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arboviroses-sanar-resumo

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SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Dengue .......................................................................... 4
3. Chikungunha .............................................................20
4. Zika ................................................................................23
5. Diagnóstico Diferencial ..........................................26
Referências Bibliográficas ........................................28
3ARBOVIROSES
1. INTRODUÇÃO
Arboviroses são as doenças causa-
das pelo chamados arbovírus, que in-
cluem o vírus da dengue, Zika, febre 
Chikungunya e febre amarela. A clas-
sificação “arbovírus” engloba todos 
aqueles transmitidos por artrópodes, 
ou seja, insetos e aracnídeos (como 
aranhas e carrapatos). 
Existem 545 espécies de arbovírus, 
sendo que 150 delas causam doen-
ças em seres humanos. Apesar de a 
classificação arbovirose ser utilizada 
para classificar diversos tipos de ví-
rus, como o mayaro, meningite e as 
encefalites virais, hoje a expressão 
tem sido mais usada para designar 
as doenças transmitidas pelo Aedes 
aegypti, como o Zika vírus, febre Chi-
kungunya, dengue e febre amarela.
Todas as arboviroses são doenças de 
notificação compulsória. Dessa forma, 
todo caso suspeito deve ser pronta-
mente comunicado por telefone, fax 
ou email às autoridades, por se tratar 
de doença grave, com risco de dis-
persão para outras áreas do território 
nacional e mesmo internacional. 
SE LIGA! A febre amarela é uma doença 
causada pelo vírus do gênero Flavivirus, 
família Flaviridae. A doença possui um 
ciclo silvestre e tem como vetor os mos-
quitos do gênero Haemagogus e um ci-
clo urbano que tem como vetor o Aedes 
aegypti. A doença pode apresentar uma 
evolução dramática com manifesta-
SAIBA MAIS: O Aedes aegypti , me-
nor do que os mosquitos comuns, é 
preto com listras brancas no tronco, na 
cabeça e nas pernas. Suas asas são 
translúcidas e o ruído que produzem é 
praticamente inaudível ao ser humano. 
O macho, como de qualquer espécie, 
alimenta-se exclusivamente de frutas. 
A fêmea, no entanto, necessita de san-
gue para o amadurecimento dos ovos 
que são depositados separadamente 
nas paredes internas dos objetos, pró-
ximos a superfícies de água limpa, local 
que lhes oferece melhores condições de 
sobrevivência. No momento da postura 
são brancos, mas logo se tornam negros 
e brilhantes. Em média, cada mosquito 
vive em torno de 30 dias e a fêmea che-
ga a colocar entre 150 e 200 ovos. Se 
forem postos por uma fêmea contami-
nada pelo vírus da dengue, ao comple-
ções hemorrágicas, como hematêmese, 
epistaxe, gengivorragia, envolvimento 
hepático levando a insuficiência hepáti-
ca. Apesar de também ser classificada 
como uma arbovirose, será abordada 
em outro material, uma vez que os diag-
nósticos diferenciais dentro das arbovi-
roses são feitos principalmente entre a 
Dengue, Zika e Chikungunya.
FONTE: Ministério da Saúde
4ARBOVIROSES
tarem seu ciclo evolutivo, transmitirão a 
doença. Estudos demonstram que, uma 
vez infectada – e isso pode ocorrer numa 
única inseminação –, a fêmea transmitirá 
o vírus por toda a vida, havendo a pos-
sibilidade de, pelo menos, parte de suas 
descendentes já nascerem portadoras 
do vírus. As fêmeas preferem o sangue 
humano como fonte de proteína ao de 
qualquer outro animal vertebrado. Ata-
cam de manhãzinha ou ao entardecer. 
Sua saliva possui uma substância anes-
tésica, que torna quase indolor a picada. 
Tanto a fêmea quanto os machos abri-
gam-se dentro das casas ou nos terre-
nos ao redor.
A dengue é uma arbovirose, do gênero 
flavivirus, que é transmitida pelo mos-
quito Aedes aegypti e possui 4 sorotipos 
bem estabelecidos: DENV-1, DENV-2, 
DENV-3 e o DENV-4.
CONCEITO
DENGUE
01. Introdução
Em qualquer região tropical como o 
Brasil toda vez que um paciente che-
ga com quadro de Síndrome Febril, 
a suspeita de arboviroses (doenças 
transmitidas por insetos) precisam 
vir à nossa mente, sendo que dentre 
elas, uma das mais comuns no nosso 
meio é a Dengue. 
Só para se ter uma ideia, estima-se 
que a Dengue acometa, nas regiões 
tropicais, cerca de 50 milhões de pes-
soas anualmente, sendo que dessas, 
em torno de 500 mil são quadros gra-
ves com sintomas hemorrágicos. E 
para complicar para nosso lado, des-
de 1980 o Brasil tem se destacado 
por contribuir com aproximadamente 
70% desses casos, o que nos faz en-
tender que a Dengue é, na verdade, 
um problema de saúde pública - e é 
até por isso que se trata de uma do-
ença de notificação compulsória, ou 
seja, é obrigatório notificar não só o 
diagnóstico, mas também os casos 
em que foi levantada a suspeita de 
Dengue. 
E como se já não bastasse, é váli-
do destacar que apesar de os óbitos 
por Dengue serem bastante raros, 
de acordo com o Ministério da Saú-
de esse número tem crescido nos úl-
timos tempos e isso indica que pre-
cisamos ter um pouco mais atenção 
para com essa doença.
 Bom…antes da gente começar a falar 
da apresentação clínica da Dengue, 
é importante entender um pouco de 
toda a biologia por trás dessa doen-
ça, pois é exatamente isso que jus-
tifica a magnitude que ela consegue 
alcançar, bem como o tratamento e a 
prevenção que vem sendo propostos 
pelo Ministério da Saúde.
Dessa forma, a primeira coisa que 
precisamos saber é que a Dengue é 
provocada por um flavivírus - um ví-
rus do gênero Flavivirus e da família 
5ARBOVIROSES
Flaviviridae -, que é um patógeno de 
RNA, envelopado e que possui 4 so-
rotipos bem estabelecidos: DENV-1, 
DENV-2, DENV-3 e o DENV-4, sen-
do que em termos de virulência, o 2 é 
o que mais se destaca, seguido pelo 
3, depois o 4 e, por último, o sorotipo 
1 (então para organizar isso: 2 > 3 > 
4 > 1). 
Além disso tudo, uma das caracterís-
ticas mais importantes sobre esse ví-
rus é que ele é um arbovírus, ou seja, 
a sua transmissão é feita por meio de 
insetos e é justamente aí que entra 
em cena o mosquito Aedes aegypti, 
a grande estrela quando se fala em 
Dengue.
