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INTOLERÂNCIA A LACTOSE

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FACULDADE CESUMAR DE PONTA GROSSA
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA
BIOMEDICINA
1ª - Noturno
CHRISTOPHER AUGUSTO STADLER
20099921-2
EMANUELLE MARGUERITTE COSTA
20150970-2
GABRIELI DE PAULA
20153342-2
VINICIUS ZUBEK
20055641-2
MAPEAMENTO DAS DOENÇAS GENÉTICAS RARAS NO BRASIL: DA DESCOBERTA AO TRATAMENTO
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA DO 2º BIMESTRE
PONTA GROSSA
2020
RESUMO
Palavras-chave: Intolerância à lactose. Lactose. Lactase. 
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO....................................................................................4
DESENVOLVIMENTO........................................................................5
JUSTIFICATIVA..................................................................................8
OBJETIVOS........................................................................................9
METODOLOGIA................................................................................10
RESULTADOS ESPERADOS...........................................................12
CRONOGRAMA................................................................................13
REFERÊNCIAS.................................................................................14
FACULDADE CESUMAR DE PONTA GROSSA
ATIVIDADE DE ESTUDO PROGRAMADA
1. INTRODUÇÃO 
A intolerância à lactose pode ser compreendida como uma incapacidade, total ou parcial do organismo, em produzir, absorver, digerir e metabolizar a lactase, uma enzima responsável pela fragmentação da lactose, um açúcar presente em produtos derivados do leite. Quando o indivíduo consome algum composto lácteo, após 30 minutos até 2 horas, começa a sentir desconfortos que podem variar de dores e distensão abdominais, flatulência, náuseas e até diarreia. Isso acontece devido ao acúmulo de açúcares no intestino grosso, que chegam inalterados ao organismo. 
Nesse sentido, é importante analisar fatores sobre essa temática, como suas principais causas, diagnósticos, classificações, tratamentos, bem como a influência genética no processo de manifestação desse distúrbio digestivo. Apesar de ser facilmente confundida com a alergia à lactose, suas consequências e reações são diferentes. A alergia é uma reação de defesa do organismo que responde de forma exacerbada a algo que ele não consegue reconhecer (nesse caso a lactose), causando congestão respiratória, edema (principalmente na face e podendo se estender até a glote), êmese e prurido.
2. DESENVOLVIMENTO
 2.1 Definição de intolerância à lactose
 A lactose é um carboidrato classificado como dissacarídeo, constituído por glicose e galactose (PORTO, et al., 2005). Este carboidrato se faz importante, pois auxilia na absorção de alguns macronutrientes como magnésio, zinco e cálcio. 
 No processo de digestão e absorção da lactose, o organismo necessita da amilase salivar e da atividade da enzima lactase ou β-D-galactosidase, pois é ela a responsável pela transformação da lactose em glicose e galactose (figura 1). Estas são absorvidas na mucosa do intestino delgado através de transporte ativo dependente de sódio (ALLIET et al., 1989). 
Em indivíduos intolerantes à lactose o processo de hidrólise não ocorre, o que causa aumento da pressão osmótica no intestino delgado. A lactose não absorvida passa para o intestino grosso, onde bactérias presentes na microbiota iniciam o processo de fermentação que resultam em gases como dióxido de carbono e hidrogênio e ácidos graxos de cadeia curta. Esses gases irritam a parede intestinal e a partir deste momento observam-se os sintomas característicos da doença como dor e distensão abdominal, flatulência, borborigmo e diarréia, que geralmente se manifestam de 30 minutos até 2 horas após a ingestão de alimentos derivados do leite.
Figura 1. Hidrólise enzimática da lactose (Adaptado de FISCHER, 2010).
2.2 Classificação 
 
