ele permanece aumentado. 
@futura.dra.minghe
https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-o-timo/
https://saude.abril.com.br/medicina/o-que-e-o-timo/
https://saude.abril.com.br/tudo-sobre/imunidade/
CONTRAÇÃO MUSCULAR 
1- chegada de potencial de ação à junção neuromuscular resulta na abertura de canais de íons cálcio no neurônio pré-
sináptico 
2- o influxo de cálcio promoverá a ativação de t-SNARE e v-SNARE, resultando na exocitose de acetilcolina (ACh). As 
proteínas snare aceleram a fusão entre as vesículas e a membrana plasmática, o que é importante em se tratando de 
ser um estímulo nervoso para a contração muscular. 
3- a acetilcolina se liga aos receptores colinérgicos nicotínicos (nAChR), os quais são canais iônicos de sódio 
4- a ligação de 2 ACh promovem a abertura do canal de sódio, despolarizando a membrana do miócito 
5- a despolarização promoverá a abertura de canais de cálcio do retículo sarcoplasmático 
6- cálcio é liberado ao citosol e se ligará à troponina 
7- após a ligação do cálcio, a troponina desloca a tropomiosina, permitindo que a miosina se ligue à actina 
8- ATP é necessário para a contração muscular 
*anticolinesterásicos (neostigmina), aumentam a concentração de ACh, favorecendo a ligação de ACh aos poucos nAChR 
 
BLOQUEADORES NEUROMUSCULARES 
 
1- Despolarizantes 
 Succinilcolina: dessensibiliza o nAChR após uma breve abertura (agonistas - simulam a ação da acetilcolina, mas 
com muito mais força; não é competitivo, porque há a dessensibilização; degradados pela acetilcolinesterase em 
10 minutos) 
 
2- Não despolarizantes 
 Antagonistas 
 Competitivos 
 
TIMOSINA 
- Proteínas que se associam a monômeros de actina, impedindo a associação destes à qualquer extremidade 
- A Timosina compete com a Profilina e ambas costumam atuar em conjunto 
 
TROPOMIOSINA 
- Estabiliza um microfilamento de actina, associando-se lateralmente 
- Junto à troponina, exerce papel importante durante a contração muscular 
 
MIOSINA 
- A miosina é uma proteína motora associada à actina e exerce papel importante durante a contração muscular 
- Há proteínas da família das miosinas que não participam da contração muscular, estando presentes em outros tipos 
celulares, auxiliando o transporte de vesículas através de filamentos de actina, em conjunto com as cinesinas (nos 
microtúbulos) 
 
Curiosidades 
- Miastenia gravis é uma doença que costuma acometer mais mulheres do que homens, entre 20 e 35 anos. 
- Incidência de 9 casos a cada 1 milhão de pessoas 
@futura.dra.minghe
Sinais e Sintomas 
- Ptose (queda das pálpebras) 
- Fraqueza e fadiga nos músculos 
- Visão dupla (diplopia) 
- Dificuldades de fala e mastigação. 
 
Diagnóstico 
- é fundamentado na história do paciente e é complementado por: 
 Eletroneuromiografia: exame onde são colocados sensores e eletrodos na pele que estimulam os nervos e 
registram a atividade dos músculos, que irá determinar se existe fadiga e dosagem dos anticorpos contra os 
receptores da acetilcolina. 
 Exames de sangue: os médicos testam a resposta dos anticorpos à acetilcolina. Se eles atacam a substância, é 
sinal de diagnóstico positivo. 
 Tomografia do tórax: o exame de imagem ajuda a identificar se o timo está no seu tamanho normal. 
 Injeção de prostigmina: substância que ajuda a recuperar a força muscular por algum tempo, pode ser útil para 
confirmar a suspeita da enfermidade. 
 
 
Tratamento 
- Ainda não existe cura para a miastenia gravis, mas existem medicamentos que favorecem a permanência da acetilcolina 
na junção neuromuscular e outros que reduzem a produção de anticorpos contra os receptores da acetilcolina. 
- O tratamento começa com medicamentos inibidores da enzima acetilcolinesterase, que deteriora a acetilcolina. Depois, 
são receitados corticoides, imunossupressores e anticorpos monoclonais. 
 Caso tenha sido abalado, o timo deve ser retirado cirurgicamente 
- Durante uma crise miastênica (aquela que causa insuficiência respiratória), é preciso recorrer a aparelhos de ventilação 
mecânica, que jogam ar para dentro e para fora dos pulmões. Além disso, outros procedimentos podem entrar em cena: 
 Tratamento com imunoglobulina: são injetados na veia anticorposque alteram o sistema imunológico 
temporariamente. 
 A plasmaferese (técnica que filtra parte do sangue para retirar elementos que possam estar causando a 
doença.) pode ser útil em alguns casos, mas produz efeitos de curta duração. 
@futura.dra.minghe
https://saude.abril.com.br/medicina/tomografia-computadorizada-como-e-feita-e-para-que-serve/

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