Com relação a esse mosquito, uma 
coisa que precisa ficar muito clara na 
nossa cabeça é que ele não é o cau-
sador da doença, ele é apenas o vetor 
dela! E o que isso quer dizer? Quer di-
zer que não é ele quem produz o vírus 
e sai infectando todo mundo. 
Na verdade o que acontece é o se-
guinte: o Aedes é um mosquito que 
se alimenta do néctar e da seiva das 
plantas, no entanto, quando grávida, 
as fêmeas desenvolvem o hábito da 
hematofagia (alimentação com san-
gue) pois só assim elas conseguem 
alguns nutrientes específicos para o 
desenvolvimento dos seus ovos. A 
partir daí, se ela picar uma pessoa 
que seja portadora do vírus da Den-
gue, ela irá se infectar e apesar desse 
vírus não causar nenhuma doença no 
mosquito, ele consegue ser transmiti-
do nas próximas picadas que ela der 
e é justamente esse processo que fa-
vorece a transmissão da doença. As-
sociado a isso, existem 2 caracterís-
ticas desse mosquito que favorecem 
muito a disseminação da dengue que 
são:
- Ciclo holometábolo; 
- Discordância gonotrófica.
O ciclo holometábolo está relaciona-
do ao processo de metamorfose: en-
tão o mosquito põe ovos que depois 
originam as larvas, que vão formar 
as pulpas e essas, então, evoluem 
para os mosquitos em si. E por que 
isso favorece a disseminação da do-
ença? Porque esses ovos são muito 
resistentes! A princípio eles só são 
depositados em águas limpas e pa-
radas, mas os estudos mostram que 
eles conseguem sobreviver em latên-
cia por até 450 dias em desidratação, 
mas dentro desse período, se ele for 
exposto água, ele terá a capacidade 
de retomar seu processo evolutivo e 
dar origem a novos mosquitos. 
Para se ter uma noção do impac-
to dessa característica na dissemi-
nação da Dengue: os mosquitos só 
conseguem voar por até 100-200m 
de distância dos seus ovos, então 
se acredita que a principal forma de 
disseminação da Dengue entre as 
regiões seja por meio das viagens 
de pessoas infectadas, associada ao 
6ARBOVIROSES
transportepassivo dos ovos, já que 
eles conseguem resistir por bastante 
tempo e em situações adversas. 
Para finalizar essa parte introdutória, 
a discordância gonotrófica faz parte 
do processo evolutivo que o Aedes 
passou para se adaptar à vida urba-
na. O que acontece é o seguinte: esse 
mosquito tem hábitos diurnos e isso 
é uma desvantagem porque é um pe-
ríodo em que as pessoas estão mais 
ativas e, portanto, mais propensas a 
matar mosquitos do que se elas esti-
vessem sendo picadas à noite. 
Por conta disso, o Aedes adquiriu 
maior agilidade com suas asas e de-
senvolveu a habilidade de sugar me-
nos sangue, mas de mais pessoas, em 
vez de tentar sugar tudo de uma só 
- o que facilitaria que fossem mortos, 
como acontece com os pernilongos 
de hábitos noturnos. Dessa forma, 
além de haver um aumento na sua 
sobrevida, o Aedes também acabou 
tendo contato com mais indivíduos, o 
que também favorece a transmissão 
da Dengue.
02. Fisiopatologia
Assim que o paciente é contamina-
do pelo mosquito, o vírus penetra na 
corrente sanguínea e nesse primeiro 
momento ele vai se deslocar prefe-
rencialmente para 3 locais:
- Monócitos; 
- Linfonodos; 
- Musculatura Esquelética.
O objetivo nessa etapa é se multipli-
car, então o RNA viral vai ser inter-
pretado nos lisossomos para que se-
jam produzidas proteínas virais e, daí, 
a maturação dos vírions irá ocorrer 
dentro de organelas como o Comple-
xo de Golgi ou o Retículo Endoplas-
mático, o que permitirá a liberação 
dos mesmos novamente na corrente 
sanguínea após um determinado pe-
ríodo. É nesse momento que o vírus 
irá se disseminar por todo o corpo do 
paciente estimulando a produção de 
citocinas pró-inflamatórias - como a 
TNF-a e IL-6, especialmente - e ini-
ciando a fase sintomática da doença, 
sendo que uma das estruturas mais 
afetadas pela inflamação é a parede 
vascular, o que acaba aumentando a 
permeabilidade dela e, com isso, pode 
desencadear hemorragias ou a perda 
de plasma para terceiro espaço.
7ARBOVIROSES
FISIOPATOLOGIA
CONTAMINAÇÃO PELO VÍRUS
INVASÃO DOS MONÓCITOS, 
LINFONODOS E MUSCULATURA 
ESQUELÉTICA
REPLICAÇÃO COM 
MAQUINARIA HUMANA
MULTIPLICAÇÃO
DISSEMINAÇÃO PELO CORPO 
DO HOSPEDEIRO
03. Quadro Clínico
De forma simplificada, a gente pode 
definir a Dengue como um quadro 
febril agudo (de no máximo 7 dias) e 
que vem acompanhado de pelo me-
nos 2 dos seguintes sintomas:
Dor retroorbitária, mialgia, prostração, 
cefaleia, artralgia, exantema.
Contudo, essa é uma forma bem bási-
ca de encarar a doença, uma vez que 
ela pode se apresentar com quadros 
variando desde a completa ausência 
de sintomas, até quadros bastante 
graves em que o paciente apresen-
ta até sinais de choque. Dessa for-
ma, atualmente o que se recomenda 
é que a gente encare a doença como 
tendo 3 fases distintas:
- Fase Febril; 
- Fase Crítica; 
- Fase de Recuperação. 
FASE FEBRIL
A fase febril é a mais conhecida por 
nós já que corresponde ao período 
sintomático clássico da doença, então 
ela se apresenta com uma febre alta 
(39-40ªC) de início súbito e duração 
de 2 a 7 dias, frequentemente asso-
ciada àqueles sintomas pouco es-
pecíficos como a cefaleia, adinamia, 
mialgia, artralgia e dor retro-orbitária. 