A dificuldade da absorção da lactase possui três classificações: a deficiência primária, secundária e congênita. A intolerância à lactose primária ou hipolactasia é a forma mais corriqueira na população, com o decorrer da vida a produção de lactase sofre uma diminuição, é um processo natural que acontece com adultos em idades variadas.
A hipolactasia secundária é observada especialmente no primeiro ano de vida. Pode ser temporária e ocorre após a morte das células intestinais, podendo ser por diarréia persistente ou outra doença que afeta as células. Nesse caso trata-se o agente causador da lesão intestinal e então as células se recompõem e voltam a produzir a enzima normalmente.
Já a hipolactasia congênita é permanente e ocorre a partir de um erro genético, sendo assim, o indivíduo já nasce sem a capacidade de produzir a enzima lactase.
 2.2 Diagnóstico
O diagnóstico é pautado no exame físico, anamnese do paciente e por exames que corroboram a suspeita de intolerância à lactose.
A identificação pode ser feita das seguintes maneiras: 
· Teste de intolerância à lactose: o paciente recebe uma dose em jejum de lactose e, depois de algumas horas, é feita a coleta de sangue que indicarão os níveis de glicose.
· Teste de hidrogênio na respiração: o paciente ingere uma bebida com alta concentração de lactose e o especialista analisa o hálito da pessoa durante intervalos, por meio da expiração. Se o nível de hidrogênio aumentar significa que houve um processamento impreciso da lactose no organismo.
· Teste de acidez nas fezes: é analisado o pH fecal (pH menor ou igual a cinco após a ingestão de lactose, é indicativo de má absorção) 
· biópsias: são obtidas amostras por meio de endoscopia e inserido um reagente que, através da cor, aponta a presença da enzima lactase.
A lactose tem um sabor levemente adocicado, e é o principal carboidrato do leite. Trata-se da maior fonte de carboidratos dos lactentes e em especial naquelas sociedades tradicionais, principalmente as que se denominam “cultura primitiva”, a lactose se constitui na principal fonte de carboidrato na dieta do lactante até o início do desmame.
Trata-se da principal fonte alimentar na dieta dos mamíferos durante o período de aleitamento, e por esse fato, atraiu interesse em profissionais da saúde, da indústria de alimentos e nas mães. Além de fornecer energia e matéria plástica, o leite e seus derivados são importantes fontes de cálcio, potássio, fósforo, riboflavina, zinco, magnésio e entre outros. 
Os desconfortos gastrointestinais vindo do consumo do leite, já foram abordados em textos antigos, porém, só na década de 1960, o assunto foi mais afundo por conta dos avanços laboratoriais. Surgiu a teoria da “Hipótese Histórico-cultural”, que trazia a idéia que, a produção de lactase dependia da presença de lactose no organismo, ou seja, as pessoas que não utilizavam o leite em sua fase adulta, perdiam a capacidade de produzir lactase. Bioquímicos inovadores descartavam essa idéia, trazendo uma nova teoria, dizendo que, a produção de lactase é controlada por um gene autossômico, dessa forma, os filhos que herdam o alelo X dos seus pais, mantém a produção de lactase, já os que herdam o alelo Y, deixam de produzir a lactase na vida adulta, com base na genética humana.
3. JUSTIFICATIVA 
A importância desse estudo baseia-se na população atingida pela intolerância a lactose, atinge 70% da população mundial, mas que 80% dos portadores nunca receberam seu diagnóstico médico (SENRA, 2019), e nas complicações que ela pode trazer aos indivíduos, mesmo retirando os produtos de leite da dieta, o que pode causar uma perda de peso, ossos frágeis, baixa densidade de mineral do osso e deficiência de nutrientes vitais na dieta.
O cuidado e atenção com essa doença deve ser levado a sério, caso a pessoa que esteja com intolerância não busque auxílio médico e não siga o tratamento adequado, a intolerância a lactose pode ser secundária a doenças que acometam o intestino, como gastroenterites, doença celíaca, doenças inflamatórias intestinais e ressecções cirúrgicas do intestino delgado.
O público alvo são pessoas físicas, de todas as idades,intolerantes a lactose, pessoas que são adeptas a uma alimentação mais saudável e principalmente os celíacos. Por esses motivos não se deve deixar de lado esse assunto, tanto para ajudar pessoas com a doença e não acontecer complicações com o mesmo, e além disso, para os acadêmicos ou qualquer outra pessoa adquirir conhecimento sobre o assunto e ajudar pessoas com esse distúrbio digestivo.
4. OBJETIVOS
A escolha do presente tema, tem como objetivo promover informações sobre a intolerância à lactose, orientando profissionais de saúde e a sociedade em geral, visto que essa é uma doença que atinge mais de 46% da população mundial. Saber diagnosticar e orientar pacientes com este tipo de deficiência diminui o impacto negativo da doença, fazendo com que a qualidade de vida melhore.
 