Além disso, o paciente também pode 
ter náuseas e vômitos, anorexia, diar-
reia e exantema, sendo que com re-
lação a esses dois últimos sintomas 
vale destacar que: a) a diarreia cos-
tuma ser pouco volumosa, com fezes 
pastosas e numa frequência de 3-4x 
ao dia, o que facilita na hora de dife-
renciar dos quadros de gastroenteri-
tes; b) já o exantema, por sua vez, está 
presente em cerca de 50% dos casos 
e na maioria das vezes se apresenta 
8ARBOVIROSES
no padrão máculo-papular, afetando 
todo o corpo do paciente (face, tron-
co, MMSS, MMII, mãos e pés) como 
vemos abaixo:
SE LIGA! A prova do laço é um teste que 
deve ser feito em todos os pacientes 
com suspeita de dengue que não apre-
sentem sangramento espontâneo e ela 
consiste na insuflação do manguito do 
esfigmomanômetro até um valor médio 
entre a PAS e a PAD do paciente, sendo 
que isso será mantido por cerca de 5min 
(em crianças, 3min). A partir daí, nós va-
mos avaliar uma área de aproximada-
mente 6,25cm3 (quadrado com lados de 
2,5cm) no antebraço do paciente e che-
car se surgiram mais de 20 petéquias 
(ou mais de 10 em crianças) naquela 
região, o que representa uma prova po-
sitiva. Mas o que esse achado quer dizer 
para a gente? Então, uma prova do laço 
positiva indica que o paciente tem uma 
fragilidade capilar, mas, diferente do que 
muitos pensam, isso não é patognomô-
nico de dengue - aliás, é bem o contrário 
disso, já que os estudos mostram que 
esse teste possui uma sensibilidade de 
59% e uma especificidade de 39%, ou 
seja, ele possui uma RP+ de 0,96 e uma 
SE LIGA! 
- Dor abdominal intensa
- Vômitos persistentes
- Acúmulo de líquidos
- Letargia/irritabilidade
- Hipotensão postural
RP- de 1,05, o que implica dizer que ele 
não serve para afastar e também não 
serve para confirmar o diagnóstico
FASE CRÍTICA
Após a fase febril, boa parte dos pa-
cientes evoluem direto para a recupe-
ração, havendo melhora dos sintomas 
e do estado geral. Contudo, uma par-
te das pessoas podem entrar no que 
chamamos de fase crítica, a qual se 
caracteriza por uma melhora da febre 
entre o 3º e o 7º dia de doença, as-
sociada ao desenvolvimento de sinais 
de alarme, os quais são:
9ARBOVIROSES
- Hepatomegalia (>2cm)
- Sangramento de mucosa
- Aumento de Ht
De maneira sistemática, a gente 
sempre precisa investigar a presen-
ça desses sinais em pacientes com 
diagnóstico ou suspeita de Dengue 
- e mesmo quando não encontramos 
nada, deveremos orientar os pacien-
tes para que retornem ao serviço caso 
identifiquem qualquer um desses si-
nais. O que a presença de algum(ns) 
deles quer dizer para a gente? Isso in-
dica que o paciente está deteriorando 
e tem uma chance maior de evoluir 
com complicações da doença, sendo 
a principal: choque.
Choque
Como a gente já falou lá em cima, a 
Dengue provoca um quadro de infla-
mação sistêmica afetando especial-
mente as paredes dos vasos, o que 
SAIBA MAIS: A hemoconcentração, 
evidenciada pelo aumento progressivo 
do hematócrito (Ht) é o principal achado 
laboratorial na identificação de extrava-
samento capilar, de modo que ela é ca-
paz de definir a gravidade do paciente.
TEORIA DE HALSTEAD 
Uma pergunta muito interessante que a 
gente pode se fazer é quanto ao porquê 
de algumas pessoas desenvolverem a 
Dengue de forma leve e outras apresen-
tarem quadros mais graves. Pois bem… 
a teoria mais aceita como justificativo 
para essa questão é a de Halstead, que 
afirma que a doença vai se apresentan-
do de forma cada mais grave à medida 
em que o paciente vai sendo infectado 
por sorotipos diferentes do vírus causa-
dor. A ideia é a seguinte: na primo-infec-
ção, o organismo consegue dar conta do 
problema produzindo uma série de anti-
corpos que são específicos para aquele 
sorotipo invasor. No entanto, caso ocor-
ra uma reinfecção por outro tipo do ví-
rus, esses anticorpos podem até se ligar 
ao patógeno, mas não são efetivos em 
detê-los e, como se não bastasse, essa 
ligação ainda favorece a entrada dos ví-
rus nas células, o que potencializa a sua 
multiplicação e, consequentemente, o 
quadro clínico do paciente. Mas como a 
gente falou, essa só é a teoria mais acei-
ta, no entanto, existem outras como, por 
exemplo, a teoria da multicausalidade, 
que advoga que o que define se a do-
ença será grave ou não, na verdade, é a 
VOCÊ SABIA?
leva a um aumento da permeabilidade 
vascular e favorece a perda de líquido 
para terceiro espaço, podendo causar 
choque (frequentemente entre o 4º e 
5º dia de doença) - sendo que é válido 
a gente destacar que essa deteriora-
ção para o choque normalmente se 
dá dentro de um intervalo de 24-48h, 
costumando evoluir para o óbito em 
até 24h se nada for feito.
10ARBOVIROSES
interação entre vários fatores, que vão 
desde a virulência própria do patógeno 
até condiçõesambientais e também do 
próprio paciente que está sendo infec-
tado (tais como comorbidades prévias, 
idade, entre outras).
Hemorragia Grave
Além do choque, uma outra compli-
cação muito grave da Dengue é a 
ocorrência de hemorragias pelo corpo 
e isso se dá não só pelo acometimen-
to vascular que nós já sabemos que o 
vírus provoca, mas também pelo fato 
deles afetarem as plaquetas, o que 
torna mais difícil o processo de tam-
ponamento. 
Inclusive, é justamente por conta des-
sa complicação que é contraindicado 
para os pacientes com diagnóstico ou 
suspeita de Dengue, o uso de medi-
camentos como o ácido acetil-sali-
cílico (AAS) e os AINEs, já que eles 
afetam a cascata de coagulação e por 
isso podem acabar estimulando ain-
da mais as hemorragias. 
Disfunção Orgânica
A Dengue também pode levar ao 
comprometimento funcional de vá-
rios órgãos como o fígado (que pode 
desenvolver hepatite), o coração (que 
pode ter uma miocardite), os rins 
(que entram em insuficiência aguda) 
e também o sistema nervoso central 
(provocando convulsões, encefalites, 
etc.). Isso mostra para a gente que é 
importante incluir na nossa solicita-
ção de pacientes com Dengue Gra-
ve, uma série de exames para ava-
liar função orgânica geral como, por 
exemplo: TGO e TGP, ECG, ureia e 
creatinina. 
FASE DE RECUPERAÇÃO
Por fim, a última fase da doença é a de 
recuperação, que é quando o paciente 
começa a ter uma melhora progres-
siva dos sintomas e do estado geral, 
mas isso não significa que vamos fi-
car tranquilos e pronto. Nada disso. 
Lembra que a fase crítica começa do 
mesmo jeito, então é importante con-
tinuar acompanhando o paciente por 
um tempo e mantê-lo orientado de 
que deve retornar aos serviço caso 
identifique algum dos sinais de alar-
me. 
Somado a isso, quando se encerra o 
quadro de Dengue, ficará mais fácil 
de se identificar a presença de ou-
tras infecções associadas, então nós 
temos que ficar atento a isso. E além 
disso, é nessa fase que o paciente irá 
começar a reabsorver o líquido perdi-
do para terceiro espaço, de modo que 
nós devemos nos preocupar também 
com o risco de hiper-hidratação. 
11ARBOVIROSES
POPULAÇÕES ESPECIAIS
Dois grupos com os quais a gente 
precisa ter atenção dobrada quando 
se trata de Dengue são o das crian-
ças e o das gestantes. 
Primeiro com relação às crianças, o 
que acontece é que pacientes pedi-
átricos não costumam fazer o quadro 
clássico que acabamos de aprender. 
Na verdade eles tendem a se manter 
assintomáticos ou apresentar sinto-
mas muito inespecíficos como adi-
namia, sonolência, náuseas e vômi-
tos, etc. Assim, o que ganha bastante 
espaço para nos ajudar a levantar a 
suspeita diagnóstica é o aspecto epi-
demiológico mesmo. 
Já no que tange às gestantes, a gran-
de questão é que elas precisam ser 
acompanhadas de perto indepen-
dente da gravidade da doença e isso 
pode ser explicado pelo fato de a 
Dengue aumentar a ocorrência alte-
rações fisiológicas da gravidez, bem 
como de sangramentos obstétricos 
- e é inclusive por isso que toda ges-
tante que apresenta sangramento, in-
dependente do período gestacional, 
deve ser interrogada com relação a 
episódios de febre nos últimos 7 dias, 
justamente para afastar Dengue.
QUADRO CLÍNICO
FEBRE ALTA, DE INÍCIO 
SÚBITO, DURAÇÃO DE 
2-7 DIAS
MELHORA DA FEBRE 
ENTRE O 3-7 DIA DE 
DOENÇA ASSOCIADA AO 
DESENVOLVIMENTO DE SINAIS 
DE ALARME
MELHORA 
PROGRESSIVA DO 
ESTADO GERAL
EXANTEMA MACULO-
PAPULAR
DIARREIA
DOR ABDOMINAL INTENSA
VÔMITOS PERSISTENTES
ACÚMULO DE LÍQUIDOS
LETARGIA/IRRITABILIDADE
HIPOTENSÃO POSTURAL
HEPATOMEGALIA (>2CM)
SANGRAMENTO DE MUCOSA
AUMENTO DE HT
MANTER VIGILÂNCIA 
QUANTO AOS SINAIS 
DE ALARME
FASE FEBRIL FASE CRÍTICA FASE DERECUPERAÇÃO
12ARBOVIROSES
04. Diagnóstico
A presença de um quadro clínico 
clássico somado com um período so-
mado a um período epidemiologica-
mente ativo - como acontece nos ca-
sos de surto, por exemplo -, dispensa 
qualquer outra investigação para a 
doença. Mas fora isso, o método de 
escolha para fazer o diagnóstico da 
Dengue depende do tempo de início 
da doença. 
SE LIGA! Independentemente dessa 
questão do tempo, alguns exames vá-
lidos para os paciente são: hemograma 
(presença de linfócitos atípicos e pla-
quetopenia) e aquele que demonstram 
disfunção orgânica, como é o caso do 
TGO e TGP, ureia e creatinina).
Até 5 dias
Durante os 5 primeiros dias da doen-
ças, o paciente ainda não vai ter de-
senvolvido sorologia para Dengue, de 
modo que a única forma que teremos 
de fazer esse diagnóstico é através 
da dosagem de partículas relaciona-
das ao próprio vírus causador. Assim, 
nossas opções são: 
- Pesquisa de Antígeno Viral (NS1); 
- Teste de Amplificação Genética 
(RRT-PCR); 
- Imuno-histoquímica Tecidual; 
- Cultura. 
Desses todos, o NS1 é a melhor op-
ção pois apresenta sensibilidade de 
70% e especificidade de 95%, o que 
nos confere valores de RP+ de 14 e 
RP- de 0,3. A partir disso, a gente já 
percebe que não é um bom exame 
para afastar a suspeita de Dengue 
mesmo que venha negativo - e esse 
padrão se repete em todos os outros 
métodos citados acima. Mas além dis-
so, outras 2 coisas muito importantes 
com relação à dosagem de NS1 são:
a) ela deve ser feita até o 3º dia da do-
ença pois depois disso a sua acurácia 
começa a cair bastante; e
 b) caso o paciente já tenha tido Den-
gue antes, essa exame também perde 
um pouco do seu valor diagnóstico.
A partir de 5 dias
Do sexto dia em diante, aqueles mé-
todos que de ver aqui não serão mais 
tão válidos para fazer o diagnóstico 
do paciente e é por isso que entra em 
cena a sorologia com pesquisa de an-
ticorpos IgM e IgG.
O IgG, como a gente sabe, só vai 
mostrar se o paciente já foi exposto 
ao vírus alguma vez, então pode ser 
que ele venha positivo por causa de 
infecção ontem, mas também pode 
ser que seja uma infecção de 2 anos 
atrás. Dessa forma, o que vai importar 
mesmo para podermos fazer o diag-
13ARBOVIROSES
nóstico de Dengue no momento será 
o IgM, o qual tem sensibilidade e es-
pecificidade em torno de 80%, o que 
implica dizer que ele tem uma RP+ 
de 4 e uma RP- de 0,25, o que deixa 
claro que ele possui um poder diag-
nóstico menor do que a dosagem do 
NS1 - inclusive, se for uma reinfec-
ção, esses valores tendem a piorar -, 
mas, em contrapartida, é um método 
que se mantém válido por até 90 dias 
após a infecção.
DENGUE - FASES DA DOENÇA
DIAGNÓSTICO
PESQUISA DE ANTÍGENO 
VIRAL (NS1); 
TESTE DE 
AMPLIFICAÇÃO 
GENÉTICA (RRT-PCR); 
IMUNO-HISTOQUÍMICA 
TECIDUAL; 
CULTURA. 