5. METODOLOGIA 
Cerca de 30 milhões à 50 milhões da população norte-americana são intolerantes à lactose. Em negros e asiáticos, a hipolacsia se manifesta no início da infância ou adolescência. A intolerância não é muito comum em crianças jovens brancas.
Aproximadamente 70% da população mundial são afetadas por essa doença. Na Europa, a prevalência de intolerância é muito baixa – entre 5% e 15%. Na Ásia é bem mais alta, podendo atingir entre 80% e 100%, sendo que o Japão é um dos países com maior índice. Negros africanos fica entre 85% a 100% e negros americanos de 45% a 80%. 
No Brasil, varia de 50% a 60% por conta da população muito miscigenada. Indivíduos acima de 80 anos no Brasil, a prevalência de intolerância à lactose é de cerca de 90%.
Os dados assustam em relação à intolerância à lactose, segundo pesquisas feitas, 35% da população no Brasil, cerca de 53 milhões de pessoas com idade acima de 16 anos, (OLIVEIRA, 2018), relatam algum tipo de desconforto digestivo após consumir derivados do leite. A pesquisa também mostra que, entre as pessoas que relataram os problemas gastrointestinais, 88,2% jamais receberam diagnóstico médico, a maioria são homens com mais de 35 anos de idade. Apenas 4% dos entrevistados procuraram ajuda médica e 1% foram diagnosticados com intolerância à lactose, que corresponde à 1,5 milhão. As mulheres apresentam maior incidência da doença do que os homens, correspondendo a 59% dos casos. Os números mostram que o mercado de intolerantes ainda é pequeno, mas tem um potencial de investimento alto.
Não existe um tratamento para a Intolerância à Lactose, mas existem métodos para evitar complicações. Evitar ou restringir produtos com lactose na dieta como o leite, queijo, manteiga, cremes, frios, nuggets e entre outros. O melhor é usar produtos ricos em microrganismos e fibras pois agem para reduzir os sintomas. Outro método 
seria adicionar enzimas lactase ao leite normal ou toma-las em forma de cápsulas e comprimidos mastigáveis.
Os Serviços de Atenção Especializada e os Serviços de Referência em Doenças Raras serão componentes da Rede de Atenção à Saúde, e devem oferecer assistência integral ou especializada, prestada por uma equipe multidisciplinar e interdisciplinar, que serão responsáveis pelas ações preventivas, diagnósticas e terapêuticas às pessoas com doenças raras ou com algum risco de desenvolvê-las.
Como foi visto, a intolerância a lactose é causada por uma deficiência da enzima lactase, que é produzida pelas células que recobrem o intestino delgado, de acordo com a Biologia Celular. Em ocasiões raras, o distúrbio se origina de maneira genética como foi visto anteriormente, mas há uma causa em que micro-organismos atacam as células intestinais responsáveis por gerar a lactase.
Os sintomas surgem após o a ingestão de leite, como flatulência, cólica, gases, diarreia, dores locais, como por exemplo no abdômen, etc. Pode apresentar sintomas sistêmicos também, entre eles, dores de cabeça e vertigens, dificuldade de memória de curto prazo, dores musculares e articulares como visto em Anatomia, cansaço intenso, alergias e entre outros.
6. RESULTADOS ESPERADOS (OU PRODUTO DO PROJETO) 
O Brasil ocupa a posição de 26º no ranking mundial no consumo de produtos lácteos. No país, 61% das pessoas entrevistadas disseram consumir alimentos 0% lactose para buscar uma alimentação mais saudável. 37% dos participantes afirmaram que estão dispostos a pagar mais por isso (CM, 2018).
Alguns consumidores afirmam que, aumentariam o consumo se houvesse uma maior variedade de produtos com menos lactose ou sem. Os iogurtes zero lactose são os produtos mais encontrados pelos consumidores (50%).
Segundo estudos, a maior parte de alimentos zero lactose são encontrados em supermercados. No ano de 2016, foi o ano que mais se destacou em lançar novos produtos desse tipo no país. queijos (115%), os iogurtes (91%), leites (72%), e outros produtos, como creme, sorvete, alimentos infantis, bebidas energéticas, bebidas lácteas, achocolatado, manteiga e doce de leite.
Seguindo a tendência mundial, o brasileiro está mudando seus hábitos alimentares e optando por uma rotina mais saudável (WORLDPANEL, 2018). Algumas categorias de produtos passam a se destacar nessa rotina, como os de zero lactose. A categoria de leites sem lactose cresceu 7,9% em volume e 12,6% em valor.
7. CRONOGRAMA
Adicione um cronograma (em forma de tabela como no exemplo abaixo) com as atividades que serão realizadas.
	2020
Atividades a serem desenvolvidas
	Mar.
	Abr.
	Mai.
	Jun.
	Jul.
	Ago.
	Set. 
	Out.
	Análise dos sintomas
	X
	