PESQUISA DE 
ANTICORPOS 
IGM E IGG
ATÉ 5 DIAS A PARTIR DE 
5 DIAS
14ARBOVIROSES
05. Estadiamento
Uma vez tendo estabelecido o diag-
nóstico de Dengue, nós precisaremos 
fazer o estadiamento da doença, vis-
to que é justamente isso que vai de-
finir como deverá nossa conduta para 
o paciente. Pensando nisso, se preco-
niza que os pacientes sejam classifi-
cados em 4 grupos:
Para conseguirmos definir isso, então, 
a gente vai acompanhar a seguinte 
sistematização: assim que for levan-
tada a suspeita de Dengue, nós já va-
mos investigar a presença de sinais 
de alarme e a depender da resposta 
nesse item, a gente já consegue de-
ESTADIAMENTO
PACIENTE COM 
SUSPEITA DE 
DENGUE, MAS 
SEM SINAIS DE 
ALARME OU 
CONDIÇÕES 
ESPECIAIS
PACIENTES 
COM SUSPEITA 
DE DENGUE 
E SEM SINAIS 
DE ALARME, 
MAS COM 
CONDIÇÕES 
ESPECIAIS
PACIENTE COM 
DIAGNÓSTICO 
DE DENGUE E 
COM SINAIS DE 
ALARME
PACIENTE COM 
DIAGNÓSTICO DE 
DENGUE GRAVE, 
APRESENTANDO 
CHOQUE, 
HEMORRAGIA 
OU DISFUNÇÃO 
ORGÂNICA
A DB C
finir se o paciente estará no eixo A/B 
ou no eixo C/D. 
Caso seja um paciente A/B, o que res-
ta para nós fazermos é descobrir se 
ele tem alguma condição especial e 
que precise de um acompanhamento 
diferenciado - como é o caso de ges-
15ARBOVIROSES
tantes, crianças, idosos e portadores 
de doenças crônicas. Se não tiver 
nada disso, nós o colocamos como A; 
e se tiver, como B. Já no eixo C/D, por 
sua vez, o que vai ser diferente para 
agente é se há presença de sinais de 
uma daquelas 3 complicações princi-
pais (o choque, a hemorragia e a dis-
função orgânica). Se o paciente não 
tiver nada disso, só os sinais de alar-
me, ele será C; se tiver, será D.
QUADRO CLÍNICO SUGESTIVO DE DENGUE
NÃO
NÃONÃO
GRUPO A
INICIAR CONDUTAS 
ESPECÍFICAS 
PARA O GRUPO + 
ACOMPANHAMENTO 
AMBULATORIAL
INICIAR CONDUTAS 
ESPECÍFICAS 
PARA O GRUPO + 
ACOMPANHAMENTO 
EM LEITO DE 
OBSERVAÇÃO
INICIAR CONDUTAS 
ESPECÍFICAS 
PARA O GRUPO + 
ACOMPANHAMENTO 
EM LEITO DE 
EMERGÊNCIA
INICIAR CONDUTAS 
ESPECÍFICAS 
PARA O GRUPO + 
ACOMPANHAMENTO 
EM LEITO DE 
INTERNAMENTO
GRUPO B GRUPO C GRUPO D
SIM
SIMSIM
PRESENÇA DE SINAIS DE ALARME?
O PACIENTE TEM 
ALGUMA CONDIÇÃO 
ESPECIAL?
O PACIENTE TEM 
ALGUMA CONDIÇÃO 
ESPECIAL?
16ARBOVIROSES
06. Tratamento
Feito isso, nós vamos iniciar o trata-
mento específico para a categoria do 
paciente e também já decidir como 
que será o acompanhamento dele. 
Mas como é isso? É justamente o que 
vamos ver a partir de agora. 
Categoria A 
O paciente do grupo A é aquele com 
que a gente menos se preocupa por-
que ele está bem e desenvolvendo 
um quadro clássico da doença que 
tende a regredir dentro de dias. Desse 
jeito, nós vamos solicitar os exames 
diagnósticos e prescrever dipirona e/
ou paracetamol no intuito de fazer o 
controle dos sintomas. 
Somado a isso, o acompanhamento 
desses pacientes deve ser feito em 
ambulatório, no entanto, é fundamen-
tal que o paciente seja orientado a fa-
zer repouso e a se hidratar bastante, 
bem como ele deve ser informado 
para retornar ao serviço o mais rápido 
possível caso apareça qualquer um 
dos sinais de alarme.
Categoria B 
Já o grupo B é aquele em que, ape-
sar de os pacientes estarem bem, 
eles possuem alguma condição de 
base que pode piorar com o quadro 
de dengue, como é o caso de doen-
ças cardiovasculares, por exemplo. 
Dessa forma, a gente prefere manter 
o acompanhamento em leitos de ob-
servação, mas com a mesma condu-
ta que adotamos para o paciente A: 
exames diagnósticos, medicamentos 
para controle álgico e hidratação oral 
(também do mesmo jeito). 
Categoria C
No grupo C as coisas começam a fi-
car meio diferentes, afinal, o paciente 
agora está em um quadro grave. En-
tão a primeira questão que muda é 
que agora ele precisa ser internado e 
aí ele vai receber reposição volêmica 
imediata (10mL/kg de soro fisiológico 
SE LIGA! HIDRATAÇÃO ORAL - A hi-
dratação oral para adultos deve ser in-
dicada na proporção de 60mL/kg/dia, 
sendo que, preferencialmente, o pacien-
te deve ingerir 2/3 do valor indicado nas 
primeiras 4-6h após o atendimento e 
distribuir o outro 1/3 entre o período res-
tante. Além disso, é importante salientar 
que nesse processo não será necessá-
rio interromper a alimentação e, no caso 
das gestantes, também não precisa pa-
rar de amamentar. 
Obs: para crianças o valor da ingesta 
muda;
- até 10 kg: 130 ml/kg/dia
- entre 10-20kg: 100 ml/kg/dia
- acima de 20kg: 80 ml/kg/dia
17ARBOVIROSES
na 1ª hora), além de receber aqueles 
medicamentos para controle de sin-
tomas. 
Além disso, esses pacientes também 
precisam ser submetidos a todos os 
exames diagnósticos e mais um pou-
co, o que inclui: 
- Hemograma; 
- Transaminases; 
- Albumina Sérica; 
- Ureia e Creatinina; 
- Glicemia; 
- Gasometria; 
- ECG/ECO; 
- Radiografia de Tórax; 
- USG de Abdome.
 
E para que tudo isso? Porque nós pre-
cisamos começar a investigar se ele 
está evoluindo com alguma daque-
las 3 complicações de que já falamos 
(choque, hemorragia ou disfunção). 
Se houver melhora do quadro, nós 
vamos readaptar a hidratação para 
25mL/kg em 6h e se continuar me-
lhorando, a próxima etapa é nova-
mente 25mL/kg só que em 8h. Caso 
contrário, se o paciente não apresen-
tar qualquer melhora à intervenção, aí 
vamos realoca-lo para o grupo D. 
Categoria D
Por fim, o paciente da categoria D 
já está em um quadro tão grave que 
precisa ser manejado na sala de 
emergência, sendo que ele também 
receberá medicamentos para con-
trole de sintomas, fará todos aqueles 
exames do grupo C e receberá repo-
sição volêmica imediata (20mL/kg de 
solução salina por via parenteral em 
até 20min). 
Além disso, por conta da gravidade 
desse quadro, os pacientes devem 
ser reavaliados a cada 15-30min e 
também precisam repetir o hemogra-
ma a cada 2h para que seja acompa-
nhado o valor do Ht.
18ARBOVIROSES
TRATAMENTO
DIPIRONA E/OU 
PARACETAMOL 
PARA CONTROLE 
DOS SINTOMAS
HIDRATAÇÃO ORAL 
60ML/KG/DIA EM 
ADULTOS
2/3 NAS PRIMEIRAS 
4-6H
25ML/KG EM 6H, 
POSTERIORMENTE, 
25 ML/KG EM 8H
TRATAR PACIENTE 
COMO GRUPO D
CONDUTA DO 
GRUPO A + 
OBSERVAÇÃO 
CLÍNICA
REPOSIÇÃO 
VOLÊMICA 
IMEDIATA (10ML/
KG DE SF NA 
PRIMEIRA HORA) + 
INTERNAMENTO
REPOSIÇÃO 
VOLÊMICA 
IMEDIATA (20 
ML/KG DE SF EM 
ATÉ 20 MIN) + 
INTERNAMENTO 
EM SALA DE 
EMERGÊNCIA
GRUPO A GRUPO B
COM MELHORA 
DO QUADRO
SEM MELHORA 
DO QUADRO
GRUPO C GRUPO D
07. Notificação Compusória
Como comentamos lá no início, a 
Dengue é uma doença de notificação 
compulsória, o que implica dizer que 
o médico é obrigado a informar ao 
Ministério da Saúde não só os casos 
em que foi confirmada a doença, mas 
também todos os casos em que se le-
vantou a suspeita da doença. 
Em cima disso, a notificação pode ser 
feita em 5 categorias diferentes: 
- Suspeita de Dengue 
- Suspeita de Dengue com sinais de 
alerta 
- Suspeita de Dengue Grave 
Caso confirmado
19ARBOVIROSES
- Nos primeiros casos notificados, é 
obrigatório que essa confirmação seja 
feita com base em achados laborato-
riais. Nos próximos podem ser basea-
dos no quadro clínico epidemiológico 
Caso descartado
- Para ser descartado, é preciso haver 
pelo menos 1 dos seguintes critérios:
- Laboratório negativo; 
- Confirmação de outra doença; 
- Sem exames laboratoriais, mas com 
clínica e epidemiologia compatíveis 
com outra doença.
08. Prevenção
Como prevenção à Dengue, a estraté-
gia que apresenta maior efetividade é 
o preparo do serviço de saúde antes 
de período críticos como o verão, por 
exemplo, e associado a isso o contro-
le vetorial, que podemos conseguir 
se evitarmos acúmulos água parada. 
No entanto, essa última é uma ação 
que requer um grande investimento 
em divulgação por parte do governo, 
uma vez que é uma medida de cará-
ter individual, e por isso mais difícil de 
se conseguir adesão.
Além disso, uma vacina contra a do-
ença foi liberada há pouco tempo, 
mas ainda não é uma coisa 100% 
efetiva. Na verdade ela é feita com o 
vírus vivo, porém atenuado - mesmo 
assim acaba sendo contraindicada 
para populações de risco como ges-
tantes e imunocomprometidos - e 
vem apresentado uma prevenção em 
torno de apenas 60%. Contudo, vale 
destacar que ela tem evitado a pro-
gressão para quadros mais graves 
em cerca de 80-95% e é justamente 
por isso que ela conseguiu se manter 
no serviço de saúde. 
20ARBOVIROSES
CHIKUNGUNHA
01. Introdução
A Chikungunya é uma doença cau-
sada pelo vírus CHIKV (do gênero Al-
phavirus e família Togaviridae), o qual 
tem o Aedes aegypti como vetor e o 
homem como hospedeiro definitivo. 
Dessa forma, assim que é infectado 
pelo vírus, o paciente entra em um 
período de incubação que pode du-
rar entre 1 e 12 dias (média de 3-7 
dias) e só depois disso é que ele en-
tra no período sintomático da doença, 
o qual pode ser dividido em 3 fases 
distintas: 
- Fase Aguda (Febril) 
- Fase Subaguda 
- Fase Crônica 
02. Quadro Clínico
FASE AGUDA
Na fase aguda, o paciente apresenta 
um quadro de febre alta de até 40ºC e 
que dura no máximo 10 dias e, asso-
ciado a isso, é muito frequente (mais 
A chikungunya é uma arbovirose causa-
da pelo vírus CHIKV - do gênero Alpha-
virus e família Togaviridae - que é trans-
mitida pelo mosquito Aedes aegypti.
CONCEITO
de 90% dos pacientes) a queixa de 
poliartralgia intensa e incapacitan-
te (comumente com edema periarti-
cular), que acomete principalmente 
mãos, punhos e tornozelo – apesar 
de que em cerca de 40% dos casos 
tambémhá comprometimento do es-
queleto axial. 
Além disso tudo, o paciente também 
pode cursar com vários daqueles sin-
tomas inespecíficos, inclusive o rash 
eritematoso maculopapular, que está 
presente em até 75% dos casos, sen-
do mais comum seu aparecimento 
por volta do 3º dia de sintomas. 
FASE SUBAGUDA
Após cerca de 10 dias a febre desa-
parece marcando o fim da fase agu-
da e o início da fase subaguda, a qual 
pode se estender por até 3 meses e 
que é marcada persistência da dor 
articular, normalmente nas mesmas 
articulações previamente acometi-
das, mas que agora pode começar a 
cursar com rigidez matinal, edema e 
tenossinovite hipertrófica, podendo 
levar a complicações como a Síndro-
me do Túnel do Carpo. 
Por fim, depois de 3 meses os pacien-
tes costumam evoluir para a recupe-
ração mesmo, no entanto, uma pe-
quena parcela acaba entrando numa 
3ª fase da doença que é a fase crôni-
ca. 
21ARBOVIROSES
FASE CRÔNICA
A fase crônica é marcada por uma 
evolução do quadro articular, poden-
do apresentar deformação (como na 
Artrite Reumatoide) e, em 20% dos 
casos, o fenômeno de Raynaud. 