	
	
	
	
	
	
	Coleta de dados
	X
	X
	
	
	
	
	
	
	Análise dos dados
	
	
	X
	X
	
	
	
	
	Diagnóstico
	
	
	
	
	X
	
	
	
	Tratamento
	
	
	
	
	
	X
	X
	
	Conclusão
	
	
	
	
	
	
	X
	X
REFERÊNCIAS
CM. Consumidor Moderno: Intolerância ou escolha? O aumento do consumo de produtos zero lactose, 2018. Disponível em:
https://www.consumidormoderno.com.br/2018/04/24/consumo-produtos-zero-lactose/. Acesso em 25/09/2020 às 18:41
	
COROZOLLA, RODRIGUES. Intolerância à Lactose e Alergia à proteína do leite da vaca e o desafio de como diferencia-las, Unisepe, 2016. Disponível em: https://portal.unisepe.com.br/unifia/wp-content/uploads/sites/10001/2020/05/Intoler%C3%A2ncia-%C3%A0-Lactose-e-Alergia-%C3%A0-Prote%C3%ADna-do-Leite-de-Vaca.pdf. Acesso em 24/09/2020 às 16:41
 KOPKO. Blog da saúde, Ministério da Saúde: Conheça a diferença entre sensibilidade, alergia e intolerância alimentar, 2016. Disponível em: http://www.blog.saude.gov.br/51274-dia-mundial-da-alergia-conheca-a-diferenca-entre-sensibilidade-alergia-e-intolerancia-alimentar.html. Acesso em 25/09/2020 às 8:15.
 MONTANHOLI, HERNANDEZ, PIRES, BERNARDES, OLIVEIRA, MATHIÚS, ASPECTOS ATUAIS DA INTOLERÂNCIA À LACTOSE: apc da Araçatuba, 2016. Disponível em: https://apcdaracatuba.com.br/revista/2016/01/trabalho6.pdf. Acesso em 24/09/2020 às 11:55
 MANDAL, MD. News Medical Life Sciences: Problemas da Intolerância à Lactose, 2019. Disponível em: https://www.news-medical.net/health/Lactose-Intolerance-Problems-(Portuguese).aspx. Acesso em 25/09/2020 às 16:47
 SENRA. Intolerância à lactose é mais comum do que se imagina, UOL, 2019. Disponível em:https://www.uol.com.br/vivabem/colunas/danta-senrra/2019/11/30/intolerancia-a-lactose-e-mais-comum-do-que-se-imagina-saiba-mais.htm. Acesso em 25/09/2020 às 16:30
 SILVA. Revista Saúde UniToledo, Toledo, 2019. Disponível em: http://www.ojs.toledo.br/index.php/saude/article/view/2936/476. Acesso em 24/09/2020 às 12:36.
TENORIO, PINHEIRO. Veja Saúde: Alimentação: O que é intolerância à lactose: sintomas, diagnóstico e tratamento, 2019. Disponível em: https://saude.abril.com.br/alimentacao/o-que-e-intolerancia-a-lactose-sintomas-diagnostico-e-tratamento/. Acesso em 24/09/2020 às 22:45.

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