Mas além disso, o paciente pode vol-
tar a apresentar vários dos sintomas 
inespecíficos como fadiga, cefaleia, 
prurido, alopecia, dor neuropática, 
distúrbio do sono, etc. O que deixa 
ainda mais complicada essa evolução 
da doença é que ela pode durar até 3 
anos, no entanto, como falamos, não 
é todo mundo que vai apresentá-la, 
SE LIGA! Além de todos esses sinto-
mas, uma coisa que vale ser destaca-
da com relação ao quadro clínico nessa 
patologia é que indivíduos com história 
prévia de epilepsia e/ou alcoolismo ten-
dem a apresentar crise convulsiva.
na verdade ela é mais frequente em 
indivíduos com mais de 45 anos, ou 
que sejam portadores de doença arti-
cular prévia ou que tenham apresen-
tado sintomas mais intensos do que o 
normal durante a fase aguda.
QUADRO CLÍNICO
FEBRE ALTA + 
POLIARTRALGIA 
INTENSA E 
INCAPACITANTE
PERSISTÊNCIA DA 
DOR ARTICULAR APÓS 
DESAPARECIMENTO DA 
FEBRE (10 DIAS A 3 MESES)
DEFORMAÇÃO 
ARTICULAR
RASH ERITEMATOSO 
MACULOPAPULAR RIGIDEZ MATINAL, 
EDEMA, TENOSSINOVITE 
HIPERTRÓFICA, SÍNDROME 
DO TÚNEL DO CARPO
SINTOMAS 
INESPECÍFICOS: 
FADIGA, CEFALEIA, 
PRURIDO
FASE AGUDA FASE SUBAGUDA FASE CRÔNICA
22ARBOVIROSES
03. Diagnóstico
Para fazer o diagnóstico de Chikun-
gunya pode ser útil pedir um hemo-
grama (evidenciará uma leucopenia e, 
mais raramente, uma trombocitope-
nia) além de VHS e PCR, que costu-
mam ficar aumentadas por semanas. 
No entanto, para realmente bater o 
martelo nós temos 3 opções: 
- RT-PCR (até o 8º após início dos 
sintomas); 
- IgM anti-CHIKV (a partir do 5º dia 
de doença);
- Sorologia pareada de IgG anti-CHI-
KV (uma a partir do 6º dia e outro 15 
dias depois) 
Aumento ≥ 4x fecha diagnóstico. 
A chikungunya também é uma doen-
ça de notificação compulsória
04. Tratamento
Na fase aguda, o ideal é fazer o con-
trole dos sintomas como Paraceta-
mol e, se necessário, associar com 
Dipirona ou Codeína. Além disso, se 
o paciente estiver com queixa de dor 
neuropática, a gente também deve 
associar drogas específicas como 
Amitriptilina ou Gabapentina. 
Já na fase subaguda, por sua vez, 
nós poderemos investir em AINEs e 
glicocorticoides, ao passo em que na 
fase crônica, o que poderemos fazer 
é prescrever Hidroxicloroquina (as-
sociado ou não a Sulfassalazina) por 
6x – o Metotrexate, nesses casos, fica 
como segunda opção por ser um me-
dicamento mais tóxico. Além disso, 
a fisioterapia também é uma opção 
muito boa para alívio das dores. 
TRATAMENTO
CONTROLE DOS 
SINTOMAS COM 
PARACETAMOL E 
DIPIRONA OU CODEÍNA 
SE NECESSÁRIO.
ASSSOCIAR AMITRIPTILINA 
OU GABAPENTINA SE DOR 
NEUROPÁTICA
AINES E CORTICOIDE HIDROXICLOROQUINA 
ASSOCIADA OU NÃO A 
SULFASSALAZINA
FASE AGUDA FASE SUBAGUDA FASE CRÔNICA
23ARBOVIROSES
ZIKA
01. Introdução
A Zika é uma doença também causa-
da por um flavivírus (o ZIKAV) trans-
mitido pelo mesmo mosquito Aedes 
aegypti. No entanto, é importante 
comentar que existem evidências – 
ainda não conclusivas – de que esse 
vírus também é passado por trans-
missão vertical e sexual! 
Visto isso, temos que os primeiro ca-
sos surgiram no Brasil em 2015 e 
logo a Zika entrou para o rol de arbovi-
roses que representam um problema 
de saúde pública para o país, o que 
faz com que ela seja de notificação 
compulsória, assim como a Dengue e 
Chikungunya. 
02. Quadro Clínico
De modo geral, a Zika não é uma do-
ença tão expressiva como as outras 
duas de que já falamos: ela costuma 
passar por um período de incubação 
que dura de 2-14 dias, sendo que 
cerca de 80% dos indivíduos não ma-
nifestam qualquer sintoma após esse 
período. 
O outros 20%, no entanto, podem 
apresentar um quadro de exantema 
máculo-papular pruriginoso, febre 
baixa, fadiga e hiperemia conjuntival, 
além de todos aqueles sintomas mais 
inespecíficos que já falamos várias e 
várias vezes. 
Mas então, qual é o grande proble-
ma da Zika que justifique o fato dela 
precisar de notificação compulsória? 
É que esse vírus possui o que cha-
mamos de “neurotropismo”, ou seja, 
é um vírus que gosta do tecido ner-
voso e isso pode levar a uma série de 
complicações graves, sendo as mais 
comuns: a) Síndrome de Guillain-Bar-
ré, uma doença desmielinizante que 
cursa com dor e fraqueza muscular 
progressiva, além de perdas motoras 
e paralisia flácida; e b) Microcefalia, 
que é uma má formação do sistema 
nervoso central devido ao ataque do 
vírus a células ainda em fase de mi-
gração e diferenciação, de modo que 
a criança se apresenta com redução 
do perímetro cefálico, além de com-
prometimento neuropsicomotor sig-
nificativo. 
SAIBA MAIS: A Zika é uma arbovirose, 
causada pelo vírus ZIKAV - do gênero 
Flavivirus - que é transmitida pelo mos-
quito Aedes aegypti, além de apresentar 
evidências de transmissão vertical e se-
xual. A primeira descrição do vírus data 
em 1947, em Uganda, na Floresta Zika, 
onde pela primeira vez, durante a moni-
torização do vírus da febre amarela, foi 
possível isolar do vírus Zika em maca-
cos Rhesus e também o isolamento no 
Aedes, em 1948. O vírus foi ganhando 
outro territórios no mundo e, em 2007, 
aconteceu o primeiro surto de ZIka, na 
Micronésia.
24ARBOVIROSES
03. Zika na gestante
Como dito anteriormente, o zika vírus 
apresenta neurotropismo e por conta 
disso uma grande preocupação se dá 
quando ocorre a infecção durante a 
gestação. Umas das possíveis com-
plicações da infecção gestacional é a 
microcefalia, que refere-se à medida 
do perímetro cefálico (PC) inferior ao 
esperado para a idade e sexo (abaixo 
de 2 desvios-padrão). O Ministério da 
Saúde, em consonância com a Orga-
nização Mundial da Saúde, considera 
32 cm (percentil 2.6 para meninos e 
5.6 para meninas) a medida padrão 
mínima para o PC do recém-nascido 
(RN).
A microcefalia é causada por vírus de 
maneira geral, como citomegalovírus 
a partir da transmissão transplacentá-
ria. Dessa forma, o vírus atinge o SNC 
do feto e desacelera o crescimento 
neuronal, provocando alterações no 
crescimento ósseo e, consequente-
mente, redução do perímetro cefálico.
Grupos de risco: gestantes durante o 
1º trimestre de gestação moradores 
de zona rural, ausência de medidas 
profiláticas
É importante destacar que o risco de 
microcefalia é muito maior no primeiro 
trimestre da gestação devido ao perí-
odo de formação do SNC do feto, no 
entanto, o risco de infecção neonatal 
pelo feto é muito maior no terceiro tri-
mestre.
04. Diagnóstico
Idealmente, o diagnóstico de ZIKA 
deve ser confirmado por meio da do-
sagem de RT-PCR que pode ser feita 
no soro (até o 7º dia) ou na urina (até 
o 14º dia), sendo que no caso do teste 
na urina é recomendado associar esse 
achado à dosagem de IgM anti-ZIKA 
e ao teste de PRNT. 
Agora, uma vez passado os 14 pri-
meiros dias da doença, aí nossa saída 
será investir apenas no IgM anti-ZIKA 
e no PRNT. 
05. Tratamento
O tratamento para Zika ainda não 
está bem estabelecido, de modoque 
nós vamos apenas fazer controle dos 
sintomas, preferencialmente com 
Paracetamol, Dipirona ou algum an-
ti-histamínico – é bom evitar AINEs 
pelo risco de infecção simultânea com 
o vírus da Dengue. 
06. Prevenção
Por fim, por ser uma doença com po-
tencial de ser sexualmente transmis-
sível, além de todo o controle com o 
vetor, é fundamental orientar quanto 
à prática sexual protegida, especial-
mente os homens que devem evitar 
fazer sexo desprotegido durante toda 
a gravidez da esposa, ou por pelo me-
nos 6 meses após infecção, ou por 8 
semanas após viagem para área de 
risco.
25ARBOVIROSES
ZIKA
CONTROLE DOS 
SINTOMAS COM 
PARACETAMOL, DIPIRONA 
OU ANTI-HISTAMÍNICO
MICROCEFALIA
SÍNDROME DE 
GUILLAIN-BARRÉ
QUADRO DE EXANTEMA 
MACULO-PAPULAR, 
PRURIDO, FEBRE BAIXA, 
FADIGA, HIPEREMIA 
CONJUNTIVAL
DOSAGEM DE 
RT-PCR 
NO SORO ATÉ 
O 7º DIA, NA 
URINA ATÉ O 14º 
DIA
IGM ANTI-ZIKA E 
PRNT
APÓS O 14º DIA
TRATAMENTO
QUADRO CLÍNICO
DIAGNÓSTICO
26ARBOVIROSES
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL
As três arboviroses apresentadas – 
Dengue, Zika e Chikungunya - não 
só no que tange à sintomatologia do 
quadro, mas também em relação ao 
tipo de patógeno (vírus de RNA) e de 
vetor (que também é o mosquito Ae-
des aegypti). Desse modo, toda vez 
que estamos diante de uma síndro-
me febril, é fundamental que nós fa-
çamos o diagnóstico diferencial entre 
essas três comorbidades.
No quadro abaixo, apresentamos 
como os sinais e sintomas se apre-
sentam, e se diferencial, nas três co-
morbidades:
ZIKACHIKUNGUNHADENGUE
++ +++
+++
AUSENTE/+
++ + +
+++
+++
+ ++
+/-
+/-
+/-
+
+ ++ ++++
++
-
-
-
-++
ITENSIDADE DA
FEBRE
MIALGIA
DOR RETROBITÁRIA
SANGRAMENTO
ARTRALGIA
CHOQUE
EXANTEMA
LEUCOPENIA
27ARBOVIROSES
ARBOVIROSES
TRATAMENTO 
SINTOMÁTICO + 
HIDRATAÇÃO DE ACORDO 
COM QUADRO CLÍNICO DO 
PACIENTE
QUADRO FEBRIL AGUDO 
ACOMPANHADO :
DOR RETRO-ORBITÁRIA, MIALGIA, 
PROSTRAÇÃO, CEFALEIA, 
ARTRALGIA, EXANTEMA.
VIA MOSQUITO AEDES
NÃO HÁ TRANSMISSÃO 
POR CONTATO DIRETO
EXANTEMA 
MACULO-
PAPULAR 
PRURIGINOSO, 
FEBRE BAIXA, 
FADIGA E 
HIPEREMIA 
CONJUNTIVAL
PARACETAMOL, 
DIPIRONA, ANTI-
HISTAMÍNICO
PARACETAMOL, 
DIPIRONA, ANTI-
HISTAMÍNICO
HIDROXICLOROQUINA 
ASSOCIADA OU NÃO 
A SULFASSALAZINA
AINES E CORTICOIDE
CONTROLE DOS SINTOMAS COM PARACETAMOL 
E DIPIRONA OU CODEÍNA SE NECESSÁRIO.
POLIARTRALGIA 
INTENSA E 
INCAPACITANTE
RASH ERITEMATOSO 
MACULOPAPULAR
VIA MOSQUITO 
AEDES
VERTICAL: SE 
GESTANTE ADQUIRE 
DOENÇA NOS 
ÚLTIMOS 7 DIAS DE 
GESTAÇÃO
TRANSFUSÃO: 
POSSÍVEL 
RNA VÍRUS
TOGAVIRIDAE
ALPHAVIRUS
RNA VÍRUS
FLAVIRIDAE
FLAVIVIRUS
RNA VÍRUS
FLAVIRIDAE
FLAVIVIRUS
VIA MOSQUITO AEDES
VERTICAL SEXUAL
CHIKUNGUNHA
DENGUE
TRANSMISSÃO
TRANSMISSÃO
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO
QUADRO CLÍNICO
TRANSMISSÃO
TRATAMENTO
TRATAMENTO
FASE CRÔNICA
FASE SUBAGUDA
FASE AGUDA
TRATAMENTO
ZIKA
28ARBOVIROSES
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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29ARBOVIROSES 29ARBOVIROSES

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